16 research outputs found

    GUERREIRO JUNIOR, Antonio Roberto. 2015. Ancestrais e suas sombras: uma etnografia da chefia Kalapalo e seu ritual mortuário. Campinas, SP: Editora da Unicamp. 520 p.

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    Resenha do livro Ancestrais e suas sombras: uma etnografia da chefia Kalapalo e seu ritual mortuário, de Antonio Guerreiro Jr, publicado em 2015

    Os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá e os Estudos Complementares do Rio Bacajá: reflexões sobre a elaboração de um laudo de impacto ambiental

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    Como se produz um estudo de impacto ambiental? O objetivo aqui é apresentar o processo de elaboração de dados e redação dos Estudos Complementares do Rio Bacajá, um estudo de impacto ambiental realizado na Terra Indígena Trincheira-Bacajá decorrente da construção do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte na região do Médio Xingu. Através do acompanhamento das equipes de especialistas nas aldeias, durante a etapa de coleta de dados, e do descontentamento dos Xikrin com o resultado final do laudo, intenta-se problematizar a forma de realização desse tipo de documento. Como garantir a presença e a voz dos conhecimentos dos povos indígenas nesses processos? Com essa questão colocada pelos Xikrin, durante a apresentação do resultado final dos Estudos, pretendo tornar visíveis as teorias dos Xikrin sobre a relação hidrológica do rio Bacajá com o rio Xingu e suas previsões de impacto, que foram obliteradas pela versão final do documento.How is produced an Environmental Impact Inquiry? The aim here is to bring forward the process of elaboration and composition of the Complementary Studies on Bacajá River, an inquiry of environmental impact that was conducted in the Trincheira-Bacajá’s Indigenous Territory as part of the process of building the Belo Monte Hydroelectric Plant in Xingu River. By monitoring teams of specialists in the villages during the data collection stages, allied to the clear discontent of the Xikrin Indians with the final report, this article intends to reflect critically on this kind of inquiry. How can we guarantee the presence and the voice of indigenous knowledge in those documents? As the Xikrin Indians had put this issue, my aim is to make visible the Xikrin theories on the hydrological relations between the Bacajá and Xingu Rivers and their foreknowledge of hazards, both of them obliterated on the final version of the document

    Condições para a manutenção da dinâmica sazonal de inundação, a conservação do ecossistema aquático e manutenção dos modos de vida dos povos da volta grande do Xingu

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    A biodiversidade aquática e a elevada produtividade pesqueira da Bacia Amazônica se devem principalmente à dinâmica anual dos pulsos de inundação e às extensas áreas alagáveis. Alguns dos principais impactos da construção de barragens para geração de hidroeletricidade incidem precisamente nesta dinâmica hidrológica. A construção da Usina Hidrelétrica (UHE) Belo Monte interfere na dinâmica hidrológica da Volta Grande do Xingu (VGX) ao desviar a maior parte da vazão para fora desse trecho do rio. Com base em uma análise crítica da literatura sobre o impacto de barragens e de monitoramentos em campo, que vêm sendo conduzidos tanto pelo empreendedor quanto por pesquisas independentes, verificamos que seriam necessários volumes de água substancialmente maiores do que o hidrograma proposto pela empresa e pela Agência Nacional de Águas (ANA), para não causar a total ruptura na conexão do rio com as planícies alagáveis, com efeitos negativos em cascata que comprometem, inclusive, a segurança alimentar em toda a VGX. A proposta de testar o hidrograma estabelecido pela empresa por seis anos, com uma drástica redução de vazão e perda da previsibilidade e regularidade do pulso anual de inundação, fere o Princípio Precaucionário, contraria o conhecimento ecológico acumulado sobre o tema e coloca em risco o ambiente, a biota e os modos de vida das populações humanas estabelecidas naquela região.Palavras-chave: Volta Grande do Xingu. Juruna (Yudjá). Hidrograma de Consenso. Regras de operação. Belo Monte

    Crianças invisíveis da Reserva Indígena Icatu/SP

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    Financiadora de Estudos e ProjetosComo as crianças Kaingang do Icatu SP vivenciam os espaços da aldeia? A proposta desta dissertação é contribuir para as discussões sobre as relações sociais das crianças indígenas a partir da experiência etnográfica entre os Kaingang da aldeia Icatu SP. O recorte dessa temática surgiu de meu descontentamento inicial com relação às atividades das crianças no cotidiano da Reserva. Contrário do que eu esperava encontrar, as crianças pareciam-me invisíveis. Assim, percebi que elas passavam a maior parte do tempo dentro dos quintais, nas casas de suas avós maternas. Essa invisibilidade levou-me a refletir sobre os modos como poderia realizar minha pesquisa. A saída encontrada em campo, indicada pelas mulheres, foi conversar com mães, tias e avós das casas que eu frequentava. Essa configuração levou à necessidade de destacar a não transitoriedade das crianças da aldeia Icatu SP como uma forma específica do tipo de relação entre elas e suas casas e promover uma discussão sobre a impossibilidade da aplicação de conceitos universais em pesquisas que tem a criança como destaque

    Os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá e os Estudos Complementares do Rio Bacajá: reflexões sobre a elaboração de um laudo de impacto ambiental

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    Resumo Como se produz um estudo de impacto ambiental? O objetivo aqui é apresentar o processo de elaboração de dados e redação dos Estudos Complementares do Rio Bacajá, um estudo de impacto ambiental realizado na Terra Indígena Trincheira-Bacajá decorrente da construção do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte na região do Médio Xingu. Através do acompanhamento das equipes de especialistas nas aldeias, durante a etapa de coleta de dados, e do descontentamento dos Xikrin com o resultado final do laudo, intenta-se problematizar a forma de realização desse tipo de documento. Como garantir a presença e a voz dos conhecimentos dos povos indígenas nesses processos? Com essa questão colocada pelos Xikrin, durante a apresentação do resultado final dos Estudos, pretendo tornar visíveis as teorias dos Xikrin sobre a relação hidrológica do rio Bacajá com o rio Xingu e suas previsões de impacto, que foram obliteradas pela versão final do documento

    Os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá e os Estudos Complementares do Rio Bacajá: reflexões sobre a elaboração de um laudo de impacto ambiental.

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    Resumo Como se produz um Estudo de Impacto Ambiental? O objetivo aqui é apresentar o processo de elaboração de dados e redação dos Estudos Complementares do Rio Bacajá, um estudo de impacto ambiental realizado na Terra Indígena Trincheira-Bacajá decorrente da construção do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte na região do Médio Xingu. Através do acompanhamento das equipes de especialistas nas aldeias, durante a etapa de coleta de dados, e do descontentamento dos Xikrin com o resultado final do laudo, intenta-se problematizar a forma de realização desse tipo de documento. Como garantir a presença e a voz dos conhecimentos dos povos indígenas nesses processos? Com essa questão colocada pelos Xikrin, durante a apresentação do resultado final dos Estudos, pretendo tornar visíveis as teorias dos Xikrin sobre a relação hidrológica do rio Bacajá com o rio Xingu e suas previsões de impacto, que foram obliteradas pela versão final do documento.

    Os Xikrin da Terra Indígena Trincheira-Bacajá e os Estudos Complementares do Rio Bacajá: reflexões sobre a elaboração de um laudo de impacto ambiental.

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    Resumo Como se produz um Estudo de Impacto Ambiental? O objetivo aqui é apresentar o processo de elaboração de dados e redação dos Estudos Complementares do Rio Bacajá, um estudo de impacto ambiental realizado na Terra Indígena Trincheira-Bacajá decorrente da construção do Aproveitamento Hidrelétrico de Belo Monte na região do Médio Xingu. Através do acompanhamento das equipes de especialistas nas aldeias, durante a etapa de coleta de dados, e do descontentamento dos Xikrin com o resultado final do laudo, intenta-se problematizar a forma de realização desse tipo de documento. Como garantir a presença e a voz dos conhecimentos dos povos indígenas nesses processos? Com essa questão colocada pelos Xikrin, durante a apresentação do resultado final dos Estudos, pretendo tornar visíveis as teorias dos Xikrin sobre a relação hidrológica do rio Bacajá com o rio Xingu e suas previsões de impacto, que foram obliteradas pela versão final do documento.

    Mulheres e Crianças Kaingang da Aldeia Icatu/SP: Etiquetas de Convivialidade

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    O presente artigo propõe discutir as relações entre mulheres Kaingang da aldeia Icatu, no estado de São Paulo, suas crianças e o espaço das casas. O que a etnografia mostra é a primazia de etiquetas de convívio pautadas pela lógica da não visitação entre pessoas de casas distintas. Tal esquema de convivialidade, que também se estende para as relações entre adultos e crianças, permite a não mistificação da imagem de criança indígena como mensageira ou livre de restrições a certos convívios. Mostra ainda que índios no estado de São Paulo formulam criativamente suas ações trazendo questões importantes para o debate da etnologia indígena, muito além das teorias de aculturação e assimilação, ao qual foram associados

    Os Xikrin do Bacajá e a Usina Hidrelétrica de Belo Monte : uma crítica indígena à política dos brancos

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    The Xikrin Bacajá live "the era of impacts" since the resumption of the licensing process and construction of the hydroelectric plant of Belo Monte. Ngô beyêt is as they call the dam, "standing water, water locked" and expand the meaning of the term for "rotten water, dirty water, old water." In order to strengthen this image of Belo Monte, the thesis presents an ethnographic description of the Xikrin criticism regarding of the white policy in three of its elements: meeting, document, project. The negative elements of the white policy are treated analytically as artifacts being opposed to the forms of existence valued by Xikrin kukràdjà, Mẽbengôkre culture. The contrastive analysis, as well as an important methodological procedure was a widely used resource by Xikrin to express their criticism of the policy of the whites. The contrast images became argumentative form of the thesis, justifying its division into two parts. The analogy by contrast also aims to highlight the image that Xikrin wanted to convey to white of Belo Monte, as a collective of people who share correct and beautiful ways of acting and being in the world. Thus, the depreciation of the white policy will be presented from the appreciation of the Xikrin mode of existence, kukràdjà, the culture of Mẽbengôkre, emphasizing its importance summarily ignored by white of Belo Monte.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Os Xikrin do Bacajá vivem “a era dos impactos” desde a retomada dos processos de licenciamento e construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Ngô beyêt é como eles chamam a barragem: “água parada, água trancada” e ampliam a significação do termo para “água podre, água suja, água velha”. Com o intuito de fortalecer essa imagem de Belo Monte, a tese apresenta uma descrição etnográfica sobre a crítica Xikrin à política dos brancos segundo três de seus elementos: reunião, documento, projeto. Os elementos negativos da política dos brancos são tratados analiticamente como artefatos de modo a se contraporem aos modos de existência valorizados pelos Xikrin, kukràdjà, cultura Mẽbengôkre. A analogia contrastiva, além de um importante procedimento metodológico foi um recurso amplamente utilizado pelos Xikrin para expressarem suas críticas à política dos brancos. Por este motivo, o contraste de imagens tornou-se a forma argumentativa da tese, justificando sua divisão em duas partes. A analogia por contraste tem como objetivo evidenciar também a imagem que os Xikrin queriam transmitir aos brancos de Belo Monte, como um coletivo de pessoas que compartilham modos corretos e belos de agir e estar no mundo. Desse modo, a depreciação da política dos brancos será apresentada a partir da valorização do modo de existência Xikrin, kukràdjà, a cultura dos Mẽbengôkre, marcando sua importância sumariamente desconsiderada pelos brancos de Belo Monte
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