16 research outputs found

    O uso de derivativos para hedge melhora os ratings de crédito das empresas brasileiras?

    Get PDF
    Este trabalho se propôs a identificar os fatores que podem explicar as atribuições dos ratings, com especial atenção ao impacto do uso de derivativos. A lacuna explorada por esta pesquisa reside no ineditismo em se analisar a percepção, por parte das agências de ratings, dos reflexos causados pelas informações relacionadas ao uso de derivativos pelas companhias brasileiras de capital aberto. Além disso, este estudo transfere os achados anteriores que se debruçaram sobre os analistas de ações para as agências de ratings, reforçando a discussão sobre a complexidade dos derivativos no processo de avaliação do risco de crédito. A contemporaneidade deste tema de pesquisa se dá pela recente adoção da norma International Financial Reporting Standards 9 (Comitê de Pronunciamentos Contábeis – Pronunciamento Técnico n. 48), que entrou em vigor em janeiro de 2018. A partir dessa normatização, a principal novidade apresentada neste artigo foi a verificação do reflexo do uso de derivativos utilizados pelas empresas com a finalidade de hedge nos seus ratings de créditos, ajudando a suprir uma lacuna empírica na literatura da área. Os resultados encontrados contestam a teoria de que o uso de derivativos para hedge é visto positivamente pelos investidores. No entanto, apesar de nenhum impacto significativamente estatístico ter sido encontrado nos ratings das empresas que utilizam derivativos, observou-se que as empresas que usam derivativos e têm os maiores valores nocionais foram as que receberam as melhores notas da agência Moody’s. Com isso, ampliamos o debate sobre a complexidade das informações atreladas ao uso dos derivativos. Foram analisados 2.090 ratings atribuídos a companhias não financeiras com ações negociadas na Brasil, Bolsa, Balcão [B]³ entre 2010 e 2016, por meio de análise dos dados em painel, conferindo maior robustez às análises e aos achados. Contrariando a hipótese central desta pesquisa, os resultados aqui apresentados mostram que, no Brasil, as empresas que se utilizam de instrumentos financeiros derivativos para hedge não recebem as melhores notas de classificação de crédito por parte das agências de ratings. Uma das principais contribuições deste estudo centra-se nos indícios de que as agências Standard & Poor’s e Moody’s não foram capazes de incorporar, de maneira consistente, as informações relacionadas ao uso dos derivativos, ampliando a discussão sobre a complexidade desses instrumentos financeiros.The purpose of this study is to identify the factors that may explain the attribution of credit ratings to firms, focusing especially on the impact of derivatives. The gap explored by this research lies in the novelty of analyzing how rating agencies perceive the effects caused by information related to derivatives use by Brazilian publicly-traded companies. In addition, this study shifts the previous findings from stock analysts to rating agencies, reinforcing the discussion about the complexity of derivatives in the credit risk assessment process. This research topic is currently of interest due to the adoption of International Financial Reporting Standard (IFRS) 9 (Accounting Pronouncements Committee – CPC – 48), which came into effect in January of 2018. Based on these rules, the main novelty presented in this article was its verification of the effect of the derivatives used by companies in order to hedge their credit ratings, thus helping to fill the empirical gap that exists in the literature from the area. The results found challenge the theory that the use of hedge derivatives is viewed positively by investors. However, although no significant statistical impact was found on the ratings of companies that use derivatives, it was observed that the companies that use derivatives and have the highest notional values were those that received the best ratings from Moody’s. With this we broadened the debate about the complexity of the information linked to derivatives use. In the study, 2,090 ratings attributed to non-financial companies with stocks traded on the Brasil, Bolsa, Balcão [B]³ exchange were examined between 2010 and 2016 by using panel data analysis, which lends robustness to the analysis and findings. Contrary to the central hypothesis of this research, the results presented here show that, in Brazil, companies that use derivative financial instruments for hedging do not receive the best credit ratings from rating agencies. One of the main contributions of this study is the evidence that Standard & Poor’s and Moody’s were unable to consistently incorporate information related to derivatives use, thus broadening the discussion about the complexity of these financial instruments

    Analysis of the capital structure and debt heterogeneity of publicly traded companies in the industrial and agribusiness sector

    Get PDF
    Purpose: In recent years, the subsidized credit provided by the Brazilian government to some sectors of the economy through financing lines, such as FINAME, FIDIC, from BNDES, may have resulted in a reduction in the costs of the capital structure. Thus, the purpose of this work is to verify if there was a reduction in the cost of capital of publicly traded companies in two important economic sectors, the industrial sector and sectors related to agribusiness. Methodology: Information regarding financing sources, financing amount, currency and interest rates were collected from the Explanatory Notes to the financial statements of 84 publicly traded companies and used to calculate the weighted average cost of capital of the financing sources at subsidized rates and not subsidized. Results: The results show that loans with subsidized rates present a great variability in the participation of loans with subsidized rates in the composition of financing of companies, but showing, on average, a low percentage in the composition of indebtedness, and that the effective rates averages of subsidized loans may be higher than the average effective rates of non-subsidized loans, suggesting that subsidized credits, in proportion to which they have been used to compose the financing, may not play a relevant role in reducing the costs of the capital structure of companies Contributions of the Study: This work contributes to the identification of relevant factors that explain how companies determine their capital structure, providing administrators with indications on which factors are preponderant in the practical performance of companies' capital structure policy

    Análise da estrutura de capital e heterogeneidade das dívidas das empresas de capital aberto do setor industrial e do agronegócio

    Get PDF
    Objetivo: O crédito subsidiado fornecido pelo governo brasileiro a alguns setores da economia, nos últimos anos, por meio de linhas de financiamento, tais como FINAME, FIDIC, do BNDES, pode ter determinado uma redução dos custos da estrutura de capital. Assim, a proposta deste trabalho é comparar o custo do crédito subsidiado e não-subsidiado das empresas de capital aberto de dois importantes setores econômicos, o setor industrial e de setores relacionados ao agronegócio. Metodologia: Informações referentes às fontes de financiamento, montante do financiamento, moeda e taxas de juros foram coletados das Notas Explicativas das demonstrações financeiras de 84 empresas de capital aberto e utilizadas para calcular o custo médio ponderado de capital das fontes de financiamento com taxas subsidiadas e não subsidiadas. Resultados: Os resultados apontam que os empréstimos com taxas subsidiadas apresentam uma grande variabilidade na participação de empréstimos com taxas subsidiadas na composição de financiamento das empresas, porém apresentando, em média, um baixo percentual na composição do endividamento, e ainda, que as taxas efetivas médias de empréstimos subsidiados pode ser maior que as taxas efetivas médias dos empréstimos não subsidiados sugerindo que os créditos subsidiados na proporção em que tem sido utilizados para compor o financiamento, podem não exercer um papel relevante na redução dos custos da estrutura de capital das empresas. Contribuições do Estudo: Este trabalho colabora com a identificação de fatores relevantes que explicam a forma como as empresas determinam sua estrutura de capital, fornecendo aos administradores indicações sobre que fatores são preponderantes no desempenho prático da política de estrutura de capital das empresas. Este trabalho contribui com a literatura com a evidenciação da participação dos tipos de crédito e dos setores na determinação da estrutura de capital apresentando os resultados sobre o custo de capital das empresas

    OMEGA geração SA Valuation: study applied to a company with renewable electricity assets: Avaliação da OMEGA Geração SA: estudo aplicado a uma empresa com ativos de eletricidade renovável

    Get PDF
    This work aims to evaluate the value of the operating assets of generation of the company Omega Geração S.A., listed on the Brazilian stock exchange (B3), under the code OMGE3. In which, to carry out the calculation of the equity value, business analysis tools through asset Valuation (specifically the discounted cash flow approach) were used. In order to carry out the Valuation model of the assets under study, the financial statements for the years 2016 to 2020 were used to make assumptions for the projection model. With the assumptions defined, the company’s cash flows were projected for 30 years, and after that period a terminal value with no real growth was adopted. Then, future cash flows were discounted to present value by a discount rate. Modeling limitations have been fixed using information from companies’ sector that have similar assets. After the cash flow projections, and using the assumptions adopted, the equity value for the company’s operating generation assets is R$ 3,050 million. Some sensitivity simulations were carried out on the equity value. The assumptions used in the sensitivity matrix were: growth rate, cost of capital (discount rate), energy price in the spot market and cost of sales. The sensitivity matrix of the assumptions allowed the creation of a range of values for the company’s equity

    RELAÇÃO ENTRE O RISCO DE CARTEIRAS COM ALTOS DIVIDEND YIELDS E CARTEIRA DIVERSIFICADA NO MERCADO BRASILEIRO

    Get PDF
    Based on the Modern Finance Theory, it is expected that good dividend payers will be associated with lower risk, since the uncertainty about the return on investment would be lower. Thus, this paper aims to verify if the portfolios of stocks with high dividend yields are less risky than the portfolio of the stock market, in the Brazilian context. We analyzed portfolios of Brazilian companies’ stocks that paid high dividends during 1996 to 2017. Using average tests, we compared the average of the risk presented by portfolios with high level of dividend yield and the average of the Ibovespa risk. The results suggest that portfolios with high dividend yields present a significantly higher risk than the market portfolio, contradicting the research hypothesis. Also, the relationship between the risk and the return presented in portfolios with high dividend yield in Brazil is negative, contradicting the Finance Theory assumptions and showing a peculiarity of the Brazilian market. Thus, the study contributes to the literature by showing that high dividend yields are not linked to lower investor risk, necessarily, contradicting the theory.Según la teoría financiera moderna, se espera que las buenas empresas que pagan dividendos estén asociadas con un riesgo menor. Así, este trabajo tiene como objetivo verificar si las carteras de acciones con alta rentabilidad por dividendo son menos riesgosas que el mercado, en el contexto brasileño. Se analizaron las carteras compuestas por empresas brasileñas que pagaron más dividendos durante los años 1996 y 2017 y, mediante pruebas de promedio, se comparó el riesgo promedio que presentan las carteras con una alta rentabilidad por dividendo y el riesgo promedio del Ibovespa. Los resultados sugieren que las carteras con alta rentabilidad por dividendo presentan un riesgo significativamente mayor que la cartera de mercado, contradiciendo la hipótesis de la investigación. Aun así, se observó que la relación entre riesgo y rentabilidad de las carteras con alta rentabilidad por dividendo en Brasil es negativa, lo que demuestra una peculiaridad del mercado brasileño. El estudio contribuye a la literatura al mostrar que los altos rendimientos por dividendos no están vinculados a un menor riesgo para el inversionista, necesariamente, contrario a la relación teórica esperada.Com base na Teoria Moderna de Finanças, espera-se que as empresas boas pagadoras de dividendos estejam associadas a um menor risco. Assim, esse trabalho tem como objetivo verificar se os portfólios de ações com altos dividend yields são menos arriscados do que o mercado, no contexto brasileiro. Foram analisados portfólios compostos pelas ações das empresas brasileiras que mais pagaram dividendos durante os anos de 1996 e 2017 e, por meio de testes de média, comparou-se a média do risco apresentado pelas carteiras com alto nível de dividend yield e a média do risco do Ibovespa. Os resultados encontrados sugerem que carteiras com altos dividend yields apresentam risco significativamente maior do que a carteira de mercado, o que contraria a hipótese de pesquisa. Ainda, observou-se que a relação existente entre o risco e o retorno das carteiras com altos dividend yields no Brasil é negativa, demonstrando uma peculiaridade do mercado brasileiro. Assim, o estudo contribui com a literatura ao mostrar que altos rendimentos de dividendos não estão ligados a um risco menor para o investidor, necessariamente, contrariando a relação teórica esperada

    RELAÇÃO ENTRE O RISCO DE CARTEIRAS COM ALTOS DIVIDEND YIELDS E CARTEIRA DIVERSIFICADA NO MERCADO BRASILEIRO

    Get PDF
    Based on the Modern Finance Theory, it is expected that good dividend payers will be associated with lower risk, since the uncertainty about the return on investment would be lower. Thus, this paper aims to verify if the portfolios of stocks with high dividend yields are less risky than the portfolio of the stock market, in the Brazilian context. We analyzed portfolios of Brazilian companies’ stocks that paid high dividends during 1996 to 2017. Using average tests, we compared the average of the risk presented by portfolios with high level of dividend yield and the average of the Ibovespa risk. The results suggest that portfolios with high dividend yields present a significantly higher risk than the market portfolio, contradicting the research hypothesis. Also, the relationship between the risk and the return presented in portfolios with high dividend yield in Brazil is negative, contradicting the Finance Theory assumptions and showing a peculiarity of the Brazilian market. Thus, the study contributes to the literature by showing that high dividend yields are not linked to lower investor risk, necessarily, contradicting the theory.Según la teoría financiera moderna, se espera que las buenas empresas que pagan dividendos estén asociadas con un riesgo menor. Así, este trabajo tiene como objetivo verificar si las carteras de acciones con alta rentabilidad por dividendo son menos riesgosas que el mercado, en el contexto brasileño. Se analizaron las carteras compuestas por empresas brasileñas que pagaron más dividendos durante los años 1996 y 2017 y, mediante pruebas de promedio, se comparó el riesgo promedio que presentan las carteras con una alta rentabilidad por dividendo y el riesgo promedio del Ibovespa. Los resultados sugieren que las carteras con alta rentabilidad por dividendo presentan un riesgo significativamente mayor que la cartera de mercado, contradiciendo la hipótesis de la investigación. Aun así, se observó que la relación entre riesgo y rentabilidad de las carteras con alta rentabilidad por dividendo en Brasil es negativa, lo que demuestra una peculiaridad del mercado brasileño. El estudio contribuye a la literatura al mostrar que los altos rendimientos por dividendos no están vinculados a un menor riesgo para el inversionista, necesariamente, contrario a la relación teórica esperada.Com base na Teoria Moderna de Finanças, espera-se que as empresas boas pagadoras de dividendos estejam associadas a um menor risco. Assim, esse trabalho tem como objetivo verificar se os portfólios de ações com altos dividend yields são menos arriscados do que o mercado, no contexto brasileiro. Foram analisados portfólios compostos pelas ações das empresas brasileiras que mais pagaram dividendos durante os anos de 1996 e 2017 e, por meio de testes de média, comparou-se a média do risco apresentado pelas carteiras com alto nível de dividend yield e a média do risco do Ibovespa. Os resultados encontrados sugerem que carteiras com altos dividend yields apresentam risco significativamente maior do que a carteira de mercado, o que contraria a hipótese de pesquisa. Ainda, observou-se que a relação existente entre o risco e o retorno das carteiras com altos dividend yields no Brasil é negativa, demonstrando uma peculiaridade do mercado brasileiro. Assim, o estudo contribui com a literatura ao mostrar que altos rendimentos de dividendos não estão ligados a um risco menor para o investidor, necessariamente, contrariando a relação teórica esperada

    Medidas de suavização e fatores institucionais: Uma visão em empresas sul-americanas

    Get PDF
    In this article, we investigate the relationship between institutional, regulatory, regulatory and public-political aspects with earnings management in publicly traded companies in South American countries. We used a time series made up of publicly traded companies from 6 countries in South America, from 2003 to 2016. The four results smoothing measures discussed were influenced by institutional aspects. There are negative effects of the low quality of public institutions related to the government’s way of acting on quality measures based on cash. The adoption of IFRS was not significant for the dependent variables. It therefore innovates, inserts alternative institutional variables to those reviewed in the literature and determines new factor compositions. It presents contributions: i-theoretical when expanding the discussion on information quality and normative-regulatory and public-political institutional variables by inserting alternative country-level variables and; ii-practices, such that, the relevance of the observations and analyzes for legislators and normatizers stands out, especially with regard to the way in which the adoption of IFRS occurs.En este artículo, se investiga la relación entre los aspectos institucionales, regulatorios y político-públicos con la gestión de utilidades en empresas que cotizan en bolsa en países de América del Sur. Se utiliza una serie de tiempo compuesta por empresas que cotizan en bolsa de seis países de América del Sur, en el período de 2003 a 2016. Las cuatro medidas de suavizado de resultados discutidas fueron influenciadas por aspectos institucionales. Existen efectos negativos de la baja calidad de las instituciones públicas relacionados con la forma de actuar del gobierno en las medidas de calidad basadas en efectivo. La adopción de las NIIF no fue significativa para las variables dependientes. Por lo tanto, la investigación innova e inserta variables institucionales como alternativas a las revisadas en la literatura, y determina nuevas composiciones de factores. Así, se presentan los siguientes aportes: i-teóricos, al ampliar la discusión sobre la calidad de la información y las variables normativas-regulatorias y público-políticas institucionales mediante la inserción de variables alternativas a nivel país; y ii-prácticos, pues se destaca la relevancia de las observaciones y análisis para legisladores y normatizadores, especialmente en lo que respecta a la forma en que se adoptan las NIIF.Neste artigo investigamos o relacionamento entre os aspectos institucionais normativo-regulatórios e público-políticos com o gerenciamento de resultados em empresas de capital aberto de países sul americanos. Utilizamos série temporal composta por empresas de capital aberto de 6 países da América do Sul, durante o período de 2003 a 2016. As quatro medidas de suavização de resultados abordadas, foram influenciadas pelos aspectos institucionais. Destacam-se efeitos negativos da baixa qualidade das instituições públicas relacionadas à forma de atuação do governo sobre medidas de qualidade fundamentadas no caixa. A adoção das IFRS não se apresentou significativa para as variáveis dependentes. Inova, pois, insere variáveis institucionais alternativas àquelas revisadas na literatura e determinar novas composições fatoriais. Apresenta contribuições: i-teóricas ao ampliar a discussão sobre qualidade da informação e variáveis institucionais normativo-regulatórias e público-políticas ao inserir variáveis em nível-país alternativas e; ii-práticas, tal que, destaca-se a relevância das observações e análises para legisladores e normatizadores, especialmente no que se refere à maneira como se dá a adoção das IFRS

    The use of derivatives for hedge reduces the cost of debt of brazilian open capital companies?

    No full text
    De acordo com a literatura de hedge, a utilização de instrumentos financeiros derivativos com objetivo de proteção pode reduzir custos de falência, custos de agência (problemas de subinvestimento e substituição de risco de ativos) e assimetria informacional nas organizações. A literatura aborda esses problemas como direcionadores de precificação do custo de capital ofertado pelos credores, portanto ao minimizá-los por meio de uma política de hedge ativa, a companhia deveria obter recursos dos credores a um custo de capital menor. Neste sentido, o presente trabalho examinou se as empresas que engajam em políticas de hedge corporativo reduzem o seu custo com capital de terceiros. Para isso o trabalho utilizou a abordagem de dados em painéis, a partir de dados de empresas brasileiras com capital aberto entre os anos de 2010 a 2019. Além de utilizar a variável proxy despesas financeiras líquidas sobre passivo médio oneroso para custo com capital de terceiros, o trabalho analisou outras variáveis, dentre elas: (i) o spread médio da taxa de juros de emissão ponderada dos títulos privados emitidos pela organização, (ii) o spread médio da taxa de juros de negociação, no mercado secundário, ponderada dos títulos privados, (iii) o spread médio ponderado dos empréstimos e financiamentos provindos do BNDES e (iv) o spread médio da taxa de juros calculado pelo custo setorial fornecido pelo Instituto Assaf© acrescido de um prêmio pelo grau de alavancagem da empresa em relação ao seu setor. Para fornecer robustez as estimações de dados em painel e com objetivo de mitigar problemas de endogeneidade como omissão de variável relevante, endogeneidade dinâmica e causalidade reversa, foram adotados o método de variável instrumental, o método de equações simultâneas e o método de painel dinâmico estimado pelo método dos momentos generalizados. Os resultados encontrados demonstraram que a utilização do hedge possui efeito negativo sobre o custo de negociação das debêntures e sobre a variável calculada a partir do custo setorial. A respeito do nível de fontes subsidiadas e sua utilização conjunta com a política de hedge sobre os diferentes custos de capital de terceiros, não foram obtidas relações estatisticamente significantes. Ainda, foi analisado o efeito da iniciação e suspensão da política de hedge sobre os diferentes custos de dívidas propostos. Empresas que iniciaram a política de hedge não tiveram efeito sobre o custo das dívidas, diferente das empresas que suspenderam a estratégia, pois incorreram em custos maiores ao longo do tempo. Essas evidências sugerem que o hedge é uma política mandatória nas decisões financeiras corporativas modernas, principalmente para empresas com operações em países com altas fricções de mercado e decidir suspendê-la pode acarretar no aumento do custo das dívidas. A importância do trabalho encontra-se no efeito que a utilização do hedge tem sobre os diferentes custos de dívidas das companhias, e a relação concomitante que o custo de capital tem sobre o valor das firmas. Sendo assim, a relação é importante na visão dos credores visando a redução do risco para pagamento dos fluxos de caixa dos empréstimos e na visão dos acionistas visando a maximização do valor da firma.According to the hedge literature, the use of derivative financial instruments for protection purposes can reduce bankruptcy costs, agency costs (underinvestment problems and asset risk substitution) and informational asymmetry in organizations. The literature addresses these problems as pricing drivers for the cost of capital offered by creditors, therefore, by minimizing them through an active hedging policy, the company should obtain resources from creditors at a lower cost of capital. In this sense, the present work examined whether companies that engage in corporate hedge policies reduce their cost with third party capital. For this purpose, the work used the panel data approach, based on data from publicly traded Brazilian companies between the years 2010 to 2019. In addition to using the proxy variable, net financial expenses on costly average liabilities for third-party capital costs, the work analyzed other variables, among them: (i) the average spread of the interest rate of weighted issue of private securities issued by the organization, (ii) the average spread of the interest rate of trading, in the secondary market, weighted of private securities , (iii) the weighted average spread on loans and financing from BNDES and (iv) the average interest rate spread calculated by the sector cost provided by Instituto Assaf© plus a premium for the degree of leverage of the company in relation to its sector . In order to provide robustness of panel data estimations and with the objective of mitigating endogeneity problems such as omission of the relevant variable, dynamic endogeneity and reverse causality, the instrumental variable method, the simultaneous equations method and the dynamic panel method estimated by the generalized moments method. The results found showed that the use of hedge has a negative effect on the cost of trading debentures and on the variable calculated from the sectorial cost. Regarding the level of subsidized sources and their joint use with the hedge policy on the different capital costs of third parties, no statistically significant relationships were obtained. In addition, the effect of initiating and suspending the hedge policy on the different proposed debt costs was analyzed. Companies that initiated the hedge policy had no effect on the cost of debt, unlike companies that suspended the strategy, as they incurred higher costs over time. This evidence suggests that hedging is a mandatory policy in modern corporate financial decisions, especially for companies with operations in countries with high market frictions, and the decision to suspend it may increase the cost of debt. The importance of the work is found in the effect that the use of the hedge has on the different costs of debt of the companies, and the concomitant relation that the cost of capital has on the value of the firms. Therefore, the relationship is important in the view of creditors aiming at reducing the risk for payment of cash flows from loans, and in the view of shareholders aiming at maximizing the value of the firm
    corecore