31 research outputs found

    Avaliação micológica de rações comerciais para cães e gatos e potencial micotoxicogênico de espécies selecionadas

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    A eficácia dos meios ágar batata acidificado, ágar dicloram rosa de bengala e cloranfenicol e ágar dicloram glicerol 18% foi comparada para isolamento e quantificação de fungos a partir da análise de 54 amostras de rações comerciais secas para cães e gatos (34 para cães e 20 para gatos), produzidas por 9 empresas. A atividade de água das amostras foi quantificada, apresentando valores entre 0,45 e 0,82. Em 74% das amostras foi detectada a presença fúngica, onde, além de fungos com micélio estéril e leveduras, 23 gêneros de fungos foram identificados. As 40 amostras positivas apresentaram níveis de contaminação, com contagens variando entre 10 1 e 103 UFC/g. Não se verificou correlação entre atividade de água e contaminação fúngica e não se observou diferença significativa entre o número de colônias isoladas e os diferentes meios de cultivo utilizados. Apesar disto, o DG18 foi o meio que apresentou melhores resultados tanto na quantidade quanto na variedade de fungos isolados. Comparandose os resultados obtidos com diferentes meios observa-se que os microrganismos isolados dependem dos meios de cultivo empregados. O gênero Aspergillus e a espécie Aspergillus niger foram os mais freqüentemente isolados. Isolados pertencentes a espécies potencialmente produtoras de aflatoxinas e ocratoxina A foram avaliados através do método de ágar plug-TLC. Vinte por cento dos A. flavus isolados produziram aflatoxina B1, todos os isolados de A. ochraceus produziram ocratoxina A e nenhum isolado de A. niger foi detectado como produtor de ocratoxina através do método de screening utilizado. A avaliação fúngica realizada com o emprego de 3 meios de cultura tornou claro que a detecção de fungos é dependente do meio de cultura utilizado. A Aw do alimento e do meio também devem ser consideradas para que as análises microbiológicas possam detectar ou valorar a micobiota que, efetivamente, está contaminando o alimento

    Cocoa mycobiota : fungi and mycotoxins from cocoa until chocolate

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    Orientador: Jose Luiz PereiraTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de AlimentosResumo: O Brasil se encontra entre os maiores produtores mundiais de cacau. Parte da sua produção é destinada à exportação, principalmente após passar por algum processamento industrial, e o restante se destina ao consumo interno. A qualidade obtida ao final do processamento do cacau depende de uma ampla variedade de fatores, dentre os quais os microrganismos desempenham um papel fundamental. A presença de fungos é observada em várias fases do processamento, o que além do aspecto deteriorativo representa um perigo toxicológico devido a possibilidade de síntese de micotoxinas. Na presente tese são apresentados os resultados sobre a presença de fungos, ocratoxina A e aflatoxinas em um total de 494 amostras de cacau analisadas em diferentes fases do processamento. A maior quantidade e diversidade de fungos foi encontrada em amostras coletadas durante o processamento na fazenda, especialmente durante a secagem e estocagem das amêndoas. Foram isolados 1132 espécies potencialmente toxigênicas do gênero Aspergillus: A. flavus, A. parasiticus, A. niger, A. carbonarius e grupo dos A. ochraceus. Com relação à presença de micotoxinas, as amostras da secagem e estocagem foram as que apresentaram maiores níveis de ocratoxina A e aflatoxinas na fazenda, enquanto que nas amostras coletadas em indústrias processadoras de cacau os maiores níveis de ocratoxina A foram detectados na casca, torta e cacau em pó e os de aflatoxina, nos nibs e liquor. Nas amostras de chocolate observou-se uma relação direta entre a quantidade de cacau no produto e os níveis de aflatoxinas e ocratoxina A, sendo estes maiores em chocolate em pó e chocolate meio amargo. Também foram conduzidos experimentos para avaliar as condições que afetam a produção de ocratoxina A no cacau por A. carbonarius. Foi observado que, diante da presença de inóculo, a produção de ocratoxina A já ocorre durante a fermentação. Os níveis de ocratoxina A foram menores quando sementes de cacau com polpa integral foram fermentadas durante 6 dias em caixas, se comparados aos obtidos com sementes parcialmente despolpadas e conduzidas à secagem sem prévia fermentação. Os resultados em geral mostraram a existência de uma grande diversidade de fungos, muitos dos quais toxigênicos, durante o processamento do cacau e a inter-relação de fatores intrínsecos, ambientais e de processamento pareceram determinar a ocorrência ou não de micotoxinasAbstract: Brazil is one of the biggest cocoa producing countries. Part of its production is exported, mainly after undergoing some industrial processing, and the other supplies the internal market. The quality of the final cocoa product depends on several factors, and microorganisms play an important role on this. Investigations have demonstrated the presence of filamentous fungi in many processing stages. Besides the spoilage potential, those are a cause for concern from the toxicological aspect, since mycotoxins may be produced. This thesis presents the results concerning the presence of fungi, ochratoxin A and aflatoxins in a total of 494 cocoa samples collected at different processing stages, from farm to market. The greatest occurrence and the major diversity of fungi were found in samples collected during the drying and storage of the beans on the farm. A total of 1132 potentially toxigenic fungi were isolated, belonging to the species A. flavus, A. parasiticus A. niger, A. ochraceus group and A. carbonarius. Regarding the presence of mycotoxins, samples collected during drying and storage presented the highest ochratoxin A and aflatoxin levels amongst samples collected at farm. During industrialization, the most contaminated products were the cocoa shell, cocoa cake and cocoa cake with respect to ochratoxin A. The aflatoxin levels were higher in the nibs and liquor. A direct correlation between the amount of cocoa in the product and the ochratoxin A level in the chocolate was observed. Dark chocolate and powdered commercial cocoa were the most contaminated samples. An additional experiment was carried out to evaluate the conditions affecting ochratoxin A production by A. carbonarius in cocoa on the farm. It was observed that ochratoxin A production could start during fermentation if toxigenic fungi were present, and lower ochratoxin levels were found when the integral beans were fermented during 6 days in box if compared to those with pulp partially removed and submitted to drying fermentation. In general, during cocoa processing, a wide variety of fungi was found, some of these toxigenic. Intrinsic, environmental and processing factors acting together seemed to determine the production of mycotoxins in cocoaDoutoradoDoutor em Ciência de Alimento

    Comments on "Mycobiota and Mycotoxins in Traditional Medicinal Seeds from China. Toxins 2015, 7, 3858-3875"-in Attributing Ochratoxin A Biosynthesis Within the Genus <i>Penicillium </i>Occurring on Natural Agricultural Produce

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    The unusual attribution of trace amounts of ochratoxin A in some Chinese food commodities to Penicillium polonicum is questioned by European experience in searches for ochratoxinogenic food-spoilage Penicillia, where mistaken attribution is now known to have been due to cryptic Penicillium verrucosum contamination. Consequently, selection of single-spore isolates is recommended as pre-requisite for attributing mycotoxin biosynthetic potential to fungi

    Comparison of different culture media for mycological evaluation of commercial pet food

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    The choice of a culture media to proceed a mycological analysis of food is extremely important to guarantee the reliability of the analysis. The medium should allow an excellent recovery of fungal species present in the food at the same time that it is necessary to avoid bacterial development. Thus the real microbial ecology will be reflected in the results. The efficacy of three media for fungal isolation and quantification (potato dextrose agar, dichloran rose of bengal and chloramphenicol agar and dichloran glycerol 18% agar) was compared for analysis of 54 samples of dry commercial pet food (34 for dogs and 20 for cats). Fungi were present in 74% of samples and 23 genera were isolated and identified. Aspergillus sp. and Aspergillus niger were respectively the most frequent genera and species isolated, whatever the culture medium selected to proceed the analysis. Dichloran glycerol 18% agar was the medium that presented the best results considering both the quantity and variety of isolated fungi. Comparing the results obtained in different media, it was observed that the fungi  recovered can vary according to the selected culture medium. Eurotium was the genus that presented the biggest difference in occurrence among the media where samples were cultivated to enumeration in this study. Therefore, the utilization of specific media, selected according to the characteristics of the food to be analyzed (specially water activity) allow a better visualization of the presence of food spoilage fungi

    Dermatophytes isolated from dogs and cats suspected of dermatophytosis in Southern Brazil

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    Dermatophytosis which is characterized by a superficial infection confined to keratinised tissues, is the most common fungal disease in small animal veterinary medicine. It is unreliable to diagnose dermatophytosis on the basis of clinical signs alone, not only for the variable nature of the dermatological findings but also because there are several other skin diseases which mimic the typical fungal lesion (circular lesions with alopecia). The present study reports laboratory results of an extensive survey evaluating fungal and parasitic aetiology of skin diseases through the analysis of 1,240 fur, nails and skin scraping specimens from dogs and cats with clinical suspicion of dermatophytosis. Samples collected in several veterinary clinics of the Santa Catarina, Paraná and Rio Grande d o Sul states, mainly of the Santa Maria city in Rio Grande do Sul, were processed at the Mycology Research Laboratory of the Federal University of Santa Maria, Southern Brazil, between 1998 and 2003. Among canine and feline samples, the percentages of positive dermatophyte specimens were 10.2% and 27.8%, respectively. The most prevalent fungal specie in both cats and dogs was Microsporum canis, which was isolated in 68.5% of the positive cultures for dermatophytes in dogs’ samples, being the only species recovered from cats’ cultures. Malassezia pachydermatis was the most commonly isolated yeast from the skin of dogs. Acari, mainly Demodex canis, were found in 5.0% of all samples with suspected diagnosis of dermatophytosis

    A mini review of mycotoxin’s occurrence in food in South America in the last 5 years: research gaps and challenges in a climate change era

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    Mycotoxins are natural metabolites produced by species of filamentous fungi belonging mainly to the genera Aspergillus, Fusarium, Penicillium, and Alternaria, which can grow in various crops and foodstuffs. The South American climate is diverse, varying from tropical, temperate, and arid to cold, ideal for the growth of different types of fungi and mycotoxin production. This mini review aimed to describe the natural occurrence of mycotoxin in food in South America from 2018 to 2023, identifying research gaps and challenges in an era of climate change. We analyzed 53 studies, 21 from Brazil. Most of the mycotoxins analyzed in South America were the traditional and regulated mycotoxins, with variable occurrences depending on the region, climatic conditions, and methodology used. Emerging and modified mycotoxins have only been studied in Argentina and Brazil, where some studies have shown high occurrences. Given this, it is essential to strengthen food safety laboratories and surveillance capabilities and establish early warning systems. It is also essential to continue working to raise awareness of mycotoxins as a public health issue and to study and prevent the impact of climate change on soil microbial population, the new prevalence of fungi, and the profile of toxigenic species. An effective connection and collaboration between disciplines and sectors in different countries is needed to meet this research challenge

    Avaliação micológica de rações comerciais para cães e gatos e potencial micotoxicogênico de espécies selecionadas

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    A eficácia dos meios ágar batata acidificado, ágar dicloram rosa de bengala e cloranfenicol e ágar dicloram glicerol 18% foi comparada para isolamento e quantificação de fungos a partir da análise de 54 amostras de rações comerciais secas para cães e gatos (34 para cães e 20 para gatos), produzidas por 9 empresas. A atividade de água das amostras foi quantificada, apresentando valores entre 0,45 e 0,82. Em 74% das amostras foi detectada a presença fúngica, onde, além de fungos com micélio estéril e leveduras, 23 gêneros de fungos foram identificados. As 40 amostras positivas apresentaram níveis de contaminação, com contagens variando entre 10 1 e 103 UFC/g. Não se verificou correlação entre atividade de água e contaminação fúngica e não se observou diferença significativa entre o número de colônias isoladas e os diferentes meios de cultivo utilizados. Apesar disto, o DG18 foi o meio que apresentou melhores resultados tanto na quantidade quanto na variedade de fungos isolados. Comparandose os resultados obtidos com diferentes meios observa-se que os microrganismos isolados dependem dos meios de cultivo empregados. O gênero Aspergillus e a espécie Aspergillus niger foram os mais freqüentemente isolados. Isolados pertencentes a espécies potencialmente produtoras de aflatoxinas e ocratoxina A foram avaliados através do método de ágar plug-TLC. Vinte por cento dos A. flavus isolados produziram aflatoxina B1, todos os isolados de A. ochraceus produziram ocratoxina A e nenhum isolado de A. niger foi detectado como produtor de ocratoxina através do método de screening utilizado. A avaliação fúngica realizada com o emprego de 3 meios de cultura tornou claro que a detecção de fungos é dependente do meio de cultura utilizado. A Aw do alimento e do meio também devem ser consideradas para que as análises microbiológicas possam detectar ou valorar a micobiota que, efetivamente, está contaminando o alimento

    Avaliação micológica de rações comerciais para cães e gatos e potencial micotoxinogênico de espécies selecionadas

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    A eficácia dos meios ágar batata acidificado, ágar dicloram rosa de bengala e cloranfenicol e ágar dicloram glicerol 18% foi comparada para isolamento e quantificação de fungos a partir da análise de 54 amostras de rações comerciais secas para cães e gatos (34 para cães e 20 para gatos), produzidas por 9 empresas. A atividade de água das amostras foi quantificada, apresentando valores entre 0,45 e 0,82. Em 74% das amostras foi detectada a presença fúngica, onde, além de fungos com micélio estéril e leveduras, 23 gêneros de fungos foram identificados. As 40 amostras positivas apresentaram níveis de contaminação, com contagens variando entre 101 e 103 UFC/g. Não se verificou correlação entre atividade de água e contaminação fúngica e não se observou diferença significativa entre o número de colônias isoladas e os diferentes meios de cultivo utilizados. Apesar disto, o DG18 foi o meio que apresentou melhores resultados tanto na quantidade quanto na variedade de fungos isolados. Comparando-se os resultados obtidos com diferentes meios observa-se que os microrganismos isolados dependem dos meios de cultivo empregados. O gênero Aspergillus e a espécie Aspergillus niger foram os mais freqüentemente isolados. Isolados pertencentes a espécies potencialmente produtoras de aflatoxinas e ocratoxina A foram avaliados através do método de ágar plug-TLC. Vinte por cento dos A. flavus isolados produziram aflatoxina B1, todos os isolados de A. ochraceus produziram ocratoxina A e nenhum isolado de A. niger foi detectado como produtor de ocratoxina através do método de screening utilizado. A avaliação fúngica realizada com o emprego de 3 meios de cultura tornou claro que a detecção de fungos é dependente do meio de cultura utilizado. A Aw do alimento e do meio também devem ser consideradas para que as análises microbiológicas possam detectar ou valorar a micobiota que, efetivamente, está contaminando o alimento
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