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    Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus

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    Cinco espécies de Eucalyptus (E. grandis, E. urophylla, E. Camaldulensis, E. torelliana e E. phaeotrica), dentre as dez espécies mais utilizadas em plantações florestais de larga escala, foram submetidas ao aumento do CO2 e à interação deste com estresse hídrico para avaliar seu comportamento estomático. As três primeiras espécies pertencem ao subgênero Symphyomyrtus, a quarta espécie é do subgênero Corymbia e o E. Phaeotrica pertence ao subgênero Monocalyptus. Mudas destas espécies com idade de 2,5 meses foram cultivadas em quatro pares de câmaras de topo aberto, com duas plantas de cada espécie por câmara e quatro repetições em duas concentrações de CO2: 350 ± 30 mimol mol-1 e 700 ± 30 mimol mol-1. Após 100 dias de crescimento nas câmaras, medições de trocas gasosas foram realizadas, após o que metade das plantas em cada câmara foi submetida ao estresse hídrico pela supressão da irrigação, permanecendo as demais plantas sob irrigação diária. O estresse hídrico reduziu a condutância estomática, a fotossíntese e as taxas de transpiração em todas as espécies. O efeito do estresse hídrico no fechamento dos estômatos foi similar em ambas as concentrações de CO2, embora os efeitos positivos do aumento do CO2 sobre a fotossíntese e a eficiência do uso da água se mantivessem por um período comparativamente mais longo. A taxa fotossintética do E. Phaeotrica permaneceu alta mesmo após o quarto dia do estresse hídrico. O estresse hídrico aumentou a fotoinibição da fotossíntese, medida por fluorescência da clorofila, que variou entre as espécies, assim como em relação à concentração de CO2. Os resultados mostram diferenças na resposta estomática entre espécies dos subgêneros Symphyomyrtus e Monocalyptus.Five species of Eucalyptus (E. grandis, E. urophylla, E. camaldulensis, E. torelliana, and E. phaeotrica), among the ten species most commonly used in large scale plantations, were selected for studies on the effects of elevated CO2 concentration [CO2] and drought stress on stomatal responses of 2.5-month old seedlings. The first three species belong to the subgenus Smphyomyrtus, whereas the fourth species belongs to the subgenus Corymbia and E. phaeotrica is from the subgenus Monocalyptus. Seedlings were grown in four pairs of open-top chambers, arranged to have 2 plants of each species in each chamber, with four replications in each of two CO2 concentrations: 350 ± 30 mumol mol-1 and 700 ± 30 mumol mol-1. After 100 days in the chambers, a series of gas exchange measurements were made. Half the plants in each chamber, one plant per species per chamber, were drought-stressed by withholding irrigation, while the remaining plants continued to be watered daily. Drought stress decreased stomatal conductance, photosynthesis and transpiration rates in all the species. The effect of drought stress on stomatal closure was similar in both [CO2]. The positive effects of elevated [CO2] on photosynthesis and water use efficiency were maintained longer during the stress period than under well-watered conditions. The photosynthetic rate of E. phaeotrica was higher even in the fourth day of the drought stress. Drought stress increased photoinhibition of photosynthesis, as measured by chlorophyll fluorescence, which varied among the species, as well as in relation to [CO2]. The results are in agreement with observed differences in stomatal responses between some eucalyptus species of the subgenera Symphyomyrtus and Monocalyptus

    CONDUTA DE ENFERMEIRAS DIANTE DE CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER

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    Objetivo: identificar a conduta de enfermeiras inseridas na Estratégia Saúde da Família diante de casos confirmados ou suspeitos de violência doméstica contra a mulher. Método: estudo de natureza qualitativa, realizado em 2012 e 2013, em unidades da Estratégia Saúde da Família, na cidade de Maceió, Alagoas, Brasil, guiado por entrevista semidirigida com 11 enfermeiras, utilizando a análise de conteúdo. Resultados: a violência doméstica contra a mulher é conduzida pelas enfermeiras de diferentes formas, seja por meio de discussão do caso com os demais integrantes da equipe, seja pelo encaminhamento da mulher para outros serviços e profissionais. A maioria das enfermeiras sente-se insegura de prestar assistência às mulheres que sofreram violência. Conclusão: existe uma heterogeneidade na conduta de enfermeiras inseridas na Estratégia Saúde da Família diante de casos confirmados ou suspeitos de violência doméstica contra a mulher, evidenciando que a rede de assistência à saúde da mulher, nesta situação, necessita ser fortalecida. Descritores: Enfermagem. Violência contra a Mulher. Estratégia Saúde da Família

    Funções do Jornalista em ecossistema informativo digital conectado composto por máquinas sociais pré-cognitivas

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    O artigo visa discutir as competências mínimas necessárias, como dotar o profissional de jornalismo de um pensamento computacional, com o objetivo que possa atuar com relevância num ecossistema informativo composto por máquinas sociais pré-cognitivas (máquinas computacionais com viés cognitivo). Assim, a questão central deste trabalho está no debate sobre os procedimentos profissionais o jornalista deve possuir nesse novo ecossistema informativo, em função de poder exercer a sua atividade na plenitude, no campo da produção e disseminação da informação de relevância social. Para isso, argumenta a partir das premissas que compõe a Deontologia do Jornalismo, passando pelos níveis necessários de apropriação tecnológica dos profissionais da produção de informação de relevância social. Aborda o Pensamento Computacional como lógica a ser adotada para a construção mental de produtos e conteúdos jornalísticos em ambiente informativo digital conectado, visando apropriar-se com profundidade de ferramentas que possam dar valor informativo e construir narrativas apropriadas aos dispositivos de comunicação que evoluem tecnologicamente e são cada vez mais “inteligentes”.

    BALANÇO HÍDRICO DE DUAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NO LABORATÓRIO DE HIDROLOGIA FLORESTAL WALTER EMMERICH, SÃO PAULO

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    O balanço hídrico das microbacias hidrográficas experimentais B e D do Laboratório de Hidrologia Florestal Eng. Agr. Walter Emmerich foi estudado para um período de seis anos. Os componentes determinados foram a precipitação e o deflúvio anual. Pela diferença entre ambos estimou-se a evapotranspiração, desconsiderando-se as variações de armazenamento de água no solo. A média anual da precipitação, do defluvio e da evapotranspiração foram, respectivamente - microbacia B: 2013 mm, 1473 mm e 540 mm; microbacia D: 2159 mm, 1555 mm e 604 mm. Os resultados mostram que a floresta secundária de Mata Atlântica é conservativa em termos de consumo de água

    CALIBRAGEM DE DUAS MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS NO LABORATÓRIO DE HIDROLOGIA FLORESTAL WALTER EMMERICH, SÃO PAULO

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    A calibragem das microbacias hidrográficas experimentais B e D, do Laboratório de Hidrologia Florestal Eng. Agr. Walter Emmerich, foi realizada para um período de seis anos. Empregando o método das microbacias pareadas, por meio de regressões lineares estabeleceu-se equações de predição para os deflúvios anual e mensal e para o volume de escoamento direto e pico de vazão de hidrogramas. A microbacia D foi considerada como controle no estudo. As equações de predição foram determinadas ao nível de significancia de 0,05. As equações para os deflúvios anual e mensal apresentaram reduzidos erros padrão de estimativa, podendo ser utilizadas para avaliação de possíveis alterações na microbacia B, ao .contrário dos modelos para estimativa do volume de escoamento direto e do pico de vazão, que produziram resultados ainda não significativos. De qualquer maneira, recomenda-se que a calibragem deve ser prolongada por mais alguns anos, a fim de amostrar uma amplitude maior de observações das precipitações e dos deflúvios anual e mensal, assim como a inclusão de mais hidrogramas na tentativa de melhorar as equações para o escoamento direto e pico de vazão

    A importância das áreas ripárias para a sustentabilidade hidrológica do uso da terra em microbacias hidrográficas.

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    Zonas ripárias são áreas de saturação hídrica, permanente ou temporária, cuja principal função é a proteção dos recursos hídricos de uma microbacia. Essa pesquisa comparou a adequação do uso do solo de dois cenários de planejamento agrícola de uma microbacia: o cenário convencional, representando o método usualmente empregado, que apenas considera as classes de capacidade de uso da terra, e o cenário hidrológico, que inclui a delimitação e avaliação das zonas ripárias. Um estudo de caso foi realizado na Microbacia do Ribeirão São João (3.656 ha), no município de Mineiros do Tietê (São Paulo, Brasil). Mapas de Classe de Capacidade de Uso da Terra e de Adequação do Uso do Solo foram elaborados, utilizando o Sistema de Informação Geográfica (SIG), para a construção dos cenários convencional e do proposto. Excluindo a Área de Preservação Permanente (APP), o cenário convencional indicou que 59,0% da área destinada à agricultura está adequadamente utilizada, 28,2% está subutilizada e 2,6% está sobreutilizada. O cenário proposto ou hidrológico, com inclusão da identificação da zona ripária (24,9% da microbacia) mostrou que muitas áreas que, no cenário convencional, possuem pouca restrição para o cultivo intensivo, como as classes II e III, são zonas ripárias, de sensibilidade hidrológica. Existem dentro dos limites da zona ripária 38,9% de classe de capacidade de uso III e 49,5% de classe IV. O planejador, desconsiderando a zona ripária, pode colocar em risco áreas vitais que, se degradadas, representam danos para a saúde e resiliência da microbacia

    Biogeoquímica de uma microbacia após o corte raso de uma plantação de eucalipto de 7 anos de idade

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    This work studied the effect on nutrient cycling and quantities of mineral nutrients exported with the woody biomass after the clearcutting of a 7-year old plantation of Eucalyptus saligna Smith. The experiment was carried out on lands of Votorantim Celulose e Papel S/A, Fazenda Bela Vista III, located in the municipality of Santa Branca, State of São Paulo, with coordinates 25°25' South and 45°54' West from Greenwich, and 695m average altitude. The climate is classified as Cwa type, according to Köeppen, and is characterized by dry winter temperatures, and by an annual average precipitation of 1,562mm. The soils in the region are predominantly of the Hapludulf type. The experimental catchment has an area of7.0 ha,3.3% of which is covered with riparian vegetation, with average slope of 19.6%. The total experimental period comprised eight years, with comparison of the results being made between data from the 7 years before the clearcutting and data obtained during the first year after the clearcutting. Rain water and streamflow samples were obtained weekly during the experimental period, and were analyzed for N, K+, Ca++, and Mg++, with the purpose of quantifying the catchment geochemical cycling. The amount of nutrients exported with the harvesting of the woody biomass was obtained from the estimates of the arboreous biomass and the nutrients content (phytomass and mineralmass, respectively). The total, above soil biomass production of theE. saligna plantation for the seven years amounted to 178.1t.ha, distributed as follows: 145.2t as wood, 14.7t as bark, 13.62t as branches and4.6t as leaves. The nutrients contents in the total biomass were: N 200.8Kg, P 52.8Kg, K 308.3Kg, Ca 796.1Kg, Mg 133.33kg, and S3.06Kg. The nutrient concentrations for the different parts of the tree, respectively, wood, bark, branches, and leaves, were as follows: N0.07,0.21,0.19,0.92 (%); P0.02,0.09,0.04,0.11 (%); K0.11,0.38,0.34,1.01 (%); Ca0.10,3.34,0.90,0.84 (%); Mg0.03,0.39,0.15,0.26 (%); S0.01,0.05,0.02, and0.13 (%). For the entire eight-year period, total inputs in precipitation, in Kg.ha-1, were as follows: N=77.6, K=32.2, Ca=46.7 and Mg=11.9. For the same period, total outputs in streamflow were: N=7.1, K=24.1, Ca=31.7 and Mg=7.4. Results are discussed in terms of maintenance of site productivity considering the exchangeable amount contained in the soil catchment, as well as the harvesting method, that is whole-tree x wood only harvesting

    Can land use changes alter carbon, nitrogen and major ion transport in subtropical brazilian streams?

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    Diversos estudos têm sido desenvolvidos em bacias de drenagem tropicais no intuito de avaliar o impacto da urbanização e das práticas agrícolas na qualidade dos corpos d'água. No Brasil, as savanas (conhecidas regionalmente como Cerrado) representam 23% do território brasileiro, sendo uma região importante no crescimento nacional, especialmente devido às intensas atividades agrícolas. A finalidade deste trabalho é apresentar uma avaliação dos fluxos de carbono, nitrogênio e principais íons em córregos com diferentes usos do solo (vegetação, cana de açúcar e eucalipto) em uma região de Cerrado, SE Brasil. A cana de açúcar e o eucalipto alteram o transporte dos elementos investigados nessas pequenas bacias de drenagem. As concentrações mais elevadas de todos os parâmetros analisados (parâmetros abióticos, íons, carbono orgânico dissolvido e carbono inorgânico dissolvido) foram encontradas na bacia de cana de açúcar (SCW). As concentrações observadas para os cátions na bacia do eucalipto (EW) (Mg, Ca, K, Na), assim como Carbono Inorgânico Dissolvido (CID) e Carbono Orgânico Dissolvido (COD), apresentaram valores intermediários entre as bacias do Cerrado e da cana de açúcar, sugerindo um impacto moderado dessa plantação aos corpos d'água. Mesma tendência foi observada para os fluxos de íons e nutrientes, sendo, novamente, os maiores valores encontrados na bacia de cana-de-açúcar. Os autores sugerem que o cultivo da cana de açúcar representa um importante fator na modificação da química de pequenas bacias de drenagem.Several studies in tropical watersheds have evaluated the impact of urbanization and agricultural practices on water quality. In Brazil, savannas (known regionally as Cerrados) represent 23% of the country's surface, representing an important share to the national primary growth product, especially due to intense agriculture. The purpose of this study is to present a comprehensive evaluation, on a yearly basis, of carbon, nitrogen and major ion fluxes in streams crossing areas under different land use (natural vegetation, sugar cane and eucalyptus) in a savanna region of SE Brazil. Eucalyptus and sugar cane alter the transport of the investigated elements in small watersheds. The highest concentration of all parameters (abiotic parameters, ions, dissolved organic carbon DOC - and dissolved inorganic carbon - DIC) were found in Sugar Cane Watersheds (SCW). The observed concentrations of major cations in Eucalyptus Watersheds (EW) (Mg, Ca, K, Na), as well as DIN and DOC, were found frequently to be intermediate values between those of Savanna Watersheds (SW) and SCW, suggesting a moderate impact of eucalyptus plantations on the streamwater. Same trends were found in relation to ion and nutrient fluxes, where the higher values corresponded to SCW. It is suggested that sugar cane plantations might be playing an important role in altering the chemistry of water bodies

    Riparian vegetation and water yield: A synthesis

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    s u m m a r y Forested riparian zones perform numerous ecosystem functions, including the following: storing and fixing carbon; serving as wildlife habitats and ecological corridors; stabilizing streambanks; providing shade, organic matter, and food for streams and their biota; retaining sediments and filtering chemicals applied on cultivated/agricultural sites on upslope regions of the catchments. In this paper, we report a synthesis of a different feature of this type of vegetation, which is its effect on water yield. By synthesizing results from studies that used (i) the nested catchment and (ii) the paired catchment approaches, we show that riparian forests decrease water yield on a daily to annual basis. In terms of the treated area increases on average were 1.32 ± 0.85 mm day À1 and 483 ± 309 mm yr À1 , respectively; n = 9. Similarly, riparian forest plantation or regeneration promoted reduced water yield (on average 1.25 ± 0.34 mm day À1 and 456 ± 125 mm yr À1 on daily and annual basis, respectively, when prorated to the catchment area subjected to treatment; n = 5). Although there are substantially fewer paired catchment studies assessing the effect of this vegetation type compared to classical paired catchment studies that manipulate the entire vegetation of small catchments, our results indicate the same trend. Despite the occurrence of many current restoration programs, measurements of the effect on water yield under natural forest restoration conditions are still lacking. We hope that presenting these gaps will encourage the scientific community to enhance the number of observations in these situations as well as produce more data from tropical regions

    The importance of the riparian areas for hydrologic sustainability of the land use in watersheds

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    Zonas ripárias são áreas de saturação hídrica, permanente ou temporária, cuja principal função é a proteção dos recursos hídricos de uma microbacia. Essa pesquisa comparou a adequação do uso do solo de dois cenários de planejamento agrícola de uma microbacia: o cenário convencional, representando o método usualmente empregado, que apenas considera as classes de capacidade de uso da terra, e o cenário hidrológico, que inclui a delimitação e avaliação das zonas ripárias. Um estudo de caso foi realizado na Microbacia do Ribeirão São João (3.656 ha), no município de Mineiros do Tietê (São Paulo, Brasil). Mapas de Classe de Capacidade de Uso da Terra e de Adequação do Uso do Solo foram elaborados, utilizando o Sistema de Informação Geográfica (SIG), para a construção dos cenários convencional e do proposto. Excluindo a Área de Preservação Permanente (APP), o cenário convencional indicou que 59,0% da área destinada à agricultura está adequadamente utilizada, 28,2% está subutilizada e 2,6% está sobreutilizada. O cenário proposto ou hidrológico, com inclusão da identificação da zona ripária (24,9% da microbacia) mostrou que muitas áreas que, no cenário convencional, possuem pouca restrição para o cultivo intensivo, como as classes II e III, são zonas ripárias, de sensibilidade hidrológica. Existem dentro dos limites da zona ripária 38,9% de classe de capacidade de uso III e 49,5% de classe IV. O planejador, desconsiderando a zona ripária, pode colocar em risco áreas vitais que, se degradadas, representam danos para a saúde e resiliência da microbacia
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