14 research outputs found

    Terror and religious fanaticism: disguised nihilism? A diagnosis of fundamentalism and terrorism from Friedrich Nietzsche

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    Os eventos de 11 de setembro de 2001 marcaram de maneira irreversível o panorama de todo o mundo no início do século XXI, e suas consequências seguramente continuarão sendo sentidas pelos próximos anos. Embora relativamente recentes, tais acontecimentos não deixaram de receber atenção por parte de alguns dentre os mais destacados pensadores do nosso tempo. Diante disso, pretendemos desenvolver uma hipótese interpretativa que, partindo da perspectiva inaugurada pelas reflexões de Friedrich Nietzsche sobre o niilismo e a grande política, procura compreender tanto as ações de violência que tentam se justificar a partir de uma visão de mundo fundamentalista como também a recente configuração política e militar da democracia liberal dos EUA enquanto diferentes formas de reação contra o aprofundamento da crise de valores pela qual passa o Ocidente.The events of September 11th, 2001 have irreversibly marked the outlook of the entire world in the beginning of the twentieth-first century and its consequences will certainly continue to be felt for years to come. Although relatively new, such events have not passed without receiving attention from some among the foremost thinkers of our time. Given that, we intend to develop an interpretative hypothesis which, starting from the perspective opened by the reflections of Friedrich Nietzsche concerning the nihilism and the great politics, seeks to understand both the violent actions which try to justify themselves from a fundamentalist world view as well as the recent political and military configuration of the U.S. liberal democracy as different forms of reaction against the deepening of the value crisis ​​through which the Western world passes

    NIILISMO E VONTADE DE VERDADE NO PENSAMENTO DE NIETZSCHE

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    Este artigo inicia com um esclarecimento acerca da posição do niilismo nos escritos de Nietzsche e prossegue apresentando a origem deste problema — a qual remonta à figura de Sócrates — com destaque para o papel desempenhado pela “vontade de verdade” na criação das verdades metafísicas e na sua posterior derrubada. Em seguida, procedemos a uma caracterização dos diversos sentidos assumidos pelo termo niilismo nos escritos de Nietzsche, mostrando de que modo este termo foi empregado tanto para significar um fenômeno de alcance global que perpassa todo o ocidente, como os diferentes graus de consciência sobre este problema e também os estados psicológicos dele decorrentes

    A grande política como proposta de superação do niilismo em Nietzsche

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    Orientador: Prof. Dr. André de Macedo DuarteCoorientador :Autor não autorizou a divulgação do arquivo digitalDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduaçao em Filosofia. Defesa: Curitiba, 31/03/2011Inclui referênciasÁrea de concentração :Resumo: Este trabalho tem por objetivo desenvolver uma hipótese interpretativa sobre a grande política na filosofia de Friedrich Nietzsche, considerando o sentido deste conceito à luz do diagnóstico realizado pelo filósofo acerca do fenômeno global de desvalorização dos valores — o niilismo —, entendido como o evento por excelência que caracteriza a condição da modernidade ocidental. Inicialmente, procuramos estabelecer um diálogo com a interpretação de Keith Ansell-Pearson — que entende que a grande política seria uma proposta para o estabelecimento de um regime de governo aristocrático de cunho radicalmente aquiavelista. O objetivo de tal diálogo crítico é responder a esta leitura e a outras interpretações que compreendem a grande política nos moldes de uma proposta política tradicional. Num segundo momento, após uma breve discussão na qual nos posicionamos quanto aos critérios de leitura que irão orientar nosso trabalho, iniciamos a análise das passagens nas quais esta expressão ocorre, buscando destacar os dois sentidos com os quais o filósofo a emprega. Tanto em referência à política militarista e nacionalista do Reich alemão, como para significar sua própria proposta de cultivo de um novo tipo de homem de exceção. inda no segundo capítulo, com vistas a esclarecer o contexto a partir do qual emerge a preocupação do pensador com a grande política e sua respectiva crítica às práticas políticas do seu tempo, apresentamos o desenvolvimento das reflexões que integram seu diagnóstico sobre a condição da modernidade ocidental, como estando fundamentalmente marcada pelos fenômenos do niilismo e da décadence. Por fim, no terceiro e último capítulo, buscamos explicitar a grande política em seu segundo sentido, isto é, como proposta de cultivo de uma casta de homens espiritualmente destacados. Para tanto, consideramos esta expressão em seu aspecto morfológico, destacando as ressignificações operadas pelo filósofo com os termos "grande" e "política" e, em seguida, discorremos sobre as principais posturas espirituais que integram este exercício de cultivo e autolegislação: a valorização do conflito como ocasião para o fortalecim nto espiritual e o estabelecimento de uma hierarquia entre os homens segundo seus diferentes graus de forças psíquicas, por meio do pathos da distância, a partir do quê acreditamos ser possível concluir que este fortalecimento e cultivo seriam precisamente os meios propostos pelo filósofo para fazer frente ao problema do niilismo, não no sentido de evitar este evento, mas de buscar sua superação.Abstract: This work aims to develop an interpretative hypothesis about the Nietzschean concept of great politics, considering its meaning under the light of his diagnosis concerning the global phenomenon of devaluation of values — nihilism —, understood as the event par excellence that characterizes the condition of Western modernity. Initially, we have established a dialogue with Keith Ansell-Pearson’s interpretation of great poltics, which is interpreted as proposing the establishment of an aristocratic and Machiavellian form of government — in order to respond to this reading and to other interpretations that understand great politics in the manner of a traditional political proposal. Secondly, after a brief discussion in which we establish the reading criteria that will guide our work, we started the analysis of those passages in which this expression occurs, seeking to highlight the two different meanings with which the philosopher employs it. The concept of great politics appear both in reference to the nationalist and militarist policy of the German eich and as referring to his own proposal for the cultivation of a new type of man. Still in the second chapter, in order to clarify the context out of which the thinker’s concern with great politics emerges and his respective critique of the political practices of his time, we present and discuss the philosopher’s reflections concerning his diagnosis about the condition of Western Modernity as being fundamentally marked by the phenomena of décadence and nihilism. Finally, in the third and final chapter, we seek to develop great politics in its second sense, ie, as a proposal for the cultivation of a caste of spiritually prominent men. For that purpose, we consider this expression in its morphological aspect, analyzing the reinterpretation of the words "great" and "politics" operated by the philosopher, as well as the major spiritual positions which integrate this exercise of cultivation and self-legislation: the evaluation of conflict as an occasion for the strengthening of the spirit and the establishment of a hierarchy between men according to their different degree of sychic forces, through the pathos of the distance, from what we believe to be possible to conclude that this strengthening and cultivation would be precisely the means proposed by the philosopher to deal with the roblem of nihilism, not in the sense of avoiding this event, but seeking its overcoming

    Niilismo, fanatismo e terror : uma leitura do fundamentalismo a partir de Friedrich Nietzsche

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    Sectarian violence and the fanatical discourses of intolerance and hatred propagated by fundamentalists of various religions represent serious dilemmas for modern democracies around the world. By insisting on the obstinate defense of their truths against secular principles and institutions, fundamentalisms spare no efforts in order to impose their particular practices and values to the rest of the world. Moreover, the refusal of such groups to open themselves to dialogue and peaceful negotiation with non-fundamentalists leaves few options for addressing this problem, and the use of violence has historically proved to be a catastrophic alternative because, instead of eliminating or mitigating the destructive fury of fundamentalists, aggression ends up strengthening the willingness for martyrdom among these fanatics, which further intensifies the problem. However, insofar as they recognize that the end of modernity brought the abandonment of the traditional values and religious truths of old, fundamentalist discourses seem to talk directly with the philosophical reflections of Friedrich Nietzsche, particularly in relation to the diagnosis formulated by the philosopher about a global phenomenon of devaluation of the traditional canons of truth and value, both of which were inherited from the Socratic-platonic-Christian thought. Gathered around the term nihilism, such reflections are a topic of fundamental importance in the work of this German philosopher, being present in his writings from about 1880 to his last works. In addition to simply establish the existence of a phenomenon that was already visible since the middle of the second half of the nineteenth century, Nietzsche also reflects upon the physiopsychological consequences of the collapse of this set of ethical, political, metaphysical and epistemological principles that hitherto represented the main source of support, of certainty and security to the Western civilization. Insecurity, fear and disorientation towards nihilism would be, according to the philosopher, the result of a deep psychic and instinctual disturbance towards the disintegration of the foundations that once guaranteed the truth and security for the world, which in turn, would result directly from the fact that most of humanity has come to be deliberately educated to link the meaning of existence to something outside of life itself. In light of these considerations, this research aims to develop an interpretive hypothesis that starts from the perspective opened up by the reflections of Friedrich Nietzsche about nihilism in order to clarify how and if it would be possible to understand the emergence of different modalities of religious fundamentalisms throughout the twentieth century as forms of reaction against the deepening of the crisis of values through which passes the West.A violência sectária e os discursos fanáticos de intolerância e de ódio propalados por fundamentalistas de variadas religiões representam graves dilemas para as modernas democracias em todo o mundo. Ao insistirem na defesa obstinada de suas verdades contra princípios e instituições seculares, os fundamentalismos não poupam esforços para impingirem suas práticas e valores particulares ao resto do mundo. Além disso, a recusa de tais grupos em se abrirem para o diálogo e para a negociação pacífica com os nãofundamentalistas deixa poucas opções para o enfrentamento deste problema, sendo que o emprego da violência vem historicamente se mostrando como uma alternativa catastrófica, pois, ao contrário de eliminar ou atenuar a fúria destruidora dos fundamentalistas, a agressividade acaba alimentando a disposição para o martírio entre esses fanáticos, o que intensifica ainda mais o problema. Entretanto, na medida em que reconhecem que o fim da modernidade trouxe o abandono dos valores e das verdades religiosas tradicionais de outrora, os discursos fundamentalistas parecem dialogar diretamente com as reflexões filosóficas de Friedrich Nietzsche, em particular no que tange ao diagnóstico formulado pelo filósofo acerca de um fenômeno global de desvalorização dos cânones tradicionais de verdade e de valor ambos os quais foram herdados do pensamento socrático-platônico-cristão. Agrupadas em torno do termo niilismo, tais reflexões se constituem num tópico de importância basilar na obra deste filósofo alemão, fazendo-se presentes em seus escritos desde cerca de 1880 até seus últimos trabalhos. Para além de simplesmente constatar a existência de um fenômeno que já se fazia visível desde meados da segunda metade do século XIX, Nietzsche também reflete sobre as consequências fisiopsicológicas da derrocada deste conjunto de princípios éticos, políticos, metafísicos e epistemológicos que até então representava a principal fonte de apoio, de certeza e de segurança para a civilização ocidental. A insegurança, o temor e a desorientação ante o niilismo seriam, no entender do filósofo, o resultado de uma profunda perturbação psíquica e pulsional perante o esfacelamento dos alicerces que antes garantiam a verdade e a segurança para o mundo, a qual, por sua vez, decorreria diretamente do fato de que a maior parte da humanidade veio sendo deliberadamente educada para vincular o sentido da existência a algo situado fora da própria vida. À luz de tais reflexões, esta pesquisa tem por objetivo desenvolver uma hipótese interpretativa que parte da perspectiva inaugurada pelas reflexões de Friedrich Nietzsche sobre o niilismo com vistas a esclarecer como e se seria possível compreender a emergência de diferentes modalidades de fundamentalismos religiosos ao longo do século XX como formas de reação contra o aprofundamento da crise de valores pela qual passa o Ocidente

    Filosofia em Debate - Volume 3

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    Este terceiro volume da coleção “Filosofia em Debate” oferece uma seleção dos trabalho atualmente desenvolvidos pelo professores do curso de Licenciatura em Filosofia da UFT, integrantes do grupo de pesquisa “Estudos filosóficos sobre a formação humana”. Orientados em torno dos conceitos de “desejo, poder e democracia”, os capítulos desta obra oferecem um panorama amplo de reflexões filosóficas sobre questões do passado e do presente

    Filosofia em debate - Volume 3

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    EDUFTEste terceiro volume da coleção “Filosofia em Debate” oferece uma seleção dos trabalho atualmente desenvolvidos pelo professores do curso de Licenciatura em Filosofia da UFT, integrantes do grupo de pesquisa “Estudos filosóficos sobre a formação humana”. Orientados em torno dos conceitos de “desejo, poder e democracia”, os capítulos desta obra oferecem um panorama amplo de reflexões filosóficas sobre questões do passado e do presente
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