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    Um pai trans, uma mãe trans: direitos, saúde reprodutiva e parentalidades para a população de travestis e transexuais

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2016As experiências da população trans (travestis e transexuais) relacionadas à reprodução e à parentalidade são predominantemente invisibilizadas. Esta dissertação teve como objetivo central conhecer os discursos e experiências de pessoas trans sobre reprodução e parentalidades e como objetivos específicos: discutir os limites e possibilidades do atendimento à saúde reprodutiva nos serviços de saúde; analisar as (in)visibilidades da população trans no que tange à saúde e aos direitos reprodutivos em documentos públicos de saúde e direitos humanos; e problematizar a invisibilidade das experiências de parentalidades trans. Foi realizada pesquisa de inspiração etnográfica, utilizando observação participante, diários de campo e entrevistas. Verificou-se a ausência da população trans nos discursos e práticas relacionados a direitos e saúde reprodutiva em geral, bem como sua predominante invisibilidade em documentos públicos brasileiros relacionados aos direitos da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Problematizou-se o atendimento à saúde reprodutiva, ressaltando o uso do nome social nos serviços de saúde, o aborto e a questão hormonal relacionada à reprodução. Refletiu-se sobre a cisheteronormatividade reprodutiva, a qual cria uma situação que se propôs conceituar como esterilização simbólica da população trans, pois reprodução e parentalidades parecem noções impensáveis quando se trata de sujeitos constituídos pela ideia de abjeção. A partir da escuta das pessoas interlocutoras, enfatizou-se a performatividade da parentalidade e o desejo, as práticas de cuidado, a adoção, o valor da consanguinidade, o imperativo da maternidade e a problematização da noção de família. Abstract : The experiences of trans population (transvestites and transsexuals) related to reproduction and parenting are predominantly made invisible. This dissertation had as central objective to know the speeches and experiences of trans people on reproduction and parenthoods and the following objectives: discuss the limits and possibilities of reproductive health care in the health services; analyzing the (in)visibility of trans population with regard to health and reproductive rights in documents as public health and human rights; and discuss the invisibility of trans parenthoods experiences. Ethnographic inspired research was conducted using participant, daily field observation and interviews. A lack of trans population in the discourses and practices related to rights and reproductive health general as well as its predominant invisibility in Brazilian public documents related to the rights of the lesbian, gay, bisexual and transgender comunity (LGBT). It was Problematized the reproductive health care, highlighting the use of the social name in health care, abortion and hormonal issue related to reproduction. It was reflected on reproductive cisheteronormativity, which creates a situation that proposed conceptualize as symbolic sterilization of trans population, therefore reproduction and parenthoods seems inconceivable notions when it comes to reflect about subjects constituted by the idea of abjection. From listening to the people interlocutors, it was emphasized the performativity of parenthood, desire, care practices, the adoption, the value of consanguinity, the imperative of motherhood and the notion of family s questioning

    Violência e Crack na Mídia Escrita

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    Reproductive health and rights for the population of transvestites and transsexuals: abjection and symbolic sterility

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    Neste artigo, objetivamos refletir sobre direitos e saúde reprodutiva quando pensados para a população trans (travestis, transexuais, transgêneros). Realizamos pesquisa de inspiração etnográfica e análise de documentos brasileiros de saúde e direitos humanos. Por meio disso, verificamos a ausência da população trans nas práticas e nos discursos relacionados a direitos e saúde reprodutiva em geral, bem como sua predominante invisibilidade nos documentos relacionados ao processo transexualizador e aos direitos da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Recorremos aos relatos de pessoas trans, obtidos por meio de observação participante e quatro entrevistas individuais, para problematizarmos o atendimento à saúde reprodutiva, destacando o papel dos profissionais de saúde. Colocamos em análise o aborto, prática a que homens trans também podem ser sujeitos. Por fim, tratamos da heterocisnormatividade reprodutiva, a qual leva a uma situação que propomos denominar “esterilidade simbólica” da população trans. Reprodução e parentalidades, portanto, parecem noções impensáveis quando se trata de pensar sujeitos constituídos pela ideia de abjeção.This article aims to reflect about rights and reproductive health concerning trans population (transvestites, transsexuals, transgender). We carried out an ethnographic inspired research and an analysis of Brazilian health and human rights documents. Thus, we verified the absence of the reference to the trans population in discourses and practices concerning the rights and reproductive health in general, as well as its predominant invisibility in documents related to the gender reassignment process and the rights of the lesbians, gays, bisexuals, transvestites and transsexuals community (LGBT). We analyze the accounts of trans people, obtained by participant observation and four individuals interviews, to problematize reproductive health treatment, highlighting the health professionals’ role. We question abortion, practice that trans men may be subject to. Lastly, we approach the reproductive heterocisnormativity, which leads to a situation we propose to name “symbolic sterility” of trans population. Reproduction and parenthoods, therefore, seems inconceivable notions when it comes to reflect about subjects who are conceived by the idea of abjection

    GRUPO DE MULHERES: EM DEFESA DO DISPOSITIVO GRUPAL

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    GRUPO DE MULHERES: EM DEFESA DO DISPOSITIVO GRUPAL

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    Clínica dos gêneros não inteligíveis: Judith Butler e psicanálise

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    PORCHAT, Patricia. Psicanálise e transexualismo: desconstruindo gêneros e patologias com Judith Butler. Curitiba: Juruá, 2014. 171 p

    Saúde das mulheres, direitos e resistência: analisando discursos produzidos no campo grupal

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    We present some results of a research intervention that focus on an experience in the group field. Based on Critical Social Psychology and on Feminists Studies, the aim of this research was to reflect on sexual and reproductive health, rights and gender (in)equality taking into consideration the discourses (co) produced in groups composed by women. The empowerment groups took place in a psychology clinical school during the years 2011 and 2012. Results indicate that groups can foster resistance to established modes of gender relations as well as produce the invention of new ways of living.Apresentamos alguns resultados de uma pesquisa-intervenção que foca em uma experiência no campo grupal. Baseada na psicologia social crítica e nos Estudos Feministas, o objetivo dessa pesquisa foi refletir sobre saúde sexual e reprodutiva, direitos e iniquidade de gênero levando em consideração os discursos (co)produzidos em grupos compostos por mulheres. Os grupos de fortalecimento aconteceram em uma clínica-escola de psicologia durante os anos de 2011 e 2012. Resultados indicam que os grupos podem favorecer resistência a modos instituídos de relações de gênero assim como produzir invenção de novos modos de viver

    Direitos e saúde reprodutiva para a população de travestis e transexuais: abjeção e esterilidade simbólica

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    Resumo Neste artigo, objetivamos refletir sobre direitos e saúde reprodutiva quando pensados para a população trans (travestis, transexuais, transgêneros). Realizamos pesquisa de inspiração etnográfica e análise de documentos brasileiros de saúde e direitos humanos. Por meio disso, verificamos a ausência da população trans nas práticas e nos discursos relacionados a direitos e saúde reprodutiva em geral, bem como sua predominante invisibilidade nos documentos relacionados ao processo transexualizador e aos direitos da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Recorremos aos relatos de pessoas trans, obtidos por meio de observação participante e quatro entrevistas individuais, para problematizarmos o atendimento à saúde reprodutiva, destacando o papel dos profissionais de saúde. Colocamos em análise o aborto, prática a que homens trans também podem ser sujeitos. Por fim, tratamos da heterocisnormatividade reprodutiva, a qual leva a uma situação que propomos denominar “esterilidade simbólica” da população trans. Reprodução e parentalidades, portanto, parecem noções impensáveis quando se trata de pensar sujeitos constituídos pela ideia de abjeção
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