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    Briozoários como bioindicadores de qualidade ambiental na Baía da Babitonga, Santa catarina

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    Resumo: Espécies indicadoras podem ser definidas como aquelas características de um local e são empregadas para fornecer informações sobre as condições de um ecossistema. Os briozoários, ainda pouco conhecidos tanto em Santa Catarina quanto no Brasil, podem ser utilizados como indicadores. O objetivo deste trabalho foi identificar os briozoários da Baía da Babitonga sinalizando possíveis introduções e também as espécies indicadoras de condições ambientais peculiares através da relação entre a variabilidade espacial da abundância e as características ambientais dos locais de ocorrência das espécies. A Baía da Babitonga foi escolhida por ser o maior estuário de Santa Catarina e local de elevada biodiversidade e produtividade, que vem sofrendo com a degradação ambiental decorrente da ocupação humana e das atividades relacionadas à urbanização. Durante o inverno e verão, conjuntos experimentais compostos por seis pares de placas de polietileno de dimensões 12x12 cm foram submersos por três meses em onze locais. Para cada local foram registradas variáveis ambientais relacionadas à água, ao sedimento e à urbanização. Foram identificados 19 táxons de briozoários, sendo que 15 correspondem a novas ocorrências para o estado de Santa Catarina e quatro também são novas ocorrências para a região Sul. Somente Amathia brasiliensis foi considerada nativa, Hippoporina indica é provavelmente introduzida na costa brasileira e as demais espécies são criptogênicas. A Análise de Correspondência - DCA evidenciou uma separação entre os locais do inverno e verão em relação à abundância dos briozoários. Para o inverno foram consideradas indicadoras de abundância Bugula neritina e Bugula stolonifera e para o verão Alcyonidium sp., Victorella sp. e Hippoporina indica. No inverno a riqueza foi maior na entrada da Baía enquanto no verão, na região intermediária, sendo menor no interior da baía em ambos os períodos. A maioria dos táxons de briozoários encontrados foi considerada generalista em relação às condições ambientais, por estar bem distribuída ao longo da baía. Considerando as características ambientais e a abundância dos briozoários, foram encontrados três táxons indicadores. Victorella sp. foi considerada indicadora para o interior da baía que apresenta, principalmente, baixa salinidade e alta contaminação por metais pesados. Somente no verão, Electra tenella esteve associada a três locais da região intermediária da baía que apresentam características como a alta concentração de nitrato, baixas concentrações de alguns metais, dentre outras. Hippoporina indica foi considerada indicadora devido à sua intolerância às características ambientais do interior da baía, sendo ausente nesta região. Este estudo representa uma linha de base para avaliações dos efeitos das alterações ambientais futuras na Baía da Babitonga, sendo que a utilização de briozoários como indicadores pode ser uma ferramenta útil nos monitoramentos. Estudos que avaliem experimentalmente em campo e em laboratório a tolerância dos táxons indicadores a condições ambientais específicas seriam a próxima etapa no entendimento dos motivos da distribuição espacial dos briozoários observada na baía da Babitonga

    Taxonomia e distribuição de briozoários marinhos do litoral do Paraná

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    Orientador: Maria Angélica HaddadCoorientador: Leandro Manzoni VieiraMonografia (Bacharelado) - Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Curso de Graduação em Ciências BiológicasResumo : As espécies do Filo Bryozoa são, em sua maioria, colônias marinhas bentônicas. A forma das colônias é variada que, juntamente com características relativas aos zoóides, fundamentam a identificação taxonômica destes animais. O litoral do Paraná, apesar de ser um dos menores do Brasil em extensão, tem registros de 40 espécies de briozoários. O objetivo geral do presente estudo é realizar um levantamento taxonômico das espécies de briozoários do litoral do Paraná, que foi iniciado por Ernst Marcus em 1941. Este foi realizado através da identificação e redescrição das espécies encontradas em costões rochosos e substratos artificiais, de zona entremarés e sublitoral raso (até 10 m) em várias localidades do litoral do Paraná. Foram analisadas amostras de substratos biológicos e placas artificiais de experimentos de fouling coletadas no litoral paranaense desde o início da década de 1980, a maioria proveniente de estudos de outros grupos incrustantes, principalmente hidrozoários. Para a identificação, os espécimes foram fotografados sob microscópio estereoscópico e Microscópio Eletrônico de Varredura. Foram encontradas 15 famílias de briozoários, destas, cinco são novas ocorrências para o sul do Brasil: Aeverrilliidae, Epistomiidae, Quadricellariidae, Catenicellidae e Savignyellidae. Foram identificados 27 táxons de briozoários, dos quais 16 foram coletados pela primeira vez para o Estado do Paraná: Amathia vidovici, Amathia convoluta, Aeverrillia setigera, Conopeum sp., Electra tenella, Jellyella sp., Biflustra sp.1, Biflustra sp.2, Nellia sp., Bugula stolonifera, Bugula uniserialis, Bicellariella edentata, Synnotum aegyptiacum, Catenicella uberrima, Savignyella lafontii, Hippoporina indica, elevando para 56 o número de táxons citados para o Estado. Das 11 espécies já citadas para a costa paranaense encontradas no presente estudo, somente Membraniporopsis tubigera não provém dos trabalhos da década de 40. Esta espécie foi relatada para o Paraná a partir de 1997, arribada na areia das praias. Tanto substratos naturais, quanto artificiais foram utilizados pelos briozoários, e, algumas colônias foram coletadas através de rede de arrasto ou simplesmente na areia da praia. A maioria dos briozoários encontrados apresenta ampla distribuição ou é distribuída no Atlântico e no Pacífico. O número elevado de novas ocorrências reflete a lacuna no estudo destes animais, tanto no Paraná quanto no Sul do Brasil, demonstrando a necessidade de pesquisas acerca do grupo

    Percepção ambiental dos colaboradores sobre os resíduos no campus universitário de Mafra/SC

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    A preocupação com a preservação do meio ambiente tem sido um assunto bastante tratado nos últimos anos, principalmente pela grande produção de resíduos sólidos. Esta pesquisa teve como objetivos analisar o conhecimento dos colaboradores da Universidade do Contestado, Campus Mafra/SC, sobre os materiais recicláveis e os resíduos gerados no Campus. Além disso, foi verificada se a utilização das lixeiras está sendo realizada de forma correta conforme sua descrição e cor. A pesquisa foi realizada através de questionários aplicados aos colaboradores e verificação in loco das lixeiras. Os colaboradores apresentaram conhecimento sucinto em relação à reciclagem. Sabem o conceito e as cores relacionadas às lixeiras da coleta seletiva e quais são as categorias referentes a essas cores, entretanto os mesmos ainda confundem os materiais recicláveis e os que não podem ser reaproveitados. Após o levantamento dos dados foi possível ressaltar a importância de programas na área ambiental no ambiente universitário. Uma vez que os colaboradores adquirem conhecimento e ganham nova mentalidade sobre a preservação do meio ambiente, criam novas atitudes tornando-se agentes multiplicadores de boas práticas ambientais.  

    Substrate type as a selective tool against colonization by non-native sessile invertebrates

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    Substratos de diferentes materiais, cores, texturas e orientação podem influenciar seletivamente no recrutamento de invertebrados sésseis e, assim, influenciar a comunidade resultante. Deste modo, o substrato pode funcionar como barreira contra o estabelecimento de espécies não nativas (NIS, na sigla em inglês). No sul do Brasil, o granito é a principal rocha formadora de costões rochosos naturais disponíveis para organismos incrustantes. Nesta investigação, nós testamos se o granito seleciona o recrutamento de espécies e se poderia, assim, impedir a colonização de espécies introduzidas ou criptogênicas já estabelecidas em substratos artificiais na região. Placas não polidas de granito e de polietileno foram submersas a cada mês em um píer de um iate clube na Baía de Paranaguá. Há uma comunidade já estabelecida sobre colunas de concreto e sobre flutuadores de fibra de vidro presentes no iate clube. Depois de um, dois e doze meses, as espécies presentes nas placas de diferentes materiais foram comparadas entre si e também com outros substratos. O granito foi colonizado por todas as sete espécies introduzidas encontradas na região, e por 18 das 26 espécies criptogênicas, sendo então ineficaz como barreira contra a colonização de NIS.Different substrates of varying composition, color, texture and orientation may selectively influence recruitment of sessile invertebrates and thereby influence the resultant community. Thus substrates may act as a barrier to the establishment of non-indigenous species (NIS). In southern Brazil, granite is the main rock forming natural rocky walls that are available for encrusting organisms. In this study we tested whether granite selectively influences recruitment and impedes colonization by introduced and cryptogenic species that are already established on artificial substrates within the region. Plates of rough cut granite and of polyethylene were made available each month under a pier at a yacht club in Paranaguá Bay. A community is already established on concrete columns and fiber glass floats on the piers. After one, two and twelve months, the faunal composition of the plates was compared between the two treatments and other artificial substrates. Granite was recruited by all the seven introduced species found in the Bay and by 18 of 26 cryptogenic species and therefore is ineffective as a barrier to NIS colonization

    Briozoários como bioindicadores de qualidade ambiental na Baía da Babitonga, Santa catarina

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    Resumo: Espécies indicadoras podem ser definidas como aquelas características de um local e são empregadas para fornecer informações sobre as condições de um ecossistema. Os briozoários, ainda pouco conhecidos tanto em Santa Catarina quanto no Brasil, podem ser utilizados como indicadores. O objetivo deste trabalho foi identificar os briozoários da Baía da Babitonga sinalizando possíveis introduções e também as espécies indicadoras de condições ambientais peculiares através da relação entre a variabilidade espacial da abundância e as características ambientais dos locais de ocorrência das espécies. A Baía da Babitonga foi escolhida por ser o maior estuário de Santa Catarina e local de elevada biodiversidade e produtividade, que vem sofrendo com a degradação ambiental decorrente da ocupação humana e das atividades relacionadas à urbanização. Durante o inverno e verão, conjuntos experimentais compostos por seis pares de placas de polietileno de dimensões 12x12 cm foram submersos por três meses em onze locais. Para cada local foram registradas variáveis ambientais relacionadas à água, ao sedimento e à urbanização. Foram identificados 19 táxons de briozoários, sendo que 15 correspondem a novas ocorrências para o estado de Santa Catarina e quatro também são novas ocorrências para a região Sul. Somente Amathia brasiliensis foi considerada nativa, Hippoporina indica é provavelmente introduzida na costa brasileira e as demais espécies são criptogênicas. A Análise de Correspondência - DCA evidenciou uma separação entre os locais do inverno e verão em relação à abundância dos briozoários. Para o inverno foram consideradas indicadoras de abundância Bugula neritina e Bugula stolonifera e para o verão Alcyonidium sp., Victorella sp. e Hippoporina indica. No inverno a riqueza foi maior na entrada da Baía enquanto no verão, na região intermediária, sendo menor no interior da baía em ambos os períodos. A maioria dos táxons de briozoários encontrados foi considerada generalista em relação às condições ambientais, por estar bem distribuída ao longo da baía. Considerando as características ambientais e a abundância dos briozoários, foram encontrados três táxons indicadores. Victorella sp. foi considerada indicadora para o interior da baía que apresenta, principalmente, baixa salinidade e alta contaminação por metais pesados. Somente no verão, Electra tenella esteve associada a três locais da região intermediária da baía que apresentam características como a alta concentração de nitrato, baixas concentrações de alguns metais, dentre outras. Hippoporina indica foi considerada indicadora devido à sua intolerância às características ambientais do interior da baía, sendo ausente nesta região. Este estudo representa uma linha de base para avaliações dos efeitos das alterações ambientais futuras na Baía da Babitonga, sendo que a utilização de briozoários como indicadores pode ser uma ferramenta útil nos monitoramentos. Estudos que avaliem experimentalmente em campo e em laboratório a tolerância dos táxons indicadores a condições ambientais específicas seriam a próxima etapa no entendimento dos motivos da distribuição espacial dos briozoários observada na baía da Babitonga

    Substrate type as a selective tool against colonization by non-native sessile invertebrates

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    Different substrates of varying composition, color, texture and orientation may selectively influence recruitment of sessile invertebrates and thereby influence the resultant community. Thus substrates may act as a barrier to the establishment of non-indigenous species (NIS). In southern Brazil, granite is the main rock forming natural rocky walls that are available for encrusting organisms. In this study we tested whether granite selectively influences recruitment and impedes colonization by introduced and cryptogenic species that are already established on artificial substrates within the region. Plates of rough cut granite and of polyethylene were made available each month under a pier at a yacht club in Paranaguá Bay. A community is already established on concrete columns and fiber glass floats on the piers. After one, two and twelve months, the faunal composition of the plates was compared between the two treatments and other artificial substrates. Granite was recruited by all the seven introduced species found in the Bay and by 18 of 26 cryptogenic species and therefore is ineffective as a barrier to NIS colonization.<br>Substratos de diferentes materiais, cores, texturas e orientação podem influenciar seletivamente no recrutamento de invertebrados sésseis e, assim, influenciar a comunidade resultante. Deste modo, o substrato pode funcionar como barreira contra o estabelecimento de espécies não nativas (NIS, na sigla em inglês). No sul do Brasil, o granito é a principal rocha formadora de costões rochosos naturais disponíveis para organismos incrustantes. Nesta investigação, nós testamos se o granito seleciona o recrutamento de espécies e se poderia, assim, impedir a colonização de espécies introduzidas ou criptogênicas já estabelecidas em substratos artificiais na região. Placas não polidas de granito e de polietileno foram submersas a cada mês em um píer de um iate clube na Baía de Paranaguá. Há uma comunidade já estabelecida sobre colunas de concreto e sobre flutuadores de fibra de vidro presentes no iate clube. Depois de um, dois e doze meses, as espécies presentes nas placas de diferentes materiais foram comparadas entre si e também com outros substratos. O granito foi colonizado por todas as sete espécies introduzidas encontradas na região, e por 18 das 26 espécies criptogênicas, sendo então ineficaz como barreira contra a colonização de NIS
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