155 research outputs found

    How to compare cultures? The case of historical thinking

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    Comparative studies in historiography are rare. In most cases authors use a pre-given idea of the essentials of historical thinking and historiography to compare Western with non-Western phenomena in the field of historical representation in general, and historiography in particular. This approach to comparison is very problematic since the presupposed paradigm of historiography is an abstraction in the Western tradition. As a consequence this comparison brings about knowledge on non-Western historical thinking and historio-graphy in so far as it is similar to or different from the Western one. Difference normally imply deviation or a lack of historicity. However, comparing Western historiography with Chinese historiography, does not bring about such a big difference as we witness in the case of for example India. Nevertheless, a cultural bias in the comparative work exists that makes the results of comparative work problematic. The article proposes a theoretical means of intercultural comparison that is grounded in a general theory of historical thinking, presented in the form of its matrix. This matrix is explicated, discussed and differentiated into a set of items which can be used as criteria of comparison

    A interculturalidade em Educação Patrimonial: desafios e contributos para o ensino de História

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    RESUMO No ensino de História, aspectos curriculares interdisciplinares relacionados com o uso do património cultural ou a problematização em torno do desenvolvimento de atitudes de tolerância, de respeito pela diferença e cooperação entre povos, necessitam de uma reflexão fundamentada e sistemática sobre concepções de alunos e professores em áreas centrais para a Educação Histórica, como a da interculturalidade. Com o objetivo de aprofundar, numa abordagem essencialmente qualitativa, a compreensão dos sentidos atribuídos por alunos e professores a fontes patrimoniais, em articulação com conceitos ligados à consciência histórica, nomeadamente os de identidade e de património, analisaram-se as concepções de alunos de 7.º ano e de 10.º ano de várias escolas do norte de Portugal, acerca da forma como interpretam fontes patrimoniais e, ainda, como os seus professores entendem o uso de fontes patrimoniais no ensino e aprendizagem de História, dada a sua relação com a interpretação como processo de construção de significado acerca do passado. Neste estudo registaram-se diferentes perfis de identidade consoante o padrão de pensamento, desde uma identidade local/nacional fundada nas origens, i.e. exclusiva, até uma identidade mais inclusiva e europeia/global. Os resultados do estudo permitem abrir possibilidades de novas formas de abordagem educativa relacionadas com a utilização do património como evidência histórica, contribuindo para o desenvolvimento da consciência histórica e patrimonial

    As possibilidades investigativas da aprendizagem histórica de jovens estudantes a partir das histórias em quadrinhos

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    Resumo O objetivo deste estudo é investigar como a verdade histórica e a intersubjetividade organizam a forma como os jovens tomam o conhecimento para si. A investigação é estruturada nas relações entre a cultura jovem, as histórias em quadrinhos e a cultura histórica de uma sociedade (RÜSEN, 2009). Analisam-se possibilidades investigativas existentes na relação entre as histórias em quadrinhos e a aprendizagem histórica de jovens estudantes. Abordam-se os tipos de investigações sobre como as narrativas históricas gráficas entraram na cultura escolar: 1) os quadrinhos ligados ao mercado das histórias em quadrinhos ficcionais com temas históricos; 2) os livros didáticos; 3) as histórias em quadrinhos didáticas na forma de paradidáticos; 4) as histórias em quadrinhos produzidas pelos próprios estudantes; e 5) as narrativas gráficas autobiográficas

    Processos históricos, aprendizagem e educação de uma "segunda natureza humana"

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    Resumo Processos históricos é uma expressão corrente na historiografia. A historiografia é um produto que decorre de um processo metódico que identifica questões históricas, planeja sua pesquisa e constrói sua explicação mediante argumento demonstrativo. Na educação histórica, a historiografia-produto participa como componente dos processos de formação cultural das pessoas. Na cultura histórica de todo grupo social tem-se o conteúdo da reflexão historicizante sobre si e sua origem e a prática de transmissão dessa reflexão entre seus integrantes, nas dimensões vertical (passado-futuro) e horizontal (presente). A dimensão horizontal é a plataforma de mediação entre continuidade e mudança na memória coletiva e individual. Para todo e qualquer agente, a cultura histórica é, necessariamente, uma situação dada sob cujo influxo ele atua (aquisição gradual da consciência histórica por mimetismo inicial e por distanciamento crítico). Admitida uma "primeira natureza humana" caracterizada pela racionalidade discursiva e argumentativa, a educação histórica, que use a historiografia, pode ser vista como construtora de uma "segunda natureza", instaurada e desenvolvida na dimensão temporal da existência dos agentes racionais humanos - nos processos educacionais existentes no respectivo meio sociocultural, que instituem hábitos e convicções. Na tradição histórica ocidental, desde Cícero, ressalta-se o mimetismo inercial da cultura em que se é educado como uma "segunda natureza". Por certo não se considera mais tal "natureza" como uma determinação ontológica, mas como um dado histórico adquirido e modificável. A historiografia moderna demonstra como a análise metódica dos processos históricos desde o Iluminismo permite entender e explicar a realidade da educação e da consciência históricas adquiríveis nos meios socioculturais dos agentes

    Do master narratives change among High School Students?: a characterization of how national history is represented

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    Master narratives frame students’ historical knowledge, possibly hindering access to more historical representations. A detailed analysis of students’ historical narratives about the origins of their own nation is presented in terms of four master narrative characteristics related to the historical subject, national identification, the main theme and the nation concept. The narratives of Argentine 8th and 11th graders were analyzed to establish whether a change toward a more complex historical account occurred. The results show that the past is mostly understood in master narrative terms but in the 11th grade narratives demonstrate a more historical understanding. Only identification appears to be fairly constant across years of history learning. The results suggest that in history education first aiming at a constructivist concept of nation and then using the concept to reflect on the national historical subject and events in the narrative might help produce historical understanding of a national past.This article was written with the support of projects EDU-2010-17725 (DGICYT, Spain) and PICT-2008-1217 (ANPCYT, Argentina), coordinated by the first author. We are grateful for that support

    (Re)Moralizing the suicide debate

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    Contemporary approaches to the study of suicide tend to examine suicide as a medical or public health problem rather than a moral problem, avoiding the kinds of judgements that have historically characterised discussions of the phenomenon. But morality entails more than judgement about action or behaviour, and our understanding of suicide can be enhanced by attending to its cultural, social, and linguistic connotations. In this work, I offer a theoretical reconstruction of suicide as a form of moral experience that delineates five distinct, yet interrelated domains of understanding – the temporal, the relational, the existential, the ontological, and the linguistic. Attention to each of these domains, I argue, not only enriches our understanding of the moral realm, but provides a heuristic for examining the moral traditions and practices which constitute contemporary understandings of suicide. Keywords: Suicide; philosophy; social values; humanitie

    Educational Studies and the Domestication of Utopia

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    This paper offers a critique of educational real utopias. Real Utopias are experimental forms of thought and practice intended to harness the transgressive force of traditional utopianism while avoiding its associated dangers. The concept has been embraced by the field of educational studies and applied to the study of various educational settings, institutions and processes. This paper does four things. Firstly, it outlines the concept of utopian realism and highlights those aspects that are said to differentiate it from the utopia that supposedly played a role in the human catastrophes of the twentieth century. It then evaluates a selection of educational real utopias to assess whether they can, in fact, be said to have succeeded in the task of harnessing the intellectual force while overcoming the dangers of traditional utopianism. Thirdly, the paper offers a critique of utopian realism, arguing that the concept of utopia has become thoroughly domesticated. Finally, the paper defends the expansive and holistic concept of utopia that utopian realism rejects. The argument here is that only when utopia is understood as a holistic system is it able to produce its most potent pedagogical effects

    Literacia histórica e história transformativa

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    Resumo A Educação Histórica, como a própria história, é uma conquista precária; é vulnerável a agendas políticas e educacionais que procuram mesclá-la com outras partes do currículo ou reduzi-la a um veículo para a cidadania ou valores comuns patrióticos. Se tivermos a expectativa de nos engajarmos em uma discussão séria na Educação Histórica em face destes desafios, devemos evitar lemas polares como "tradicional versus progressista", "centrado na criança versus centrado na matéria" e "habilidades versus conteúdo", que têm produzido muita confusão na literatura. Em particular, deve-se evitar falar de competências, com a sua infeliz concessão de licenças a convenientes e tolos currículos genéricos. A história é uma forma pública de conhecimento e o desenvolvimento de uma tradição metacognitiva, com as suas próprias normas e critérios. Há evidências que sugerem que a história é contraintuitiva e que entendê-la envolve a alteração ou até mesmo o abandono de ideias cotidianas que tornam o conhecimento do passado impossível. Consequentemente o ensino de história envolve o desenvolvimento de um aparato conceitual de segunda ordem que permite que a história siga em frente, em vez de imobilizá-la e, ao fazê-lo, abre a perspectiva de mudança de uma visão cotidiana da natureza e do estado do conhecimento do passado para uma de conhecimento histórico. Isto nos permite dar conta do que significa saber um pouco de história - um provisório conceito de literacia histórica - como um aprendizado de uma compreensão disciplinar da história, como a aquisição das disposições que derivam e impulsionam essa compreensão histórica e como o desenvolvimento de uma imagem do passado, que permite que os alunos se orientem no tempo. Existem pesquisas para informar o debate sobre o primeiro componente, mas há pouco disponível para o segundo. Há um interesse atual considerável no terceiro componente, mas o debate centrou-se sobre a questão perene da "ignorância" das crianças, em vez de reconhecer que o problema é encontrar maneiras de permitir que os alunos adquiram passados ​históricos utilizáveis que não são histórias fixas. A obtenção de literacia histórica potencialmente transforma a visão de mundo de crianças (e de adultos) e permite ações até então - literalmente - inconcebíveis para eles. Entender a importância disto para o ensino da história significa abandonar hábitos de pensar com base em um presente instantâneo, em que uma forma de apartheid temporal separa o passado do presente e do futuro. Significa, também, desencaixotar as formas em que a história pode transformar como vemos o mundo. Tais transformações podem ser dramáticas em longas extensões ou mais localizadas e específicas. Elas podem mudar a forma como vemos oportunidades e constrangimentos políticos ou sociais, a nossa própria identidade ou dos outros, a nossa percepção das feridas e fardos que herdamos e a adequação das explicações das principais características do nosso mundo. Elas podem sugerir revisões constrangedoras do nosso entendimento e expectativas de como o mundo humano funciona. E elas podem nos ajudar a conhecer melhor o que não dizer. Literacia histórica envolve tratar o passado como uma ecologia temporal interconectada capaz de suportar uma gama indefinida de histórias, não apenas algo que usamos para contar a história que melhor se adapte aos nossos objetivos e desejos imediatos. Como outras formas públicas de conhecimento, a história é uma tradição metacognitiva que as pessoas têm lutado longa e duramente para desenvolver e ser capaz de praticar. É uma conquista frágil, a ser tratada com respeito e cuidado nas escolas
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