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    A COMIDA E A CONSTRUÇÃO DE UMA IDENTIDADE REGIONAL: UMA LEITURA DE JAQUES FLORES A PARTIR DA HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO

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    Este artigo aborda a construção de uma identidade regional a partir da alimentação, fazendo uma leitura do livro Panela de Barro, publicado pela primeira vez em 1947, do escritor modernista Jaques Flores, pseudônimo de Luís Teixeira Gomes. Em seu livro, reunindo várias crônicas, Jaques Flores abordou os hábitos e costumes alimentares da população paraense mostrando como eram parte importante de uma identidade tipica. Assim, o autor ao exaltar o açaí com peixe frito, o pato no tucupi e o tacacá o faz partindo da valorização destes pratos a partir da concepção modernista de valorização da cozinha regional e/ou típica. Uma cozinha identitária da Amazônia e de suas gentes

    O legado de Manuel Querino para a história da alimentação

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    Review of: DÓRIA, Carlos Alberto; BACELAR, Jeferson. Manuel Querino: criador da culinária popular baiana. Salvador: P55 Edição, 2020. 252 p.Resenha de: DÓRIA, Carlos Alberto; BACELAR, Jeferson. Manuel Querino: criador da culinária popular baiana. Salvador: P55 Edição, 2020. 252 p

    Cultura Material e o trabalho escravo nos engenhos, engenhocas e sítios em Abaetetuba (Pará, século XIX)

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    Em Abaetetuba, na Província do Grão-Pará, na Amazônia brasileira, ao longo do século XIX, variados foram os ofícios sob a responsabilidade ou realizados pelos trabalhadores escravizados de origem africana, ainda que desenvolvessem suas atividades laborais ao lado ou em conjunto com outros trabalhadores livres, ainda que submetidos a alguma forma de trabalho compulsório, tais como os indígenas. A análise dos instrumentos de trabalho e demais bens e equipamentos, ou seja, a cultura material presente nos inventários e testamentos fora importante para a compreensão dos lugares e afazeres desses trabalhadores, fossem homens ou mulheres, velhos ou jovens, com ofícios ou sem, no campo e também na cidade. Enfim, neste texto, tratamos dos pelos diversos trabalhos dos cativos em Abaeté nos diversos sítios, engenhocas e engenhos bem como seus vários tipos de ofícios

    Daquilo que se come: uma história do abastecimento e da alimentação em Belém (1850-1900)

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    This dissertation focuses on the food history in Belém (State of Pará, Brazil) between 1850 and 1900. It examines the process of buying and saling food in city of Belém, and their relationships with the countryside of province, with other Brazilians provinces of empire and with other countries focusing the spaces and produces directly connected to food. On the other hand, the grown of rubber economy with their urban and demography important transformations in city of Belém, it is possible the analyses of spaces to eat and their producers, tradesmen, working class and other socials individuals in the streets, restaurants, bakery e other food spaces.Esta dissertação compreende a história da alimentação em Belém entre o período de 1850-1900, analisando o processo de abastecimento da cidade de Belém, suas relações com os interiores da Província, com os outros países e ainda com outras Províncias do Império ressaltando os produtos mais comercializados e consumidos na cidade. Por outro lado a economia crescente da borracha possibilitou que a cidade de Belém conhecesse importantes transformações urbanas e demográficas, permitindo uma análise dos lugares de comer e seus diversos sujeitos sociais que figuravam as ruas, restaurantes, padarias e outros estabelecimentos alimentícios

    A cozinha mestiça: uma história da alimentação em Belém (fins do século XIX a meados do século XX)

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    The thesis of the perception that it is necessary to reflect on the idea of so-called regional food as more original, by linking to a culinary tradition of indigenous groups. The reaserch revealed that, contrary to popular belief, the regional food that is known today as typical is the result of crossbreeding occurred over time. Moreover, the forms of consumption of indigenous groups have undergone numerous changes and mixes the ingredients and preparation methods. Thus, this thesis demonstrates how such hybrids have also occurred in addition to the regional dishes. Thus, the thesis investigates the paraense kitchen late nineteenth and mid-twentieth century, showing how was the result of numerous food exchanges. Aiming at the establishment of our arguments we made a context of selling space products and food in the city of Belém, through various establishments and individuals who circulated the paraense capital. We follow with a discussion of how the recipes and prescriptions of books published in the city were influences of cuisines and European books, identifying such reality from the recipes and ingredients. Finally, the discussion about how the paraense food is miscegenation and how the menus found in the city at this point in the show eating habits full of miscegenation in a city that has not made use of its dishes as handle their culture.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorA tese parte da percepção de que se faz necessário refletir sobre a ideia da chamada comida regional como mais original, por vincular-se a uma tradição culinária dos grupos indígenas. A pesquisa revelou que, ao contrário do que se pensa, a comida regional que hoje se entende por típica é fruto de mestiçagens ocorridas ao longo do tempo. Aliás, as formas de consumo dos grupos indígenas sofreram inúmeras trocas e misturas nos ingredientes e formas de preparo. Desse modo, a presente tese demonstra como tais hibridismos ocorreram também para além dos pratos regionais. Assim, o trabalho investiga a cozinha paraense de fins do século XIX e meados do século XX, demonstrando como era resultado de inúmeras trocas alimentares. Visando a constituição de nossos argumentos fizemos um contexto dos espaços de venda de produtos e de alimentação na cidade de Belém, através dos estabelecimentos e diversos sujeitos que circulavam pela capital paraense. Seguimos com uma discussão sobre como os livros de receitas e receituários publicados na cidade eram influências das cozinhas e livros europeus, identificando tal realidade a partir das receitas e ingredientes. Por fim, a discussão sobre como a comida paraense é mestiçada e como os cardápios e menus encontrados na cidade neste momento nos mostram hábitos alimentares repletos de mestiçagem em uma cidade que ainda não fazia uso de seus pratos como identificador de sua cultura
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