39 research outputs found

    Cultura do trabalho, produção associada e produção de saberes

    Get PDF
    Which knowledge can contribute to the constitution of a new labor culture and the potentiation of social-economic relations that somehow contradict the logic of capital? In order to bring up some polemical issues related to the production and legitimization of knowledge, I retrieve some discoveries made in the course of my activity as a researcher. It should be stressed that in the history of capitalism workers haven been excluded from the right to basic education, which makes it extremely difficult for them to become masters of their labor. Then, distinguishing the perspectives of labor and capital, I emphasize that in the regime of flexible accumulation the new technologies of production and management of the labor force presuppose the valuing, legitimization and certification of work-related knowledge. Thirdly, taking into account the need to mobilize and articulate forms of knowledge in order to render associative labor technically and politically feasible, I resume some contributions made by Gramsci that help us to reflect on the labor culture that is developing within the popular economic organizations. With a view to the strengthening of the popular solidarity economy, I conclude with some theoretical-practical references of a “pedagogy of associative labor” that takes into consideration the processes of the production and socialization of knowledge in associative labor. Key words: labor and education, popular solidarity economy, labor culture, production of work-related knowledge, pedagogy of associative production.Que saberes podem contribuir para a constituição de uma nova cultura do trabalho e para a potencialização de relações econômico-sociais que, de alguma maneira, contrariem a lógica do capital? Para trazer à tona algumas questões polêmicas sobre produção e legitimação de saberes, resgato algumas descobertas feitas ao longo de meu caminhar como pesquisadora, ressaltando que, na história do capitalismo, os trabalhadores vêm sendo excluídos do direito à educação básica, o que dificulta sobremaneira que eles tornem-se senhores do seu trabalho. No segundo momento, distinguindo as perspectivas do trabalho e do capital, enfatizo que, no regime de acumulação flexível, as novas tecnologias de produção e gestão da força de trabalho pressupõem a valorização, legitimação e certificação de saberes do trabalho. No terceiro momento, tendo em conta a necessidade de mobilização e articulação de saberes para tornar viável técnica e politicamente o trabalho associativo, resgato algumas contribuições de Gramsci que nos ajudam a pensar sobre a cultura do trabalho que vai se gestando no interior das organizações econômicas populares. Visando ao fortalecimento da economia popular solidária, finalizo com alguns referenciais teórico-práticos de uma “pedagogia da produção associada” que considere os processos de produção e socialização de saberes no trabalho associativo. Palavras-chave: trabalho e educação, economia popular solidária, cultura do trabalho, produção de saberes do/no trabalho, pedagogia da produção associada

    Modo(s) de vida e modos de produção da existência humana: ensaio teórico-metodológico:

    Get PDF
    Por ser um termo utilizado de forma imprecisa, o objetivo deste ensaio é apresentar um conceito de modo de vida substanciado na concepção materialista da história e da cultura, articulado à categoria modo de produção e a outros conceitos de junção. Referenciado em E. P. Thompson, busca-se o diálogo entre conceito e evidência interrogada, com perguntas de pesquisa que contribuem na análise de práticas econômico-culturais de grupos sociais, cujos modos de fazer, sentir e estar no mundo se constituem entre reprodução ampliada da vida e reprodução ampliada do capital. De cunho teórico-metodológico, o texto indica elementos materiais e simbólicos de modos de vida na atualidade histórica das comunidades tradicionais

    Brincando de casinha: Fragmentos de economia, cultura e educação

    Get PDF
    Partindo-se da premissa de que as relações vividas no cotidiano da unidade doméstica manifestam as relações sociais mais amplas que caracterizam a sociedade capitalista, toma-se como objeto de reflexão as formas pelos quais os processos de reprodução da vida vão se tornando subsumidos à lógica do capital. As “brincadeiras de casinha”, tanto de crianças como de adultos são apresentadas como metáfora, ajudando-nos a perceber a relação entre trabalho e educação, economia doméstica e economia planetária.Palavras chave: Trabalho e educação. Cultura econômica. Economia doméstica

    Cultura do trabalho, produção associada e produção de saberes

    Get PDF
    Which knowledge can contribute to the constitution of a new labor culture and the potentiation of social-economic relations that somehow contradict the logic of capital? In order to bring up some polemical issues related to the production and legitimization of knowledge, I retrieve some discoveries made in the course of my activity as a researcher. It should be stressed that in the history of capitalism workers haven been excluded from the right to basic education, which makes it extremely difficult for them to become masters of their labor. Then, distinguishing the perspectives of labor and capital, I emphasize that in the regime of flexible accumulation the new technologies of production and management of the labor force presuppose the valuing, legitimization and certification of work-related knowledge. Thirdly, taking into account the need to mobilize and articulate forms of knowledge in order to render associative labor technically and politically feasible, I resume some contributions made by Gramsci that help us to reflect on the labor culture that is developing within the popular economic organizations. With a view to the strengthening of the popular solidarity economy, I conclude with some theoretical-practical references of a “pedagogy of associative labor” that takes into consideration the processes of the production and socialization of knowledge in associative labor. Key words: labor and education, popular solidarity economy, labor culture, production of work-related knowledge, pedagogy of associative production.Que saberes podem contribuir para a constituição de uma nova cultura do trabalho e para a potencialização de relações econômico-sociais que, de alguma maneira, contrariem a lógica do capital? Para trazer à tona algumas questões polêmicas sobre produção e legitimação de saberes, resgato algumas descobertas feitas ao longo de meu caminhar como pesquisadora, ressaltando que, na história do capitalismo, os trabalhadores vêm sendo excluídos do direito à educação básica, o que dificulta sobremaneira que eles tornem-se senhores do seu trabalho. No segundo momento, distinguindo as perspectivas do trabalho e do capital, enfatizo que, no regime de acumulação flexível, as novas tecnologias de produção e gestão da força de trabalho pressupõem a valorização, legitimação e certificação de saberes do trabalho. No terceiro momento, tendo em conta a necessidade de mobilização e articulação de saberes para tornar viável técnica e politicamente o trabalho associativo, resgato algumas contribuições de Gramsci que nos ajudam a pensar sobre a cultura do trabalho que vai se gestando no interior das organizações econômicas populares. Visando ao fortalecimento da economia popular solidária, finalizo com alguns referenciais teórico-práticos de uma “pedagogia da produção associada” que considere os processos de produção e socialização de saberes no trabalho associativo. Palavras-chave: trabalho e educação, economia popular solidária, cultura do trabalho, produção de saberes do/no trabalho, pedagogia da produção associada

    TRABALHO, EDUCAÇÃO E AUTOGESTÃO: desafios frente à crise do emprego

    Get PDF
    Em primeiro lugar, quero agradecer o convite do Nesth e da Unitrabalho (Regional de Minas Gerais) e, também, dizer o quanto é importante a promoção desse tipo de encontro – em especial, para nós que estamos na Universidade Pública investigando sobre associativismo, cooperativismo e autogestão. (Re)encontrar pessoas que, de fato, estão fazendo na prática cotidiana um cooperativismo cujo horizonte é a autogestão, nos ajuda a dar mais vida à produção acadêmica e também, mais sentido à nossa própria existência como pesquisadores e como pessoas

    CONTRADIÇÕES ENTRE TRABALHO, CAPITAL E VIDA: “A ASSIM CHAMADA ACUMULAÇÃO PRIMITIVA” E SUA ATUALIDADE HISTÓRICA

    Get PDF
    São analisados trechos do capítulo XXIV de O capital, de Karl Marx (2013), articulando-os à problemática das relações seres humanos/ natureza mediadas pela produção destrutiva do capital e, em particular, pelas políticas anti-ambientais do governo Jair Bolsonaro. Destaca-se a importância da obra no atual momento em que o agronegócio e neoextrativismo destroem a flora e a fauna, desestruturando os modos de vida de povos e comunidades tradicionais. Conclui-se que “a assim chamada acumulação primitiva” pode ser considerada como acumulação permanente do capital, e que os crimes ambientais têm levado às últimas consequências as contradições entre trabalho, capital e vida. Palavras-chave: Karl Marx. Acumulação primitiva. Crime ambiental

    PARA ANALISAR MODOS DE VIDA: RAYMOND WILLIAMS E ESTRUTURA DE SENTIMENTOS EM TORTO ARADO

    Get PDF
    Refletimos sobre a hipótese cultural “estruturas de sentimentos” de Raymond Williams, tendo em conta a relevância da arte e da literatura como fontes de pesquisa para apreensão de formas de fazer, sentir e pensar de determinados grupos sociais, entendidas como elementos constitutivos do processo histórico. Indicamos que essa categoria também contribui para acessar modos de vida que se manifestam nas relações dos seres humanos com a natureza, no trabalho e na convivência em uma comunidade. Analisamos o romance Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, articulando “estruturas de sentimentos” aos conceitos de modos de vida, natureza e cultura. Palavras-Chave: Estruturas de Sentimentos. Raymond Williams. Modos de vida. Comunidades Tradicionais. Torto Arado.

    NEXOS ENTRE ECONOMIA E CULTURA: CONTRIBUIÇÕES DO MATERIALISMO HISTÓRICO E DA ANTROPOLOGIA MARXISTA

    Get PDF
    Como parte integrante de um estudo que busca evidenciar os nexos entre economia e cultura nos processos de produção da existência humana, partimos do pressuposto de que, embora não hegemônico entre os antropólogos, o materialismo histórico é essencial para o entendimento das formações sociais capitalistas e não capitalistas. Para explicitar o diálogo entre marxismo e antropologia, e em especial com a antropologia evolucionista de Lewis Henry Morgan, resgatamos o pensamento de Marx e Engels quanto as determinações sociais, materiais e simbólicas. Destacamos contribuições de E. P. Thompson, além do pensamento do antropólogo Maurice Godelier, considerado como marxista estruturalista

    A PESQUISA EM TRABALHO-EDUCAÇÃO COMO FORÇA MATERIAL: DESVELANDO CAMPOS DO REAL

    Get PDF
    Diferenciando-se das de outros campos científicos, a força material das pesquisas em trabalho-educação se expressa como práxis política. Ao interrogarmos evidências sobre objetos de pesquisa, insistimos que, quanto maior for o número de campos do real abordados pela ciência, mais transparente se torna a unidade do diverso. Indagamo-nos em que medida, a partir das pesquisas que realizamos, tem sido possível apreender o trabalho na sua diversidade e indicamos questões teórico-metodológicas para tornar mais visíveis os mundos do trabalho, a classe trabalhadora, as relações trabalho-educação e a luta de classes. Com isso, esperamos problematizar nossa práxis. Palavras-chave: Campo científico Trabalho-Educação; Materialismo histórico e dialético; Mundos do trabalho; Classe trabalhadora
    corecore