4,524 research outputs found

    Princípios de sustentabilidade na arquitectura vernacular em Portugal

    Get PDF
    A arquitectura vernacular materializa de forma particular uma pluralidade de condicionalismos — geográficos, geológicos, económicos e culturais — dos locais onde seinsere. Os condicionalismos de cada região materializaram-se em modos de construir ímpares e díspares entre si. Em comum têm o facto de serem evoluções parcimoniosas, aprimoradas empiricamente ao longo de gerações. Na sua longa evolução, e inseridas num contexto de escassez, foram desenvolvidas estratégias pragmáticas de adaptação ao meio envolvente e de profunda racionalização dos recursos disponíveis. Nada era preferido, preterido ou ignorado porque as comunidades tinham a noção, por via empírica, que o seu bem-estar dependia intrinsecamente do equilíbrio com o meio envolvente. No entanto, assistiu-se ao abandono destas abordagens arquitetónicas, e à perda do conhecimento a si inerente, impulsionado por conotações pejorativas que as relacionam com subdesenvolvimento, quer dos materiais quer do modo de habitar. A industrialização homogeneizou os modos de construir e impulsionou a disseminação de uma arquitectura universal, desarraigada do seu meio, muito dependente de energia e predadora de recursos. Nesse sentido, num momento de viragem, em que se procuram formas de energia mais limpas e edifícios mais eficientes, é pertinente voltar a estudar as construções vernaculares no intuito de desenvolver e adaptar as suas estratégias aos contextos atuais da construção, contribuindo para a sua sustentabilidade. O conhecimento inerente a este tipo de construções contribuirá para a redução do desperdício e dos consumos energéticos através da utilização de técnicas tradicionais e materiais locais, desenvolvidos na necessidade de adaptação a um território e clima específicos. Por estes motivos, o conhecimento inerente a este tipo de construções continua a suscitar interesse nível internacional, surgindo atualmente associado à consciência da necessidade de uma construção sustentável. Portugal não é excepção, e apesar da sua reduzida dimensão, é profuso no número de exemplos deste tipo de construções. Por fim, o artigo proposto enunciará por região os principais princípios de sustentabilidade seguidos na arquitetura vernacular em Portugal

    The potential of vernacular materials to the sustainable building design

    Get PDF
    Publicado em "Vernacular heritage and earthen architecture : contributions for sustainable development", ISBN 978-1-138-00083-4Vernacular architecture embodies a plurality of constraints from places where it belongs, in which the use of local materials and techniques is one of the main features. When compared with industrially-produced materials, vernacular materials have low environmental impacts, being an alternative for sustainable construction. The increasing use of new industrially-produced and standardized materials led to the homog-enization of the different used construction approaches, and spawned a universal architecture that in many cases is out of the environment context and is very dependent on energy and other resources. This paper ad-dresses the relation between Portuguese vernacular architecture and locally sourced materials, relating them with the territory lithology, agricultural crops and the climate. To assess the contribution of these materials for sustainability, a comparison with industrial materials at level of environmental indicators was established. This paper highlights the advantages of using local materials and techniques as a factor of local socio-economic development

    Arquitetura vernácula portuguesa: lições de sustentabilidade para a arquitetura contemporânea

    Get PDF
    Publicado em "Actas do Colóquio Internacional Arquitectura Popular". ISBN 978-972-9136-78-8A arquitectura popular materializa de forma particular uma pluralidade de condicionalismos — climáticos, geológicos, económicos e culturais — dos locais onde se insere, o que se reflete regionalmente em modos de construir ímpares e díspares entre si. Em comum têm o facto de serem evoluções parcimoniosas, aprimoradas empiricamente ao longo de gerações. Na sua longa evolução, e inseridas num contexto de escassez, foram desenvolvidas estratégias pragmáticas de adaptação ao meio envolvente e de profunda racionalização dos recursos disponíveis. Nada era preferido, preterido ou ignorado porque as comunidades tinham a noção, por via empírica, que o seu bem-estar dependia intrinsecamente do equilíbrio com o meio envolvente. A industrialização e o surgimento de novos materiais, padronizados, vieram homogeneizar os modos de construir e impulsionaram a disseminação de uma arquitectura de cariz universal, desarraigada do seu meio, muito dependente de energia e com um significativo consumo de recursos. Este paradigma contribuiu para o abandono das abordagens arquitetónicas vernaculares, e do conhecimento a si inerente, impulsionado por conotações pejorativas que as relacionavam com subdesenvolvimento, tanto ao nível dos materiais usados como no modo de habitar. Num momento de viragem, em que se procuram formas de energia mais limpas e edifícios mais eficientes, a arquitetura vernacular afirma-se cada vez mais como sendo um elemento-chave para o reatar da discussão sobre a identidade e a pertinência de se voltar a uma construção intrínseca ao lugar. As estratégias de adaptação ao meio envolvente presentes nestas construções, caracterizadas pela simplicidade, funcionamento passivo e baixo impacte ambiental, são particularmente relevantes para os desafios que a construção contemporânea enfrenta. Nesse sentido, é pertinente voltar a estudar as construções vernaculares no intuito de desenvolver e adaptar as suas estratégias aos contextos atuais da construção, contribuindo para a sua sustentabilidade. O estudo e valorização do património vernacular, e do conhecimento a si inerente, contribuirá não só a sua preservação mas também para a dinamização das economias locais. Um projeto de construção só pode ser considerado como sustentável quando todas as diferentes dimensões da sustentabilidade — ambiental, económica, social e cultural — são consideradas. Nos projetos de construção que integram estas preocupações, os objetivos mais frequentes são: a otimização do potencial do local, a preservação da identidade cultural e regional, a minimização do consumo de energia, conservação e proteção dos recursos hídricos, uso de materiais e produtos ecológicos, ambiente interior saudável e confortável, e práticas otimizadas de operação e manutenção. Assim, para conceber edifícios que sejam sustentáveis durante todo o seu ciclo de vida é necessário que o setor da construção desenvolva não só novos produtos mais sustentáveis, mas que procure também definir uma linguagem comum que una os diversos intervenientes do setor no objetivo da construção sustentável. Por estes motivos, o conhecimento inerente às construções vernáculas continua a suscitar interesse a nível internacional, surgindo atualmente associado à consciência da necessidade de uma construção sustentável. O caso de Portugal não é exceção. Pela diversidade do território continental e insular, o país é profuso na manifestação de diferentes construções vernáculas. Da interpretação dos diversos exemplos contidos nos inquéritos à arquitetura popular em Portugal, segundo o ponto de vista da sustentabilidade, emerge uma grande variedade de estratégias adotadas nestas construções, tanto à escala nacional como regional. Dos princípios de sustentabilidade identificados destacam-se: a gestão do território e uso do solo; organização social; estratégias passivas de climatização; uso de materiais e técnicas locais; utilização de recursos renováveis; recolha e aproveitamento de águas pluviais. A multiplicidade de tipos de construção e de estratégias mostra que não há soluções universais e que cada caso deve ser encarado de acordo com as suas particularidades específicas, revelando a importância de interpretar holisticamente as condições locais antes de intervir no território. Por estes motivos, os princípios de sustentabilidade seguidos na arquitetura vernacular em Portugal possuem potencial de integração na arquitetura contemporânea, tanto na conceção de novos edifícios como em operações de reabilitação, contribuindo para a construção sustentável

    The contribute of using vernacular materials and techniques for sustainable building

    Get PDF
    The use of local materials and techniques is one of the main features from vernacular architecture. When compared with industrially-produced materials, vernacular materials have low environmental impacts, being an alternative for sustainable building. However, industrialization have brought new standardized materials that led to the homogenization of the different building approaches and spawned a universal architecture often with no context concerns and with significant environmental impacts. As for sustainability, vernacular materials have potential to evolve and to be adapted to contemporary needs, helping to reduce the embodied energy and environmental impacts. Therefore, this paper addresses potential advantages of using local materials and techniques in the Portuguese context. Moreover, this paper establishes a comparison between vernacular and industrially-produced at level of environmental indicators (embodied energy and global warming potencial)

    Transversely projective foliations on surfaces: existence of normal forms and prescription of the monodromy

    Full text link
    We introduce a notion of normal form for transversely projective structures of singular foliations on complex manifolds. Our first main result says that this normal form exists and is unique when ambient space is two-dimensional. From this result one obtains a natural way to produce invariants for transversely projective foliations on surfaces. Our second main result says that on projective surfaces one can construct singular transversely projective foliations with prescribed monodromy

    O contributo dos materiais vernáculos para sustentabilidade do ambiente construído

    Get PDF
    A utilização de materiais e técnicas locais é uma das principais características da arquitetura vernácula. Quando comparados com materiais industrializados, os materiais vernáculos têm reduzido impacte ambiental, sendo uma alternativa para a construção sustentável. No entanto, com a industrialização os materiais vernáculos caíram em desuso tendo sido preteridos pelos novos materiais padronizados que conduziram à homogeneização dos diferentes métodos construtivos, dando origem a uma arquitetura de cariz universal, muitas vezes sem preocupações com o contexto e com significativos impactes para o ambiente. No que diz respeito à sustentabilidade, os materiais vernáculos têm potencial para evoluir e adaptarem-se às necessidades contemporâneas, permitindo reduzir a energia incorporada e os impactes ambientais. Por estas razões, o presente trabalho aborda as potenciais vantagens da utilização de materiais e técnicas locais no contexto português. Adicionalmente, este artigo estabelece uma comparação entre os materiais vernáculos e os materiais produzidos industrialmente ao nível dos indicadores ambientais (energia incorporada e potencial de aquecimento global).Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), com a referência EXPL/ECM-COM/1801/201

    Efeito da criação de manchas de vegetação produtoras de flores, na fauna auxiliar do olival.

    Get PDF

    Square wave operation to reduce pulsating power in isolated MMC-based ultrafast chargers

    Get PDF
    This paper presents an application of modular multilevel converters to reduce pulsating power, and therefore sub-modules in ultrafast chargers. The converter’s analysis and a control scheme were presented to realize bidirectional power transfer between a three-phase medium-voltage grid and a single-phase medium-frequency transformer with square-shaped voltage, successfully reducing power fluctuation

    Relação entre a perceção da imagem corporal e a obesidade em adolescentes

    Get PDF
    O presente projeto tem como objetivo determinar a relação entre a imagem corporal (através da perceção que os adolescentes têm da sua aparência física) e o efetivo índice de massa corporal (IMC), coadjuvado com o perímetro abdominal. A amostra será constituída por cerca de 300 crianças e adolescentes de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 13 e os 18 anos de idade. A avaliação da perceção da imagem corporal será realizada através de uma escala de silhuetas, que consiste no cálculo da insatisfação com a imagem corporal, tendo por base a diferença entre a imagem real e a ideal. Para estimar a prevalência de obesidade será calculado o IMC (através da medição do peso e altura) e medido o perímetro abdominal. Este projeto permitirá perceber a qualidade do peso corporal dos adolescentes, analisar e avaliar a discrepância entre a satisfação corporal e o efetivo IMC. Este estudo torna-se relevante para a motivação, no âmbito das aulas de Educação Física, no que respeita ao empenhamento motor, proporcionando não apenas o seu desenvolvimento motor, como também social, afetivo e cognitivo.CIEC - Centro de Investigação em Estudos da Criança, UM (UI 317 da FCT
    corecore