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Uso de plantas com finalidade medicinal por pessoas vivendo com HIV/ AIDS em terapia antirretroviral
It is an observational, analytic study, developed at a hospital in Maranhao-Brazil, from May-2009 to February-2010. The objective was to study the use of plants with medicinal purpose in people living with HIV/AIDS and using retroviral therapy. A total of 339 (three hundred and thirty-nine) people answered a questionnaire about the use of plants and demographic, socioeconomic, behavioral characteristics, including those related to HIV status and use of antiretroviral therapy The prevalence of the use of plants with medicinal purpose was 34,81%. The most often used were: Turnera ulmifolia (chanana) (12,09%), Melissa officinalis (erva cidreira,) (10,62%), Plectranthus barbatus (boldo) (7,67%), Cymbopogan citratus (capim limão) (4,72%) and Mentha spp. (hortelã) (2,36%). Most people interviewed (96,61%) reported improvement after use. A rate of 75,42% of the plant users had not reported their practice to a medical doctor. Among respondents who reported use, 55.17% said their doctor agreed to it, and only one person was advised to discontinue the use (3,45%); only one doctor (3,45%) indicated the use of plants. Multivariate analysis showed differences for the use of plants in relation to gender (female PR= 1,58, 95% CI 1,15 - 2,15 p 0,004) and homosexual practices (PR= 0,63, CI 0,44 - 0,90 p 0,012). This study highlights the need for a better dialogue between doctors and patients about the use of plants with medicinal purposes, and warns about possible dangers when they are combined with antirretroviral therapy, particularly between female and homossexual users.Este foi um estudo observacional, transversal analítico realizado em ambulatório de referência do Estado do Maranhão-Brasil, no período de maio de 2009 a fevereiro de 2010, com o objetivo de estudar o uso de plantas com finalidade medicinal entre pessoas vivendo com HIV/AIDS, em uso de antirretrovirais. Um total de 339 pessoas respondeu um questionário abordando o uso de plantas e características demográficas, socioeconômicas, comportamentais, relacionadas à soropositividade e ao uso de antirretrovirais. A prevalência de utilização de plantas foi de 34,81%. As mais utilizadas foram: Turnera ulmifolia (12,09%); Melissa officinalis (10,62%); Plectranthus barbatus (7,67%); Cymbopogan citratus (capim limão) (4,72%) e Mentha spp. (hortelã) (2,36%). A maioria das pessoas (96,61%) referiu melhora após a utilização. Um percentual de 75,42% dos usuários de plantas não informou essa prática ao médico. Entre os que informaram o uso, 55,17% afirmaram que o médico estava de acordo e somente uma pessoa foi orientada a interromper o uso (3,45%). Apenas um médico (3,45%) indicou o uso de plantas. A análise ajustada evidenciou diferença para uso de plantas em relação ao sexo feminino (RP=1,58, 95% IC 1,15-2,15 p 0,004) e à orientação sexual do tipo homossexual (RP=0,63 IC 0,44-0,90 p 0,012). Este estudo aponta para a necessidade de melhor diálogo entre médico e pacientes sobre o uso de plantas com finalidade medicinal, alertando sobre possíveis perigos quando associados aos antirretrovirais, especialmente entre usuários do sexo feminino ou com prática do tipo homossexual
Popular Health Clinics from the perspective of businesspeople and representatives of the medical profession
The objective is to understand the perspective of entrepreneurs from Popular Health Clinics (CPS) and representatives of the medical profession on services offered by the sector; impacts resulting from the covid-19 pandemic; and future of the medical job market. This is qualitative research, in the area of collective health, focusing on social representations. Semi-structured interviews were carried out, between March and July 2021, with four local businesspeople and three representatives of the medical profession from a city in the northeast region of Brazil. CPS offer assistance services restricted to consultations and exams and with financialized logic strategies. The CPS are presented as an “alternative” to the SUS, a supposed “gap” between private health plans and public services, and as a “new” medical work. Companies offer consultations with specialists at “popular” prices and without a waiting list. The assistance provided is restricted and professionals have no guarantee of labor rights. For those interviewed, access to healthcare represents geographic and temporal accessibility of services at a reduced price. The universal right to health and SUS principles are confronted with the defense of the autonomy of clients and professionals targeting their needs: health and work.Este artigo pretende compreender a perspectiva de empresários de Clínicas Populares de Saúde (CPS) e representantes da classe médica sobre serviços ofertados pelo setor; impactos decorrentes da pandemia covid-19; e futuro do mercado de trabalho médico. Trata-se de pesquisa qualitativa, da área de saúde coletiva, com enfoque nas representações sociais. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas, entre março e julho de 2021, com quatro empresários locais e três representantes de classe médica de uma cidade da região Nordeste do Brasil. As CPS ofertam serviços assistenciais restritos a consultas e exames e com estratégias de lógica financeirizada; se apresentam como “alternativa” ao SUS, uma suposta “lacuna” entre planos de saúde privados e serviços públicos, e como “novo” trabalho médico. As empresas ofertam consultas com especialistas a preços “populares” e sem fila de espera. A assistência prestada é restrita e os profissionais não têm garantia de direitos trabalhistas. Para os entrevistados, o acesso à saúde representa acessibilidade geográfica e temporal de serviço a preço reduzido. O direito universal à saúde e princípios do SUS são confrontados com a defesa da autonomia dos clientes e dos profissionais visando suas necessidades: saúde e trabalho
Association between cognitive decline and the quality of life of hypertensive elderly individuals
Abstract Objective: To evaluate the association between cognitive decline and quality of life in hypertensive elderly persons. Methods: A quantitative, cross-sectional, analytical study involving 125 hypertensive elderly individuals of both genders attending the HIPERDIA Program in São Luís, in the state of Maranhao, was performed. The Mini Mental State Exam (MMSE) was used to evaluate cognitive decline and quality of life was assessed using the Medical Outcomes Study 36 Short-Form Health Survey (SF-36). The normality of the data was verified by the Shapiro-Wilk test. The Mann-Whitney test was also applied (quality of life). The association between cognitive decline and quality of life was evaluated using Spearman's coefficient. Results: The prevalence of cognitive decline was 20.8% and there was a predominance of elderly persons with a low educational level (45.83%). Hypertensive elderly individuals with cognitive decline had a poorer quality of life than those without cognitive decline. A positive association between cognitive function and quality of life was observed for the following domains: functional capacity (r=0.222; p=0.01), pain (r=0.1871; p=0.04), and emotional aspects (r=0.3136; p=0.0005). Conclusion: The results of this study suggest that cognitive decline directly affects the quality of life of the elderly by limiting the capacity to perform activities of daily living, especially if associated with painful medical conditions and emotional disturbances
Delays in access to care for abortion-related complications: the experience of women in Northeast Brazil.
Around 18 million unsafe abortions occur in low and middle-income countries and are associated with numerous adverse consequences to women's health. The time taken by women with complications to reach facilities where they can receive appropriate post-abortion care can influence the risk of death and the extent of further complications. All women aged 18+ admitted for abortion complications to public-sector hospitals in three capital cities in the Northeastern Brazil between August-December 2010 were interviewed; medical records were extracted (N = 2,804). Nearly all women (94%) went straight to a health facility, mainly to a hospital (76.6%); the rest had various care-seeking paths, with a quarter visiting 3+ hospitals. Women waited 10 hours on average before deciding to seek care. 29% reported difficulties in starting to seek care, including facing challenges in organizing childcare, a companion or transport (17%) and fear/stigma (11%); a few did not initially recognize they needed care (0.4%). The median time taken to arrive at the ultimate facility was 36 hours. Over a quarter of women reported experiencing difficulties being admitted to a hospital, including long waits (15%), only being attended after pregnant women (8.9%) and waiting for a bed (7.4%). Almost all women (90%) arrived in good condition, but those with longer delays were more likely to have (mild or severe) complications. In Brazil, where access to induced abortion is restricted, women face numerous difficulties receiving post-abortion care, which contribute to delay and influence the severity of post-abortion complications
Desafios no cuidado de crianças nascidas de mães com diagnóstico de COVID-19 durante a pandemia
Objetivo: Compreender os desafios no cuidado de crianças nascidas de mães com COVID-19 durante a pandemia.Método: Pesquisa qualitativa, realizada de novembro de 2020 a maio de 2021, em duas maternidades públicas, com mulheres que tiveram filhos na primeira onda da pandemia, diagnosticadas com COVID-19, durante a gestação e/ou parto. Realizaram-se 19 entrevistas semiestruturadas com análise temática. Utilizou-se do Interacionismo Simbólico como referencial teórico.Resultados: Identificaram-se mudanças nos cuidados a crianças recém-nascidas. No ambiente doméstico, as medidas de higiene com o recém-nascido foram redobradas, o isolamento social restringiu a rede de apoio e as mães se sentiram sozinhas e sobrecarregadas. No âmbito assistencial, houve retrocesso no cuidado neonatal e interrupção de cuidados profissionais, como suspensão de consultas.Conclusão: A pandemia reestruturou os modelos tradicionais de cuidados familiares, intensificou as dificuldades de acesso à saúde e expôs as crianças a riscos inerentes à falta de acompanhamento.Descritores: COVID-19. Cuidado da criança. Relações mãe-filho. Saúde da criança
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA NO MARANHÃO: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS / SYSTEMIC ARTERIAL HYPERTENSION IN MARANHÃO: PREVALENCE AND ASSOCIATED FACTORS
Introdução: Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um desafio para a saúde pública do Brasil. Objetivo: Estimar prevalência da HAS e fatores associados na população de adultos residentes nos seis municípios mais populosos do Maranhão. Métodos: Realizou-se estudo transversal de base populacional com amostragem por conglomerados com 1.051 pessoas entre 20 e 59 anos de idade. Foi utilizado questionário estruturado e aferidas pressão arterial, peso, altura e cintura abdominal. Foram estimadas prevalencias de HAS e taxas de HAS autoreferida e controlada. Para estimativas da razão de prevalências e intervalo de confiança de 95% foi utilizado o modelo de regressão de Poisson no programa Stata® 10.0. Resultados: A prevalência de hipertensão arterial foi de 23,1% (IC 20,5% a 25,6%) e maior no sexo masculino (25,7%) que no feminino (21,3%). A taxa de HAS autoreferida foi de 13,6% e destes 27,3% apresentaram pressão arterial (PA) elevada. Dentre os 907 indivíduos (86,4%) que não referiram ser hipertensos, 4,5% estavam com PA elevada. Na análise ajustada permaneceram associados à HAS: idade igual ou superior a 30 anos, sendo mais prevalente a faixa etária de 50 a 59 anos (RP=4,23 IC95% 3,18 – 5,62), cor preta da pele (RP= 1,32 IC95% 1,02 - 1,71), cintura abdominal alterada (RP=1,72 IC95% 1,30 - 2,29). Conclusão: Idade acima de 30 anos, cor preta da pele e obesidade central foram os fatores que tiveram associação estatisticamente significante com a HAS. Mais de um quarto dos entrevistados que referiram ser hipertensos estavam com PA alterada, indicando situações passiveis de intervenção.Palavras-chave: Hipertensão, Epidemiologia, Prevalência.AbstractIntroduction: Systemic Arterial Hypertension (SAH) is a challenge for public health in Brazil. Objective: To estimate the prevalence of SAH and associated factors in the adult population from the six most populous municipalities of Maranhão. Methods: A cross-sectional study was performed with population-based random sampling process with conglomerates. 1051 individuals with ages ranging from 20 to 59 years participated of this study. It was used a structured questionnaire and we measured the blood pressure (BP), weight, height and waist circumference. We estimated the prevalence of SAH and the rates of controlled and self-reported SAH. In order to estimate the prevalence ratio and the confidence interval of 95% we used Poisson regression model using the software Stata® 10.0. Results: The prevalence of SAH was 23.1% (IC 20.5% to 25.6%) and higher among males (25.7%) in comparison to females (21.3%). The rate of self-reported hypertension was 13.6% and of these 27.3% had high blood pressure. Among the 907 individuals (86.4%) who didn't reported hypertension, 4.5% had high blood pressure. In the adjusted analysis the following factors remained associated with hypertension: age less than 30 years, being the more prevalent age group of 50 to 59 years (PR=4.23; 95% CI: 3.18 to 5.62), black skin (PR=1.32; 95%CI: 1.02 to 1.71), abnormal waist circumference (PR=1.72; 95% CI: 1.30 to 2.29). Conclusion: Age above 30 years, black skin and central obesity were the factors that were significantly associated with hypertension. Over a quarter of respondents who reported hypertension were with high blood pressure, indicating liable situations to intervention.Keywords: Hypertension, epidemiology, prevalence
Prevalência e fatores associados à hesitação vacinal contra a covid-19 no Maranhão, Brasil
OBJECTIVES: To estimate the prevalence and factors associated with hesitancy in getting the vaccine against SARS-CoV-2 in Maranhão, Brazil. METHODS: This is a cross-sectional population-based study conducted from October 19 to 30, 2020. The estimates were calculated based on clustering, stratification, and non-response. A three-stage sampling was adopted, considering stratum, census tracts, and domicile. After systematic analysis, thirty sectors were selected in each stratum, totaling 150 sectors. Each sector contained a fixed number of 34 households, thus totaling 5,100 households. One individual within each household (resident for at least six months and aged one year or more) was selected by a simple random sampling. We questioned participants about their vaccination intention. Univariate association between independent variables and the outcome were verified using descriptive analysis (weighted frequencies) and Pearson's chi-square test (p < 0.05). Robust multivariate analysis was performed using a three-level hierarchical model. RESULTS: We found 17.5% (95%CI 16.1–19.1%) of the 4,630 individuals interviewed to report hesitancy to be vaccinated against covid-19. After final model adjustment, vaccination hesitancy was statistically higher among residents of the cities of Imperatriz (24.0%; RP = 1.48; IC95% 1.09–2.02) and municipalities of the Grande Ilha de São Luís (20.7%; RP = 1.34; 95%CI 1.02–1.76), female individuals (19.8%; RP = 1.44; 95%CI 1.20–1.75), older adults (22.8%; RP = 1.79; IC95% 1.30–2.46), evangelicals (24.1%; RP = 1.49; 95%CI 1.24–1.79), and those without reported symptoms (18.6%; RP = 1.24; 95%CI 1.02–1.51). We found no statistical differences for other socioeconomic and demographic characteristics, as well as variables related to the labor market, behaviors, and health conditions of the interviewees. CONCLUSION: The prevalence of vaccine hesitancy in Maranhão and its association with individual, contextual, and clinical factors enable us to identify the groups and contexts of greatest resistance, requiring special attention from public strategies to ensure wide vaccination.OBJETIVOS: Estimar a prevalência e fatores associados à hesitação ao uso da vacina contra o vírus SARS-CoV-2 no Maranhão, Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional realizado de 19 a 30 de outubro de 2020. As estimativas consideraram agrupamento, estratificação e não resposta. A seleção da amostra foi realizada em três estágios (estrato, setores censitários e domicílio). Após análise sistemática, em cada estrato foram selecionados trinta setores, totalizando 150 setores, sendo o número de domicílios em cada setor fixado em 34, totalizando 5.100 domicílios e um indivíduo por domicílio (residente pelo menos há seis meses e com um ano de idade ou mais) selecionado por amostra aleatória simples. A intenção de ser vacinado foi questionada aos participantes. Foi realizada análise descritiva (frequências ponderadas) e teste do qui-quadrado de Pearson para verificar associação univariada entre as variáveis independentes e o desfecho (p < 0,05). Realizou-se análise multivariada robusta utilizando-se modelagem hierarquizada em três níveis. RESULTADOS: Foram entrevistados 4.630 indivíduos. A prevalência de hesitação vacinal foi de 17,5% (IC95% 16,1–19,1%). Após ajuste final do modelo, a hesitação vacinal foi estatisticamente maior entre moradores das cidades de Imperatriz (24,0%; RP = 1,48; IC95% 1,09–2,02) e de munícipios da Grande Ilha de São Luís (20,7%; RP = 1,34; IC95% 1,02–1,76), pessoas do sexo feminino (19,8%; RP = 1,44; IC95% 1,20–1,75), idosos (22,8%; RP = 1,79; IC95% 1,30–2,46), pertencentes às religiões de denominação evangélica (24,1%; RP = 1,49; IC95% 1,24–1,79) e entre aqueles sem relato de sintomas (18,6%; RP = 1,24; IC95% 1,02–1,51). Outras características socioeconômicas e demográficas, assim como variáveis relacionadas ao mercado de trabalho, comportamentos e condições de saúde dos entrevistados, não tiveram diferença estatística. CONCLUSÃO: A prevalência de hesitação vacinal no Maranhão e sua associação com fatores individuais, contextuais e clínicos revelam os grupos e contextos mais resistentes e que devem merecer atenção especial das estratégias públicas para garantir a ampla vacinação
Evaluación de servicios de asistencia ambulatoria en sida, Brasil: estudio comparativo 2001/2007
OBJETIVO: Avaliar os serviços do Sistema Único de Saúde brasileiro de assistência ambulatorial a adultos vivendo com aids em 2007 e comparar com a avaliação de 2001. MÉTODOS: Os 636 serviços cadastrados no Ministério da Saúde em 2007 foram convidados a responder a um questionário previamente validado (Questionário Qualiaids) com 107 questões de múltipla escolha sobre a organização da assistência prestada. Analisaram-se as frequências das respostas de 2007 comparando-as com as obtidas em 2001 na forma de variação percentual (VP). RESULTADOS: Responderam o questionário 504 (79,2%) serviços. Cerca de 100,0% dos respondentes relataram ter pelo menos um médico, suprimento sem falhas de antirretrovirais e de exames CD4 e carga viral. Vários aspectos mostraram melhor desempenho em 2007 comparados a 2001: registro de número de faltas à consulta médica (de 18,3 para 27,0%, VP: 47,5%), agendamento de consulta em menos de 15 dias no início da terapia antirretroviral (de 55,3 para 66,2%, VP: 19,7%) e participação organizada do usuário (de 5,9 para 16,7%, VP: 183,1%). Houve manutenção de dificuldades: pequena variação na disponibilidade de exames especializados em até 15 dias, como endoscopia (31,9 para 34,5%, VP: 8,1%), e a piora de indicadores como tempo ideal de acesso a consultas especializadas (55,9 para 34,5% em cardiologia, VP negativa de 38,3%). O tempo médio despendido nas consultas médicas de seguimento manteve-se baixo: 15 minutos ou menos (52,5 para 49,5%, VP negativa de 5,8%). CONCLUSÕES: A avaliação de 2007 mostrou que os serviços contam com os recursos essenciais para a assistência ambulatorial. Houve melhoras em muitos aspectos em relação a 2001, mas persistem desafios. Pouco tempo dedicado à consulta médica pode estar vinculado ao número insuficiente de médicos e/ou à baixa capacidade de escuta e diálogo. A acessibilidade prejudicada a consultas especializadas mostra a dificuldade das infraestruturas locais do Sistema Único de Saúde.OBJECTIVE: To assess Brazilian Unified Health System outpatient services delivering care to adults living with AIDS in 2007 and to compare with the assessment conducted in 2001. METHODS: The 636 health services registered in the Ministry of Health in 2007 were invited to respond to a previously validated questionnaire (Qualiaids Questionnaire) with 107 multiple-choice questions about the organization of care delivery. It analyzed the frequencies of responses to the 2007 questionnaire compared with those found in that of 2001 through percent variation (PV). RESULTS: 504 (79.2%) of the services responded to the questionnaire. Almost 100.0% of the respondents reported having essential resources for outpatient care: having at least one doctor, sufficient supplies of antiretroviral drugs, CD4 and viral load tests. Many aspects displayed improvement in 2007 compared to 2001: registry of missed medical appointments (from 18.3 to 27.0%, PV: 47.5%), follow-up appointment within 15 days of starting antiretroviral treatment (from 55.3 to 66.2%, PV: 19.7%) and user's organized participation (from 5.9 to 16.7%, PV: 183.1%). However, some difficulties remained: little change in the availability of specialized exams, such as endoscopy, within 15 days, (31.9 to 34.5%, PV: 8.1%) and decreases in indicators such as optimal time access to specialized appointments (55.9 to 34.5% in cardiology, negative PV: 38.3%). Mean time spent in follow-up medical appointments remained low: about 15 minutes (52.5 to 49.5%, negative PV: 5.8%). CONCLUSIONS: The 2007 assessment revealed that services have essential resources for ambulatory assistance. There was some improvement in many aspects compared to 2001, although some challenges still remain. Little time dedicated to medical appointments may be linked to insufficient number of doctors and/or due to reduced capacity of listening and dialogue. Impaired access to specialized appointments reveals the difficulty local Brazilian Unified Health System facilities have regarding infrastructure.OBJETIVO: Evaluar los servicios del Sistema Único de Salud brasileño de asistencia ambulatoria a adultos viviendo con sida en 2007 y comparar con la evaluación de 2001. MÉTODOS: Los 636 servicios catastrados en el Ministerio de la Salud en 2007 fueron invitados a responder un cuestionario previamente validado (Cuestionario Qualiaids) con 107 preguntas de selección múltiple sobre la organización de la asistencia prestada. Se analizaron las frecuencias de las respuestas de 2007 comparándolas con las obtenidas en 2001 en la forma de variación porcentual (VP). RESULTADOS: Respondieron el cuestionario 504 (79,2%) servicios. Cerca de 100,0% de los encuestados relataron tener al menos un médico, suministro sin fallas de antirretrovirales y de exámenes CD4 y carga viral. Varios aspectos mostraron mejor desempeño en 2007 al compararse con 2001: registro de número de faltas a la consulta médica (de 18,3 a 27,0%, VP: 47,5%), conseguir consulta en menos de 15 días en el inicio de la terapia antirretroviral (de 55,3 a 66,2%, VP: 19,7%) y participación organizada del usuario (de 5,9 a 16,7%, VP: 183,1%). Se mantuvieron algunas dificultades: pequeña variación en la disponibilidad de exámenes especializados en hasta 15 días, como endoscopia (31,9 a 34,5%, VP: 8,1%) y empeoraron indicadores como tiempo ideal de acceso a consultas especializadas (55,9 a 34,5% en cardiología, VP negativa de 38,3%). El tiempo promedio empleado en las consultas médicas de seguimiento se mantuvo bajo: 15 minutos o menos (52,5 a 49,5%, VP negativa de 5,8%). CONCLUSIONES: La evaluación de 2007 mostró que los servicios cuentan con los recursos esenciales para la asistencia ambulatoria. Hubo mejorías en muchos aspectos con relación a 2001, pero persisten desafíos. Poco tiempo dedicado a la consulta médica puede estar vinculado al número insuficiente de médicos y/o a la baja capacidad de atención y diálogo. El acceso perjudicado a consultas especializadas muestra la dificultad de las infraestructuras locales del Sistema Único de Salud
Avaliação das salas de imunização de uma capital do nordeste do Brasil
The evaluation by the National Program of the different quality rooms of the determined protocols (PNI) makes an assessment of the various factors that can interfere with the local asymbiological vaccine. With this, it is possible to obtain satisfactory results and to reorder the execution and offer of quality services. The present study aimed to evaluate the immunization rooms in the city of São Luís, Maranhão. This is an evaluative study carried out in 65 Municipal Vaccine rooms, carried out in São Paulo, in a Supervision Room (PAISSV). Most rooms were considered good (58.6%), but none were ideal. The most impacting were found in the room temperature that was not between 18ºC to 20ºC (67.69%), data and opening time of the bottle were not recorded (75.38%), control cards were not organized by return data (70.77%), the search for counterfeiters was not carried out (60.00%), there was no distribution box so as not to turn off the circuit breaker in the electrical search room (78.46%) and there was no active a preventive maintenance and/or correction program for the refrigerator (64.62%). Public vaccination rooms in São Luís were performed as good. Thus, it is necessary to supervise, monitor and evaluate professionals, with permanent education strategies.A avaliação das salas de vacina se faz necessária pelos diversos fatores que podem interferir na qualidade dos imunobiológicos presentes no local e assim comprometer sua eficácia, por meio da identificação de problemas que comprometem a concretização dos protocolos determinados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI). Com isso, é possível obter resultados satisfatórios e reordenar a execução e a oferta de serviços de qualidade. O presente estudo objetivou avaliar as salas de imunização da cidade de São Luís, Maranhão. Trata-se de estudo avaliativo realizado no município de São Luís – MA, em 65 salas que administram vacinas através do Instrumento de Supervisão em Sala de Vacinação (PAISSV). Nenhuma sala foi considerada como ideal, mas 58,46% obtiveram o escore bom. Contudo, 67,69% das salas apresentaram temperatura diferente de 18ºC a 20ºC, 75,38% não realizava o registro de data e hora de abertura do frasco, 70,77% não organizava os cartões de controle por data de retorno, em 60,00% não era realizada a busca ativa de faltosos, o informativo não desligar o disjuntor na caixa de distribuição elétrica não estava presente em 78,46% e o programa de manutenção preventiva e/ou corretiva para o refrigerador era inexistente em 64,62%. As salas de vacinas dos serviços de saúde pública de São Luís foram consideradas como boas, porém não exime a necessidade de fiscalização e avaliação, juntamente com estratégias de qualificação dos profissionais
Fatores perinatais e da vida adulta jovem associados à adiposidade
We used body mass index (BMI) and waist circumference (WC) as fat indicators to assess whether perinatal and early adulthood factors are associated with adiposity in early adulthood. We hypothesized that risk factors differ between men and women and are also different when WC is used for measuring adiposity as opposed to BMI. We conducted a longitudinal study based on a sample of 2,063 adults from the 1978/1979 Ribeirao Preto birth cohort. Adjustment was performed using four sequential multiple linear regression models stratified by sex. Both perinatal and early adulthood variables influenced adulthood BMI and WC. The associations differed between men and women and depending on the measure of abdominal adiposity (BMI or WC). Living with a partner, for both men and women, and high fat and alcohol intake in men were factors that were consistently associated with higher adulthood BMI and WC levels. The differences observed between sexes may point to different lifestyles of men and women, suggesting that prevention policies should consider gender specific strategies.Utilizou-se o índice de massa corporal (IMC) e a circunferência de cintura (CC) para avaliar se alguns fatores perinatais e da vida adulta se associam com adiposidade na vida adulta jovem. Trabalhou-se com a hipótese de que os fatores de risco diferem entre homens e mulheres e também são diferentes quando a CC é utilizada como medida de adiposidade em vez do IMC. Realizou-se estudo longitudinal baseado em 2.063 pessoas da coorte de nascimentos de 1978/1979 de Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Foi feito ajuste sequencial em quatro modelos de regressão linear múltipla, estratificados por sexo. Tanto variáveis do início da vida como atuais interferiram no IMC e na CC. As \ud
associações foram diferentes para homens e mulheres, e também quando se considerou o IMC ou a CC. Homens e mulheres que vivem com companheira(o) e homens que têm consumo elevado de gordura e álcool apresentam maiores valores de IMC e de CC. As diferenças encontradas podem apontar para estilos de vida diferentes de homens e mulheres, sugerindo que as políticas de prevenção também precisam traçar estratégias diferenciadas segundo gênero.FAPESP [93/0525-0, 97/09517-1, 00/09508-7]CNPq [523474/96-2, 520664/98-1]Fundacao de Auxilio ao Ensino, Pesquisa e Assistencia do HCFMRP-US
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