59 research outputs found

    Os documentos do PHPB: velhas e novas ideias para fazer semântica com eles

    Get PDF
    In this paper, I recall my past experience of reading in a semantic perspective a sample of the corpora assembled by the Project for the History of Brazilian Portuguese. In the course of this analysis, I realised how poor is the idea that any difficulty we feel while reading old texts of our language is due to changes in meaning. I also realised that our analytical tools must be refined in various ways, and that our explanations must be checked carefully against  an usually complex  historical and linguistic background.Neste escrito, relato minha experiência de ler em chave semântica uma amostra dos materiais do Projeto para a História do Português Brasileiro. Essa experiência me convenceu da ingenuidade de pensar que nossa incompreensão na leitura dos textos antigos resulta de uma mudança de sentidos, e também apontou para a necessidade de desconfiar dos meios de análise de que dispomos e de contextualizar de várias maneiras nossas hipóteses de mudança semântica

    LINGUAGEM ATIVIDADE CONSTITUTIVA (IDÉIAS E LEITURAS DE UM APRENDIZ)

    Get PDF
    Linguagem: atividade constitutiva é o título de um célebre artigo de Carlos Franchi que, desde sua publicação em 1977, constitui um marco em nossa bibliografia lingüística e uma competente defesa da necessidade de encarar a linguagem como atividade criativa e não como produto. No presente trabalho, descrevo algumas situações vividas pelos semanticistas e pelos tradutores que constituem, à sua maneira, evidências a favor dessa tese de Franchi. Para mostrar como entendo as situações assim descritas, discuto, antes, algumas maneiras de conceber a comunicação e de entender as relações entre linguagem e pensamento. Um dos pontos de vista discutidos é o relativismo lingüístico. Abstract This paper was written in memory of Professor Carlos Franchi, whose linguistic thought has influenced resesearchers in this country for almost two generations. It deals with one of Franchis seminal ideas, namely that the main role of language is a constitutive rather than a representative one. The paper elaborates on it in semantic terms, assuming that this constitutive role has to do with knowledge. The first part of the paper describes several accounts of the relation between language and knowledge that, to my opinion, misrepresent Franchis views. Among these are not only the structuralist idea that we are spoken by the code, but also the belief that language determines perception and thinking (Whorf) and the idea that language is crucially involved in abstraction (Schaff). In the second part of the paper, I point to some semantic processes (which I have called monitoring, creation of non-conventional objects and heuristics and subvertion) where language has an active role in changing our received conception of the world

    Encore quelques délocutifs

    Full text link

    A semântica do passado composto em português

    Get PDF
    Neste projeto, retomo um tema que foi objeto de uma comunicação apresentada no II Congresso Nacional de Linguística, realizado em 1983 na PUC do Rio de Janeiro. Naquela comunicação, eu centrei minhas atenções em dois problemas que se encontram na tentativa de formular em termos explícitos o papel semântico do Passado Composto,  problemas que consistem, mais precisamente, 1) em formalizar seu sentido iterativo (que contrasta com o das demais perífrases “de tempo” construídas mediante o auxiliar ter, mas é normal para aquela forma quando o verbo de sentido pleno indica ação),  e 2) em manter, nessa formulação,  a possibilidade de relacionar o sentido iterativo com o sentido durativo que, embora menos comum, é  possível quando o predicado indica estado.Na comunicação de 1983, esses dois problemas ou “desafios” vinham formulados com alguma clareza, mas pouco era feito no sentido de sua superação; por outro lado, aquele texto sugeria que tudo mais, na descrição semântica do passado composto português é questão de simples rotina, e isto é certamente falso. A existência de impasses reconhecidos, a possível existência de outros e uma atenção maior à maneira como os vários aspectos da significação do passado composto se articulam justificam a retomada do tema; o propósito, aqui, era o de chegar a uma descrição formal unificada e simples da semântica daquela forma; é possível que este trabalho faça menos do que isso, por exemplo porque as soluções aventadas para os vários problemas parciais não se juntam; é possível também que fique simplesmente ampliado o repertório de impasses

    NOTAS SOBRE O PASSADO COMPOSTO EM PORTUGUÊS

    Get PDF
    Neste texto, trato do pretérito (ou passado) composto do português, e procuro dar conta de alguns valores que o distinguem, no paradigma de conjugação. À diferença do infinitivo pessoal e do subjuntivo futuro, o PASSADO COMPOSTO existe em todas as línguas românicas que conheço; sua singularidade em relação a essas outras línguas, não diz respeito à forma, mas ao sentido; por conseguinte, este texto terá um enfoque semântico e tentará expor alguns dos problemas que encontrei, ao tentar propor para esse tempo composto uma definição semântica mais rigorosa. Abstract This paper deals with the PASSADO COMPOSTO in Brazilian Portuguese, aiming at characterizing the semantic values that distinguish it from other verbal tenses. Different from the personal infinitive and subjunctive future, the PASSADO COMPOSTO exists in all romance languages; its singularity in BP with respect to other romance languages does not concern its form, but rather its meaning. Thus, this paper will focus on its semantic idiosyncrasy and will expose some of the problems found in the search for a more rigorous semantic treatment of such a composed tense

    Comentários de Rodolfo Ilari

    Get PDF
    Há cerca de um ano e meio, mais exatamente nos dias 29 e 30 de abril de 2009, realizou-se no Instituto de Estudos da Linguagem um encontro de trabalho que reuniu cerca de cinquenta de pessoas e que consistiu na exposição e debate de um total de sete trabalhos, não contadas aí uma fala introdutória do Diretor do Instituto, professor Antônio Alcir Pécora, e a fala de encerramento, que ficou por conta de um convidado ilustre, o professor Ataliba Castilho

    Notas de leitura a um conto de Gadda

    Get PDF

    Anáfora e correferência: por que as duas noções não se identificam?

    Get PDF
    Dans cet article je soutiens que l’anaphore textuelle et la co-référence sont deux phénomènes imbriqués mais distincts, si bien que le cas où une expression anaphorique s’ interprète strictement comme la récupération d’un référent présenté préalablement dans le même texte n’est ni le seul possible, ni le plus instructif. Pour le montrer, je me rapporte à un concepte célebre dans la littérature sur la référence - celui de singular term, que Zeno Vendler exposait naguère dans Linguistics and Philosophy (1967), et je montre à propos d’un certain nombre d‘extraits de journaux brésiliens récents qu’il peut y avoir anaphore entre deux syntagmes nominaux du même texte même si ces syntagmes ne peuvent pas être analysés comme des singular terms d’ après les critères de Vendler. Ces exemples montrent que si l’on veut malgré tout donner une explication référentielle de l’anaphore textuelle, on doit payer le prix d’un élargissement considérable du concept de référence. On a alors intérêt à le rédéfinir dans le cadre des représentations réciproques des interlocuteurs et de leurs ressources cognitives, ce qui finit par ramener l’anaphore au domaine des contraintes et des faits traditionellement reconnus comme pragmatiques
    corecore