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    Das rupturas à continuidade : os funcionamentos psicóticos e o manejo na clínica psicanalítica

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    Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-graduação em Psicologia Clínica e Cultura, 2017.Esta pesquisa aborda a clínica com os funcionamentos psicóticos e o manejo do analista. Explora-se aqui a constituição psíquica e o desenvolvimento emocional primitivo a partir do aporte winnicottiano, ressaltando a relevância do ambiente para o amadurecimento do sujeito e para sua saúde psíquica. Diante destas reflexões, aborda-se as relações entre o fracasso adaptativo ambiental, com a sua qualidade de ruptura na continuidade de ser do bebê e as raízes dos funcionamentos e dos traços psicóticos da personalidade. A partir do diálogo com outros autores, discute-se os funcionamentos psicóticos com base em uma perspectiva elástica, que considera a maleabilidade psíquica e força integradora do psiquismo, que insiste em inscrever as vivências que não tiveram lugar na historicidade psíquica do sujeito, que não puderam ser experimentadas. Por fim, tece-se reflexões sobre o manejo na clínica psicanalítica, a partir de uma postura esperançosa, que aposta no potencial das trocas clínicas, no potencial do analista de acolher fenômenos com uma qualidade grave de dor, e, a partir dessa dinâmica trazer a eles algum caráter de experiência, de continuidade.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).This study approaches the psychoanalitic clinic with psychotic functioning and the handling promoted by the psychoanalyst. It explores the psychic constitution and the primitive emotional development from the Winnicottian contribution, emphasizing the relevance of the environment for the maturing of the individual and for his psychic health. In the light of these reflections, the relations between the environmental adaptive failure, with its quality of rupture in the continuity of the baby's being and the roots of the psychotic traits and functioning of the personality, is approached. From the dialogue with other authors, psychotic functioning is discussed based on an elastic perspective, which considers the psychic suppleness and integrative force of the psyche, which insists on inscribing the experiences that did not take place in the psychic historicity of the subject, that could not be experimented. Finally, this research reflects on the management and handling of the analyst in his psychoanalytic clinic, exploring this discussion based on a hopeful attitude, which bets on the potential of clinical exchanges, on the analyst's potential to receive and hold phenomena of a severe quality of pain, bringing them, by this attitude, some character of experience, of continuity

    A relação mãe-bebê e a etiologia do autismo: reflexões a partir da psicanálise winnicottiana

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    A partir das ideias de Donald Winnicott, a psicanálise passou a estudar e a levar em conta as influências do ambiente na estruturação da vida psíquica do sujeito. Partindo da constatação do estado de dependência absoluta no qual o bebê se encontra nos seus primeiros meses de vida. Nesta fase, se o ambiente ou a mãe não está identificado com as necessidades do bebê e falha nos cuidados com o mesmo, ele vivencia angústias impensáveis. De modo a evitar reviver essas angústias, o bebê faz uso de manobras de defesa muito primitivas e que, portanto, não incluem o contato com a alteridade. Uma dessas manobras é a invulnerabilidade, apresentada pelas crianças autistas. A partir deste pensamento objetiva-se buscar compreender a etiologia do autismo, entendendo como se deram os cuidados nesta primeira fase da vida e porque foi necessário recorrer à defesa pelo isolamento. A compreensão desta etiologia leva à ampliação das possibilidades clínicas com sujeitos autistas e evidencia-se que, com o manejo adequado, o setting analítico pode fornecer a confiança e a sustentação (holding) que não foram experimentadas nos primórdios da vida, possibilitando a retomada dos processos de desenvolvimento. O objetivo deste estudo é discutir a etiologia do autismo na teoria winnicottiana, assim como o papel do analista nesta clínica singular

    Caracterização de cepas de Staphylococcus spp. isoladas de pele e narinas de crianças com e sem dermatite atópica

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    A dermatite atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica que afeta principalmente pacientes pediátricos, sendo estes altamente colonizados por S. aureus, um patógeno de importância médica. SCN podem compor a microbiota de indivíduos saudáveis sem causar nenhum dano ao hospedeiro. Entretanto, SCN são considerados como reservatórios naturais de elementos de SCCmec. Amostras MRSA, por sua vez, representam um grande problema terapêutico e costumam ser associadas a casos mais graves da DA. A presença de cepas resistentes à meticilina e carreadoras de genes que codificam toxinas, como os da leucocidina de Panton-Valentine (PVL) pode agravar a doença. Este estudo teve como objetivo caracterizar amostras de S. aureus e Staphylococcus coagulase-negativos (SCN) isoladas de pele com e sem lesão e narinas de 30 crianças com DA e 12 sem DA. As amostras foram avaliadas quanto ao seu perfil de susceptibilidade antimicrobiana por disco-difusão e à presença do gene mecA por PCR. Amostras de S. aureus foram também avaliadas quanto à presença dos genes da PVL por PCR. S. aureus resistentes à meticilina (MRSA) de pacientes com DA tiveram seu tipo de SCCmec determinado por PCR-multiplex e sua diversidade clonal avaliada por PFGE. Foi observada uma alta prevalência de colonização por S. aureus em pacientes com DA (97% narinas, 80% sem lesão e 100% em pele com lesão). Em contrapartida, em crianças saudáveis esta colonização foi inferior (67% em narinas e 50% em pele; p=0,018 e p=0,0002, respectivamente). A maioria das amostras de S. aureus foi sensível à mupirocina, clindamicina e sulfametoxazol-trimetoprim. Contudo, 22 (23%) amostras foram caracterizadas como MRSA/SCCmec IV, colonizando nove (30%) crianças com DA e uma (8%) sem DA. Os genes da PVL foram identificados em 25 (26%) amostras, sendo 19 de crianças com DA e seis sem DA. Entre as 179 amostras de SCN (120 com DA; 59 sem DA), no grupo com DA, 60% das crianças tinham colonização nasal por S. epidermidis, 6,7% por S. hominis e nenhuma por S. saprophyticus; enquanto, no grupo sem DA, 91,7% tinham S. epidermidis, 50% S. hominis (p=0,004) e 25% S. saprophyticus (p=0,019). Em pele com lesão, 63,3% das crianças com DA tinham S. epidermidis, 20% S. hominis e 6,7% S. saprophyticus; e no grupo sem DA, 66,7% estavam colonizadas na pele por S. epidermidis, 91,7% por S. hominis (p< 0,0001) e 33,3% por S. saprophyticus (p=0,046). A resistência à meticilina foi detectada em 105 (58,6%%) amostras de SCN. Cinco (55%) crianças com DA tinham amostras MRSA de narinas e pele com o mesmo perfil clonal. Um alto número de crianças com DA colonizadas por S. aureus, incluindo cepas MRSA e carreadoras dos genes da PVL foi detectado. Crianças com DA tenderam a ser menos colonizadas por S. hominis em suas narinas e pele, uma espécie apontada com ação inibitória contra S. aureus. A maioria dos SCN foi resistente à meticilina, um risco para transmissão de genes de resistência para S. aureus. Portanto, estratégias que visem um melhor entendimento sobre a DA são necessárias, ressaltando a importância da vigilância contínua e preventiva nesta população

    Controle da pressão arterial sistólica em cesariana canina: Relato de caso

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    A seleção do protocolo anestésico e dos medicamentos administrados em pacientes prenhas deve primordialmente zelar pela segurança tanto da mãe quanto dos fetos, uma vez que não é viável realizar uma anestesia seletiva na cadela sem comprometer o bem-estar fetal. Esse trabalho objetivou relatar o manejo anestésico e o restabelecimento da pressão arterial sistêmica de uma paciente canina frente a um quadro hipotensivo durante uma cesariana. Foram empregados fármacos em doses reduzidas com o objetivo de elevar a pressão arterial materna e minimizar a depressão fetal resultante da passagem desses medicamentos pela barreira transplacentária

    Online information on medical cannabis is not always aligned with scientific evidence and may raise unrealistic expectations

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    There is a growing literature on the potential medical uses of Cannabis sativa and cannabinoid compounds. Although these have only been approved by regulatory agencies for a few indications, there is a hype about their possible benefits in a variety of conditions and a large market in the wellness industry. As in many cases patients search for information on cannabis products online, we have analyzed the information on medical cannabis available on the Internet. Therefore, this study aims at assessing the quality of the information available online on medical cannabis

    Ferramenta para avaliação do Risco Potencial no âmbito dos Laboratórios Oficiais

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    Humans are exposed to numerous technological products, among them are drugs with increasingly varied risks. Two areas of investigation permeate the environment of laboratories involved in monitoring drug quality. These are metrology and risk. The objective of this study was to elaborate a tool for evaluation of Potential Risk laboratories where tests are performed on drugs, minimizing analytical results with questionable reliability. The methodology used was based on the Model of Potential Risk Evaluation (MPRE) applied to RDC 11/12 - ANVISA / MS. The Risk Control Indicators (RCI) were planned in the Excel software. The tool contained 167 RCI. Although contains a large number of indicators, was very useful, applicable and easy to use in laboratory environment. With the help of it is possible identify the categories associated with the deviation of each RCI causes.O homem encontra-se exposto a inúmeros produtos tecnológicos, e dentre eles os medicamentos, com riscos cada vez mais próximos do imponderável. Duas áreas, com ampla inclusão em vários campos do conhecimento, permeiam o ambiente dos laboratórios envolvidos no monitoramento da qualidade destes produtos. Estas são a metrologia e o risco. O objetivo deste trabalho foi elaborar uma ferramenta para avaliação do risco potencial nos laboratórios onde são realizados ensaios em medicamentos, minimizando assim os resultados com confiabilidade analítica duvidosa. A metodologia utilizada foi baseada no Modelo de Avaliação de Risco Potencial (MARP) aplicada a RDC 11/12 – ANVISA/MS. Os Indicadores de Controle do Risco (ICR) foram planificados no software Excel®. A ferramenta apresentou 167 ICR. Apesar do grande número de indicadores, mostrou-se bastante útil, aplicável e de fácil utilização ao ambiente laboratorial. Através dela é possível identificar as categorias das causas associadas ao desvio de cada ICR

    VISÃO DE FAMILIARES SOBRE O CUIDADO COMPARTILHADO DA CRIANÇA COM CONDIÇÃO CRÔNICA HOSPITALIZADA

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    Objetivo: compreender a visão dos familiares de criança com condição crônica hospitalizada sobre o cuidado compartilhado com a equipe de enfermagem. Método: estudo qualitativo, exploratório e descritivo, realizado com dez familiares de crianças com condições crônicas internadas nas enfermarias clínica, cirúrgica e intensiva pediátrica de um Hospital Universitário no Rio de Janeiro, Brasil. A coleta de dados ocorreu mediante aplicação de entrevista semiestruturada. Os dados foram analisados pela análise de conteúdo. Resultados: identificou-se quatro categorias: Buscando uma definição para cuidado compartilhado; Ajudando e aprendendo durante a hospitalização; Exemplificando as formas de realizar cuidado compartilhado no ambiente hospitalar; Sensações vivenciadas pelos cuidados compartilhados. Considerações Finais: na visão dos cuidadores de crianças em condição crônica, o compartilhamento do cuidado nas hospitalizações é percebido como ajuda dos acompanhantes aos profissionais, e não como parte do cuidado. Foram identificados momentos de troca e aprendizado, porém o cuidado pareceu ser mais compartimentado do que compartilhado. Descritores: Família. Criança Hospitalizada. Doença Crônica. Relações Profissional-Família. Enfermagem

    Análise de ISTs e o uso de preservativo entre jovens de 18 a 28 anos com ensino superior completo ou incompleto

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    O preservativo foi criado na tentativa de aumentar a liberdade sexual humana e permanece sendo o melhor método para evitar infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), além da gravidez indesejada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as infecções sexualmente transmissíveis são um dos cinco tipos de doenças para as quais adultos em todo o mundo procuram mais ajuda médica, uma vez que podem causar graves danos fetais e neonatais, neoplasia genital e infertilidade. Além disso, até 90% das ISTs são assintomáticas, dependendo tanto do local da infecção quanto do patógeno responsável. Ademais, devido às altas taxas de assintomatologia e ambientes com recursos limitados, o diagnóstico etiológico de ISTs pode se tornar um obstáculo, uma vez que é necessário diagnosticar a doença para realizar o tratamento adequado. Dessa forma, a discussão sobre a questão do uso do preservativo como grande meio de prevenção às ISTs é de suma importância para o desenvolvimento humano. Assim, as medidas de aperfeiçoamento na educação sexual facilitam o conhecimento sobre os diversos métodos anticoncepcionais, sobre o preservativo e seu uso adequado, no intuito de fortificar e consolidar a saúde sexual e reprodutiva da população. Identificar o risco a exposição de ISTs relacionado ao uso de preservativo em estudantes universitários Aplicação de formulário qualitativo no grupo selecionado, englobando jovens de 18 a 28 anos de idade que estejam cursando ensino superior, em faculdade pública ou privada, ou programas de residência, via internet utilizando a plataforma Google Forms. Posteriormente, foi analisado pelos pesquisadores as respostas fornecidas pelos participantes da pesquisa, com reconhecimento de variáveis que serviram de base para busca em referências em bases de dados com leitura e discussão.&nbsp; No estudo realizado, das 239 pessoas entrevistadas, notou-se uma concentração no sexo feminino e na área da saúde. Além disso, 93,63% (n=220) não tiveram diagnóstico de nenhuma das ISTs listadas até o presente momento da pesquisa. Por outro lado, dentre os 7,94% entrevistados (n=14) que já foram diagnosticados com ISTs, 6 tiveram gonorreia, 2 sífilis e 6 herpes genital. Em relação ao uso do preservativo, aproximadamente 60% (n=143), considerou seu uso essencial. No entanto 39,66% não possuem opinião negativa sobre o uso dos preservativos. Constatou-se também que mais da metade (62,45%) se recusaria a manter relações caso parceiro se negasse a utilizá-lo. Mesmo em meio à crescente liberdade sexual na contemporaneidade, é possível concluir que para essa população analisada, embora haja casos discordantes, a compreensão da necessidade de utilização de preservativos está clara para a maioria dos casos. Nos entrevistados que já tiveram IST detectada é mais clara a percepção dos benefícios do preservativo neste quesito, mas, ao mesmo tempo, a presença da IST e o fato de não gostar de fazer seu uso mostraram certa relação. Esses resultados remetem a necessidade de se manter políticas públicas de incentivo e fortalecimento da utilização do preservativo entre os jovens
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