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CONSUMO E RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS: A LOGÍSTICA REVERSA COMO INSTRUMENTO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
O atual modelo de consumo brasileiro reflete uma realidade mundial, qual seja a de que o homem não está preparado para lidar com os resíduos de sua vida cotidiana. A promulgação de uma Política Nacional de Resíduos Sólidos traz consigo instrumentos que, uma vez implementados, são de grande valia no gerenciamento da grande quantidade de resíduos sólidos gerada pela atividade de consumo. Desta feita, o artigo se propõe a analisar o conceito de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável, com o objetivo de identificar se o atual modelo de consumo brasileiro é sustentável quanto à geração e gestão de resíduos sólidos eletrônicos, bem como se o instrumento da logística reversa, presente na Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei número 12.305/2010, tem conseguido alcançar seu objetivo de gerenciamento dos resíduos. Mediante utilização do Método Indutivo, o artigo conclui que os padrões de consumo praticados no Brasil são incompatíveis com o conceito de sustentabilidade, bem como identifica que a logística reversa dos eletroeletrônicos ainda não é uma realidade, não alcançando, portanto, seu objetivo
GESTÃO AMBIENTAL: ESTUDO DE CASO APLICADO NUMA EMPRESA DO SETOR AUTOMOBILÍSTICO
Na decorrente discussão ambiental advinda da Rio + 20, a aplicação das práticas de gestão ambiental nas empresas não pode mais ficar restrita apenas a aplicação de certos requisitos presentes nas normas da série ISO 14.000. Com base nisto, esse trabalho mostra um estudo de caso aplicado em uma empresa do setor automobilístico, apresentando em primeiro momento a evolução das práticas de gestão ambiental e dos requisitos da norma ISO 14001. A seguir, apresenta uma adaptação da ferramenta FMEA com variáveis ambientais inseridas, finalizando na inclusão dos aspectos ambiental, econômico e social. Os objetivos alcançados permitiram a realização de um estudo completo interligando os requisitos presentes na norma com a realidade empresarial encontrada. Os resultado proporcionaram a identificação de alternativas ambientalmente corretas e a elaboração de indicadores para uma avaliação do desempenho ambiental da empresa
Saúde sexual de mulheres seis meses após um evento de morbidade materna grave
Objetivo: investigar la función sexual femenina en las mujeres seis meses después del parto y comparar la función sexual entre las mujeres que tenían y que no tenían morbilidad materna extrema (MME). Método: estudio transversal con 110 mujeres en el posparto, con y sin MME. Se utilizaron dos instrumentos, uno para la caracterización de variables sociodemográficas y obstétricas y el Índice de Female Sexual Function Index (FSFI) para la función sexual. Se realizaron análisis de modelos univariados, bivariados y modelo de regresión. Resultados: los puntajes del FSFI mostraron el 44.5% de la disfunción sexual femenina, de los cuales el 48.7% correspondió a mujeres que tenían MME y el 42% a las que no. Hubo diferencias significativas entre la edad (P = 0.013) y la duración del embarazo (P <0.001) entre mujeres con o sin MME. Entre los casos de MME, los trastornos hipertensivos fueron los más frecuentes (83%). Se obtuvo una asociación entre algunos dominios del FSFI y las variables: orgasmo y color autoinformado, satisfacción y duración de la relación, y dolor y MME. Conclusión: las mujeres blancas tienen mayor dificultad para alcanzar el orgasmo si se las compara con las mujeres no blancas y las mujeres con más de 120 meses de relación se sienten más insatisfechas con la salud sexual que las mujeres con menos tiempo de relación. Las mujeres que han tenido algún tipo de MME tienen más dispareunia en comparación con las mujeres que no han tenido MME.Objective: to investigate female sexual function in women six months postpartum and to compare sexual function among women who had and who did not have severe maternal morbidity (SMM). Method: a cross-sectional study conducted with 110 women in the postpartum period, with and without SMM. Two instruments were used, one for the characterization of sociodemographic and obstetric variables and the Female Sexual Function Index (FSFI) for sexual function. Univariate, bivariate and regression model analyses were performed. Results: FSFI scores showed 44.5% of female sexual dysfunction, of which 48.7% were among women who had SMM and 42.0% among those who had not. There were significant differences between age (P=0.013) and duration of pregnancy (P<0.001) between women with or without SMM. Among the cases of SMM, hypertensive disorders were the most frequent (83%). An association was obtained between some domains of the FSFI and the following variables: orgasm and self-reported skin color, satisfaction and length of relationship, and pain and SMM. Conclusion: white women have greater difficulty in reaching orgasm when compared to non-white women and women with more than 120 months of relationship feel more dissatisfied with sexual health than women with less time in a relationship. Women who have had some type of SMM have more dyspareunia when compared to women who have not had SMM.Objetivo: investigar a função sexual feminina em mulheres seis meses pós-parto e comparar a função sexual entre mulheres que tiveram e que não tiveram morbidade materna grave (MMG). Método: estudo transversal, com 110 mulheres no período pós-parto, com e sem MMG. Foram utilizados dois instrumentos, um para caracterização das variáveis sociodemográficas e obstétricas e o Female Sexual Function Index (FSFI) para a função sexual. Foram realizadas análises univariada, bivariada e modelo de regressão. Resultados: os escores do FSFI mostraram 44,5% de disfunção sexual feminina, sendo 48,7% entre as mulheres que tiveram MMG e 42,0% entre as que não tiveram. Houve diferenças significativas entre idade (P=0,013) e duração da gravidez (P<0,001) entre as mulheres com ou sem MMG. Dentre os casos de MMG, os distúrbios hipertensivos foram os mais frequentes (83%). Obteve-se associação entre alguns domínios do FSFI e as variáveis: orgasmo e cor autorreferida, satisfação e tempo de relacionamento, e dor e MMG. Conclusão: mulheres brancas têm maior dificuldade de atingir orgasmo quando comparadas com mulheres não-brancas e mulheres com mais de 120 meses de relacionamento sentem-se mais insatisfeitas com a saúde sexual do que mulheres com menor tempo de relacionamento. Mulheres que tiveram algum tipo de MMG apresentam mais dispareunia quando comparadas com mulheres que não tiveram MMG
Sentimento de discriminação em estudantes: prevalência e fatores associados
OBJECTIVE: To estimate the prevalence of and factors associated with feelings of discrimination among students. METHODS: Cross-sectional study with a representative sample of 1,170 students from a total of 2,282 students enrolled in the 7th grade of an elementary school of the city of Gravataí, Southern Brazil, in 2005. Participants were selected by conglomerate random sampling. Data were obtained from self-applied instruments (Global School-based Student Health Survey, Body Shape Questionnaire, socioeconomic classification) that were completed in the classroom. Cox regression, modified for cross-sectional studies, was employed, according to a four-stage hierarchical model. RESULTS: Prevalence of feelings of discrimination was 21.0%. These feelings were more prevalent among: girls (PR=1.93, 95% CI 1.51;2.46); those showing school absenteeism (PR=1.54, 95% CI 1.21;1.97); those who had used tobacco in their lives (PR=1.53, 95% CI 1.18;1.98); those concerned about their body image (PR=1.42, 95% CI 1.07;1.88); those with feelings of loneliness (PR=2.50, 95% CI 1.80;3.46) and sadness (PR=1.29, 95% CI 1.02;1.62); those with sleep difficulties (PR:1.41, 95% CI 1.08;1.83); those with suicidal ideation (PR=1.45, 95% CI 1.13;1.85) and those who had suffered some type of accidental (PR=1.56, 95% CI 1.23;1.97) or intentional injury (PR=2.04, 95% CI 1.51;2.76). CONCLUSIONS: Feelings of discrimination were associated with sex and experience with tobacco. Its association with psychosocial factors indicates the coexistence of adverse situations, such as dissatisfaction with body image, depressive symptoms and presence of insults. These findings show the importance of health professionals and teachers acting together to identify these feelings early on, and guide and follow adolescents facing such situations.OBJETIVO: Estimar la prevalencia y factores asociados al sentimiento de discriminación entre estudiantes. MÉTODOS: Estudio transversal con muestra representativa de 1.170 escolares de un total de 2.282 matriculados en la séptima serie de la enseñanza fundamental en escuelas municipales de Gravataí (Sur de Brasil), en 2005. Los participantes fueron seleccionados por muestreo aleatorio por conglomerado. Los datos fueron obtenidos con instrumentos auto-aplicados (Global School-based Student Health Survey, body shape questionnaire, clasificación socioeconómica) llenados en sala de aula. Fue utilizada la regresión de Cox modificada para estudios transversales, según modelo jerarquizado en cuatro etapas. RESULTADOS: La prevalencia de sentimiento de discriminación fue de 21,0%, más prevalente entre: las niñas (RP= 1,93, IC 95% 1,51; 2,46); los que presentaron ausentismo escolar (RP= 1,54, IC 95% 1,21; 1,97); los que hicieron uso de tabaco en la vida (RP= 1,53, IC 95% 1,18; 1,98); los preocupados con su imagen corporal (RP=1,42, IC 95% 1,07;1,88); aquellos con sentimiento de soledad (RP=2,50, IC 95% 1,80;3,46); y tristeza (RP=1,29, IC 95% 1,02;1,62); aquellos con dificultad para dormir (RP:1,41, IC 95% 1,08;1,83); los que presentaron ideación suicida (RP=1,45, IC 95% 1,13;1,85) y los que sufrieron algún tipo de injuria accidental (RP=1,56, IC 95% 1,23;1,97) o intencional (RP=2,04, IC 95% 1,51;2,76). CONCLUSIONES: El sentimiento de discriminación estuvo asociado al sexo y a la experiencia con tabaco. Su asociación con factores psicosociales indica la coexistencia de situaciones adversas, como la insatisfacción con la imagen corporal, síntomas depresivos y presencia de injurias. Estos resultados muestran la importancia de la actuación conjunta de profesores y profesionales de salud en la identificación precoz de ese sentimiento, orientación y acompañamiento de jóvenes enfrentando esas situaciones.OBJETIVO: Estimar a prevalência e fatores associados ao sentimento de discriminação entre estudantes. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra representativa de 1.170 escolares de um total de 2.282 matriculados na sétima série do ensino fundamental em escolas municipais de Gravataí (RS), em 2005. Os participantes foram selecionados por amostragem aleatória por conglomerado. Os dados foram obtidos com instrumentos auto-aplicados (Global School-based Student Health Survey, body shape questionnaire, classificação socioeconômica) preenchidos em sala de aula. Foi utilizada a regressão de Cox modificada para estudos transversais, segundo modelo hierarquizado em quatro etapas. RESULTADOS: A prevalência de sentimento de discriminação foi de 21,0%, mais prevalente entre: as meninas (RP=1,93, IC 95% 1,51;2,46); os que apresentaram absenteísmo escolar (RP=1,54, IC 95% 1,21;1,97); os que fizeram uso na vida de tabaco (RP=1,53, IC 95% 1,18;1,98); os preocupados com sua imagem corporal (RP=1,42, IC 95% 1,07;1,88); os com sentimento de solidão (RP=2,50, IC 95% 1,80;3,46) e tristeza (RP=1,29, IC 95% 1,02;1,62); os com dificuldade para dormir (RP:1,41, IC 95% 1,08;1,83); os com ideação suicida (RP=1,45, IC 95% 1,13;1,85) e os que sofreram algum tipo de injúria acidental (RP=1,56, IC 95% 1,23;1,97) ou intencional (RP=2,04, IC 95% 1,51;2,76). CONCLUSÕES: O sentimento de discriminação esteve associado ao sexo e à experiência com tabaco. Sua associação com fatores psicossociais indica a coexistência de situações adversas, como a insatisfação com a imagem corporal, sintomas depressivos e presença de injúrias. Esses resultados mostram a importância da atuação conjunta de professores e profissionais de saúde na identificação precoce desse sentimento, orientação e acompanhamento de jovens enfrentando essas situações