15 research outputs found

    Como as pessoas percebem o psicólogo: um estudo exploratório

    Get PDF
    Este estudo buscou realizar um levantamento de elementos que indiquem como o psicólogo é percebido. Participaram pessoas entrevistadas na cidade de João Pessoa (PB), distribuídas em três grupos, a saber, pessoas da população geral (n = 42), estudantes de Enfermagem (n = 43) e de Psicologia (n = 52). Todas se submeteram a uma associação livre de palavras após ouvirem o termo psicólogo. Os resultados demonstraram que todos os grupos indicaram perceber o psicólogo como profissional promotor de saúde mental e proporcionador de auxílio psicológico. Particularmente, na população geral houve pessoas que nada souberam declarar. Os estudantes de Enfermagem mostraram uma percepção mais adequada das práticas do psicólogo quando comparados com a população geral. Apenas os estudantes de Psicologia demonstraram uma atenção a aspectos humanitários da prática profissional do psicólogo. Discutem-se os resultados buscando vincular a percepção de cada grupo às circunstâncias e aspectos predominantes de cada um deles.This study tried to do a survey of some elements that indicate how the psychologist is perceived. The participants were people from João Pessoa (PB), Brazil, interviewed and divided in three groups: ordinary people (n=42), Nursery students (n=43) and Psychology students (n=52). All of them were submitted to a word-free association when they heard the word psychologist. The results showed that in all groups the psychologist was perceived as a professional that worked into mental health and as a promoter of psychological care. Some individuals of ordinary people group could not answer it. The Nursery students approached to a realistic practice of the psychologist in comparison to ordinary people group. Only the psychology students showed special attention to humanitarian aspects of the psychologist care. The results were debated from a link among the perception of each group and the main social aspects of them

    Violência Obstétrica e Assistência Perinatal na América Latina: Uma Revisão Integrativa

    Get PDF
    Obstetric Violence (OV) refers to several types of violence and damage committed by health professionals in perinatal care. This work aimed to analyze the main forms of obstetric violence suffered by women in Latin America. This is an integrative review, carried out in November 2019, at the Virtual Health Library (VHL) in the MEDLINE, LILACS, and Index Psi. Periodicals databases; research was still carried out at SciELO. After applying the inclusion and exclusion criteria, 17 articles were selected. It was found that OV presents itself as a violence that is both gender and institutional. And it occurs in different ways, being 6 categories observed. In this violence there is the objectification of the woman’s body and the impossibility of manifesting her autonomy. OV is still little discussed and recognize as such, both by victims and by those who practice it. Therefore, a greater debate about this violence is necessary in order to put in practice a humanized perinatal care, which respects the rights of women.La violencia obstétrica (VO) se refiere a varios tipos de violencia y daños cometidos por profesionales de la salud en la atención perinatal. Este trabajo tuvo como objetivo analizar las principales formas de violencia obstétrica que sufren las mujeres en América Latina. Esta es una revisión integradora, realizada en noviembre de 2019, en la Biblioteca Virtual de Salud (BVS) en las bases de datos MEDLINE, LILACS e Index Psi. La investigación también se llevó a cabo en SciELO. Después de aplicar los criterios de inclusión y exclusión, se seleccionaron 17 artículos. Se descubrió que la VO se presenta como violencia que es tanto de género como institucional. Y ocurre de diferentes maneras, con 6 categorías observadas. En esta violencia existe la objetivación del cuerpo de la mujer y la imposibilidad de manifestar su autonomía. La VO todavía es poco discutido y (re) conocido como tal, tanto por las víctimas como por quienes lo practican. Por esta razón, es necesario un mayor debate sobre esta violencia para poner en práctica la asistencia perinatal humanizada, que respeta los derechos de las mujeres.A Violência Obstétrica (VO) refere-se a diversos tipos de violência e danos cometidos por profissionais da saúde na assistência perinatal. Este trabalho teve como objetivo analisar as principais formas de violência obstétrica sofridas por mulheres na América Latina. Trata-se de uma revisão integrativa, realizada em novembro de 2019, na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) nas bases de dados MEDLINE, LILACS, e Index Psi. Periódicos; pesquisou-se ainda na SciELO. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 17 artigos foram selecionados. Contatou-se que a VO apresenta-se como uma violência que é ao mesmo tempo de gênero e institucional. E ocorre de diferentes modos, sendo observado 6 categorias. Nesta violência há a objetificação do corpo da mulher e a impossibilidade de manifestação de sua autonomia. A VO ainda é pouco discutida e (re)conhecida como tal, tanto pelas vítimas quanto pelos que a praticam. Por isso, faz-se necessário um maior debate acerca desta violência a fim de pôr em prática uma assistência perinatal humanizada, que respeite os direitos das mulheres

    Crenças normativas sobre a agressão: validação de uma escala e considerações acerca de diferenças de gênero

    Get PDF
    Normative beliefs are defined like a type of self-regulated belief of the socially appropriate behaviors. This study aimed to validate for the Brazilian context the Normative Beliefs about Aggression Scale, as well as to observe how those beliefs differs as for the gender. A sample of 201students for the 5th to 8th grade, from João Pessoa (PB), participated in this study, and their mean age was 15 years (SD = 2,0). The results indicated the measure reliability, with a multifactorial solution composed by: General approval of the Aggression, Verbal Aggression by Weak Provocation, Physical Aggression by Weak Provocation and Physical Aggression by Strong Provocation. Among these factors, the boys presented statistically higher means in the three factors. For analysis of those results it should be taken into account the type and the situation in which the conflict happens for each factor, as well as the different behavioral scripts, for male and female, assumed by the appraisers of each situation.Crenças normativas são definidas como um tipo de crença auto-reguladora dos comportamentos socialmente apropriados. Este estudo objetivou adaptar para o contexto brasileiro a Escala de Crenças Normativas sobre a Agressão, bem como observar como essas crenças diferem quanto ao gênero. Contou-se para tanto com uma amostra de 201 adolescentes (M = 15 anos, DP = 2,0) estudantes do ensino fundamental da rede pública de João Pessoa (PB). Os resultados indicaram a adequabilidade da medida e a existência de uma solução multifatorial: Aprovação Geral da Agressão, Agressão Verbal mediante Fraca Provocação, Agressão Física mediante Fraca Provocação e Agressão Física mediante Forte Provocação. Dentre estes quatro fatores, os garotos apresentaram médias estatisticamente superiores, em comparação com as garotas, nos três primeiros. Para análise desses resultados deve-se considerar o tipo e a situação do conflito presente em cada fator, além dos distintos roteiros comportamentais, masculinos e femininos, assumidos pelos avaliadores de cada situação

    Acesso aos serviços e percepções acerca da qualidade de vida e saúde: aspectos de vulnerabilidade ao adoecimento em cidades rurais / Access to services and perceptions about quality of life and health: aspects of vulnerability to illness in rural cities

    Get PDF
    Dado a concepção ampliada de saúde que envolve o direito de gozar condições dignas de vida e ter acesso aos serviços de saúde, objetivou-se analisar o acesso a serviços de saúde e a percepção que moradores de cidades rurais paraibanas possuem acerca do que seja saúde e qualidade de vida. Tratou-se de um estudo exploratório e descritivo, de natureza quanti-qualitativa. Participaram 789 pessoas, homens e mulheres, entre 24 e 90 anos, residentes em cidades paraibanas com menos de 11.000 habitantes, que responderam a um questionário sociodemográfico e um questionário estruturado contendo perguntas relacionadas à forma e às dificuldades de acesso aos serviços de saúde locais, bem como a enunciação de palavras que vinham como suas mentes ao ouvirem como palavras “saúde” e “qualidade de vida”.As análises ocorreram por meio de estatísticas descritivas e análise categorial temática. No geral, houve uma avaliação positiva dos participantes acerca do acesso aos serviços de saúde locais, principalmente no que tange aos cuidados primários. Observou-se que tanto a saúde como a qualidade de vida apareceram como conceitos correlacionados, sendo a saúde vista como um direito a ser garantido em todos os aspectos, seja por meio de um emprego ou por uma alimentação saudável, enquanto a qualidade de vida é percebida como as condições para viver dignamente, como ter educação para seus filhos e saneamento básico na cidade, corroborando com uma ideia ampliada dos conceitos básicos do ambiente. principalmente não há que atender aos cuidados primários.Observou-se que tanto a saúde como a qualidade de vida apareceram como conceitos correlacionados, sendo a saúde vista como um direito a ser garantido em todos os aspectos, seja por meio de um emprego ou por uma alimentação saudável, enquanto a qualidade de vida é percebida como as condições para viver dignamente, como ter educação para seus filhos e saneamento básico na cidade, corroborando com uma ideia ampliada dos conceitos básicos do ambiente. principalmente não há que atender aos cuidados primários.Observou-se que tanto a saúde como a qualidade de vida apareceram como conceitos correlacionados, sendo a saúde vista como um direito a ser garantido em todos os aspectos, seja por meio de um emprego ou por uma alimentação saudável, enquanto a qualidade de vida é percebida como as condições para viver dignamente, como ter educação para seus filhos e saneamento básico na cidade, corroborando com uma ideia ampliada dos conceitos básicos do ambiente.

    Brazilian legislation on genetic heritage harms biodiversity convention goals and threatens basic biology research and education

    Get PDF

    Construção da identidade paterna: repercussões no pré-natal masculino

    Get PDF
    Introduction: Fatherhood in man’s life represents moment of big change characterized, mainly, for social roles which determine the male adult behavior before the family and society. The idea of “provider father” influenced and still has influenced the man’s behavior before fatherhood. On the other hand, the figure of the “new father” characterized from the break up with the traditional model of fatherhood and of the development of affective bonds in the trinomial father-mother-children. Thus, one realizes that the way to conceive and experience fatherhood results from historical transformations. In this sense, understanding the fatherhood as a social construction which formed from identity processes of the male figure and conceptions of genre, the study in question rests on the Social Identity Theory with the focus of Socio-historical Psychology. General Objective: To analyze the repercussions of the construction of paternal identity in the adherence to male prenatal. Method: This was a qualitative study. 40 men-fathers participated, ranging in age from 22 to 47 years, parenting time minimum of 1 year, stable relationship, and different social classes. Inclusion criteria: to be adult man-father and not to be teenager father, nor grandfather once believed to exist peculiarities in these situations which do not fit with the focus of the study in question. Participants were selected randomly, being respected the inclusion criteria in the study and agreement in answering the instruments. Instruments: 1) Semi-structured interview: realized in order to apprehend discourses about the experiences and conceptions of fatherhood; 2) Socio-demographic questionnaire: that sought to collect data on the age, income, time of relationship, conjugal status, number of children and education. The study was submitted and approved by the Ethics in Research of the State Department of Health of Paraíba – CEP/SES-PB. After ethical approval and signing of Term of Informed Consent by the participants, it proceeded to collect data. The interviews were processed by Thematic Categorical Analysis, proposed by Figueiredo (1993), which consist in the relation of emerging discourses with the thematic variables of interest. Results: From the analysis of the participants' reports, two thematic classes and ten categories emerged. The Thematic Class I Fatherhood was composed by categories: Transformation, Roles, Responsibility, Achievement and Limitations. The Thematic Class II Reproductive Health was composed by categories: Prenatal, Male prenatal, Male participation, Health services and Obstacles. Final considerations: Fatherhood as a social construction is framed as historical time in transition. The paternal identity is taken as something in constantly changing depending on the socio-historical context of man, in this sense the way in which man was socialized will necessarily result in their paternal identity. While a strategy intervention of a public health policy, the male prenatal should then contemplate the historical meaning of parenthood and the meanings attributed to this moment of male life so that best become effective implementation and therefore the male adhesion.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESIntrodução: A paternidade na vida do homem representa momento de grande mudança caracterizado, principalmente, por papéis sociais que determinam o comportamento adulto masculino perante a família e a sociedade. A ideia de “pai provedor” influenciou e, ainda, tem influenciado o comportamento do homem frente à paternidade. Por outro lado, a figura do “novo pai” se caracterizou a partir do rompimento com o modelo tradicional de paternidade e do desenvolvimento de vínculos afetivos no trinômio pai-mãe-filhos. Assim, percebe-se que a forma de conceber e vivenciar a paternidade decorre de transformações históricas. Neste sentido, compreendendo a paternidade como construção social que se forma a partir de processos identitários da figura masculina e concepções de gênero, o estudo em questão sustenta-se na Teoria da Identidade Social com enfoque da Psicologia Sócio-histórica. Objetivo Geral: Analisar as repercussões da construção da identidade paterna na adesão ao pré-natal masculino. Método: Tratou-se de um estudo com abordagem qualitativa. Participaram 40 homens-pais, na faixa etária entre de 22 e 47 anos, tempo de parentalidade mínimo de 1 ano, relacionamento estável, e classes sociais diversas. Critérios de inclusão: ser homem-pai adulto, não ser pai adolescente, nem avô, uma vez que se acredita existir peculiaridades nestas situações as quais não se enquadram como foco do estudo em questão. Os participantes foram selecionados de forma aleatória, sendo respeitados os critérios de inclusão no estudo e concordância em responder os instrumentos. Instrumentos: 1) Entrevista Semiestruturada: com o intuito de apreender discursos acerca das vivências e concepções da paternidade; 2) Questionário sociodemográfico: que buscou levantar dados acerca da idade, renda, tempo de relacionamento, status conjugal, número de filhos e escolaridade. O estudo foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba – CEP/SES-PB. Após a aprovação ética e a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos participantes, procedeu-se a coleta dos dados. As entrevistas foram processadas por Análise Categorial Temática, proposta por Figueiredo (1993), a qual consiste na relação dos discursos emergentes com as variáveis temáticas de interesse. Resultados: A partir da análise dos relatos dos participantes, emergiram duas classes temáticas e dez categorias. A Classe Temática I Paternidade foi composta pelas categorias: Transformação, Papéis, Responsabilidade, Realização e Limitações. A Classe Temática II Saúde Reprodutiva foi composta pelas categorias: Pré-natal, Pré-natal masculino, Participação masculina, Serviços de saúde e Obstáculos. Considerações finais: A paternidade enquanto construção social é moldada conforme o tempo histórico em transição. A identidade paterna é tida como algo em constante transformação a depender do contexto sócio-histórico do homem, neste sentido, a forma com a qual o homem foi socializado vai implicar necessariamente na sua identidade paterna. Enquanto estratégia de intervenção de uma política pública de saúde, o pré-natal masculino deve, então, contemplar o sentido histórico da paternidade e os significados atribuídos a este momento da vida masculina para que assim melhor se efetive a sua implementação e, consequentemente, a adesão masculina

    Qualidade de vida em mães de crianças sorointerrogativas ao HIV/AIDS

    Get PDF
    In the AIDS context, the vertical transmission of the HIV arises as a serious problem which surveillance, control and prevention are epidemiologically necessary. The antiretroviral therapy represents a great conquest in this direction, with beginning in the prenatal, intervention in the childbirth and accompaniment until the second year of children s life. This situation of undefined diagnostic of seropositivity for HIV/AIDS becomes these children in serointerrogative in respect to the HIV. In this sense, become important to verify how AIDS exercises influence in the quality of life of involved ones, mainly when proved it the expectation of a child s seropositive diagnosis. Objective: To analyze the quality of life in mothers of serointerrogative children to the HIV. Method: The sample was constituted by 49 mothers (pregnant or non-pregnant) of serointerrogative for HIV children. Used it the following instruments: 1) Brief version of World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-brief); 2) Subjective Well Being Scale (SWBS), specifically, the second part of scale that concerns to life satisfaction; 3) In-depth interview; and 4) Socio-demographic questionnaire. Results: Life satisfaction: The studied mothers had presented a good index of life satisfaction (M= 64,7; SD= 8,05). It was perceived a statistically significant difference between life satisfaction and the number of children (p= 0,03). The mothers with three or more children (M= 67,7; SD= 6,04) had presented a bigger life satisfaction in relation to those with one or two children (M= 62,9; SD= 8,6). Quality of life (QV): The most of the participants evaluated the quality of life and health satisfaction in a positive way. In the general evaluation, 53.1% of the participants had chosen as good or very good their quality of life, and 49.9% had affirmed to be satisfied or very satisfied with their health. With concerns to health satisfaction was perceived a significant difference (p= 0,001) to the educational degree. The participants with lesser educational degree had presented themselves more satisfied with their health (M= 71,67; SD= 21,58) than those with bigger educational degree. In specific domains, the quality of life was higher to the Physical (M= 63,3; SD= 15,7) and Social (M= 61,9; SD= 26,4), and minors in the Psychological (M= 54,9; SD= 14,9) and Environmental (M= 44,8; SD= 14,8). Was observed a statistically significant variance between the physical (p= 0,02) and environmental (p= 0,005) domains. The participants with familiar income above of a minimum wage revealed themselves with a bigger quality of life in the physical (M= 73,2; SD= 6,2) and environmental (M= 64,1; SD= 15,8) domains. It was perceived statistically significant difference between the civil state and the psychological domain (p= 0,04). The mothers who affirmed to have a steady union had presented a higher quality of life in the psychological domain (M=57,6; SD=15,4). Interview: In speech analyses, emerged two thematic axes, as following: 1) Coexistence with HIV/AIDS - composed by the categories diagnosis, AIDS perception, support, coping and treatment adherence; and 2) Seropositive motherhood with the following categories: positive feelings, feeling of guilty and expectation of diagnosis. Conclusion: Despite to the motherhood of serointerrogative child experience, the most studied mothers presented a positive quality of life. The presented results confirm the necessity of study the current approaches of the coexistence with HIV/AIDS. In this sense, the discussion of coping, adjustment and quality of life of people that coexists with HIV/AIDS is a necessary debate to increase the comprehension of the AIDS effects.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESNo contexto da AIDS, a transmissão vertical do HIV se apresenta como um problema grave cuja vigilância, controle e prevenção são epidemiologicamente necessários. A terapia antirretroviral representa uma grande conquista neste sentido, com inicio no pré-natal, intervenção no parto e acompanhamento até o segundo ano de vida das crianças. A indefinição do diagnóstico durante este tempo torna essas crianças sorointerrogativas ao HIV. Neste sentido, torna-se importante verificar o quanto a AIDS influencia na qualidade de vida dos envolvidos, principalmente quando se vive a expectativa de diagnóstico soropositivo num filho. Objetivo: Analisar a qualidade de vida em mães de crianças sorointerrogativas ao HIV. Método: A amostra foi constituída por 49 mães de crianças sorointerrogativas ao HIV (grávidas ou não-grávidas). Os instrumentos utilizados foram: 1) Versão abreviada da Escala de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-bref); 2) Escala de Bem-estar Subjetivo (EBES), sendo utilizada apenas a sua segunda parte que diz respeito à satisfação com a vida; 3) Entrevista em profundidade; e 4) Questionário bio-demográfico. Resultados: Satisfação com a vida: As mães estudadas obtiveram uma boa satisfação com a vida (M=64,7; DP=8,05). Foi percebida diferença estatisticamente significante entre a satisfação com a vida e o número de filhos (p=0,03). As mães com três ou mais filhos (M=67,7; DP=6,04) apresentaram uma maior satisfação com a vida em relação àquelas com um a dois filhos (M=62,9; DP=8,6). Qualidade de vida (QV): A maioria das participantes avaliou a qualidade de vida e satisfação com a saúde de forma positiva. Na avaliação geral, 53,1% das participantes elegeram como boa ou muito boa sua qualidade de vida, e 49,9% afirmaram estar satisfeita ou muito satisfeita com sua saúde. Na satisfação com a saúde foi percebida diferença significativa (p=0,001) com a variável escolaridade. As participantes com menor grau de escolaridade apresentaram-se mais satisfeitas com a sua saúde (M=71,67; DP=21,58) do que aquelas com maior grau de escolaridade. Nos domínios específicos da QV, a qualidade de vida foi mais alta nos domínios Físico (M=63,3; DP=15,7) e Social (M=61,9; DP=26,4), e menores nos domínios Psicológico (M=54,9; DP=14,9) e ambiental (M=44,8; DP=14,8). Foi observada variância estatística significativa entre a renda e os domínios físico (p=0,02) e ambiental (p=0,005). As participantes com renda familiar acima de um salário mínimo mostraram-se com uma maior qualidade de vida no domínio físico (M=73,2; DP=6,2) e ambiental (M=64,1; DP=15,8). Foi percebida, ainda, diferença estatisticamente significativa entre o estado civil e o domínio psicológico (p=0,04). As mães que relataram ter união estável apresentaram qualidade de vida mais alta no domínio psicológico (M=57,6; DP=15,4). Entrevistas: Na análise do discurso, emergiram duas classes temáticas, a saber: 1) Convivência com HIV/AIDS composta pelas categorias diagnóstico, percepção da AIDS, preconceito/discriminação, apoio, enfrentamento e adesão ao tratamento; e 2) Maternidade soropositiva com as categorias sentimentos positivos, culpabilização e expectativa do diagnóstico. Conclusão: Apesar da vivência da sorointerrogatividade do filho, a maioria das mães apresentou-se com uma qualidade de vida positiva. Os resultados apresentados confirmam a necessidade de se estudar os enfoques atuais do viver/conviver com HIV/AIDS. Neste sentido, a discussão do enfrentamento, ajustamento e qualidade de vida dos que convivem com o HIV/AIDS é um debate necessário para alargar o entendimento dos efeitos causados pela AIDS

    Bem-estar subjetivo em mães de crianças sorointerrogativas para o HIV/AIDS

    No full text
    Este estudo teve por objetivo verificar o bem-estar subjetivo em mães que têm crianças com diagnóstico sorointerrogativo para o HIV, atendidas por um SAE (Serviço de Atendimento Especializado) na cidade de João Pessoa-PB. A amostra de conveniência foi composta por 30 mães que têm crianças com diagnóstico de soropositividade indefinido, com idades variando de 19 a 39 anos (M=27, DP=5,18). Foram aplicados a escala de bem-estar subjetivo (EBES) e um questionário sociodemográfico. Os dados foram processados pelo programa estatístico SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) e analisados por meio de estatística bivariada (teste t de Student; análise de variância). Os resultados indicaram instabilidade no bem-estar subjetivo e associação do fator “afetos positivos” com o “tempo de cuidado”. Concluiu-se que a vivência de uma situação interrogativa diante do HIV/AIDS emana sentimentos diversos que têm relação com a história da epidemia, o enfrentamento e as implicações para os diversos domínios pessoais, entre eles, a maternidade

    Como as pessoas percebem o psicólogo: um estudo exploratório

    No full text
    Este estudo buscou realizar um levantamento de elementos que indiquem como o psicólogo é percebido. Participaram pessoas entrevistadas na cidade de João Pessoa (PB), distribuídas em três grupos, a saber, pessoas da população geral (n = 42), estudantes de Enfermagem (n = 43) e de Psicologia (n = 52). Todas se submeteram a uma associação livre de palavras após ouvirem o termo psicólogo. Os resultados demonstraram que todos os grupos indicaram perceber o psicólogo como profissional promotor de saúde mental e proporcionador de auxílio psicológico. Particularmente, na população geral houve pessoas que nada souberam declarar. Os estudantes de Enfermagem mostraram uma percepção mais adequada das práticas do psicólogo quando comparados com a população geral. Apenas os estudantes de Psicologia demonstraram uma atenção a aspectos humanitários da prática profissional do psicólogo. Discutem-se os resultados buscando vincular a percepção de cada grupo às circunstâncias e aspectos predominantes de cada um deles
    corecore