50 research outputs found

    Currículo de matemática: reflexões numa perspectiva Etnomatemática

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    No âmbito do discurso, as atuais propostas educacionais, no campo da Educação Matemática têm insistido no na idéia de relacionar o saber escolar com o dia-a-dia dos educandos. Tal discurso apóia-se no fato de que essa relação entre saberes cotidianos e saberes escolares podem propiciar um ensino: crítico, significativo e democrático. Além disso, a democratização dos sistemas escolares gerou uma forte tensão entre o desejo de homogeinização e a diversidade social e cultural dos estudantes. A busca pela superação de tal tensão tem provocado movimentos e debates que tendem a fortalecer o discurso sobre a relação entre saberes cotidianos e escolares

    A etnomatemática no encontro entre práticas e saberes: convergências, tensões e negociação de sentidos

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    A proposta desse texto é apresentar debate em torno noção de diálogo mobilizado nos estudos da Etnomatemática, em especial aqueles que buscam relações com a teoria crítica do currículo. Partimos do pressuposto de que noções de diálogo têm permeado os trabalhos sobre o currículo, provenientes das perspectivas da Etnomatemática e da Teoria Crítica, quando se abordam as relações que podem ser estabelecidas no encontro entre diferentes práticas e saberes no espaço escolar. Assim, discutimos as implicações, para o campo da etnomatemática quando se pensa o diálogo nas perspectivas: Freiriana e do círculo de Bakhtin. Diante disso, entendemos ser necessário discutir as diferentes formas de apropriação e uso do termo diálogo no campo da educação e em especial no campo da Etnomatemática. Procuramos apresentar uma discussão dessa noção, a partir da perspectiva de dialogia apresentada nos estudos bakhtinianos, para além de perspectivas que possam entender o diálogo como uma forma de relação harmoniosa, de acordo ou interação simétrica, acenando para uma visão mais complexa que envolve tensão e negociação de sentidos nesses processos dialógicos

    Knowledge mobilization in social practices: challenges for a Babel construction in schooling scenarios

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    The relationship between school and non-school knowledge has been a subject of several researches in the educational field. Ethnomathematics, from various approaches, has brought a large contribution to this debate by focusing on knowledge in different social practices. In this article, we aim to prioritize discussions that arise from the articulation between the debate in the field of ethno and language studies. Especially with regard to the work in the field of mathematics education towards to the dialogue with the second phase of Wittgenstein's work. The question that guides this discussion is: what are the possibilities of questioning discourses and schooling practices based on a relationship between school and non-school knowledge in the field of ethnomathematics? We conclude with some reflections about the effects of this discussion in the subjects’ construction: students and teachers

    Tensão entre discreto e contínuo na perspectiva da filosofia da diferença

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    O trabalho aqui apresentado é parte de uma pesquisa intitulada Práticas escolares (in)disciplinares: tensão entre discreto e contínuo na perspectiva da filosofia da diferença financiada pela FAPESP- Brasil, cujo objetivo é analisar como Deleuze mobiliza alguns saberes matemáticos – em especial relacionados ao cálculo – e, com isso buscar compreender se tal mobilização pode funcionar como um processo potencializador para se pensar a matemática e as práticas pedagógicas escolares de modo outro. Esse modo relacionado às praticas pedagógicas está se desdobrando em propostas que apostam em atividades que visam proporcionar experiências de pensamento sobre temas presentes na disciplina de cálculo na perspectiva de uma educação menor. Nesta apresentação, tomamos como recorte princípios propostos por Leibniz e mobilizados por Deleuze que entendemos serem potencializadores de conexões que reflitam não sobre o campo do entendimento de modelos e técnicas, mas, sobre o campo da experiência – uma experiência para se pensar a matemática e não pensar sobre o pensamento matemático. Esperase com isso contribuir para os debates sobre o tema do infinito e continuidade em diversos níveis de ensino, mas em especial para cursos de cálculo voltados à formação de professores

    Algumas reflexões sobre a perspectiva educacional da etnomatemática

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    O discurso curricular vem sinalizando a necessidade de relacionar os saberes cotidiano e escolar, porém pouco se tem discutido sobre as características desses saberes. Nessa direção, no campo da educação matemática destacamos a proposta da Etnomatemática. Em geral, a mesma é entendida como uma metodologia de ensino ou como uma possibilidade mágica de relacionar conceitos cotidianos e escolares. Outro entendimento é de negação da Etnomatemática, sob a alegação de que, revendo conceitos cotidianos já conhecidos dos alunos, estes deixariam de ter acesso a conhecimentos escolares. Diante dessas diferentes perspectivas, nos propomos neste trabalho a assinalar alguns elementos que entendemos fundamentais para sua compreensão na perspectiva pedagógica. Partimos de discussões do campo da história e epistemologia das ciências e, à luz dessas considerações, inferimos que a Etnomatemática repousa numa concepção de ciência, de homem e de mundo contemporâneos, mostrandose como uma reação à fragmentação do conhecimento gerada pelo projeto da modernidade

    Algumas reflexões sobre a perspectiva educacional da etnomatemática

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    O discurso curricular vem sinalizando a necessidade de relacionar os saberes cotidiano e escolar, porém pouco se tem discutido sobre as características desses saberes. Nessa direção, no campo da educação matemática destacamos a proposta da etnomatemática. Em geral, a mesma é entendida como uma metodologia de ensino ou como uma possibilidade mágica de relacionar conceitos cotidianos e escolares. Outro entendimento é de negação da etnomatemática, sob a alegação de que, revendo conceitos cotidianos já conhecidos dos alunos, estes deixariam de ter acesso a conhecimentos escolares. Diante dessas diferentes perspectivas, nos propomos neste trabalho a assinalar alguns elementos que entendemos fundamentais para sua compreensão na perspectiva pedagógica. Partimos de discussões do campo da história e epistemologia das ciências e, à luz dessas considerações, inferimos que a etnomatemática repousa numa concepção de ciência, de homem e de mundo contemporâneos, mostrandose como uma reação à fragmentação do conhecimento gerada pelo projeto da modernidade

    Educação (matemática) em tempos de pandemia: efeitos e resistências

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    O objetivo desse texto é discutir a educação em tempos de pandemia frente ao fato de que, de forma abrupta e sem qualquer planejamento prévio, nós, professores e alunos, fomos deslocados espacialmente de nossas costumeiras salas de aula para as salas e quartos de nossas casas. Como se não bastasse, nos vimos diante do desafio de rapidamente nos submetermos a novas formas de conviver, ensinar e aprender. A impotência frente a essa situação e a insegurança sobre o que fazer e como encaminhar as atividades acadêmicas, questões sobre o que fazer diante e como ensinar de forma remota tem ocupado grande parte de nosso tempo. A partir da perspectiva da filosofia da diferença e com apoio das leituras de autores como Deleuze, Gallo, Clareto, entre outros, advogamos nesse texto a emergência de que, apesar desse cenário caótico, é necessário criar espaços para buscarmos novos modos de pensar a educação para além da pandemia. O desafio posto então é pensar sobre como esse acontecimento que emerge com a pandemia pode ser potente para promover uma participação política capaz de gerar novas formas de governo da vida

    O QUE SE PODE APRENDER NUMA AULA DE MATEMÁTICA?

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    Esse texto defende que uma aula de matemática não deve ser reduzida a definições, exercícios, modelos de resolução já instituídos. Consideramos a aula de matemática como um lócus possível para a produção de momentos diferenciais, momentos de inspiração que permitam aos estudantes e a nós (professores), pensar no ainda não pensado. Pensar de modos outros. Diante disso, e inspirados pelo pensamento do filósofo Gilles Deleuze, temos nesse texto por objetivo discutir as questões: quais seriam os movimentos, os ritmos possíveis de uma aula de matemática? Como poderia uma aula funcionar como disparador ao exercício do pensamento que rompa com a imagem de pensamento representacional que funda e estrutura tanto os currículos disciplinares quantos as próprias disciplinas? Nesse sentido o texto está dividido em duas partes. Numa primeira abordamos aspectos referentes ao ensino de matemática e num segundo momento apresentamos duas cenas, com o objetivo apenas de provocar nossa função docente. Por fim entendemos que as contribuições de Deleuze, além de desdobramentos propostos por outros autores, nos permitem destacar que os desvios, provocados por uma educação menor e militante, podem abrir espaços potentes para fazer o pensamento funcionar de outros modos, abrir possibilidades para novos encontros numa aula de matemática.  This text argues that a mathematics class should not be reduced to definitions, exercises, models of resolution already in place. We consider the mathematics class as a possible locus for the production of differential moments, moments of inspiration that allow both students and us (teachers) to think about the not-yet-thought-on. Thinking in other ways. Given this, and inspired by the thought of the philosopher Gilles Deleuze we aim in this text to discuss the questions: what would be the movements, the possible rhythms of a mathematics class? How could a class act as a trigger for the exercise of thought that breaks with the image of representational thought that founds and structures both the disciplinary curricula and the disciplines themselves? In this sense, the text is divided into two parts. In the first, we approach aspects related to the teaching of mathematics and, in a second moment, we present two scenes with the sole purpose of provoking our teaching function. Finally, we understand that Deleuze's contributions, in addition to developments proposed by other authors, provoked by the deviations caused by a lesser and militant education can open powerful spaces to make thinking work in other ways, opening possibilities for new encounters in a mathematics class

    Educação menor como dispositivo potencializador de uma escola outra

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    O ideário neoliberal no Brasil vem sendo cada vez mais articulado e fortalecido, ora pelas políticas públicas, ora pelas parcerias entre o setor público e o privado – este último amparado por parceria com Organizações não Governamentais (ONGs) cujo desafio é o de “salvar” a educação pública de seu fracasso iminente. Assim, como compor outros cenários, abrir atalhos, criar outras escolas ou escolas outras? Este tipo de questão talvez não tenha resposta, mas, nos apresenta um problema. Ele está aí, a nos desafiar, precisa ser pensado. Um problema exige, nesse momento, respostas distintas das milhares que já foram produzidas nas mais diferentes correntes sociais e filosóficas da educação. Assim, nosso objetivo aqui não é traçar um modelo de escola, ou apresentar uma escola outra, mas sim, buscar elementos que nos permitam compreender o momento atual e assim, apresentar possibilidades – efêmeras – mas que nos permitam nos tornarmos parentes do futuro. Diante disso, pretendemos abordar a seguinte questão: como compor outros cenários, abrir atalhos, criar outras escolas ou escolas outras? Para tanto dividimos o texto em duas partes: num primeiro momento exploramos a educação como eixo estruturante do projeto neoliberal e, num segundo momento, discutimos o espaço escolar como um espaço heterotópico, cujas linhas de fuga podem ser potencializadas quando pensadas na perspectiva de uma educação menor153
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