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    Prevalência e fatores associados a sintomas osteomusculares em profissionais que trabalham predominantemente na postura sentada

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    O objetivo dessa pesquisa foi estimar a prevalência de sintomas osteomusculares (SO) e identificar os fatores associados em profissionais de setores administrativos que trabalham predominantemente na postura sentada. Foi realizado um estudo analítico observacional transversal em uma instituição pública federal na região sul do país. Utilizou-se o questionário nórdico para estimar a prevalência de sintomas osteomusculares, sendo considerado variável dependente para a análise de associação o número de relatos. Após validação por juízes, selecionou-se para investigação 19 variáveis independentes, sendo três sociodemográficas, quatro comportamentais, seis ocupacionais e seis variáveis de saúde. Foi realizada a análise univariada e na sequência regressão múltipla de Poisson com variância robusta. As variáveis independentes foram inseridas por blocos em modelo hierárquico com critério backward stepwise, considerando p<0,20. As medidas de efeito foram expressas em Aumento Relativo (AR) na média, tendo os dados analisados para um nível de significância de 5% e intervalos com 95% de confiança. Participaram da pesquisa 451 trabalhadores, com média de idade de 44,4 anos, a maioria do sexo feminino (54,5%), com ensino superior ou pós-graduação (81,2%), não tabagista (84,2%) e praticante de atividade física (53,9%). O tempo médio sentado por dia no trabalho foi de 6,51 horas, em casa ou outros locais 3,12 horas e o tempo em ocupações na postura sentada de 20,29 anos. A prevalência de SO nos últimos 12 meses foi de 90% IC95% [87% ; 93%], sendo os locais mais afetados a coluna lombar com 61%, seguido de pescoço 49,7% e ombros 49,4%. As condições ergonômicas foram consideradas boas e 81,1% dos trabalhadores apresentaram índice de capacidade para o trabalho (ICT) bom ou ótimo. Quanto à saúde, 55,2% estavam com a circunferência da cintura acima do desejável, 54,1% fizeram uso de medicamentos nos últimos doze meses, 61,7% e 44,8% apresentaram baixa flexibilidade e resistência muscular, respectivamente. No modelo final da análise de regressão, as variáveis sexo feminino (AR=14,75%), ICT baixo (AR=100,02%) e moderado (AR=64,06%), uso de medicamentos (AR=48,06%) e circunferência da cintura em risco (AR=15,59%), tiveram associação significativa com o aumento da média de SO, já a escolaridade com ensino técnico, atuou como fator de proteção reduzindo a média em 36,46%. Ciente nesse contexto, podem-se propor medidas para melhoria, como por exemplo, realizar adaptações no ambiente laboral e mudanças da organização do trabalho objetivando mais atividade física e redução do tempo sentado por dia. Além de outros benefícios, essas ações contribuem diretamente na redução da pressão na coluna lombar e aumento do gasto energético, podendo contribuir na redução da obesidade abdominal e indiretamente melhorar a capacidade para o trabalho. Outra medida substancial é o tratamento à elevada presença de sintomas, pois toda dor, formigamento ou dormência necessitam de cuidados imediatos, evitando-se possíveis lesões incapacitantes no futuro. Portanto, a saúde desses trabalhadores requer cuidados específicos e maior atenção, com visão ampliada a fim de promover bem-estar e qualidade de vida sustentável no trabalho.não há

    Coordenação de Políticas Públicas: : Ações e Redes Intersetoriais com Foco na Atenção Primária à Saúde

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    Introdução: políticas públicas possuem diretrizes que orientam ações e programas cuja finalidade é o enfrentamento de questões públicas que apresentam processos complexos. Na área da saúde, a coordenação de ações e articulação entre os níveis de atenção se destacam como elemento central entre as atribuições da Atenção Primária à Saúde (APS), que se refere à capacidade de articular e integrar os diferentes serviços de saúde, proporcionando um atendimento contínuo e integral aos indivíduos ao longo do tempo. Objetivos: apresentar o papel da coordenação de políticas públicas nas ações intersetoriais relacionadas à saúde na APS. Método: este estudo constitui uma revisão de literatura do tipo narrativa. Para realização do levantamento bibliográfico, foram consultadas as bases de dados LILACS, MEDLINE e Google Acadêmico, utilizando os seguintes descritores: “colaboração intersetorial”, redes, coordenação, “atenção primária à saúde” e “políticas púbicas”. Os idiomas considerados foram o português e o espanhol, com período de publicação entre 2000 e 2022. Resultados: foram identificados 158 documentos publicados conforme a estratégia. Na análise dos trabalhos, considerando a perspectiva de redes e das ações intersetoriais, notou-se que a literatura traz uma discreta distinção, na qual a forma como os atores sociais se organiza e se relaciona expressam essa diferença. O atributo de coordenação tem seu destaque durante a implementação das políticas públicas e na sua efetividade. Para que as políticas implementadas sejam efetivas é necessário que diferentes áreas do governo trabalhem de forma integrada; é neste ponto em que a falta de coordenação pode desencadear conflitos entre os atores envolvidos na implementação, gerando prejuízos referentes à sua efetividade. Considerações Finais: a coordenação nas políticas públicas de saúde é um elemento-chave para garantir uma prestação de serviços eficiente, igualitária e de qualidade. Um sistema de saúde bem coordenado é capaz de responder de forma mais efetiva às necessidades da população, promovendo a melhoria contínua dos serviços e a promoção da saúde de todos os cidadãos

    Prevalência de DORT e Análise do Risco Ergonômico em Odontólogos de Foz do Iguaçu

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    No mundo atual o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) prevalece entre os problemas relacionas a saúde, interferindo em diversas categorias de trabalhadores. O objetivo desta pesquisa é verificar a prevalência de DORT e realizar a análise ergonômica, utilizando as ferramentas OWAS e RULA em odontólogos. Foi realizado um estudo observacional transversal, com profissionais odontólogos da cidade de Foz do Iguaçu, Paraná. Utilizou-se o questionário Nórdico de sintomatologia dolorosa osteomuscular (Nordic Musculoskeletal Questionnaire – NMQ), Ovako Working Analysis System - OWAS e Rapid Upper Limb Assessment - RULA. Dos 18 entrevistados, 56% era do sexo masculino e a média de idade foi de 36 anos. A média da carga horária de trabalho semanal dos odontólogos foi de 42 horas. Quanto ao tempo de profissão 61% dos participantes estão entre 11 a 20 anos. A prevalência deDORT foi de 100%, ou seja, todos os odontólogos relataram queixas de dores nos últimos 12 meses e/ou nos últimos 7 dias, sendo que as três áreas mais acometidas foram os ombros, pescoço e parte inferior das costas. Quanto a análise ergonômica com OWAS e RULA, estas ferramentas demonstraram a necessidade de algumas mudanças para se evitar lesão. A prevalência de DORT foi muito elevada, principalmente em membros superiores e coluna cervical, já na análise ergonômica encontrou-se a presença de riscos ergonômicos principalmente quanto a postura, exigindo medidas preventivas imediatamente

    Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde em Município de Médio Porte

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    Introdução: as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) foram institucionalizadas no sistema único de saúde por meio da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). São recursos terapêuticos que buscam não só a recuperação da saúde, mas também a prevenção de doenças, e têm ênfase na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. O objetivo deste estudo foi realizar o levantamento do uso das PICS pelos profissionais nos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS) em um município de médio porte do estado do Paraná. Método: foi realizado um estudo descritivo com aplicação de questionário eletrônico no Google Forms com todos os profissionais da APS de todas as unidades de saúde da família do município. Resultados: participaram 242 profissionais, destes, 31 (12,81%) utilizam PICS em sua atuação na APS e 122 (50,41%) não conhecem as PICS. A PIC mais utilizada foi a Fitoterapia (44,11%), seguida da Auriculoterapia (17,64%) e da Osteopatia (11,76%). Os profissionais que mais utilizaram PICS foram os residentes do programa multiprofissional em saúde da família, os médicos e os agentes comunitários de saúde com 19,35% cada categoria. Somente 8,26% dos participantes relataram que receberam capacitação sobre o uso das PICS. Conclusão: foi possível observar que mesmo com a PNPIC aprovada desde 2006, a utilização das PICS na APS do município estudado ainda é modesta. Assim, vale propor maior investimento em capacitação, educação permanente e/ou outras estratégias para melhorar a compreensão sobre as PICS e seu uso na atenção primária à saúde

    Monitoria Acadêmica com Aplicação de Ferramentas Digitais na Educação Remota: : Relato de Experiência

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    O presente trabalho objetiva relatar a experiência da monitoria acadêmica no primeiro período do curso de medicina, adaptada para o ensino remoto no período de pandemia e descrever as atividades de ensino-aprendizado aplicadas, as ferramentas digitais utilizadas e os resultados alcançados. A monitoria foi efetuada principalmente por meio de acesso online às ferramentas do Google, em especial o Meet, Classroom e Forms, fazendo uso também do Whatsapp para comunicação, Powerpoint e Canva para apresentações. Apesar dos diversos desafios, a experiência na monitoria acadêmica foi bastante produtiva e a adaptação ao modelo de ensino remoto foi bem-sucedida, envolvendo o uso de ferramentas digitais na complementação do aprendizado, na construção de vínculo entre monitores e discentes, no desenvolvimento de habilidades de ensino e integração do aluno à universidade, e à proposta pedagógica do módulo e do curso

    Fatores associados a sintomas osteomusculares em profissionais que trabalham sentados

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    OBJETIVOS: Estimar a prevalência de sintomas osteomusculares e analisar os fatores a eles associados em profissionais de setores administrativos que trabalham predominantemente na postura sentada. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal com dados obtidos de 451 trabalhadores de instituição pública federal na região Sul do país. A variável dependente foi o número de sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses, aferido utilizando-se o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Foram investigadas 19 variáveis independentes, divididas em quatro categorias: características sociodemográficas, comportamentais, ocupacionais e de saúde. Foi realizada análise univariada e, na sequência, regressão múltipla de Poisson com variância robusta. As variáveis independentes foram inseridas em blocos com critério backward stepwise, considerando o valor para estatística de Wald igual a 0,20. As medidas de efeito foram expressas em aumento relativo (AR) no valor médio, sendo os dados analisados para um nível de significância de 5%. RESULTADOS: A prevalência estimada de sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses foi de 90% (intervalo de confiança – IC95% 87–93). No modelo final da análise de regressão, as variáveis sexo feminino (AR = 14,75%), índice de capacidade para o trabalho baixo (AR = 100,02%) e moderado (AR = 64,06%), uso de medicamentos (AR = 48,06%) e circunferência da cintura em risco (AR = 15,59%) tiveram associação significativa com o aumento da média de sintomas; já a escolaridade com ensino técnico atuou como fator de proteção, reduzindo a média em 36,46%. CONCLUSÕES: A alta prevalência de sintomas osteomusculares encontrada e os fatores associados indicam a necessidade de propor ações e cuidados específicos para essa população, como tratamento imediato dos sintomas e mudanças na organização e no ambiente laboral, a fim de alcançar equilíbrio e harmonia nas exigências do trabalho sentado prolongado e evitar o impacto dessa condição na saúde pública. DESCRITORES: Saúde do Trabalhador. Medidas de Associação, Exposição, Risco ou Desfecho. Transtornos Traumáticos Cumulativos. Postura. Estilo de Vida Sedentário.OBJECTIVE: To estimate the prevalence of musculoskeletal symptoms and analyze their associated factors in professionals from administrative sectors working predominantly in sitting position. METHODS: This is a cross-sectional study with data obtained from 451 workers from a federal public institution in Southern Brazil. The dependent variable was the number of musculoskeletal symptoms in the prior 12 months, measured using the Nordic Musculoskeletal Questionnaire. In the analyses, 19 independent variables were investigated, divided into four categories: sociodemographic, behavioral, occupational and health characteristics. Univariate analysis and multiple Poisson regression with robust variance were performed. The independent variables were inserted into blocks with stepwise backward criterion, considering the value for Wald statistics equal to 0.20. The effect measures were expressed in a relative increase (RI) in the mean value, and the data were analyzed for a 5% significance level. RESULTS: The estimated prevalence of musculoskeletal symptoms in the prior 12 months was 90% (confidence interval – 95%CI 87–93). In the final model of regression analysis, the variables female gender (RI = 14.75%), low (RI = 100.02%) and moderate (RI = 64.06%) work ability index, use of medications (RI = 48.06%) and waist circumference at risk (RI = 15.59%) had a significant association with the increase in the mean number of symptoms; schooling with technical education acted as a protective factor, reducing the mean by 36.46%. CONCLUSIONS: The high prevalence of musculoskeletal symptoms found and the associated factors indicate the need to propose specific actions and care for this population, such as immediate treatment of symptoms and changes in the organization and work environment, to achieve balance and harmony in the demands of prolonged sitting work and avoid its impact effect of this condition on public health. DESCRIPTORS: Occupational Health. Measures of Associa

    Principais Queixas Relacionadas ao Uso Excessivo de Dispositivos Móveis

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    Com a generalização dos dispositivos móveis de tecnologia e comunicação vem aumentando as queixas relacionadas a dores e desconfortos no corpo. O uso excessivo desses pode causar inúmeras patologias. O objetivo desta pesquisa foi relatar as principais queixas musculoesqueléticas dos usuários relacionadas a utilização de dispositivos móveis. Método: O estudo é do tipo quantitativo, observacional transversal, cuja coleta de dados foi realizada nos meses de setembro e outubro de 2016, em uma instituição de ensino superior localizada no município de Foz do Iguaçu, PR. Resultados: Participaram do estudo 100 indivíduos, com média de idade de 25 anos.As queixas musculoesqueléticas mais frequentemente relatadas pelos participantes foram: pescoço (49,4%), punhos e mãos (37,9%), ombros (28,7%) e região lombar (18,4%). Dos entrevistados 29% utilizam a posição de inclinação de pescoço de 15° no uso do celular e tablet. E a posição mais utilizada no uso do notebook foi a postura deitada com leve flexão do tronco (57%). Considerações finais: As principais queixas  musculoesqueléticas relacionadas ao uso excessivo de dispositivos móveis foram em pescoço e membros superiores. Apesar da ausência de análise estatística, pôde-se observar que há uma relação entre a posição corporal utilizada pelos participantes com as principais queixas relatadas

    Factors associated with musculoskeletal symptoms in professionals working in sitting position

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    Objetivos: Estimar a prevalência de sintomas osteomusculares e analisar os fatores a eles associados em profissionais de setores administrativos que trabalham predominantemente na postura sentada.Métodos: Trata-se de estudo transversal com dados obtidos de 451 trabalhadores de instituição pública federal na região Sul do país. A variável dependente foi o número de sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses, aferido utilizando-se o Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares. Foram investigadas 19 variáveis independentes, divididas em quatro categorias: características sociodemográficas, comportamentais, ocupacionais e de saúde. Foi realizada análise univariada e, na sequência, regressão múltipla de Poisson com variância robusta. As variáveis independentes foram inseridas em blocos com critério backward stepwise, considerando o valor para estatística de Wald igual a 0,20. As medidas de efeito foram expressas em aumento relativo (AR) no valor médio, sendo os dados analisados para um nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência estimada de sintomas osteomusculares nos últimos 12 meses foi de 90% (intervalo de confiança – IC95% 87–93). No modelo final da análise de regressão, as variáveis sexo feminino (AR = 14,75%), índice de capacidade para o trabalho baixo (AR = 100,02%) e moderado (AR = 64,06%), uso de medicamentos (AR = 48,06%) e circunferência da cintura em risco (AR = 15,59%) tiveram associação significativa com o aumento da média de sintomas; já a escolaridade com ensino técnico atuou como fator de proteção, reduzindo a média em 36,46%. Conclusões: A alta prevalência de sintomas osteomusculares encontrada e os fatores associados indicam a necessidade de propor ações e cuidados específicos para essa população, como tratamento imediato dos sintomas e mudanças na organização e no ambiente laboral, a fim de alcançar equilíbrio e harmonia nas exigências do trabalho sentado prolongado e evitar o impacto dessa condição na saúde pública.Objective: To estimate the prevalence of musculoskeletal symptoms and analyze their associated factors in professionals from administrative sectors working predominantly in sitting position. Methods: This is a cross-sectional study with data obtained from 451 workers from a federal public institution in Southern Brazil. The dependent variable was the number of musculoskeletal symptoms in the prior 12 months, measured using the Nordic Musculoskeletal Questionnaire. In the analyses, 19 independent variables were investigated, divided into four categories: sociodemographic, behavioral, occupational and health characteristics. Univariate analysis and multiple Poisson regression with robust variance were performed. The independent variables were inserted into blocks with stepwise backward criterion, considering the value for Wald statistics equal to 0.20. The effect measures were expressed in a relative increase (RI) in the mean value, and the data were analyzed for a 5% significance level. Results: The estimated prevalence of musculoskeletal symptoms in the prior 12 months was 90% (confidence interval – 95%CI 87–93). In the final model of regression analysis, the variables female gender (RI = 14.75%), low (RI = 100.02%) and moderate (RI = 64.06%) work ability index, use of medications (RI = 48.06%) and waist circumference at risk (RI = 15.59%) had a significant association with the increase in the mean number of symptoms; schooling with technical education acted as a protective factor, reducing the mean by 36.46%. Conclusions: The high prevalence of musculoskeletal symptoms found and the associated factors indicate the need to propose specific actions and care for this population, such as immediate treatment of symptoms and changes in the organization and work environment, to achieve balance and harmony in the demands of prolonged sitting work and avoid its impact effect of this condition on public health

    Prevalence and factors associated with musculoskeletal symptoms in professionals working predominantly in sitting position

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    O objetivo dessa pesquisa foi estimar a prevalência de sintomas osteomusculares (SO) e identificar os fatores associados em profissionais de setores administrativos que trabalham predominantemente na postura sentada. Foi realizado um estudo analítico observacional transversal em uma instituição pública federal na região sul do país. Utilizou-se o questionário nórdico para estimar a prevalência de sintomas osteomusculares, sendo considerado variável dependente para a análise de associação o número de relatos. Após validação por juízes, selecionou-se para investigação 19 variáveis independentes, sendo três sociodemográficas, quatro comportamentais, seis ocupacionais e seis variáveis de saúde. Foi realizada a análise univariada e na sequência regressão múltipla de Poisson com variância robusta. As variáveis independentes foram inseridas por blocos em modelo hierárquico com critério backward stepwise, considerando p<0,20. As medidas de efeito foram expressas em Aumento Relativo (AR) na média, tendo os dados analisados para um nível de significância de 5% e intervalos com 95% de confiança. Participaram da pesquisa 451 trabalhadores, com média de idade de 44,4 anos, a maioria do sexo feminino (54,5%), com ensino superior ou pós-graduação (81,2%), não tabagista (84,2%) e praticante de atividade física (53,9%). O tempo médio sentado por dia no trabalho foi de 6,51 horas, em casa ou outros locais 3,12 horas e o tempo em ocupações na postura sentada de 20,29 anos. A prevalência de SO nos últimos 12 meses foi de 90% IC95% [87% ; 93%], sendo os locais mais afetados a coluna lombar com 61%, seguido de pescoço 49,7% e ombros 49,4%. As condições ergonômicas foram consideradas boas e 81,1% dos trabalhadores apresentaram índice de capacidade para o trabalho (ICT) bom ou ótimo. Quanto à saúde, 55,2% estavam com a circunferência da cintura acima do desejável, 54,1% fizeram uso de medicamentos nos últimos doze meses, 61,7% e 44,8% apresentaram baixa flexibilidade e resistência muscular, respectivamente. No modelo final da análise de regressão, as variáveis sexo feminino (AR=14,75%), ICT baixo (AR=100,02%) e moderado (AR=64,06%), uso de medicamentos (AR=48,06%) e circunferência da cintura em risco (AR=15,59%), tiveram associação significativa com o aumento da média de SO, já a escolaridade com ensino técnico, atuou como fator de proteção reduzindo a média em 36,46%. Ciente nesse contexto, podem-se propor medidas para melhoria, como por exemplo, realizar adaptações no ambiente laboral e mudanças da organização do trabalho objetivando mais atividade física e redução do tempo sentado por dia. Além de outros benefícios, essas ações contribuem diretamente na redução da pressão na coluna lombar e aumento do gasto energético, podendo contribuir na redução da obesidade abdominal e indiretamente melhorar a capacidade para o trabalho. Outra medida substancial é o tratamento à elevada presença de sintomas, pois toda dor, formigamento ou dormência necessitam de cuidados imediatos, evitando-se possíveis lesões incapacitantes no futuro. Portanto, a saúde desses trabalhadores requer cuidados específicos e maior atenção, com visão ampliada a fim de promover bem-estar e qualidade de vida sustentável no trabalhoThe purpose of this survey was to estimate the prevalence of musculoskeletal symptoms (MS) and identify the related factors in professionals of administrative sectors who work predominantly seated. An analytical observational cross-sectional study was carried out in a federal public institution in the country\'s southern region. The Nordic questionnaire was used to estimate the prevalence of musculoskeletal symptoms, being considered dependent variable for the association analysis of the number of reports. After validation by judges, 19 independent variables were selected for study, being three sociodemographic, four behavioral, six occupational, and six health variables. A univariate analysis was performed and then multiple regression of Poisson with robust variance. The independent variables were inserted by blocks in hierarchical model with backward stepwise criterion, considering p<0.20. The effect measures were expressed in average Relative Increase (RI), having data analyzed for a significance level of 5% and confidence intervals in 95%. 451 workers took part of the survey, with mean age of 44.4 years, the most part females (54.5%), with higher education or graduate studies (81.2%), non-smokers (84.2%), and practicing physical activities (53.9%). The mean time seated per day at work was 6.5 hours, at home or other places 3.1 hours, and the time in sitting-posture occupations was 20.3 years. The prevalence of MS in the last 12 months was 90% CI95% [87% - 93%], being the most affected areas: lumbar spine with 61%, followed by neck with 49.7%, and shoulders 49.4%. The ergonomic conditions were considered to be good and 81.1% of the workers presented good or great work capability index (WCI). Regarding health, 55.2% were with waist circumference above recommended level, 54.1% used drug products in the last twelve months, and 61.7% and 44.8% presented low flexibility and muscular resistance, respectively. In the final model of regression analysis, the female variables (RI=14.75%), low WCI (RI=100.02%), and mild WCI (RI=64.06%), use of drug products (RI=48.06%), and waist circumference at risk (RI=15.59%), had significant association with the increase of MS average. The education with technical instruction acted as a protection factor by reducing the average by 36.46%. Aware of this context, improvement measures can be proposed, e.g., perform adaptations in the work environment and changes in the work organization, aiming more physical activities and reduction of time seated per day. In addition to other benefits, these actions contribute directly in reducing the lumbar spine pressure and increasing the consumption of energy, what may contribute in reducing abdominal obesity, and indirectly in improving the capability for work. Another substantial measure is the treatment to the high presence of symptoms, because every pain, tingling or numbness needs immediate care, avoiding potential disabling injuries in the future. Therefore, the health of these workers needs specific care and greater attention, with expanded view in order to promote welfare and sustainable quality of life at wor

    Conhecimento sobre fatores de risco de quedas e fontes utilizadas por idosos de Londrina (PR)

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    Objetivo: o objetivo do trabalho foi analisar o conhecimento dos idosos em relação aos fatores de risco relacionados a quedas e as fontes utilizadas pelos mesmos para busca de tais informações. Método: foi realizado estudo transversal com 120 idosos por meio de entrevistas. Resultados: verificou-se que os idosos conhecem parcialmente os fatores de risco, citando as calçadas e ruas irregulares (41,6%), e presença de doenças (34%); porém, ignoram outros fatores importantes. Sobre as fontes de informações, a mais relatada foi a própria experiência de vida (85%) com exíguo relato das mídias eletrônica, digital e impressa. Considerações finais: frente a essa realidade, sugere-se um investimento maior em programas de orientação sobre os riscos de queda com materiais informativos, didáticos e ilustrados com maior participação das mídias e dos profissionais da saúde, a fim de se esclarecer os idosos e prevenir as quedas que tanto preocupam familiares e gestores de saúde.  </p
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