118 research outputs found

    Illusion and Value, or Marcel Mauss on Alienability and Inalienability

    Get PDF
    This article reexamines Marcel Mauss’s The Gift and suggests that a certain degree not only of alienability and inalienability but also of illusion is a condition for communication and social organization. Even if there is not an explicit concept of illusion in Mauss’s works, the paper points out that it is present in those of Claude Lévi-Strauss, and that both Mauss’ and Lévi-Strauss’ perspectives can be fruitfully contrasted to Karl Marx’s theory of alienation. Starting from Mauss, this paper offers an exploration of logical and historical continuities between the notions of the gift and of commodities, arguing that they are in a relationship of transformation as well as one of hierarchy; that is, gifts and commodities both oppose and mutually encompass each other. To demonstrate this, the article contrasts some of Mauss’ considerations of exchange with Marx’s, emphasizing how Marx reveals ideological aspects of capitalist exchange, whereas Mauss includes noncapitalist forms of redistribution such as welfare within capitalist settings. Thus, beyond oppositions and differences, we can also see complementarity between gift and commodities in the theories of Mauss and Marx. With Mauss, we see the gift linked to sacrifice. Furthermore, a theory of value is implicit in his theory of the gift as something that is at the same time alienable and inalienable. I briefly consider how this theory can be compared to Marx’s critique of the alienation of the worker in the capitalist mode of production. If Marx criticized alienation in capitalism, Mauss demonstrated not only that some degree of inalienability is present in “exchanges,” as anthropology has long recognized, but also that forms of alienability are found in all human communication. Este artículo re-examina el Ensayo sobre el Don de Marcel Mauss, y sugiere que, cierto grado no sólo de alienabilidad e inalienabilidad, sino también de ilusión, es una condición para la comunicación y la organización social. Aun cuando no hay un concepto explícito de ilusión en el trabajo de Mauss, el artículo destaca que este está presente en los escritos de Claude Lévi-Strauss y que tanto la perspectiva de Mauss como la de Lévi-Strauss pueden ser provechosamente contrastadas con la teoría de alienación de Karl Marx. Iniciando desde Mauss, esta publicación ofrece una exploración de continuidades lógicas e históricas entre las ideas del don y de los bienes de consumo, argumentando que éstas están en una relación de transformación, así como en una de jerarquía; es decir, los dones y los bienes de consumo se oponen y al mismo tiempo se incluyen mutuamente. Para demostrar esto, el artículo contrasta algunas de las consideraciones de Mauss acerca del intercambio con las de Marx, enfatizando cómo Marx revela aspectos ideológicos del intercambio capitalista, mientras que Mauss incluye formas no-capitalistas de redistribución como la asistencia social dentro de marcos capitalistas. Por lo tanto, más allá de las oposiciones y diferencias, podemos ver también complementariedad entre el don y los bienes de consumo en las teorías de Mauss y Marx. A través de Mauss vemos el don relacionado con el sacrificial. Adicionalmente, una teoría de valor está implícita en su teoría del don como algo que es alienable e inalienable al mismo tiempo. Considero, brevemente, cómo esta teoría puede ser comparada con la crítica de Marx acerca de la alienación del trabajador en el modelo capitalista de producción. Si Marx criticó la alienación en el capitalismo, Mauss demostró no sólo que algún grado de inalienabilidad está presente en los ‘intercambios’, como lo ha reconocido la antropología desde hace tiempo, sino que también se encuentran formas de alienación en todas las comunicaciones humanas

    Rethinking the Trobriand Exchange

    Get PDF
    The article 'discusses The Argonauts of the Western Pacific and its purpose is to reinterpret some of Malinowski's descriptions of the exchange process and Kula. Working with some ideas developed by various authors (as Lévi-Strauss and his conception of exchange as being one universal principal of human thinking) the author discusses some positions taken by Malinowski and conclu<.les the essay redefining the Kuía as des the essay redefining the Kula as “ a hierarchy series of exchange spheres”.Baseando-se em Os Argonautas do Pacífico Ocidental, o artigo visa reinterpretar "algumas descrições de Malinowski sobre o complexo de trocas em torno dos clubes trobriandeses " e reanalisar o kula. Em diálogo com idéias de outros autores (por exemplo, Lévi-Strauss e sua concepção de troca como sendo "um princípio universal do pensamento"), o autor discute posicionamentos de Malinowski. Conclui entendendo o kula como uma série "hierarquizada de esferas de troca"

    ALÉM DO CARTESIANISMO

    Get PDF
    LÉVI-STRAUSS, Claude. Saudades de São Paulo. São Paulo, Companhia das Letras, 1996

    Reciprocidade e Hierarquia

    Get PDF
    Este artigo apresenta uma interpretação de várias concepções já clássicas das relações de troca, das teorias instrumentais  e individualistas anglo-saxãs aquelas de Pierre Clastres e Luc de Heusch. Uma ênfase especial será dada ao Stone age economics, procurando reavaliar a abordagem de Marshall Sahlins do complexo de trocas de dádivas em torno dos "chefes primitivos", especialmente melanésios e polinésios. O artigo pretende  demonstrar  a possibilidade teórica de um conceito que sintetizaria os princípio de reciprocidade de Claude Lévi-Strauss e a noção de hierarquia de Louis Dumont. Esta "reciprocidade hierárquica" ou "redistributiva" seria diferentemente institucionalizada em cada situação concreta. Apenas descrições etnográficas e históricas que considerem os aspectos políticos  das relações de troca poderiam permitir um futuro entendimento da dimensão hierárquica do principio de reciprocidade.This paper suggests a re-evaluation of several analysis of exchange relations. It places special emphasis on M. Sahlins interpretation of gift exchange in Stone Age Economics, focusing on the complex of exchanges around "primitive" chiefs. It aims to set the grounds for a demonstration of the possibility of a concept which would synthesize Dumont's "hierarchy" with Levi Strauss's "reciprocity". Is is implied that this "redistributive" or "hierarchical reciprocity" would be differently institutionalized in specific situations. Only historical or ethnographic descriptions which consider the political aspects of exchange relations could allow us in the future to re-think the concept of reciprocity as implying a hierarchical dimension

    A imaginação sociológica inaudita de C. Lévi-Strauss

    Get PDF
    O artigo oferece uma leitura de As Es-truturas Elementares do Parentesco, de C.Lévi-Strauss,baseado em críticas selecionadas de alguns de seusmuitos comentadores (especialmente G. Homanse D. Schneider, L. Dumont e R. Needham). Paraalém das descontinuidades, já demonstradas porcomentadores recentes, entre estudos do parentescoe estudos do mito de Lévi-Strauss, mostrarei havertambém continuidades entre eles. Será relevada aproposta de uma antropologia estrutural como umaciência englobante, uma semiologia, que não deixade atentar para questões, como a da hierarquia, cujapresença na obra lévi-straussiana e sua relação comtemas básicos, como o da simetria, não tem sido atéaqui devidamente qualificada

    Consumidores e seus direitos: um estudo sobre conflitos no mercado de consumo

    Get PDF

    Sobre a comunicação entre diferentes antropologias

    Get PDF
    O artigo analisa algumas críticas à antropologia de C. Lévi-Strauss, privilegiando aquelas de C.Geertz, dada a grande influência destas últimas no panorama da antropologia contemporânea. Neste contexto, é destacada a atualidade do pensamento de Lévi-Strauss em relação a temas importantes como o da relação entre antropologia e política, com ênfase nos aspectos políticos da prática antropológica. Exatamente pelo fato de muitos destes temas - que têm despertado recentemente enorme interesse da parte de antropólogos das mais variadas correntes teóricas - não terem realmente sido desenvolvidos exaustivamente pelo mestre francês, o artigo pretende indicar de modo mais explícito a importância da contribuição de Lévi-Strauss para sua análise.The article analyses some criticisms that have been made to C. Lévi-Strauss's anthropology, focusing on those made by C. Geertz, given the fact that the latter have had great influence in contemporary anthropology. In this context, the article emphasizes the importance of Lévi-Strauss's contribution to important themes, such as the relation of anthropology and politics as well as the political aspects of anthropological practice. Exactly because of the fact that those themes have arisen great interest of anthropologists of several different theoretical perspectives, and at the same time have not been developed by the French master, the article aims to indicate in an explicit manner the importance of Lévi-Strauss's contribution to their analysis

    A estrutura sacrificial do compadrio: uma ontologia da desigualdade?

    Get PDF
    This study criticizes a conjunction between symbolic and functional analysis of godparenthood. It is shown that god-parenthood is not only a religious or kinship institution and that it does not reinforce inequalities that supposedly pre-exist it, but rather it is a structure that generates inequalities. God-parenthood is understood as a structure by the description of reciprocity circuits. Understood as the circulation of a child from biological towards spiritual parents, to be returned by “grace”, it implies asymmetries and inequalities. It also evokes the ontology of the social, founded on non-mercantile values’ circulation, and on what Sahlins (2008) designates “elementary structure of political life”. It is shown that reciprocity is related to the sacrificial aspect of the child’s gift, and also to other types of considerations, such as that present in the catholic vows. Finally, it is demonstrated the relevancy of this type of analysis for future understandings of other benefits and categories often taken as purely economic ones, such as “labor”. Key words: reciprocity, inequality, god-parenthood, sacrifice.Este estudo explicita e critica a conjunção entre análises simbólicas e funcionais do compadrio. Mostra-se que o compadrio não é apenas uma instituição religiosa ou de parentesco, que reforce desigualdades supostamente pré-existentes, mas que se constitui numa estrutura que cria tais desigualdades. Entende-se o compadrio como uma estrutura a partir da descrição de circuitos de reciprocidade. Compreendida como circulação entre pais biológicos e espirituais de uma criança, a ser retribuída pela “graça”, ela implica assimetrias e desigualdades e também remete a uma ontologia do social, a qual é fundada na circulação de valores não mercantis e no que Sahlins (2008) designa “estrutura elementar da vida política”. Observa-se que a reciprocidade se liga ao aspecto sacrificial do dom da criança e de outros tipos de retribuição, como os implicados nas promessas católicas. Finalmente, verifica-se a relevância deste tipo de análise para futuros entendimentos de outras prestações e categorias, frequentemente tidas como puramente econômicas como a categoria de trabalho. Palavras-chave: reciprocidade, desigualdade, compadrio, sacrifício

    Nota sobre Marcel Mauss e o ensaio sobre a dádiva

    Get PDF
    Este artigo analisa a obra clássica de M. Mauss, Ensaio sobre a dádiva, à luz de desenvolvimentos recentes da Antropologia. Salienta como contribuição de Mauss o entendimento da dimensão política da troca de dádivas, assim como a sugestão de sua universalidade, posteriormente demonstrada por Lévi-Strauss, constituir-se em princípio formal-abstrato, e não num fato empírico-concreto. A partir desse princípio, avalia a tese segundo a qual a dádiva é fundamento de toda sociabilidade e comunicação humanas, assim como sua presença e sua diferente institucionalização em várias sociedades analisadas por Mauss, capitalistas e não-capitalistas. Abstract This article analyses M. Mauss's classic Essai sur le don, at the light of recent theoretical developments in Anthropology. It stresses Mauss's contribution to the understanding of the political dimension of gift exchange, as well as of its universality, ulteriorly demonstrated by C.Lévi-Strauss to be constituted as a formal and abstract principle, not an empirical fact. Taking this principle as its starting point, the article evaluates the thesis that the gift is the foundation of human sociability and communication, as well as the presence (or absence) of the gift and its different modes of institucionalization in several capitalist and non-capitalist societies that were analysed by Mauss. Résumé Cet article analyse l'oeuvre classique de M. Mauss, Essai sur le don, à la lumière des développements récents de l'Anthropologie. Il souligne, comme contribution de Mauss, la compréhension de la dimension politique de l'échange de dons, ainsi que la suggestion de son universalité, plus tard démontrée par Lévi-Strauss, qui devient un principe formel-abstrait et non pas un fait empirique-concret. A partir de ce principe, l'article évalue la thèse selon laquelle le don est le fondement de toute sociabilité et communication humaines, ainsi que sa présence et son institutionnalisation différente dans des plusieurs sociétés étudiées par Mauss, capitalistes et non-capitalistes

    Comunismo ou comunalismo? A política e o "Ensaio sobre o dom"

    Get PDF
    This article analyses the contrast between an exchange modality characterized by Mauss in the 1930's as "communist" and two others: agonistic and mercantile. Mauss was never a communist, but rather was a socialist. As such, he experienced the Russian Revolution as an ethnographer would, at the same time he considered it "an experiment". An important inspiration of the Essai sur le don was the impact he had visiting Russia and Lenin's "New Economic Policy", which recognized the impossibility of an abolition of the market. The Essai has as its implicit matter the possibility of a new society in which the State would encompass the market, both understood as logical and historical transformations of forms of the gift, tributes in the case of State.Este artigo aborda o contraste entre uma modalidade de troca explicitamente qualificada por Mauss, na década de 1930, como "comunista" e as modalidades "agonística" e "mercantil". Mauss nunca foi comunista, mas sim um socialista engajado. Como tal, lançou à Revolução Russa seu olhar de etnógrafo, sem deixar de considerar sua importância como "experimento". Vê como inspiração do Ensaio sobre o dom o impacto que lhe causaram tanto uma visita à Rússia comunista no início da década de 1920 como a Nova Política Econômica de Lênin, que reconhecia a impossibilidade de abolição do mercado. Questão implícita do Ensaio é a possibilidade de uma nova sociedade, na qual o Estado englobaria o mercado, ambos entendidos como transformações lógicas e históricas de formas particulares da dádiva, o tributo no caso do Estado
    corecore