23 research outputs found

    O português falado no Sul do Brasil: um balanço das áreas dialetais a partir de itens lexicais do ALiB

    Get PDF
    Considerando que a variação é inerente às línguas, cabe à Dialetologia, principalmente por meio do método geolinguístico, identificar, analisar e descrever essa variação em diferentes dimensões, com prioridade para as variedades associadas ao espaço territorial. Desse modo, nesta pesquisa, que se liga ao projeto Atlas Linguístico do Brasil – ALiB – e também à dissertação Aspectos Lexicais do português do Brasil: um recorte de variantes registradas pelo ALiB, buscamos investigar, a partir dos itens lexicais banana dupla, filho mais moço, carne moída, glutão e semáforo, a existência de diferentes áreas dialetais no sul do Brasil. Para tanto, objetivamos: (i) proceder ao levantamento das variantes registradas pelo ALiB para os itens lexicais em questão na Região Sul do Brasil; (ii) mapear a distribuição das variantes, por meio do software SGVCLin; e (iii) comparar as fotografias linguísticas do Sul apresentadas por Koch (2000) e Altenhofen (2002), com base nos dados do ALERS, com as possíveis fotografias reveladas pelos dados do ALiB. Assim, por meio deste estudo, buscamos mais uma vez contestar a homogeneidade linguística existente nos falares sulistas proposto por Nascentes (1953) e evidenciar a diversidade linguística existente no português falado no Brasil

    Dialogues entre la flexion verbale du Portugais et du Français

    Get PDF
    Les langues romanes, comme le portugais et le français, partagent plusieurs caractéristiques morphologiques dans leurs paradigmes de flexion verbale. Ainsi, il est possible d’établir une série d’associations et opérations morphologiques spécifiques à chaque langue. Mais il y a aussi des règles générales et des morphèmes équivalents dans ces deux systèmes en ce qui concerne la flexion verbale, les désinences de mode, temps, nombre et personne. Cet article a) présente le fonctionnement morphologique de la flexion verbale du portugais et du français à travers une méthodologie descriptive et comparative de la formation et de l’utilisation du verbe et b) discute les similitudes et les différences entre les deux systèmes à partir d’une approche théorique lexicale basée dans le morphème. Nous argumentons en faveur d’un modèle commun et général sous-jacent aux structures morphologiques de la flexion verbale du portugais et du français.MOTS-CLÉS: Morphologie. Flexion Verbale. Langues Romanes.As línguas latinas, como o português e o francês, compartilham uma série de características morfológicas em seus paradigmas de flexão verbal. Assim, podem-se estabelecer associações e operações morfológicas específicas a cada língua. Mas existem também regras gerais e morfemas equivalentes nos dois sistemas em relação às desinências modo-temporal e número-pessoal. Este artigo a) apresenta o funcionamento morfológico da flexão verbal do português e do francês através de uma metodologia descritiva e comparativa da formação e utilização do verbo e b) discute as semelhanças e diferenças entre os dois sistemas a partir de uma abordagem teórica lexical baseada no morfema. Argumenta-se a favor de um modelo comum e geral subjacente às estruturas morfológicas da flexão verbal do português e do francês.PALAVRAS-CHAVE: Morfologia. Flexão Verbal. Línguas Latinas. RÉSUMÉLes langues romanes, comme le portugais et le français, partagent plusieurs caractéristiques morphologiques dans leurs paradigmes de flexion verbale. Ainsi, il est possible d’établir une série d’associations et opérations morphologiques spécifiques à chaque langue. Mais il y a aussi des règles générales et des morphèmes équivalents dans ces deux systèmes en ce qui concerne la flexion verbale, les désinences de mode, temps, nombre et personne. Cet article a) présente le fonctionnement morphologique de la flexion verbale du portugais et du français à travers une méthodologie descriptive et comparative de la formation et de l’utilisation du verbe et b) discute les similitudes et les différences entre les deux systèmes à partir d’une approche théorique lexicale basée dans le morphème. Nous argumentons en faveur d’un modèle commun et général sous-jacent aux structures morphologiques de la flexion verbale du portugais et du français.MOTS-CLÉS: Morphologie. Flexion Verbale. Langues Romanes

    A variação da lateral pós-vocálica /l/ no português do Brasil

    Get PDF
    No português do Brasil, a lateral posvocálica apresenta cinco variantes possíveis, com predomínio da lateral velarizada em certas regiões do sul, ao passo que a variante vocalizada é a predominante nas outras regiões. Tal variação é condicionada tanto por fatores internos (contexto fonológico anterior, posição na palavra etc.) quanto por fatores externos (faixa etária e região geográfica, predominantemente). A presente análise da variação da lateral é feita com base nos dados do projeto ALiB de todas as capitais brasileiras. Com base na fonologia gerativa padrão, busca-se sustentar que, com a vocalização da lateral em final de sílaba, esse fonema deixa de ocupar a coda silábica para fazer parte do núcleo, fazendo com que aumente significativamente o número de sílabas abertas do português do Brasil

    Variação do item lexical camomila no Paraná com base nos dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – ALiB

    Get PDF
    O objetivo deste artigo é apresentar a variação lexical do item camomila no Estado do Paraná com base no banco de dados do Projeto Atlas Linguístico do Brasil – ALiB. Parte-se da hipótese de que a variação de nome para designar essa planta de grande importância sociocultural no estado coincide, até certo ponto, com a delimitação das subáreas dialetais do Paraná apontadas por Koch (2000) e Altenhofen (2002) em conformidade com variantes linguísticas do Atlas Linguístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil – ALERS. O corpus do estudo é composto pelas respostas obtidas a partir da questão 41 do Questionário Semântico-Lexical do ALiB, por 68 informantes em 17 localidades no Paraná. O mapeamento da distribuição das variantes, a geração dos mapas e o tratamento quantitativo dos dados foi realizado com o auxílio do software SGVClin. Os resultados obtidos demonstram a presença de duas variantes lexicais principais: camomila e maçanilha, cuja distribuição diatópica confirma a nossa hipótese e corrobora a tese da divisão das áreas dialetais no Paraná

    Metodologia geolinguística

    Get PDF
    Este artigo trata da metodologia da pesquisa voltada à elaboração de atlas linguísticos. Apresenta: (i) uma sistematização das etapas da execução de um projeto de atlas segundo as tarefas técnicas dos diferentes agentes envolvidos; (ii) uma proposta de uma técnica inédita — chamada ‘técnica de efeito tríplice’ — referente à elicitação de dados semântico-lexicais, à sua etiquetagem e à sua cartografação; e (iii) uma classificação de juízos metalinguísticos/epilinguísticos e etnográficos emitidos pelos informantes em inquérito semântico-lexical. Adicionalmente, propõe-se um modelo de elicitação semântico-lexical de estrutura algorítmica

    Sinonímia e paráfrase: algumas considerações a partir de dados do Atlas lingüístico-etnográfico da região sul - ALERS

    No full text
    This text is a contribution to the study of synonymy and paraphrase, from an onomasiologic point of view. If, on the one hand, the idea of characterizing paraphrase as a relation of semantic identity (absolute synonymy) is rejected, on the other, the possibility of the perception of semantic equivalence is recognized. Based on empirical data obtained from the “Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul (ALERS)” (Linguistic-Ethnographic Atlas of the South Brazil Region), it is demonstrated that it is not possible to consider synonymy outside the context in which the words are used, that synonymy is gradual and that the choice of one or another paraphrastic structure is never random.Presentamos, en este texto, algunas contribuciones para el estudio de la sinonimia y de la paráfrasis, desde un punto de vista onomasiológico. Si, por un lado, renunciamos a la idea de caracterizar la paráfrasis como una relación de identidad semántica (sinonimia absoluta), por el outro, reconocemos la posibilidad de compresión de la equivalencia semántica. Con base en datos empíricos del Atlas Lingüístico-Etnográfico de la Región Sur do Brasil (ALERS), demostramos que es posible pensar la sinonimia fuera del contexto en que las palabras son empleadas, que la sinonimia es gradual y que la elección de una o de otra estructura parafrásica nunca es al acaso..Dans ce texte, nous procédons à la présentation de quelques apports destinés aux études en synonymie et en paraphrase, à partir d’un point de vue onomasiologique. Si, d’une part, nous n’avons pas voulu caractériser la paraphrase en tant que rapport d’identité sémantique (synonymie absolue), d’autre part nous avons envisagé la possibilité d’appréhension de l’équivalence sémantique. Ayant comme support des données empiriques fournies par l’ “Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul (ALERS)” [Atlas Linguistique et Éthnographique de la Région Sud du Brésil], nous avons démontré, premièrement, que ce n’est pas possible de réfléchir sur la synonymie hors du contexte dans lequel les paroles sont employées, et ensuite, nous avons aussi établi que la synonymie est graduelle et que le choix entre deux structures paraphrastiques n’est pas aléatoire.Apresentamos, neste texto, algumas contribuições para o estudo da sinonímia e da paráfrase, a partir de um ponto de vista onomasiológico. Se, de um lado, renunciamos à idéia de caracterizar a paráfrase como relação de identidade semântica (sinonímia absoluta), por outro lado, reconhecemos a possibilidade de apreensão da equivalência semântica. Com base em dados empíricos fornecidos pelo Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil – ALERS, demonstramos que não é possível pensar a sinonímia fora do contexto em que as palavras são empregadas, que a sinonímia é gradual e que a escolha de uma ou de outra estrutura parafrástica nunca é aleatória

    Sinonímia e paráfrase: algumas considerações a partir de dados do Atlas lingüístico-etnográfico da região sul - ALERS

    No full text
    This text is a contribution to the study of synonymy and paraphrase, from an onomasiologic point of view. If, on the one hand, the idea of characterizing paraphrase as a relation of semantic identity (absolute synonymy) is rejected, on the other, the possibility of the perception of semantic equivalence is recognized. Based on empirical data obtained from the “Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul (ALERS)” (Linguistic-Ethnographic Atlas of the South Brazil Region), it is demonstrated that it is not possible to consider synonymy outside the context in which the words are used, that synonymy is gradual and that the choice of one or another paraphrastic structure is never random.Presentamos, en este texto, algunas contribuciones para el estudio de la sinonimia y de la paráfrasis, desde un punto de vista onomasiológico. Si, por un lado, renunciamos a la idea de caracterizar la paráfrasis como una relación de identidad semántica (sinonimia absoluta), por el outro, reconocemos la posibilidad de compresión de la equivalencia semántica. Con base en datos empíricos del Atlas Lingüístico-Etnográfico de la Región Sur do Brasil (ALERS), demostramos que es posible pensar la sinonimia fuera del contexto en que las palabras son empleadas, que la sinonimia es gradual y que la elección de una o de otra estructura parafrásica nunca es al acaso..Dans ce texte, nous procédons à la présentation de quelques apports destinés aux études en synonymie et en paraphrase, à partir d’un point de vue onomasiologique. Si, d’une part, nous n’avons pas voulu caractériser la paraphrase en tant que rapport d’identité sémantique (synonymie absolue), d’autre part nous avons envisagé la possibilité d’appréhension de l’équivalence sémantique. Ayant comme support des données empiriques fournies par l’ “Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul (ALERS)” [Atlas Linguistique et Éthnographique de la Région Sud du Brésil], nous avons démontré, premièrement, que ce n’est pas possible de réfléchir sur la synonymie hors du contexte dans lequel les paroles sont employées, et ensuite, nous avons aussi établi que la synonymie est graduelle et que le choix entre deux structures paraphrastiques n’est pas aléatoire.Apresentamos, neste texto, algumas contribuições para o estudo da sinonímia e da paráfrase, a partir de um ponto de vista onomasiológico. Se, de um lado, renunciamos à idéia de caracterizar a paráfrase como relação de identidade semântica (sinonímia absoluta), por outro lado, reconhecemos a possibilidade de apreensão da equivalência semântica. Com base em dados empíricos fornecidos pelo Atlas Lingüístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil – ALERS, demonstramos que não é possível pensar a sinonímia fora do contexto em que as palavras são empregadas, que a sinonímia é gradual e que a escolha de uma ou de outra estrutura parafrástica nunca é aleatória
    corecore