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    O DIAGNÓSTICO DAS CRIANÇAS COM DOENÇA FALCIFORME: DESAFIOS E PERSPECTIVAS DE ENFRENTAMENTO

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     A Doença Falciforme é uma doença de característicagenética, considerada como um problema de saúdepública, devido alta morbimortalidade e diversascomplicações clínicas. O presente estudo, de naturezaqualitativa, teve por objetivo compreender oimpacto do diagnóstico da doença falciforme para ocontexto familiar. Foram realizadas entrevistas semiestruturadascom 12 mães/cuidadoras de criançasque foram diagnosticadas portadoras da doença falciformepor meio da triagem neonatal. Os resultadosapontam a forte influência dos fatores socioeconômicossobre a reação da família; a ausência da participaçãopaterna no tratamento da criança e a educaçãoem saúde como facilitadora na compreensãodiagnóstico da doença falciforme

    Perspectiva dos pais sobre educação e castigo físico

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    OBJECTIVE: To describe parents' current perception of corporal punishment associated to child rearing and its practices. METHODOLOGICAL PROCEDURES: There were studied 31 family members whose children were warded due to child abuse complaints (12) and not warded (19) at a health care unit and a local social service unit in the city of Belo Horizonte (Southeastern Brazil) in 2006. Data was collected through semi-structured interviews and speech analysis was performed grouped by subjects and categories. ANALYSIS OF DISCOURSE: There was limitation of the respondents' speeches based on their production means. There was a diversity of conceptions on child rearing and its practices and corporal punishment was reported by all parents, even among those who expressed strong disapproval of this practice. Speeches were characterized by heterogeneity and polyphony with emphasis on the tradition speech, the religious speech and the popular scientific speech. Respondents did not express concepts of legal interdiction of corporal punishment or its excesses. CONCLUSIONS: The culture of corporal punishment of children is changing; tradition approving it has weakened and prohibition has been slowly adopted. Reinforcing legal actions against this practice can contribute to speed up the process to end corporal punishment of children.OBJETIVO: Describir la percepción de los padres acerca del castigo físico, considerándose el significado de la educación y punición física, y formas de educar. PROCEDIMIENTOS METODOLÓGICOS: Fueron abordados 31 familiares, estando 12 bajo la tutela por denuncia de malos tratos y 19 no tutelados en unidad básica de salud y en la secretaria de Asistencia Social de Belo Horizonte (Sureste de Brasil) en 2006. Se procedió al análisis de discurso de los relatos obtenidos por medio de entrevistas semi-estructuradas. Los datos fueron organizados en temas y categorías. ANÁLISIS DEL DISCURSO: Los resultados señalaron la restricción de los discursos de los entrevistados en función de sus condiciones de producción. Hubo diversidad de concepciones sobre educación y formas de educar, teniendo como puntos comunes el relato de la práctica de la punición física por todos los padres, inclusive entre aquellos que la condenan. Los discursos fueron marcados por la heterogeneidad y polifonía, sobresaliéndose el discurso de la tradición, el discurso religioso y el discurso científico popularizado. No fue observada expresión de concepto de interdicción legal de la práctica o de sus excesos por los participantes. CONCLUSIONES: La cultura de castigo físico se encuentra en transición, en que la tradición de permisividad se debilita y la interdicción se inicia lentamente. Refuerzo de acciones de represión legal a la práctica podría contribuir para acelerar el proceso de interdicción del castigo físico.OBJETIVO: Descrever a percepção dos pais acerca do castigo físico, considerando-se o significado da educação e punição física, e formas de educar. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: Foram abordados 31 familiares, estando 12 sob tutela por denúncia de maus-tratos e 19 não tutelados em unidade básica de saúde e na secretaria de Assistência Social de Belo Horizonte (MG) em 2006. Procedeu-se à análise de discurso dos relatos obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas. Os dados foram organizados em temas e categorias. ANÁLISE DO DISCURSO: Os resultados apontaram a restrição dos discursos dos entrevistados em função das suas condições de produção. Houve diversidade de concepções sobre educação e formas de educar, tendo como pontos comuns o relato da prática da punição física por todos os pais, mesmo entre aqueles que a condenam. Os discursos foram marcados pela heterogeneidade e polifonia, sobressaindo-se o discurso da tradição, o discurso religioso e o discurso científico popularizado. Não foi observada expressão do conceito de interdição legal da prática ou dos seus excessos pelos participantes. CONCLUSÕES: A cultura do castigo físico encontra-se em transição, em que a tradição de permissão se enfraquece e a interdição se inicia lentamente. Reforço ações de repressão legal à prática poderia contribuir para acelerar o processo de interdição do castigo físico

    A prática do castigo físico em crianças na visão dos perpetradores

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    Este trabalho teve como objetivo compreender a prtica do castigo fsico contra crianas, sob a ptica dos perpetradores. Utilizou-se o mtodo qualitativo, sendo que os dados foram avaliados por meio da anlise do discurso. Foram abordados pais/mes de crianas em um centro de sade, que foram convidados a falar sobre educao das crianas e a necessidade de lhes estabelecer limites. Utilizou-se como instrumento de pesquisa a entrevista semi-estruturada e, para determinao do nmero de entrevistados, o critrio de saturao. Duas categorias foram identificadas: concepes sobre a prtica do castigo fsico e explicaes sobre a prtica do castigo fsico. Pode-se concluir que o castigo fsico advm de convices e/ou situaes vivenciadas pelos familiares. Palavras chave: Violncia. Educao. Infncia

    Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas Saturation sampling in qualitative health research: theoretical contributions

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    A transparência e a clareza dos relatórios de pesquisa, destacando a etapa de coleta de dados, são consideradas parâmetros importantes de avaliação do rigor científico dos estudos qualitativos. Este texto visa a refletir sobre o emprego do conceito metodológico de amostragem por saturação teórica, empregado freqüentemente nas descrições de pesquisas qualitativas nas diversas áreas do conhecimento, relevantemente, no campo da atenção à saúde. Discutimos e problematizamos os seguintes tópicos: definição de fechamento amostral por saturação teórica; dificuldades de aceitação e operacionalização de amostras intencionais (exemplificando-as), o tamanho adequado da amostra intencional, o significado de valorizar o que se repete ou as diferenças contidas nos relatos da amostra, os usos inadequados de expressões que empregam o termo saturação e, finalmente, possíveis metáforas para compreender o conceito.<br>The transparency and clarity of research reports, emphasizing the data collection stage, are considered important parameters for evaluating the scientific rigor of qualitative studies. The current paper aims to analyze the use of saturation sampling as a methodological concept, frequently employed in descriptions of qualitative studies in various areas of knowledge, particularly in the field of health care. We discuss and confront the following topics: definition of sampling closure by theoretical saturation; difficulties in the acceptance and operationalization of intentional samples (with examples), adequate size of the intentional sample, the significance of valuing what is repeated or the differences contained in the sample reports, inadequate uses of expressions containing the term saturation, and finally possible metaphors for understanding the concept

    Crianças e adolescentes vivendo com HIV/aids: “que doença é essa?”

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    The authors discuss the way in which HIV-infected children and adolescents work through their knowledge of such diagnosis and their understanding of the disease and its treatment.Os autores apresentam uma discussão a respeito da elaboração que crianças e adolescentes vivendo com HIV/aids fazem sobre seu diagnóstico e sua compreensão da doença e tratamento

    Percepções e Sentimentos de Professores de Medicina frente à Avaliação dos Estudantes – um Processo Solitário

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    Introdução O processo de avaliação formativa nas escolas médicas envolve o professor na observação direta do desempenho do estudante. Esta avaliação gera desconforto e angústia para alguns professores, na tentativa de serem justos e imparciais. Este trabalho tem por objetivos identificar as dificuldades na avaliação dos estudantes de Medicina, conhecer os sentimentos, conceitos e crenças dos professores frente ao processo e identificar os fatores que dificultam e facilitam esta avaliação. Método Foram conduzidos três Grupos Focais com professores do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais estratificados por tempo de docência e classificados quanto a gênero, titulação e categoria funcional. As reuniões tiveram uma moderadora auxiliada pelo pesquisador, duraram entre 90 e 120 minutos e terminaram quando ocorreu a saturação do tema. Toda a discussão foi transcrita e rendeu 118 páginas, que foram submetidas à análise de conteúdo. Resultados O discurso foi categorizado em cinco grandes temas: dificuldade da avaliação de habilidade clínica e atitudes; relação professor-aluno; sentimentos vivenciados pelos docentes durante a avaliação; fatores facilitadores; necessidade de mudanças. Conclusões Os docentes sentem falta de objetivos bem definidos e instrumentos avaliativos específicos. Reconhecem a necessidade de melhores conhecimentos pedagógicos e considera a avaliação formativa uma situação solitária, com pouco respaldo da instituição

    Saúde mental infantil na atenção primária à saúde: discursos de profissionais médicos

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    O impacto de ações que asseguram o crescimento e o desenvolvimento da criança, tais como a redução da mortalidade infantil e dos índices de desnutrição, é significativo nos últimos anos. No entanto, estima-se que 10 a 20% da população infantil sofre com transtornos mentais, e de 3 a 4% necessitam tratamento intensivo. Neste sentido, é fundamental compreender como os profissionais médicos da atenção primária à saúde (APS) lidam com tais questões. A pesquisa buscou compreender sentidos e significados sobre saúde mental infantil (SMI) dos profissionais médicos da APS por meio dos seus discursos. Foram realizadas entrevistas contendo um questionário para a caracterização sociodemográfica e um roteiro semidirigido. Como resultados do processo de análise, emergiram cinco núcleos de significação, indicando: (1) limitações com relação à implicação no tratamento das condições que envolvem problemas de SMI; (2) a “família desestruturada” como determinante fundamental do sofrimento psíquico da criança que nela convive; (3) a mãe como principal responsável pela saúde mental de seu filho; (4) a transcrição da receita e averiguação dos retornos aos especialistas como condutas centrais nos casos de problemas de SMI, e (5) a fragmentação das ações de cuidado devido à segmentação das responsabilidades no tratamento de problemas de SMI. É fundamental a escuta qualificada das necessidades das famílias e das mães e/ou responsáveis pelas crianças que enfrentam problemas de saúde mental, bem como a concentração de esforços na construção de ações intersetoriais e na formação continuada em SMI
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