11 research outputs found

    Oficinas com adolescentes do MST - sexualidade, diversidade sexual e gênero

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    Anais do 35º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul - Área temática: EducaçãoO presente trabalho é parte integrante do projeto de extensão “Juventude do campo: oficinas de formação humana, trabalho e cultura” que é desenvolvido desde 2014 em uma escola de agroecologia vinculada ao Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), localizada no Estado do Paraná. Os objetivos principais do projeto são: possibilitar aos acadêmicos do curso de psicologia a oportunidade de pensar criticamente a realidade e experimentar, sob orientação, a possibilidade de intervenção e pesquisa; possibilitar aos educandos do curso de agroecologia a oportunidade de expressar suas singularidades e vivências e refletir sobre temas que os afetam diretamente. A metodologia adotada é a realização de oficinas com temas escolhidos pelos jovens do MST. O tema “sexualidade, gênero e diversidade sexual” foi demando tanto da escola quanto dos educandos. Foram realizadas 13 oficinas em dois tempos-escola. As técnicas utilizadas foram variadas: dinâmicas de grupo, mitos e verdades, exibição e discussão de filmes (curtas e longas). Procuramos proporcionar vivências e situações para estimular a reflexão e a expressão do vivido, para superar o enfoque do binômio saúde-doença, habitualmente adotado quando se aborda o tema nas escolas. Os estudantes participaram ativamente das oficinas, atestando a adequação do método para tratar do tema com adolescentes. Pelas avaliações feitas tanto pelos educandos como pela equipe do projeto, acreditamos que a etapa aqui apresentada cumpriu com os objetivos proposto

    Juventude rural, trabalho e identidade: a experiência de participação em empreendimento rural de Economia Solidária

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    Data show that Brazilian youth is the part of population which most suffers unemployment and poor work conditions, and the situation is graver when we focus on rural youth. Simultaneously, the economic enterprises of Solidary Economy are pointed as an alternative to generate work and income to the youth, characterized by self-management, cooperation, sympathy and respect to the environment. Before this scenario, this research had as aim to understand, from both parents’ and children’s perspective, how participation in a rural enterprise of Solidary Economy may constitute a transforming experience of their identities, resulting or not in the perspective that this is a project of future work for the youth. The participants of the research were parents who compose a rural enterprise of Solidary Economy located in Nova Tebas – Paraná – Brazil, and their children, aged between 16 and 24 years old. By using qualitative method, five children and three parents were interviewed with semi-structured interviews. As results, we found that the parents as well as their children consider the enterprise of Solidary Economy as an alternative of future for the young people. Participation in the enterprise makes them able to recognize themselves as active subjects, with new possibilities of development, to whom staying in the rural area is seen as an option and not only an alternative before the inexistence of other perspectives. For offering a view for the future, for stability and improvement, the enterprise is an aim of investment, as objective as subjective, resulting in more commitment of the participants.Keywords: identity, Solidarity Economy, rural youth.Dados mostram que a juventude brasileira é a parcela da população que mais sofre desemprego e precarização das condições de trabalho, e a situação é mais grave quando focamos a juventude rural. Em paralelo, os empreendimentos econômicos da Economia Solidária são indicados como uma das alternativas para a geração de trabalho e renda para os jovens, caracterizando-se pela autogestão, cooperação, solidariedade e respeito ao meio ambiente. Frente a esse cenário, a presente pesquisa teve por objetivo compreender, tanto na visão dos pais quanto na dos jovens, seus filhos, como a participação em empreendimento rural de Economia Solidária pode se constituir em experiência transformadora de suas identidades, resultando ou não na visão deste ser um projeto de trabalho futuro para os jovens. Os participantes da pesquisa foram pais que compõem um empreendimento rural da Economia Solidária situado em Nova Tebas – Paraná e seus filhos, jovens com idade variando de 16 a 24 anos. Utilizando-se metodologia qualitativa, foram entrevistados cinco jovens e três pais, empregando-se entrevistas semiestruturadas. Como resultados, encontramos tanto os pais como os filhos considerando o empreendimento de Economia Solidária como alternativa de futuro para os jovens. A participação no empreendimento proporciona que se reconheçam como sujeitos ativos, com novas identidades e novas possibilidades de desenvolvimento, para os quais a permanência no campo é vista como uma opção e não apenas uma alternativa frente à inexistência de outras perspectivas. Ao proporcionar uma visão de futuro, de estabilidade e melhoria, o empreendimento é alvo de investimento, tanto objetivo quanto subjetivo, resultando em maior engajamento dos participantes.Palavras-chave: identidade, Economia Solidária, juventude rural

    ORGANIZADAS E MOBILIZADAS: TRABALHO, GÊNERO E POLÍTICA COM AS MULHERES DOS EMPREENDIMENTOS ECONÔMICOS SOLIDÁRIOS

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    Compreendendo os Empreendimentos Econômicos Solidários (EES), como espaços de inclusão por trabalho, renda e sociabilidade, bem como espaços de fortalecimento de vínculos e incentivo à participação política, tais empreendimentos funcionam também como locais de fortalecimento das relações e a participação política de mulheres, resgatando a longa luta desse segmento nos movimentos sociais, mostrando-se assim como estratégia possível para a diminuição das desigualdades de gênero no que tange ao mercado de trabalho e na política. Destarte, o projeto tem por objetivo, promover a troca de saberes acadêmicos e populares, buscando estruturar, fortalecer e fomentar EES integrados e organizados majoritariamente por mulheres, visando a construção de espaços que estimulem a identidade coletiva e a participação política desde seguimento na rede de Economia Solidária, para além da produção de renda, comercialização e consumo. O projeto de extensão tem ainda por objetivo, promover o entrelaçamento com a pesquisa e o ensino, visando a produção de conhecimentos científicos e culturais que se embasam na realidade vivenciada pelas mulheres dos EES

    QUITUTES E BELEZURAS – A FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NO ESPAÇO UNIVERSITÁRIO

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    Dado que o artesanato e a alimentação podem se caracterizar como manifestações dos atrativos culturais, tanto urbanos, quanto rurais, a Unitrabalho/UEM/Sede, através do projeto “Quitutes e Belezuras” busca divulgar tais atrativos por meio da Feira de Economia Solidária. Para tanto, identifica possíveis empreendimentos econômicos solidários (EES), além daqueles já incubados para que possam participar, através da produção e comercialização, no espaço universitário, de “quitutes” e “belezuras”. Foi possível a realização de quatro edições da feira, em momentos específicos dentro do campus, sempre vinculados a eventos de extensão que aconteciam. Em média, houve a participação de oito EES formais e sete grupos informais. Como resultado pode-se apontar a inserção da comunidade externa na vida acadêmica através da Feira de Economia Solidária, viabilizando o estreitamento desta relação, apontando ganhos significativos para ambas as partes, porém o objetivo de tornar a Feira permanente e contínua ainda não foi atingido

    QUITUTES E BELEZURAS – A FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NO ESPAÇO UNIVERSITÁRIO

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    Dado que o artesanato e a alimentação podem se caracterizar como manifestações dos atrativos culturais, tanto urbanos, quanto rurais, a Unitrabalho/UEM/Sede, através do projeto “Quitutes e Belezuras” busca divulgar tais atrativos por meio da Feira de Economia Solidária. Para tanto, identifica possíveis empreendimentos econômicos solidários (EES), além daqueles já incubados para que possam participar, através da produção e comercialização, no espaço universitário, de “quitutes” e “belezuras”. Foi possível a realização de quatro edições da feira, em momentos específicos dentro do campus, sempre vinculados a eventos de extensão que aconteciam. Em média, houve a participação de oito EES formais e sete grupos informais. Como resultado pode-se apontar a inserção da comunidade externa na vida acadêmica através da Feira de Economia Solidária, viabilizando o estreitamento desta relação, apontando ganhos significativos para ambas as partes, porém o objetivo de tornar a Feira permanente e contínua ainda não foi atingido

    Parents and sons problematizing the solidarity economy as an alternative for youth work

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    Orientador: José Roberto Montes HeloaniTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de EducaçãoResumo: Dados mostram que a juventude brasileira é a parcela da população que mais sofre desemprego e precarização das condições de trabalho, sendo mais suscetível a vínculos de trabalhos informais, mesmo em tempos de diminuição dos índices gerais de desemprego. Em paralelo, os empreendimentos econômicos da Economia Solidária são indicados como uma das alternativas para a geração de trabalho e renda, se caracterizando pela autogestão, cooperação, solidariedade e respeito ao meio ambiente. Frente a esse cenário a presente pesquisa teve como objetivo analisar como os jovens, filhos de trabalhadores da Economia Solidária, manifestam o desejo em dar continuidade ao trabalho dos pais. Foram eleitos como sujeitos da pesquisa, jovens com idade variando de 16 a 24 anos, filhos de pais que trabalham em empreendimentos da Economia Solidária, localizados nas cidades de Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Nova Tebas e Curitiba - Paraná, abrangendo áreas urbana e rural. Utilizando-se metodologia qualitativa, foram entrevistados 19 jovens, empregando-se entrevistas semi estruturadas. No decorrer das análises das referidas entrevistas, verificamos a necessidade de dar voz aos pais desses jovens, uma vez que a experiência dos pais era um forte componente da representação que os jovens apresentavam. Optamos por obter a narrativa diretamente dos pais, a fim de aprimorar nosso entendimento das falas dos jovens. Entrou em cena a questão geracional e procuramos identificar o que transmitem os pais e o que herdam os filhos, no que tange à Economia Solidária como alternativa de trabalho. Foram identificados três grupos. No primeiro grupo encontramos os pais e filhos que veem o empreendimento de Economia Solidária como alternativa de futuro para os jovens. Estão localizados basicamente no empreendimento da área rural. O segundo grupo acredita que o empreendimento da Economia Solidária pode ser alternativa de futuro, mas ainda não o é. Este devir está condicionado a recuperarem condições de trabalho e econômicas semelhantes às que possuíam antes do empreendimento tornar-se coletivo e concerne à empresa recuperada. Para o terceiro grupo os empreendimentos de Economia Solidária não são alternativas de futuro para os jovens. O terceiro grupo é representado por participantes daqueles que assumem a forma de cooperativa ou associação e trabalham com coleta de materiais reciclados, alimentos, costura e artesanato. O trabalho assalariado e formal ainda prevalece como modelo idealizado de futuro para a maioria dos entrevistados, embora na realidade social que enfrentam esse modelo não é regra, mas exceção. Concluímos que, com exceção do primeiro grupo, marcado por condições singulares ligadas à realidade rural, os demais jovens veem a Economia Solidária restrita a uma alternativa para desemprego e não para o emprego. Ela adquire o sentido de suprir falta de opção, quando mais nada é possível; e não como uma opção, que daria suporte a novos modos de vida, de sociabilidade e de novas identidades.Abstract: Data show that Brazilian youth is the part of society which most suffers with unemployment and the precariousness of work conditions, being more susceptible to informal work bonds, even with decrease of general ratings of unemployment. Simultaneously, enterprises from Solidarity Economy are indicated as alternatives to work and income creation, featured by selfmanagement, cooperation, sympathy and respect for environment. Before this scenery, the present research had as aim to analyze how Solidarity Economy workers' children wish to keep their parents' work. The subjects of the research are young people varying between 16 and 24 years old, children of Solidarity Economy workers, located in Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Nova Tebas, and Curitiba in Paraná, Brazil in rural and urban areas. The methodology used was qualitative, 19 people were interviewed, with semi-structured interviews. During the analysis of the interviews we realized the necessity of listening to their parents, as their experience was a key component to represent what the children presented. We chose to listen to parents themselves, in order to improve our knowledge of their children's speech. Generational issue was raised and we tried to identify what parents transmit and what children inherit, concerning Solidarity Economy as a work alternative. Three groups were identified. In the first group we found parents and children who see Solidarity Economy as an alternative to youth's future. They are basically located in rural area. The second group believes that it may be an alternative to the future but it is not already. It is conditioned to recover work and economic conditions as it was before the enterprise become collective and concern to the recovered company. To the third group Solidarity Economy is not a future alternative to the youth. This group is represented by the ones who work in cooperative or association by collecting recycling material, food, sewing, and handicraft. A salaried and formal work still prevails as ideal future model to most of interviewees, although in their social reality this model is an exception. We conclude that, all groups but the first, featured by singular conditions of the rural reality, see Solidarity Economy restrained to an alternative to unemployment not to employment. Its meaning is the lack of option, when nothing more is possible; and not as an option, that would support new ways of life, sociability, and new identities.DoutoradoDoutor em Educaçã

    PRECARIZAÇÃO E SAÚDE DO TRABALHADOR: UM OLHAR A PARTIR DO TRABALHO DECENTE E OS PARADOXOS NA REABILITAÇÃO PROFISSIONAL

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    Na conjuntura brasileira está avançando uma agenda político-econômica pautada pelo receituário da austeridade fiscal que se contrapõe com os princípios do estado de bem-estar social. Os efeitos dessas mudanças, no horizonte do avanço neoliberal, ampliam as faces da precarização social e do trabalho ao restringir políticas públicas protetivas, amparadas no texto constitucional da seguridade social. Dessa forma, nosso objetivo se constitui em compreender, a partir dos pressupostos do trabalho decente e da saúde do trabalhador, o processo de precarização do trabalho e a vulnerabilização do/a trabalhador/a na conjuntura de austeridade política e econômica atual. Para dimensionar esse cenário, partimos de uma análise da conjuntura geral até chegar ao Programa de Reabilitação Profissional da Previdência Social. O percurso teórico-metodológico assentou-se em um estudo teórico-bibliográfico, de epistemologia qualitativa, por meio do levantamento de materiais como obras de referências, legislações nacionais vigentes, políticas públicas e orientações de órgãos internacionais. A interpretação das informações centrou-se em três eixos: o campo da saúde coletiva e saúde do trabalhador; o campo do trabalho decente; e o campo da seguridade social com destaque para a reabilitação profissional. Este debate propiciou identificar o processo de vulnerabilização dos/as trabalhadores/as brasileiros/as, a fragilização da cidadania, a depredação do sentido social do trabalho, a destituição de direitos sociais conquistados e os paradoxos vividos em serviços públicos no desmonte da seguridade social

    OFICINA COM ADOLESCENTES DO MST: PRECONCEITO E CONVIVÊNCIA COLETIVA

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    Apesar de todas as conquistas dos movimentos sociais no que se refere à educação do campo, as crianças e jovens do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) vivenciam situações de preconceito por sua pertença, quando estudam em escolas não vinculadas ao movimento, vivencias que os marcam profundamente. O preconceito pela pertença ao MST que vem a se somar a diversos outros, foi o tema demandado para ser trabalhado em nosso projeto de extensão, realizado em uma escola técnica de agroecologia fruto de uma parceria entre o MST e o Instituto Federal Tecnológico do Paraná (ITFPR). Os participantes do projeto foram adolescentes e jovens, com idades que variam entre 15 e 24 anos, sete são do sexo feminino e os demais do sexo masculino, todos oriundos de acampamentos e assentamentos da reforma agrária. A metodologia adotada no trabalho foi a realização de oficinas com o tema principal “preconceito e convivência coletiva” e os seguintes temas geradores: possibilidades e limites frente às diferenças, preconceito e empatia, empatia e comunicação, preconceito racial e bullying. Foram realizados oito encontros semanais, com duração de 2 h. Concluímos que a metodologia das oficinas se mostrou efetiva ao ir além dos aspectos educativos/informativos, abarcando e trabalhando com os significados afetivos, os sentimentos e as vivências, proporcionando espaço para a fala, a reflexão e a elaboração, tanto individual como coletiva. Além de potencializar o contexto favorável a formação humana que o MST construiu ao longo da sua existência.Palavras-chave: Oficina; adolescentes, MST
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