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Alguns temas polĂȘmicos na disciplina de linguĂstica aplicada
In this paper, I look at three polemical issues in Applied Linguistics. I argue, first of all, that the desire for a stable definition of applied linguistics has by no means prevented research in the discipline. Secondly, I contend that the notion or tradition of linguistics applied (corpus linguistics or lexicography) is broader and more serious than applicationism (the use of linguistic formalisms, artificial practices, and terminology) in teaching material that are problematic and motivated by commercial interests. Thirdly, I argue that Educational Linguistics and Applied Linguistics have overlapping research objectives. In the course of the paper, I present some reservations about Educational Linguistics.Neste trabalho, examino trĂȘs temas polĂȘmicos na disciplina de LinguĂstica Aplicada. Argumento, em primeiro lugar, que o desejo de uma definição estĂĄvel de LinguĂstica Aplicada, de nenhuma forma, tem impedido a pesquisa no Ăąmbito da disciplina. Em segundo lugar, argumento que a Linguistics Applied (a linguĂstica do corpus ou a lexicologia) sĂŁo muito mais abrangentes e sĂ©rias do que as prĂĄticas aplicacionistas (o uso de formalismo, artificialismos e nomenclatura em material didĂĄtico) que sĂŁo problemĂĄticos e motivados por interesses comerciais. Em terceiro lugar, argumento que a LinguĂstica Educacional e a LinguĂstica Aplicada tĂȘm objetivos de pesquisa que se sobrepĂ”em. No decorrer do trabalho, apresento algumas reservas minhas sobre a LinguĂstica Educacional.214
Tradução e retradução de Os SertĂ”es de Euclides da Cunha: AnĂĄlise de duas traduçÔes em InglĂȘs
O objetivo deste artigo Ă© comparar as traduçÔes para o inglĂȘs da obra prima Os SertĂ”es de Euclides da Cunha publicada em 1944 por Samuel Putnam com a retradução elaborada por Elizabeth Lowe em 2010. TrĂȘs trechos retirados do original sĂŁo comparados com as respectivas versĂ”es com o intuito de propor uma anĂĄlise baseada em dados, evitando impressĂ”es subjetivas. Os dados levantados indicam queas duas traduçÔes sĂŁo competentes, mas ambas apresentam pontos fortes e fracos. A anĂĄlise comparativa mostra casos de omissĂŁo por parte de Lowe de conteĂșdos presentes no texto fonte. Putnam tem sido criticado por Straile and Fitz (1995), e tambĂ©m assinalado por Lowe (2014), por ele ter suprimido muitas das elipses constantes do texto original. Argumenta-se que um critĂ©rio Ășnico para o assesoramento de traduçÔes nĂŁo Ă© suficiente e um close reading de textos baseada na anĂĄlise de dados conduz a uma avaliação persuasiva.The aim of this paper is compare the English translations of Euclides da Cunhaâs masterpiece Os SertĂ”es published in 1944 by Samuel Putnam with the retranslation prepared by Elizabeth Lowe that appeared in 2010. Three excerpts from the original are compared with their respective renditions in order to present an analysis based on data, avoiding subjectivity. The data indicate that both translations are competent, yet both have their strengths and weaknesses. The analysis of the translations points to instances of omission by Lowe of some material present in the original Portuguese edition. Putnam has been criticized by Straile and Fitz (1995), and duly subscribed to by Lowe (2014), for his having suppressed many of da Cunhaâs ellipses. It is argued that a single yardstick for translation assessment is not sufficient and a close reading of texts based on the analysis of data can lead to a persuasive evaluation
Sobre O Conceito Falante Nativo/falante NĂŁo-nativo E"world Englishes": Um Debate Com K. Rajagopalan
In a series of three articles published in the Journal of Pragmatics (1995, henceforth JP), the purpose of the papers is to question the division of English spoken in the world into, on one hand, "native" varieties (British English, American English. Australian English) and, on the other, "new/nonnative" varieties (Indian English, Singaporean English, Nigerian English). The JP articles are indeed groundbreaking for they mark one of the first interactions among scholars from the East with researchers in the West with regard to the growth and spread of the language as well as the roles English is made to play by its impressive number of users. The privileged position of prestige and power attributed to the inner circle varieties (USA, UK, Canada, Australia and New Zealand) is questioned. Rajagopalan (1997, motivated by his reading of the JP papers, adds another dimension to this questioning by pointing to the racial and discriminatory stance underlying the notions "native speaker" and "nonnative speaker" (henceforth, respectively NS and NNS). Rajagopalan has written extensively on the issue of nativity or "nativeness"; over the years, Schmitz has also written on the same topic. There appears, in some cases, to be a number of divergent views with regard to subject on hand on the part of both authors. The purpose of this article is to engage in a respectful debate to uncover misreading and possible misunderstanding on the part of Schmitz. Listening to one another and learning from each another are essential in all academic endeavors.32359761
UM MUNDO GLOBALIZADO, HĂBRIDO, PĂS-COLONIZADO E PĂS-MODERNO: REFLEXĂES SOBRE O INGLĂS NA ATUALIDADE
Os termos constantes do tĂtulo deste artigo (globalizado, hibrido, pĂłs-colonializado e pĂłs-moderno junto com os respectivos cognatos serĂŁo utilizados como alavancas porque conjeturamos que eles sĂŁo essenciais para uma anĂĄlise cuidadosa do papel do inglĂȘs, muito complexo devido ao crescimento em nĂșmero de falantes e tambĂ©m Ă expansĂŁo territorial da lĂngua inglesa neste momento contemporĂąneo. O objetivo desta reflexĂŁo Ă© o exame dos referidos termos e ainda outros como imperialismo, internacional(ização) e nacionalismo que servem como pano de fundo com o intuito de analisar os paradigmas âWorld Englishâ (BRUTT-GRIFFLER, 2007), âWorld Englishesâ (SCHNEIDER, 2003, 2014)) e âInglĂȘs como LĂngua Francaâ (ILF) (JENKINS, 2007); estes trĂȘs modelos ou paradigmas tĂȘm implicaçÔes sĂ©rias, por um lado, para o futuro do idioma nos prĂłximos anos e, por outro, especificamente no caso do Ășltimo, para o ensino-aprendizagem do inglĂȘs e a formação de professores do idioma no Brasil e em outros paĂses do cĂrculo em expansĂŁo (KACHRU, 1982)
Uma disputa no contexto brasileiro entre alguns seguidores de um modelo da AnĂĄlise do Discurso (Linha francesa) e os que usam metodologias de pesquisa interpretativa e/ou quantitativa em LingĂŒĂstica Aplicada
The purpose of this paper is to examine recent views of applied linguistics (AL) in the Brazilian context presented by some of the followers of the French school of discourse analysis (DA). Coracini (1998), Bertoldo (2000) and Coracini and Bertoldo (2003) argue that AL dichotomizes theory and practice. In their view, qualitative and quantitative methods provide questionable results since those methods are based on the premise that a conscious subject can make use of the results of research to effect changes in the teaching/learning of foreign and second languages. I contend that the arguments advanced fail to engage AL in a fair debate.A finalidade deste trabalho Ă© examinar interpretaçÔes recentes da lingĂŒĂstica aplicada (LA) no contexto brasileiro formuladas por alguns seguidores da escola francesa de anĂĄlise de discurso (AD). Coracini (1998), Bertoldo (2000) e Coracini e Bertoldo (2003) argumentam que a LA dicotomiza a teoria e a prĂĄtica. Segundo eles, os mĂ©todos quantitativos e qualitativos fornecem resultados questionĂĄveis, devido ao fato de esses mĂ©todos se basearam na premissa de que um sujeito consciente pode fazer uso dos resultados advindos da pesquisa para efetuar mudanças no ensino/aprendizagem de lĂnguas estrangeiras e segunda. Afirmo que os argumentos deixam de engajar a LA num debate justo114
A geopolĂtica do InglĂȘs (The Geopolitics of English)
A GeopolĂtica do InglĂȘs (The Geopolitics of English), edited byYves Lacoste and Kanavilill Rajagopalan and translated by MarcosMarcionilo from the French version originally published in the journalHĂ©rodote: Revue de GĂ©ographie et de Geopolitique (GĂ©opolitique delÂŽanglais, n. 115, 2004) is indeed a welcome addition to the bibliographyconcerning the role of the English language in the world. This initiativeon the part of ParĂĄbola Editorial of SĂŁo Paulo is felicitous for specialistsin language studies in Brazil have the opportunity to come into contactwith the discipline of geopolitics and the work carried out at the InstitutFrançais de Geopolitique (Paris 8 UniversitĂ© Vincennes-St. Denis) thatedits HĂ©rodote, first published in 1976 (http:// www.geopolitique. net/sommaire.php3 )
Uma anĂĄlise crĂtica de âLinguagens, cĂłdigos e suas tecnologiasâ de Rojo e Moita Lopes (2004)
Rojo e Moita Lopes in a seminar paper, âLanguages, codes and their tecnologiesâ criticize the ParĂąmetros Curriculares Nacionais para o Ensino MĂ©dio (PCNEM), 2004 and the PCN+ and raise a number of problems that need to be debated in depth in order to prepare a language policy in Brazil. In the course of my article, I inquire what the concepts âcitizenshipâ and âethicsâ entail. I ask if those concepts should actually be given space in the curriculum in Brazilian elementary and secondary schools. Key words: reading, ethics, identity, citizenship.Numa crĂtica aos ParĂąmetros Curriculares Nacionais para o Ensino MĂ©dio (PCNEM), 2004 e aos PCN+, Rojo e Moita Lopes no documento âLinguagens, cĂłdigos e suas tecnologiasâ levantam problemas que precisam ser mais bem debatidos para alinhavar uma polĂtica lingĂŒĂstica no Brasil. Neste artigo, indago o que significam os conceitos âcidadaniaâ e âĂ©ticaâ. Pergunto se esses conceitos devem, de fato, receber espaço nos programas das disciplinas de portuguĂȘs e de inglĂȘs no ensino fundamental e mĂ©dio. Palavras-chave: leitura, Ă©tica, identidade, cidadania
O debate sobre o falante nativo e nĂŁo nativo: quais sĂŁo os assuntos e quais os resultados?
In this paper I examine the notions ânative speakerâ and ânon-native speakerâ. In the first part, I review the literature on the notions that was sparked off by Coulmasâ (1981) collection of articles, followed by Paikedayâs (1985) debate with different linguists, and continued in the 90s with Daviesâ text (1991). The year 1995 marks the publication of three articles published in one issue of the Journal of Pragmatics in which voices of scholars from the East exchange views with some Western researchers on the issue of nativity and non nativeness. In the second part, I point to the outcomes of the debate that have brought about a reevaluation of the non-native speaker concept and have contributed to the modification or correction of views with regard to the notion ânative speakerâ. Despite a critical revision, the notion has survived the debate, but is employed with more care and without an exclusionary stance by those who use the term in the fields of linguistics, applied linguistics and in the area of Teaching English to Speakers of Other Languages (TESOL). In the third and final part of the article, I first present a personal narrative with respect to the terms ânative speakerâ and ânon native speakersâ and secondly, set out some implications for the role of English for Brazil in the ensuing years. My objective here is to present the state of the art with respect to the history of thinking about the complex term ânative speakerâ in language studies. Therefore, I will not approach the topic based on data-based empirical research that might very likely be the subject of another study.Key words: native speaker, non native speaker, full replication, failed replication, standard language ideology.Neste trabalho examino as noçÔes âfalante nativoâ e âfalante nĂŁo nativoâ. Na primeira parte do artigo, resenho a bibliografi aespecializada sobre as referidas noçÔes iniciadas por Coulmas (1981) numa coletĂąnea, seguida por um debate com vĂĄrios linguistas organizadopor Paikeday (1985) e tambĂ©m o livro de Davies (1991). Refiro-me a trĂȘs artigos seminais publicados na revista Journal of Pragmatics nos quais vĂĄrios especialistas renomados da Ăsia e da Ăfrica interagem com pesquisadores do Ocidente sobre o tema. Na segunda parte da apresentação, indico os resultados do debate que tĂȘm contribuĂdo para a reavaliação da noção âfalante nĂŁo nativoâ e que tĂȘm corrigido ou modificado as nossas ideias com respeito Ă noção bastante polĂȘmica de âfalante nativoâ. A despeito da revisĂŁo crĂtica do termo, ele ainda resiste, mas Ă© usado pelos especialistas com mais cuidado, isto Ă©, desprovido de atribuição de privilĂ©gios. A nova postura Ă© de interesse para as ĂĄreas d elinguĂstica, linguĂstica aplicada e tambĂ©m na ĂĄrea de Teaching English to Speakers of Other Languages (TESOL). Na Ășltima parte do trabalho, apresento, em primeiro lugar, uma narrativa pessoal sobre a noção e, em segundo lugar, avento as implicaçÔes dos resultados da controvĂ©rsia para uma polĂtica de ensino de inglĂȘs nos prĂłximos anos. O meu objetivo Ă© apresentar o desenvolvimento histĂłrico sobre a complexidade do termo falante nativo na ĂĄrea dos estudos da linguagem. Ă por este motivo, nĂŁo abordarei o tema com base em dados empĂricos que bem poderia ser escopo de ainda outra reflexĂŁo.Palavras-chave: falante nativo, falante nĂŁo-nativo, replicação plena, replicação fracassada, ideologia lĂngua padrĂŁo
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