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Analysis of Precipitable Water Vapour in Angola Using GNSS Observations
For accurate weather predictions and analysis of extreme events, a good estimate of the
amount of water content in the atmosphere is essential. This information is provided by
several techniques like radiosondes that measure this parameter at various heights.
However, most of them are very limited spatially and temporarily or suffer from
measurement specific constraints. To complement these techniques, Precipitable Water
Vapor (PWV) can be measured with GNSS (Global Navigation Satellite System) at
CORS (Continuously Operating Reference Stations) networks. when the temperature
and pressure are also known at the station location. PWV can be derived from the delay
in the GNSS signal when it passes through the troposphere.
In the framework of SUGGEST-AFRICA, it is being implemented a system to use the
national GNSS stations for the automatic computation of PWV in Angola. Thus, this
dissertation intends to describe the necessary steps to develop a system to be used for
supporting meteorological and climate applications in Angola. SUGGEST-AFRICA also
funded the installation of 5 weather stations, collocated with GNSS stations in Angola
namely: Benguela, Cabinda, Cuito, Luanda and Namibe, in order to obtain pressure
and temperature which is necessary to obtain the PWV estimates. When there are no
nearby meteorological stations, the potential alternative is to use values from
global/regional models.
Methodologies have been optimized to passive and actively access the GNSS data; the
PWV estimations are computed using PPP (Precise Point Positioning), which permits
the estimation of each station separately; solutions have been validated using internal
values. In addition, analyses are presented to evaluate the reliability of the network.
This work presents preliminary results for the variation of the ZTD data available all
around the territory in Angola and how they relate to the seasonal variations in water
vapour. Also, presents preliminary results for the time-series variation of PWV in the
Luanda station (collocated by the SEGAL group).
This study is supported by SUGGEST-AFRICA, funded by Fundação Aga Khan and
FCT. It uses computational resources provided by C4G – Collaboratory for Geosciences
(PINFRA/22151/2016). It is also supported by project FCT/UIDB/50019/2020 – IDL
funded by FCT.Para precisão da previsão do tempo e análise de eventos extremos é fundamental uma
boa estimativa do vapor da água na atmosfera. O vapor da água na atmosfera é
fornecido por várias técnicas como radio sondagem que mede este parâmetro em várias
alturas. No entanto, muito dessas técnicas são limitadas devido a resolução espacial e
temporal ou sofrem restrições específicas de medição. Para completar estas limitações
encontrado nas demais técnicas, o vapor da água precipitável (PWV) pode ser medido
pelo GNSS (Sistemas de navegação global por satélite) CORS (Rede nacional de
estações de referência de operação continua). PWV pode ser obtido a partir do atraso
do sinal de GNSS através da troposfera, quando a temperatura e a pressão também são
conhecidas derivado da localização duma estação meteorológica.
No âmbito da SUGGEST-ÁFRICA, esta ser implementado um sistema de modo a
calcular o PWV de uma maneira automática em Angola. Assim, nesta dissertação
pretende descrever os passos necessários para desenvolver tal sistema a ser utilizado
para apoiar aplicações meteorológicas e climáticas em Angola. SUGGEST-ÁFRICA
também financiou a instalação de 5 estações meteorológicas, colocada com estações
GNSS em Angola, nomeadamente: Benguela, Cabinda, Cuito, Luanda e Namibe, a fim
de obter a pressão e a temperatura necessárias para obter as estimativas PWV.
Aconselha-se o uso dos modelos globais/regionais para aquisição de valores de pressão
e temperatura quando não existe dados nas estações meteorológicas adjacentes.
As metodologias foram otimizadas para o acesso passivo e ativo dos dados GNSS; a
estimação do vapor de água precipitável é calculada usando a técnica PPP
(Posicionamento do ponto preciso), que permite a determinação de cada estação
individualmente e separadamente; as soluções foram validadas usando valor interno.
Além disso, são apresentadas análises para avaliar a fiabilidade da rede.
Este trabalho, também apresenta resultados preliminares para a variação de todo dados
do ZTD disponível em Angola e a forma como se relacionam com as variações sazonais
do vapor de água. Também, apresenta variação da série temporal do PWV na estação
meteorológica de Luanda (instalado pela SEGAL).
Este estudo é suportado pela SUGGEST-ÁFRICA, financiado pela fundação Aga Khan e
FCT. Utiliza recurso computacional fornecido pela C4G – Colaboração de Geociências (PINFRA/ 22151/2016). Também é apoiado pelo projecto FCT/UIDB/50019/2020 –
IDL financiado pela FCT
Subsídio para a Monitorização da Flora Autóctone da Ilha de S. Vicente
De acordo com a literatura, a flora vascular de S. Vicente é relativamente pobre em termos de diversidade biológica (número de espécies e grau de cobertura).
Factores naturais adversos, aliados à acção antrópica, têm provocado, ao longo dos anos, uma crescente degradação das populações de espécies. Algumas espécies
da vegetação natural, muito importantes sob o ponto de vista socio-económico e científico, encontram-se ameaçadas de extinção.
A realização deste trabalho justificou-se pela necessidade de se colmatar a ausência de conhecimentos sobre a vegetação autóctone da ilha, em termos quantitativos.
Reconhece-se que a abordagem quantitativa é de extrema importância, sendo um dos subsídios para a monitorização da vegetação em geral, e autóctone em
particular. Além disso, o estudo da vegetação requer uma actualização constante pois, existe uma forte dinâmica em termos quantitativos da vegetação tanto para
níveis de densidade maiores como para menores. Actualmente as ameaças naturais às espécies autóctones são bem visíveis. Elas devem-se a uma forte acção do
homem, com reflexos devastadores sobre a vegetação, evidenciando ainda mais a necessidade de actualização constante dos inventários.
Procurou-se assim, clarificar a situação actual da flora autóctone da ilha, focalizando as áreas acima referidas e principalmente o Parque Natural do Monte Verde.
Realizaram-se ainda, a quantificação e o esboço cartográfico das espécies endémicas e indígenas em risco de extinção
Phoenix in the Cape Verde Islands
The African Republic of Cape Verde consists of nine inhabited and several uninhabited
volcanic islands set out in the Atlantic Ocean, about 500 km off the most westerly
point of the African mainland and 1500 km south of the Canary Islands @g. 2). Most
are rugged and mountainous; three (Sal, Maio, and Boavista) are flat, desert islands
with sand beaches. Precipitation is meagre and very erratic; indeed Cape Verde can be
seen as an island extension of the arid Sahel zone.
Three species of the genus Phoenix are recorded from the Cape Verde Islands, P.
akzctyli&a L., P. canariensis Chabaud and P. atlantica A. Chev. While the former two
species have almost certainly been introduced by man, the latter is said to be endemic
to the islands. Perhaps because the Cape Verdes are a particularly isolated set of
islands or because palms are notoriously awkward to collect, little is known about the
taxonomy, origins and natural history of this species.
Phoenix atlantica was described by the French botanist Auguste Chevalier (1935a)
following field exploration in the Cape Verdes in 1934 (Chevalier 1934: 1153).
Chevalier provided limited diagnostic characters, defining the species as a clustering
palm with 2-6 trunks, 5-15 m in height with dark green leaves 2-3 m in length. He
considered it to be most similar in form to P. &ctyZzjkra and P. canariensis, possessing
characters of both (Chevalier 1935a). Chevalier’s description indicates that Phoenix
atlantica can be distinguished easily from P. canariensis by its clustering growth form
(P. canariensis always has a single, stout trunk) and its shorter, straighter leaves.
However, the differences between P. atlantica and P. dactylzjkra appear much more
subtle. For example, while P. dacfylifera is usually observed as single-stemmed, when
left undisturbed for a number of years it becomes clustering like the Cape Verde
Phoenix, so this character on its own is unreliable. Further alleged distinctions include
acuminate (P. atlantica) versus rounded (P. dactylzjkra) petals in the male flowers
(Chevalier 1935a, b, Greuter 1967: 249, and Brochmann et al. 1997), fruit 2 cm long
(P. atlantica) versus fruit more than 2.5 cm long (P. dactyl&a) (Brochmann et al
O Quadro Nacional de Bio-Segurança para Cabo Verde
A aplicação das biotecnologias é hoje considerada uma parte importante da
solução aos problemas gerados pela insegurança alimentar e a redução da
pobreza no mundo. Contudo, há necessidade da avaliação dos riscos reais
associados à liberação dos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs)
desde que existe a possibilidade potencial de danos ao ambiente e à saúde
humana, pela alteração da diversidade biológica.
Face ao desenvolvimento acelerado da biotecnologia moderna e face ao
desconhecimento das reais consequências das interacções dos OGMs com os
diversos ecossistemas, a comunidade internacional adoptou o Protocolo de
Cartagena sobre a Bio-segurança como um instrumento de prevenção dos riscos
provenientes de produtos biotecnológicos. Este Protocolo é um instrumento
jurídico internacional de cariz obrigatório adoptado pela Conferência das Partes
aquando da Convenção “Quadro das Nações Unidas sobre a Diversidade
Biológica (CDB)”, em 1992. A Convenção, reconhecendo o enorme potencial da
biotecnologia moderna para a resolução dos problemas antes mencionados,
objectiva “contribuir para assegurar um nível adequado de protecção para a
transferência, manipulação e utilização segura dos organismos vivos
modificados resultantes da biotecnologia moderna, e que possam ter efeitos
adversos para a conservação e utilização sustentável da diversidade biológica,
considerando igualmente os riscos para a saúde humana, e centrando-se
especificamente nos movimentos transfronteiriços”.
O governo de Cabo Verde, consciente da importância que se relaciona à
protecção da biodiversidade das ilhas e da saúde pública contra os potenciais
riscos dos OGMs, assinou, através do Decreto nº 11/2005 de 26 de Setembro, o
Protocolo de Cartagena sobre a Bio-segurança. Com a ratificação do PCB, a 1 de
Novembro de 2005, o país comprometeu-se a cumprir as exigências e
obrigações do Protocolo, dentre as quais, a elaboração e materialização do O objectivo primário do Projecto para o desenvolvimento do Quadro Nacional
de Bio-segurança ou, simplesmente, Projecto Nacional de Bio-segurança (PNB),
é o de desenvolver um Quadro Nacional de Bio-segurança para CV, de acordo
com as necessidades relevantes do protocolo de Cartagena, considerando
principalmente que “cada parte deve tomar as medidas legais, administrativas e
outras apropriadas para implementar suas obrigações sob o protocolo”.
Para a implementação do Plano, Cabo Verde fez uma análise do cenário actual
da biotecnologia e da Bio-segurança, propôs um quadro jurídico institucional
Nacional e elaborou um plano de acção para implementação do Quadro
Nacional de Bio-segurança (QNB). Este Quadro consiste num conjunto de
instrumentos políticos, legais, administrativos e técnicos, próprios para atingir
as necessidades relevantes do Protocolo de Cartagena. Especificamente, o
quadro visa o estabelecimento de bases científicas e sistemas transparentes de
tomada de decisão que habilitem o país a beneficiar dos potenciais benefícios da
biotecnologia moderna, assegurando a máxima protecção do ambiente, saúde
humana e animal dos potenciais riscos dessa biotecnologia; assegurar que a
investigação, liberação e manuseio de produtos da biotecnologia moderna
sejam desenvolvidos de forma a minimizar os potenciais riscos para o ambiente,
saúde humana e animal e; assegurar o manuseio e o movimento transfronteiriço
seguros de produtos derivados da biotecnologia moderna.
Entretanto, embora o país não dispõe de nenhuma política que aborde a
questão concreta da Bio-segurança, existem prioridades nacionais no contexto
de objectivos maiores de desenvolvimento, como o desenvolvimento
sustentável, conservação da biodiversidade, desenvolvimento agrícola,
segurança alimentar, etc., sob os quais uma política de biotecnologia e Biosegurança
no quadro do QNB será desenvolvida. Ela será alicerçada nas
políticas existentes para os vários sectores, principalmente, nos domínios do
ambiente (conservação da biodiversidade), da saúde pública, da agricultura
(protecção fitossanitária e sanidade animal) e da pesca, embora a investigação
neste domínio seja ainda incipiente. O desenvolvimento e a implementação do quadro nacional de Bio-segurança enfatizam e priorizam o reforço da
capacitação institucional e técnico para o manuseamento dos OGMs,
permitindo a adequação e reorganização das estruturas existentes. Não
obstante, o país pode utilizar os produtos da biotecnologia moderna já
disponíveis, em benefício da produção alimentar, da saúde humana e animal,
do ambiente, do melhoramento do sector florestal, da pesca e da indústria.
Para concretizar o plano, foi proposta a criação de um sistema administrativo e
institucional composto por seis órgãos, nomeadamente, a Autoridade Nacional
Competente, o Conselho Nacional de Bio-segurança; o Comité Regulador (CR)
/Monitorização e Fiscalização; o Secretariado Técnico (ST); o Painel Técnico
Científico (PTC) e; o Comité Público. Cada um desses órgãos tem funções
específicas que vão desde a orientação das vertentes políticas do país até a
sensibilização e educação do público no referente ao assunto. A proposta inclui
uma Autoridade Nacional Competente única, sob a alçada do Ministério do
Ambiente e Agricultura, como o órgão responsável pela autorização ou não da
introdução/criação de OGMs, pela coordenação de todas as actividades ligadas
à Bio-segurança; e pela recepção de pedidos de autorização e a gestão de
notificações, sejam eles para importação, liberação, propagação ou
comercialização; ou uso directo para a alimentação, derivado ou produtos do
processamento de produtos alimentares, através do Secretariado Técnico.
O diploma legislativo proposto estabelece as normas de segurança e
mecanismos de fiscalização à importação, exportação, trânsito, produção,
manipulação, manuseamento e utilização de organismos geneticamente
modificados (OGM) e seus produtos, em conformidade com o princípio da
precaução e tendo em vista a protecção da vida e a saúde do homem, dos
animais e das plantas, bem como, o meio ambiente. As normas estabelecidas
pelo diploma aplicam-se a todas as entidades públicas e privadas envolvidas na
importação, exportação, trânsito, produção, manipulação, manuseamento e
utilização de OGM e seus produtos, sem prejuízo do regime fixado para as
operações de comércio externo de e para Cabo Verde e demais legislação aplicável. O diploma também não se aplica aos movimentos transfronteiriços de
fármacos para seres humanos, que sejam OGM e seus produtos, e que estejam
sujeitos a legislação específica.
E finalmente, visando assegurar que o QNB para Cabo Verde seja cabalmente
activo no país, foi concebido um plano de acção quinquenal para sua
operacionalização. Este plano de acção consiste num conjunto de actividades
que deverão ser adoptadas e realizadas nos próximos cinco anos, sendo estas: o
estabelecimento de um quadro institucional e administrativo de Bio-segurança;
estabelecimento de um sistema de consciencialização, educação e participação
para bio-segurança; criação de capacidade local para o manuseio da
biotecnologia; reforço da capacidade local institucional existente no domínio da
biotecnologia/bio-segurança; estudo dos impactos da biotecnologia moderna
na agricultura local (incluindo produção pecuária e aquacultura); manutenção
do uso seguro de produtos farmacêuticos e alimentares como uma prioridade
no domínio da saúde pública e; certificação de um conjunto de medidas e
políticas efectivas que acompanhem as constantes mudanças
Flora de Cabo Verde
O Projecto Flora de Cabo Verde é uma iniciativa conjunta do Instituto de
Investigação Científica Tropical (IICT) e do Instituto Nacional de Investigação e
Desenvolvimento Agrário (INIDA) de Cabo Verde, iniciado em 1990.
O objectivo do projecto é a publicação, em português e em forma de Flora, de
fascículos contendo, cada um, o estudo de uma família de plantas vasculares
ocorrendo no Arquipélago de Cabo Verde, tanto as nativas, em que se incluem as
endémicas, como as exóticas naturalizadas.
A obra é dirigida por uma Comissão Editorial constituída por dois elementos do
IICT, dois do INIDA e um do Instituto Botânico de Coimbra.
O estudo das diversas famílias é feito de acordo com o sistema de classificação de
Cronquist, de utilização comum na região oeste-africana. O tratamento taxonómico é o
mais uniforme possível. Todos os taxa são introduzidos em chaves dicotómicas para
permitir uma rápida distinção com recurso a características facilmente observáveis e
descritos morfologicamente. Para cada espécie ou taxon infra-específico é citada a
bibliografia respectiva respeitante à área geográfica, assim como as sinonímias
igualmente respeitantes à área. É referida a sua distribuição em Cabo Verde com uma
ou duas citações de materiais por ilha e a distribuição mundial. São ainda feitas
referências à ecologia, utilizações e nomes vulgares nas diversas ilhas. A obra é
iconografada com estampas relativas a todos os géneros com espécies nativas ou naturalizadas.
A base do estudo é constituída pelos materiais depositados nos diversos herbários
que reconhecidamente possuem plantas colectadas na região, com particular ênfase
nos Herbários do Instituto de Investigação Científica Tropical (LISC), do Instituto
Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário, de Cabo Verde (CECV), do
Instituto Botânico da Universidade de Coimbra (COI), do Instituto Botânico da
Universidade de Lisboa (LISU), do Muséum National d’Histoire Naturelle, de Paris (P)
e do Botanical Garden and Museum, de Oslo (O).
Quando finalizada, a Flora de Cabo Verde irá abranger mais de 700 taxa
pertencentes a diversas famílias de Pteridófitos, a 97 famílias de Dicotiledóneas e a 18
famílias de Monocotiledóneas. Até à data foram publicadas 88 famílias, incluindo 232
géneros e 417 taxa.
Este projecto, ao ter por finalidade o conhecimento da diversidade vegetal nas
ilhas do Arquipélago, constituirá um suporte básico para outros tipos de estudos como
sejam a caracterização da vegetação, a avaliação de impactos ambientais, o
planeamento de políticas ambientais e agrárias ou conservação da biodiversidade
RAPPORT NATIONAL SUR L'ETAT DE LA BIODIVERSITE
Informations de base sur la République du Cap Vert
L'archipel du Cap Vert est constitué par dix îles et huit îlots situés à environ 500
km de la côte occidentale africaine. Sa superficie est de 4033 km2. Les îles sont
d'origine volcanique et sont implantées sur la zone sud-ouest de la plate-forme
sénégalaise sur la croûte océanique d'âge comprise entre 140 et 120 millions
d'années. Le relief est très accidenté dans les îles les plus jeunes (Fogo, Santiago,
Santo Antão et S. Nicolau), mais relativement plat dans les îles plus anciennes
(Maio, Boavista e Sal). Les sols sont peu évolués, avec des horizons pédologiques
peu différenciés.
Par sa situation géographique, dans une zone d'aridité météorologique, le climat
du Cap Vert est sahélien du type tropical sec, soumis aux vents alizés du nordest,
avec des températures modérées (environ 24ºC) et une faible amplitude
thermique dû à l'environnement atlantique. Les précipitations sont généralement
faibles sur l'ensemble du pays, ne dépassant pas les 300 mm de moyenne
annuelle pour les 65% du territoire situé à moins de 400 m d'altitude. Les zones
sous l'influence des alizés étant encore plus sèches (150 mm de moyenne
annuelle). Sur les versants situés à plus de 500 m d'altitude faisant face aux
alizés, on peut atteindre ou dépasser les 700 mm. Les pluies sont irrégulières et
généralement mal distribuées dans le temps et dans l'espace.
Le peuplement et son influence sur la biodiversité
Après leur colonisation par les humains au cours du XVème siècle, les îles du Cap
Vert ont été soumises à une forte exploitation des ressources biologiques. Des
facteurs anthropiques avec conséquences directe et indirecte sur la végétation,
tels que l'agriculture pluviale, dans la plupart des cas pratiquée sur les fortes
pentes des versants, l'utilisation du bois de feu, le surpâturage et l'introduction
des espèces exotiques ont contribué à la dégradation graduelle de la végétation et
des habitats de l'archipel. Le rôle de ces facteurs a été encore accentué par
l'action passif des facteurs intrinsèques tels que l'insularité et la fraction
importante du territoire occupée par des zones arides et semi-arides.
La végétation des zones arides et semi-arides qui occupent, au Cap Vert, plus de
70% du sol arable du territoire, a un faible pouvoir de régénération. Sa flore
insulaire est sensible par le fait d'avoir évolué en l'absence de prédateurs et d'être
issues de petites populations avec une diversité génétique limitée et par une aire
de dissémination très limitée.
La diversité des espèces
Il existe au Cap Vert, 110 espèces de bryophytes dont 15 sont endémiques. Du
total, 36% sont extinctes ou menacées. Parmi les endémiques 40% sont
menacées. Les espèces d’angiospermes sont en nombre de 240 dont 45 sont
endémiques. A noter que 27% du total sont extinctes ou menacées. Parmi les
endémiques, 54% sont en danger de disparition.
La biodiversité animale cours des risques majeures de survie. Des 37 espèces de
gastéropodes existantes, 15 sont endémiques dont 67% sont menacées. Les
arachnides sont au nombre de 111 dont 46 sont endémiques. Parmi les
endémiques, 78% sont menacées. Il existe 470 espèces d'insectes (coléoptères)
dont 155 sont endémiques. 84% des taxa endémiques sont menacées. On
suppose que du total des 470 espèces, 64% sont disparues ou en danger.
L'état actuel de la faune et de la flore a été donné par la Première Liste Rouge du
Cap Vert, publiée en 1996 et qui indique un certain nombre de statistiques
effrayantes : sont menacées plus de 26% des angiospermes, plus de 40% des
bryophytes, plus de 65% des ptéridophytes et plus de 29% des lichens ; plus de
47% des oiseaux, 25% des reptiles terrestres, 64% des coléoptères, plus de 57% des
arachnides, plus de 59% des mollusques terrestres.
L'archipel du Cap Vert est situé dans la zone tropicale où, selon Nunan (1992), si
on exclue les espèces migratoires on peu compter environ 273 espèces de
poissons, dont 70% sont endémiques. La liste des espèces de poissons des îles du
Cap Vert est assez diversifiée et compte environ une centaine d'espèces
appartenant à différentes familles.
En matière de diversité biologique marine l'exploitation des ressources dans la
ZEE (Zone Economique Exclusive) sont encore loin d'atteindre le potentiel estimé.
Néanmoins, il existe quelques espèces qui sont en danger, notamment les tortues
et les langoustes.
Dans les eaux capverdiennes il existe 5 espèces de tortues : Dermocelys coriacea,
Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Caretta caretta et Lepidochelys olivacea.
Les tortues sont d'une façon générale soumises à une exploitation irrationnelle
depuis des décades. La viande et les oeufs, surtout de la tortue mâle sont très
appréciés. La carapace est utilisée dans la bijouterie (boucles, bagues, colliers,
etc.).
Parmi les quatre familles de langoustes connues, l'archipel du Cap Vert recèle
deux : la Palinuridae (langouste rose, verte et marron) et la Scyllaride (langouste
de pierre). A signaler également une espèce endémique, le Palinuris charlestoni.
Toutes les espèces existantes au Cap Vert sont exploitées, souvent à la limite de
la durabilité.
La République du Cap Vert et la Convention sur la Biodiversité
Le Cap Vert a signé la Convention sur la biodiversité en juin 1992 et l'a ratifié en
mars 1995. Pour remplir les obligations découlant de l'adoption de la Convention,
le pays a complété sa Stratégie Nationale et Plan d'Action sur la Biodiversité en
février 1999. Une institution responsable pour la mise en oeuvre de la politique
nationale en matière de l'environnement a été créée, le Secrétariat Exécutif pour
l'Environnement (SEPA).
Le Plan d'Action National a identifié 21 objectifs divisés en huit groupes
thèmatiques et contient des activités jusqu'à l'an 2010.
Parallèlement à ces actions, la Loi de Base pour l'Environnement, le Code de
l'Environnement, le Code de l'Eau et le Code Forestier ont été adoptés. Ce
nouveau Code Forestier a été élaboré afin d'actualiser les normes pour une
gestion durable des ressources et le transfert des compétences aux régions et
communautés.
Au niveau stratégique le Cap Vert a élaboré son Programme d'Action National
pour l'Environnement (PANA) et a développé le Programme d'Action National de
Lutte Contre la Désertification (PAN-LCD) en utilisant l'approche participative
faisant appel à tous les acteurs de la société civile y inclus les associations et
ONG.
Au niveau international le Cap Vert a adhéré aux conventions telles que la
biodiversité, les changements climatiques et le contrôle de la désertification. Le
pays a également signé les conventions suivantes : Convention des Nations Unies
sur le Droit de la Mer, Convention relative à la Protection du Patrimoine Mondial
Culturel et Naturel, Convention de Bâle sur les mouvements trans-frontaliers,
Convention internationale pour la Prévention de la pollution par des bateaux,
Convention de Vienne sur la protection de la couche de l'ozone, Protocole de
Montréal sur les substances qui appauvrissent la couche de l'ozone.
La mise en oeuvre de la stratégie nationale sur la Diversité Biologique permettra
une meilleure gestion de l'eau, des ressources naturelles et des espaces,
l'introduction de nouvelles espèces et de nouvelles technologies alternatives pour
l'agriculture et l'élevage ainsi que la création de nouveaux emplois alternatifs, à
partir des activités génératrices de revenus, et de diminuer ainsi, la pression sur
les ressources naturelles.GEF/PNU
Flora de Cabo Verde: Plantas Vasculares - 32. Cucurbitaceae
Ervas anuais ou perenes, escandentes, trepadoras ou prostradas, com
gavinhas, raramente ervas erectas sem gavinhas. Folhas alternas, palminerveas,
simples ou pedadamente compostas. Gavinhas distalmente 2-fidas ou
proximalmente 2-7-fidas, raras vezes reduzidas a espinhos ou ausentes, em
geral urna por nó. Flores unissexuadas, monóicas ou dióicas, axilares,
diversamente dispostas, as Q geralmente solitarias. Probrácteas por vezes
presentes na base dos pedúnculos. Tubo-receptáculo (hipanto) curto a
tubular, em geral -i-lobado, lobos geralmente pequenos. Pétalas em
geral 5, livres ou diversamente unidas, corola na maioria dos casos regular.
Androceu basicamente com 5 estames, diversamente modificado, em geral
com 2 duplos estames e 1 estame simples, livres ou f unidos; tecas das anteras
frequentemente convolutas; estaminódios com frequência presentes nas
flores Q. Ovário ínfero, 1-locular ou por vezes 34ocular, geralmente formado
a partir de 3 carpelos unidos; placentacão parietal, raramente axilar,
placentas com frequência intrusivas; óvulos anatrópicos, horizontais, pêndulos
ou ascendentes; estilete 1, com 2 ou geralmente 3 lobos estigmáticos.
ou 3 estiletes. Fruto seco ou carnudo, cápsula, baga ou pepónio de casca
dura, diversamente deiscente ou indeiscente, I -polispérmico, raras vezes
tuna sâmara 1-spérmica. Sementes frequentemente achatadas, por vezex
aladas: embrião grande; endosperma ausente.
Familia pantropical de cerca de 600 espécies, algumas economicamente
importantes como plantas alimenticias
Flora de cabo Verde: Plantas Vasculares – 55. Rhamnaceae
Árvores, arbustos, subarbustos ou lianas, raramente ervas, glabros ou
com pêlos simples. Folhas alternas, raramente opostas, simples, geralmente
pecioladas; limbo inteiro, dentado, serrado ou trenado, peninérveo ou com
3-5 nervuras desde a base; estípulas em regra presentes, algumas vezes espinescentes,
f caducas. Inflorescências axilares, mais raramente terminais,
com as flores em cimeiras, racemos ou fascículos, por vezes, unifloras. Flores
brancas, esverdeadas ou amareladas, actinomórficas, periginicas ou epigínicas,
bissexuadas raramente unissexuadas. Receptáculo de cónico a obcónico.
Sépalas (4) 5, valvadas. Pétalas (4) 5, por vezes nulas, com frequência
unguiculadas, muitas vezes cuculadas cobrindo parcial ou totalmente os
estames, alternadas com as sépalas e geralmente menores que estas. Disco
nectarífero em regra presente e bem desenvolvido, geralmente soldado ao
hipanto, intrastaminal, livre ou unido ao ovario, muito variável na forma.
Estames (4) 5, epipétalos; filetes livres, soldados à base das pétalas; anteras
(1) 2-tecas, introrsas, longitudinalmente deiscentes. Ovário sincárpico,
séssil, livre e súpero ou imerso no disco e ínfero ou semi-ínfero, (1) 2-3
(5)-locular; lóculos 1-ovulados com placentacão basilar; óvulos erectos,
anatrópicos; estilete 2-4lobado ou 2-3-fido. Fruto urna drupa, cápsula
septicida ou esquizocarpo, por vezes alado. Sementes em regra com albúmen
pouco abundante, por vezes nulo; embrião grande, direito.
Familia com cerca de 55 géneros e 900 espécies, distribuidas pelas regiões
tropicais e subtropicais de África, América, Ásia e Austrália
IUCN Red list assessment of the Cape Verde endemic flora: towards a global strategy for plant conservation in Macaronesia
info:eu-repo/semantics/submittedVersio
Current status of the whitefly Aleurodicus dispersus as an invasive pest in the CapeVerte Islands
In the last three decades, the spiralling whitefly (Aleurodicus dispersus) has become an important international pest. The movement of plants and parts of plants (such as fruits) in international trade and tourism, and by natural dispersal, has favoured its introduction to new areas. In common with others whiteflies of economic importance, the immature and adult stages cause direct feeding damage by piercing and sucking of sap from foliage, and
indirect damage following the accumulation all over host plants of honeydew and waxy flocculent material produced by the insects. Spiralling whitefly is a pest of tropical and subtropical crops, and highly polyphagous. Up to the 1970s, it had been recorded on 44 genera of plants, belonging to 26 botanical families (Mound & Halsey, 1978). This situation changed with the dispersal of the pest to new areas. Nowadays, the spiralling whitefly is one of the major pest of vegetable, ornamental and fruit crops around the globe
(Lambkin, 1999). Important host crops include: banana (Musa sapientum), Citrus spp., coconut (Cocos nocifera), eggplant (Solanum melanogena), guava (Psidium guajava), Hibiscus rosa sinensis, Indian almond (Terminalia catappa), papya (Carica papaya), Rosa
sp. and tomato (Lycopersicon esculentum) (Saminathan & Jayaraj, 2001). Spiralling whitefly has its origin in the tropical Americas, including Brazil. Although the pest has been recorded only once in Brasil, in the 1920s in the state of Bahia (Bondar, 1923), it now
has official quarantine status because of its economic importance. In the Cape Verte Islands, on the West African coast, the pest was initially introduced in the first half of 2000;
it has since become established, reaching urban, natural and agricultural areas of the islands that constitute the archipelago. Since then, the pest has been causing damage to many
native plants, ornamentals and cultivated food crops (Anon., 2001; Monteiro, 2004). The present study was done in order to produce an inventory of the most common host plants of
spiralling whitefly in this new habitat