66 research outputs found

    Clima urbano e estabelecimentos de diretrizes para cenários de ocupação do solo

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    O estudo busca estabelecer diretrizes de cenários de ocupação do solo de acordo com os efeitos provocados pelo clima urbano. A principal hipótese se origina da conjunção entre a atuação de massas de ar e da radiação solar combinadas com as características naturais da região e do ambiente construído. O método está baseado na caracterização ambiental, na detecção de fenômenos físicos que influenciam o clima urbano, na coleta de dados microclimáticos, na análise meso climática, no mapeamento das informações e na formulação de diretrizes para a ocupação urbana de uma área em processo de consolidação na cidade de São José do Rio Preto, SP. As informações microclimáticas e ambientais foram mapeadas com o uso de geoestatística em recortes urbanos. Os resultados indicam que a ação dos ventos sobre as superfícies expostas de água tem elevado potencial para influenciar um entorno imediato de aproximadamente 1.000m, dependendo da topografia, da densidade do ambiente construído, das condições atmosféricas e da vegetação. A dificuldade de penetração das massas de ar umidificadas em um denso e impermeabilizado ambiente construído sugere que o espaço urbano deva favorecer a ação passiva do resfriamento evaporativo, reduzindo a amplitude térmica e aumentando a umidade do ar. Desta forma, foram estabelecidas diretrizes de ocupação considerando a reorganização da vegetação, o represamento de corpos d’água, o posicionamento dos cânions urbanos de acordo com os ventos predominantes e a determinação do fator de visão do céu mais adequado para proporcionar sombreamento nas áreas abertas

    Variação de umidade absoluta e temperatura do ar intraurbano nos arredores de um corpo d’água

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    Este estudo tem por objetivo verificar a distribuição de umidade absoluta e da temperatura do ar intraurbano, associando-as à presença de um corpo d’água na área urbana de São José do Rio Preto, SP. A combinação do conteúdo de água no ar fornecido por corpos d’água com o potencial eólico pode favorecer significativamente as condições microclimáticas de uma área urbana, levando a um ambiente térmico mais ameno. Nove pontos de coleta de dados foram selecionados na malha urbana para detectar diferenças de temperatura e umidade absoluta do ar. Quatro pontos detalham os fenômenos físicos associados às trocas de calor intraurbanas sob a influência da distribuição da umidade absoluta. Foi detectado que o ponto de coleta à margem da represa municipal permaneceu aproximadamente 2 ºC abaixo do ponto situado na zona residencial mais impermeabilizada e 7 g/m³ mais úmido. A alta variação dos valores de umidade absoluta detectada neste estudo corrobora a necessidade de criação de estratégias para a redução da evaporação e melhoria da distribuição da quantidade de água no ar pelos espaços intraurbanos em épocas quentes e secas em cidades situadas em áreas continentais

    ESTABILIDADE ATMOSFÉRICA E COMPORTAMENTO DE ZONAS CLIMÁTICAS LOCAIS EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP

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    RESUMOEste estudo investiga a influência do grau de estabilidade atmosférica para a detecção de microclimas urbanos. O enfoque é verificar a variação de temperatura entre a área rural e urbana em condição de atmosfera estável e instável, segundo a classificação de Pasquil, Guifford e Turner, para fins de análise aplicada ao planejamento microclimático do ambiente térmico urbano. Tanto o ambiente construído quanto as condições do tempo meteorológico são responsáveis pelas variações de temperatura e umidade no ambiente urbano. Desta forma, se torna necessário aprimorar os métodos de recortes de tempo e espaço para o desenvolvimento de pesquisas sobre clima urbano. Cinco sensores termo higrométricos foram distribuídos em diferentes Zonas Climáticas Locais – LCZs – na cidade de São José do Rio Preto, SP, Brasil, sendo, uma área rural, uma próxima a um corpo d´água, uma no centro urbano e outras duas em um bairro residencial periférico. As variações de temperatura foram monitoradas de acordo com duas condições atmosféricas distintas, uma instável e outra estável subsequentemente. Os resultados indicaram que, sob condições de instabilidade atmosférica, a diferença entre o comportamento de temperatura nos cinco pontos foi menor que 2°C e, sob condições atmosféricas estáveis a diferença tende a aumentar. Destaca-se que, as maiores diferenças detectadas entre os valores de temperatura ocorreram entre a área ao redor do corpo d’água e o bairro periférico. Tais diferenças evidenciam a expressiva influência dos elementos urbanos sobre o microclima, principalmente durante o período mais estável da atmosfera. Conclui-se que, para o período mais instável da atmosfera, a absorção de energia pelo ambiente construído e a pluma de umidade exercida pelo corpo d’água sobre a cidade ficam menos perceptíveis e a variação de temperatura entre os pontos avaliados tende a se aproximar. Assim, a cuidadosa seleção, tanto do recorte de tempo quanto do recorte de espaço em pesquisas sobre clima urbano, se torna fundamental para a avaliação de microclimas urbanos.  Palavras chave: microclima, estabilidade atmosférica, ambiente térmico urbano. Atmospheric Stability and Behavior of Local Climate Zones in São José do Rio Preto – SP ABSTRACTThis study investigates the degree influence of the atmospheric stability on the urban microclimate detection. The main focus is to check the temperature variation between rural and urban areas in conditions of stable and unstable atmosphere, according to the Pasquil Guifford and Turner classification, for urban microclimate planning and thermal environment analysis.  Thus, it is necessary to improve the clippings methods of time and space for the research development on urban climate. Five thermo-hygrometer  sensors were distribute in different Local Climate Zones – LCZ – in the city of São José do Rio Preto, SP, Brazil, being one in a rural area, another near a water body, one in the city center and other two in a peripheral residential neighborhood. The temperature variations were monitored according to two different atmospheric conditions, an unstable and another one stable thereafter. The results indicated that, under unstable atmospheric conditions, the difference between the behavior of the five points of temperature was less than 2°C, under stable atmospheric conditions, the difference tends to increase.  It is noteworthy that the greatest detected differences between the temperature values occurred between the area around the water body and the peripheral area. Such differences highlight the significant influence of urban elements on microclimate, especially during the most stable period of the atmosphere. It is concluded that for the most unstable period of the atmosphere, the energy absorption by the built environment and the carried moisture plume by the water body over the city are less noticeable, and the temperature variation between the points tends to be closer. Thus, careful selection as much as the clipping time as the cutout space on urban climate research becomes essential for the evaluation of urban microclimates.  Estabilidad Atmosférica y el Comportamento de Zonas Climáticas Locales em São Jose do Rio Preto – SP ResumenEl presente estudio investiga la influencia del grado de estabilidad atmosférica para la detección de microclimas urbanos. El enfoque es verificar la variación de temperatura entre el área rural y urbana en condiciones de atmósfera estable e inestable, según la clasificación de Pasquil, Guifford y Turner, con el fin de realizar análisis aplicados a la planeación micro-climática del ambiente térmico urbano. Tanto el ambiente construido como las condiciones de tiempo meteorológico son responsables por las variaciones de temperatura y humedad en el ambiente urbano. De esta forma, se hace necesario mejorar los métodos de recortes de tiempo y espacio para el desarrollo de investigaciones sobre clima urbano. Cinco sensores termo-higrométricos fueron distribuidos en diferentes Zonas Climáticas Locales – LCZs- en la ciudad de São José do Rio Preto, SP, Brasil, siendo, una área rural, una próxima a un cuerpo de agua, una en el centro urbano e otras dos en un barrio residencial periférico. Las variaciones de temperatura fueron monitoreadas de acuerdo con dos condiciones atmosféricas distintas, una inestable y otra estable subsecuentemente. Los resultados indicaron que, bajo condiciones de inestabilidad atmosférica, la diferencia entre el comportamiento de la temperatura en los cinco puntos fue menor a 2°C y que, bajo condiciones atmosféricas estables la diferencia tiende a aumentar. Es importante destacar que las mayores diferencias detectadas entre los valores de temperatura ocurrieron entre el área alrededor del cuerpo de agua y el barrio periférico. Tales diferencias evidencian una expresiva influencia de los elementos urbanos sobre el microclima, principalmente durante el periodo más estable de la atmósfera. Se concluye que para el periodo más inestable de la atmosfera la absorción de energía por el ambiente construido y la columna de humedad ejercida por el cuerpo de agua sobre la ciudad son menos perceptibles y la variación de temperatura entre los puntos evaluados tiende a aproximarse. Así, la cuidadosa selección, tanto del recorte de tiempo como del recorte de espacio en investigaciones sobre clima, es fundamental para la evaluación de microclimas urbanos. Palabras clave: microclima, la estabilidad atmosférica, ambiente térmico urbano. Stabilité atmosphérique et comportement de zones climatiques locales de São José do Rio Preto - SP RÉSUMÉCette étude analyse l’influence du degré de stabilité atmosphérique sur la détection de microclimats urbains. Il s’agit précisément de vérifier les variations de température entre zone rurale et zone urbaine dans des conditions atmosphériques stables et instables, conformément à la classification de Pasquil, Guifford et Turner, afin de mener une analyse appliquée à la planification microclimatique de l’environnement thermique urbain. Aussi bien l’environnement bâti que les conditions météorologiques sont responsables des variations de température et d’humidité en milieu urbain. Il est donc nécessaire d’améliorer les méthodes de découpage du temps et de l’espace pour la mise en œuvre de recherches sur le climat urbain. Cinq capteurs thermo-hygrométriques ont été répartis dans différentes zones climatiques locales – LCZ – de la ville de São José do Rio Preto, État de São Paulo-Brésil : un en zone rurale, un à proximité d’un corps d’eau, un au centre-ville et deux dans des quartiers résidentiels périphériques. Les variations de température ont été relevées en fonction de deux conditions atmosphériques distinctes, stable et instable. Les résultats ont indiqué que dans des conditions d’instabilité atmosphérique, les différences de température entre les cinq zones étaient inférieures à 2°C, et qu’avec des conditions atmosphériques stables, cette différence avait tendance à augmenter. Il convient de souligner que les plus grandes différences de température détectées l’ont été entre la zone proche du corps d’eau et un des quartiers périphériques. De telles différences mettent en évidence l’influence significative des éléments urbains sur le microclimat, principalement en période de stabilité atmosphérique. On en a conclu que lors de périodes plus instables de l’atmosphère, l’absorption d’énergie par l’environnement bâti et la crête d’humidité provoquée par le corps d’eau sur la ville sont moins perceptibles et que la variation de température entre les points de contrôle tend à diminuer. Ainsi, dans le cadre des recherches sur le climat urbain, la sélection rigoureuse du découpage aussi bien temporel que spatial constitue un élément fondamental de l’évaluation des microclimats urbains. Mots-clés : microclimat, stabilité atmosphérique, environnement thermique urbain. 

    Uma ferramenta para análise do potencial de formação de ilhas de calor

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    O uso de ferramentas computacionais tem sido cada vez mais frequente em pesquisas de planejamento urbano, em simulações de previsão de cenários futuros e na inclusão de modelos matemáticos. O objetivo deste estudo é o de verificar a influência da geometria urbana nos valores de intensidade de ilha de calor noturna através da simulação com o uso da ferramenta THIS – Tool for Heat Island Simulation. Essa ferramenta foi desenvolvida como sub-rotina de cálculo incorporada ao SIG ArcGIS 10.2. O método do trabalho inclui levantamento de campo (monitoramento de dados climáticos e dados de geometria urbana); desenvolvimento da ferramenta computacional; ajuste; e simulação. Este estudo traz como contribuição, a verificação de que, para um mesmo valor de relação H/W (altura/largura do via), cânions urbanos com maior rugosidade resultam em valores de intensidade de ilha de calor menores em relação aos cânions de menor rugosidade.FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São PauloCAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorCNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológic

    Automated mapping process of frontal area and thermal potential indexes: GIS algorithm development and implementation

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    The impacts of urban areas on microclimate conditions are well-known and highlight the importance of climatological guided urban planning. The growth and evolution of Geographic Information Systems (GIS) have set a backdrop for implementing strategies to apply urban climatological knowledge in planning daily practice. This research brings algorithms to automate the Frontal Area Index (FAI) and Thermal Potential Index (TPI) mapping process. This type of algorithms type facilitates the extraction of detailed spatial information for the decision-making process, making it highly relevant for urban planning and management. Their calculation method is implemented as ESRI © ArcGIS Pro embedded Python Stand Alone Script Tools, using the Python ArcPy library to access the ArcGIS geoprocessing functions. The algorithms are described in detail, allowing their implementation in other GIS platforms. The output maps allow the urban thermal conditions and morphology assessment. The findings from this research may substantially contribute both to the advance in the urban climatology scientific field and to guide urban planners' and managers' practical decision making.This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brazil (CAPES) - Finance Code 001; the Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – Brazil (CNPq); and from the Centre for Territory, Environment and Construction - Portugal (CTAC)

    ANÁLISE DA INFLUÊNCIA DE PARÂMETROS DA GEOMETRIA URBANA NOS RUÍDOS DE TRÁFEGO VIÁRIO: aplicabilidade de três métodos de monitoramento sonoro

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    A consideração do controle de ruídos no planejamento e gestão urbanos é de extrema relevância para proporcionar maiores níveis de conforto nas cidades. O monitoramento acústico assume papel primordial, pois permite o controle da paisagem sonora e a identificação de regiões da urbe que estejam em desacordo com os padrões de conforto estabelecidos pela literatura e normatizações. O método mais difundido no Brasil de monitoramento acústico se dá por meio de sonômetros fixos, que implica no uso de equipamentos caros e na necessidade de mobilização de equipes para o controle das medições contínuas, tornando este processo bastante oneroso e pouco implementado em nosso país. Técnicas de medições móveis podem simplificar e reduzir os custos deste monitoramento e vêm sendo testadas no contexto brasileiro. A presente pesquisa analisa a influência de parâmetros da geometria urbana – tais como altura das edificações, largura das vias, ocorrência de espaços livres, relação entre altura e largura da calha das vias, taxa de ocupação e volumetria das quadras – na dissipação do ruído de tráfego medido por meio de três métodos de monitoramento sonoro: (a) sonômetro fixo; (b) sonômetro de coleta contínua por modo à Pé; (c) sonômetro de coleta contínua por modo Cicloviário. Os resultados revelam que cada método possui seu potencial próprio de aplicabilidade, conforme o parâmetro urbano analisado

    Impacto da geometria do cânion urbano na intensidade de ilha de calor noturna: análise através de um modelo simplificado adaptado a um SIG

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    A geometria urbana é um dos fatores de maior influência na intensidade da ilha de calor urbana. Seu estudo requer a caracterização de cânions urbanos, geralmente medidos pela relação entre a altura dos edifícios e a largura da rua (H/W), conceito aplicado no modelo numérico de Oke em 1981. O objetivo deste artigo é verificar o impacto da geometria do cânion urbano na intensidade de ilhas de calor noturna. Para isso, foram realizados levantamento de dados climáticos e de geometria urbana em duas cidades brasileiras. Os valores de intensidade de ilha de calor foram confrontados com os simulados pelo modelo original de Oke (1981), o qual foi calibrado e adaptado à plataforma SIG, de forma a possibilitar a incorporação de outro parâmetro de geometria, além da relação H/W: o comprimento de rugosidade. Esse processo gerou uma nova ferramenta de cálculo, que é denominda THIS (Tool for Heat Island Simulation). Aplicou-se o novo modelo para simular alguns cenários urbanos hipotéticos, que representam vários tipos de cânions urbanos. Os resultados demonstraram que cânions urbanos de maior rugosidade amenizam as intensidades de ilha de calor noturna em relação a um cânion de mesmo valor de relação H/W e menor rugosidade

    Editorial

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    Esta é uma Edição Especial da revista Ambiente Construído, focada no tema Conforto Ambiental e Eficiência Energética. O objetivo desta Edição é apresentar um panorama do estado-da-arte sobre a área de conhecimento no Brasil, através dos resultados das pesquisas desenvolvidas no ano de 2012 e 2013.Esta edição especial da Revista foi realizada de forma articulada com a realização do XII Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído. Assim, os 12 primeiros artigos publicados foram selecionados para apresentação no XII ENCAC. Participou como co-editora convidada desta edição a coordenadora do GT Conforto e Eficiência Energética da ANTAC, Profª Léa Cristina Lucas de Souza, da UFSCar, que foi a coordenadora científica deste evento.Todos os 12 artigos passaram por todos os procedimentos regulares de avaliação adotados na Revista.Os temas abordados nos 12 trabalhos que foram apresentados no ENCAC 2013 vão desde a escala urbana até a do edifício, tratando de iluminação natural, ventilação, regulamentação, estratégias passivas (contribuição da Venezuela), efeito das mudanças climáticas e conforto térmico.Os outros 4 trabalhos vêm do exterior, com duas contribuições da Argentina, uma de Portugal e uma da França. Os artigos falam das políticas europeias ligadas à eficiência energética, forma urbana e eficiência energética em Maceió, iluminação natural e monitoramento de casas em climas frios.Carlos Torres Formoso, Professor da UFRGSHolmer Savastano Junior, Professor da USPRoberto Lamberts, Professor da UFSCEditores-chefes Léa Cristina Lucas de Souza, Professora da UFSCarCo-editora convidad

    Editorial

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    Este terceiro número de 2016 da Ambiente Construído encarta 12 artigos com uma amplitude de assuntos, característica da temática da Revista. Primeiramente é apresentada uma série de 6 estudos relacionados com aspectos da qualidade urbana ou do planejamento urbano, seguida por 4 artigos de caráter mais tecnológico, tendo como pano de fundo a sustentabilidade. E a edição se encerra com um artigo da área de arquitetura e outro de gestão da construção. Abrindo o primeiro bloco, uma avaliação da qualidade urbana de bairros de média densidade, por meio de um conjunto formado por 74 indicadores, é apresentada por Delsante (Universidade de Huddersfield, Inglaterra). Segundo o autor, o conjunto de indicadores proposto permite avaliar, comparativamente, diferentes localidades em diferentes contextos, embora apresente algumas limitações. Um importante instrumento para ordenamento urbano, os Estudos de Impacto de vizinhança (EIV), criado em 2001, é objeto de estudo desenvolvido por Barreiros e Abiko (ambos da Universdiade de São Paulo). Esses autores apontam a predominância de critérios subjetivos na avaliação dos impactos de vizinhança e apresentam um método para esta avaliação, desenvolvido por meio de matrizes numéricas. Controle das cheias e manejo de águas pluviais em áreas urbanas são focos dos artigos seguintes. Tassi, Allasia Piccilli, Brancher e Roman (todos da Universidade Federal de Santa Maria) apresentam resultados de um estudo realizado em Santa Maria/RS, que teve como objetivo avaliar as percepções e preferências da população de diferentes estratos socioeconômicos com relação à implementação de técnicas compensatórias para o controle de cheias. A amostra foi constituída por 518 domicílios distribuídos em três bairros representativos de diferentes estratos sociais. O manejo de águas pluviais é tema do artigo de autoria de Melo (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba), Coutinho, Santos, Cabral, Antonino (estes quatro da Universidade Federal de Pernambuco) e Lassabatere (École Nationale des Travaux Publics de l’Etat, França). O artigo apresenta resultados de avaliação de uma trincheira de infiltração experimental, instalada na cidade de Recife/PE, e os autores concluem se tratar de uma técnica compensatória no manejo das águas pluviais urbanas.O artigo de autoria de Nakata-Osaki, Souza (ambos da Universidade Federal de São Carlos) e Rodrigues (Universidade do Minho, Portugal) tem como objetivo verificar o impacto da geometria do cânion urbano na intensidade de ilhas de calor noturna. Com base em dados climáticos e de geometria urbana em duas cidades brasileiras foram desenvolvidos alguns cenários urbanos hipotéticos, que representam vários tipos de cânions urbanos e os resultados demonstraram que cânions urbanos de maior rugosidade amenizam as intensidades de ilha de calor noturna em relação a um cânion de mesmo valor de relação H/W e menor rugosidade. Também sob o ponto de vista do conforto térmico nas cidades, Krüger (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e Gonzalez (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná) analisaram a influência de alterações do albedo de revestimentos de superfície sobre a temperatura do ar de um cânion urbano e sobre o grau de conforto térmico em nível do pedestre, em cidades de médio porte localizadas nas oito zonas bioclimáticas brasileiras. O resfriamento evaporativo indireto (REI) é tema do artigo de autoria de Krüger, Lange (ambos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná), Fernandes e Rossi (ambos da Universidade Federal do Paraná). Os autores avaliaram a aplicação de uma forma particular de REI, que alia o resfriamento evaporativo à inércia térmica propiciada por um reservatório d’água, para o condicionamento térmico de ambientes em situação de calor em Curitiba, cidade inserida na zona bioclimática 1. Os resultados apontam para a vantagem do uso do REI para o resfriamento interno dos protótipos testados.Faria, Battistelle (ambas da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) e Neves (Rede Ibero-americana Proterra; Rede TerraBrasil) são os autores do artigo seguinte, que apresenta resultados de um estudo realizado para avaliar o efeito da adição de “baba de cupim sintética” em um latossolo arenoargiloso fino, proveniente da região de Bauru, SP, estabilizado com cimento. Os resultados indicam que o uso do aditivo produziu aumento de pelo menos 35% na resistência à compressão e reduziu em até 13% a absorção de água das amostras ensaiadas.Outro estudo da área de ciência dos materiais, de autoria de Castro (Universidade Estadual do Paraná) e Martins (Universidade Estadual de Maringá), trata da avaliação do efeito da adição de cinzas do bagaço de cana-de-açúcar (SCBA) em argamassas mistas. Após ensaios com diferentes proporções, os autores concluíram que a substituição de 7,5% de cimento pela cinza não afeta significativamente as propriedades da argamassa. França, Rey, Ferreira e Ribeiro (Universidade Federal da Bahia) analisaram o efeito da substituição do cimento por um outro tipo de cinza, proveniente da queima de cavacos de eucalipto, em argamassas, e concluíram que não houve alterações significativas nas propriedades do estado fresco e nem na reatividade potencial.No artigo seguinte, os autores Augusto (Universidade de Marília) e Guadanhim (Universidade Estadual de Londrina) apresentam uma análise de conjuntos habitacionais da extinta Caixa Estadual de Casas para o Povo (Cecap), chamados de “pequenos” por se tratar de empreendimentos com escala muito menor do que o projeto original projetado por Vilanova Artigas, Fábio Penteado e Paulo Mendes da Rocha. Foram observadas as mudanças e transformações em projeto e suas motivações.E por fim, a partir de aplicação de técnicas multivariadas de análise fatorial e análise discriminante, os pesquisadores Maia (Universidade Positivo) e Iarozinski Neto (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) buscaram verificar a existência de diferenças relativas a características organizacionais entre empresas dos segmentos residencial, industrial e comercial, infraestrutura, serviços especializados e construção industrializada. O estudo envolveu coleta de dados em 118 empresas sediadas em Curitiba/PR. E indicou significativa homogeneidade com relação a estratégias de melhoria, comportamento do indivíduo no trabalho, estrutura de funcionamento, dinâmica de crescimento, estilo de gestão, relações interpessoais e posicionamento da empresa perante o mercado.Boa leitura

    Editorial

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    Esta edição é composta por artigos recebidos no fluxo corrente e abordam temas diversificados, porém, predominantemente relacionados à sustentabilidade, projeto e tecnologia.Este número marca uma mudança na equipe editorial da Revista. Holmer Savastano Junior, da Universidade de São Paulo, deixa o cargo de editor-chefe e em seu lugar assume Mônica Batista Leite, da Universidade Estadual de Feira de Santana – BA. E Enedir Ghisi, da Universidade Federal de Santa Catarina, passa a fazer parte da equipe como editor-associado. Ao Professor Holmer, nossos mais sinceros agradecimentos pela dedicação e empenho, e aos novos editores, nossas boas-vindas.Os dois primeiros artigos tem como pano de fundo o planejamento urbano. No primeiro, os autores Menzori e Falcoski, da Universidade Federal de São Carlos, analisam impactos de alterações feitas em Plano Diretor na ocupação de áreas de preservação permanente e corredores de integração ecológica, e no segundo, de autoria de Fernandes, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, e Silva Filho, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é apresentado um modelo para gestão municipal de resíduos da construção civil.Uma categoria específica de perdas é tratada por Santos e Santos, da Universidade Federal de Sergipe, trata-se do making-do e das contribuições do planejamento para redução dos impactos dessas perdas no processo de produção.Os quatro artigos seguintes abordam diferentes aspectos das tomadas de decisão em projetos. Abate e Kowaltowski, da Universidade Estadual de Campinas, analisaram a eficácia de implantação de pisos táteis a partir de estudo de caso desenvolvido em ambiente escolar. A relação entre espaço privado e espaços públicos é o tema do artigo de autoria de Mauá, da Universidade Paulista, Guadanhim e Kanashiro, da Universidade Estadual de Londrina. Os autores criticam, especificamente, a inadequação de projetos imobiliários de torres altas em relação à qualidade da rua, como espaço de interação social. Müller e Lima, da Universidade Federal do Pará, apresentam uma avaliação do uso de espaços de lazer destinados a crianças em empreendimentos da faixa 1 do Programa MCMV, em dois empreendimentos localizados em Belém – PA e recomendam a incorporação de requisitos específicos sobre a qualidade do projeto desses espaços, nas diretrizes do PMCMV. O quarto artigo deste bloco, sobre o tema arquitetura hospitalar, apresenta proposta de atributos ambientais desejáveis ao planejamento de unidades de alojamento conjunto do Método Canguru, que é uma alternativa ao cuidado neonatal convencional. Este artigo é de autoria de Ely, Cavalcanti, Silveira, Klein e Soares Junior, da Universidade Federal de Santa Catarina. No artigo seguinte, os autores Celimar A. Teixeira, Marcel A. Budel, Karina Q. de Carvalho e Stella Maris C. Bezerra, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, e Ghisi, da Universidade Federal de Santa Catarina, analisam a qualidade da água de chuva coletada em telhados, a partir de estudos de caso desenvolvidos com dois tipos de cobertura: telhas de concreto e cobertura plana e vegetada.Costa e Ilha, da Universidade Estadual de Campinas, são as autoras do artigo que propõe metodologia para a seleção de informações técnicas para avaliação do desempenho de sistemas prediais hidráulicos e sanitários, um modelo genérico para caracterização dos componentes e a incorporação de informações de desempenho na norma brasileira de BIM.Os artigos seguintes enfatizam a tecnologia do ambiente construído. Oliveira, Silva, da Universidade Católica de Pernambuco, Pires Sobrinho, do Instituto Tecnológico de Pernambuco, e Azevedo, da Universidade Católica de Pernambuco, apresentam uma reflexão sobre as edificações executadas em alvenaria resistente em Pernambuco. O artigo de autoria de Dias, da Faculdades Multivix, e Alvarez, da Universidade Federal  do Espírito Santo, apresenta estudo das propriedades mecânicas da madeira plástica e compósitos termoplásticos, que vem sendo utilizados como alternativa à madeira. Os autores concluem que os produtos desenvolvidos com termoplásticos tem aplicação limitada na construção civil, devido ao baixo módulo de elasticidade específico e a elevada densidade. Uma análise da confiabilidade estrutural de uma ponte executada em sistema laminado protendido de madeira é apresentada por Cheung, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, Scaliante, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes de Mato Graosso do Sul, Lindquist, da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará, Christoforo, da Universidade Federal de São Carlos, e Calil Junior, da Universidade de São Paulo. Na análise, os autores enfatizaram os esforços provenientes do tráfego real. Os três últimos artigos desta edição se referem à ciência dos materiais. O primeiro, de Geraldo C. Isaia, da Universidade Federal de Santa Maria, Zerbino, da Comisión de Investigaciones Científicas da Argentina, Gastaldini, da Universidade Federal de Santa Maria, e Sensale, da Universidad de la República – Uruguai, dá continuidade aos resultados apresentados em artigo publicado nesta Revista (n. 1 v. 10) apresentando uma análise da durabilidade de concreto estrutural produzido com adição de cinza de casca de arroz natural, sem processamento, em substituição parcial de cimento. Os autores concluem que a proporção de 15%, em massa, é tecnicamente viável e favorece a sustentabilidade. Willbert, Kazmierczak e Kulakowski, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, assinam artigo que apresenta uma análise da viabilidade de utilização da técnica de nanoindentação para a avaliação da interface entre pasta e agregado reciclado, proveniente de concreto e argamassas de concretos com cinza de casca de arroz e fíler basáltico, utilizado em concretos. O último artigo desta edição apresenta resultados de um estudo sobre esterificação de fibras de bucha vegetal, visando o uso dessas fibras como reforço em matriz cimentícia. O artigo é de autoria de Souza, Motta, Pasquini, Vieira e Pires, da Universidde Federal de Uberlândia.Agradecemos aos autores e, principalmente, aos avaliadores que contribuíram nesta edição. Tenham todos uma boa leitura
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