Visions of Utopia: Sweden, the BBC and the Welfare State

Drawing on manuscripts and transcripts of BBC programme output, and material from the Radio Times, and the BBC’s The Listener magazine, this article analyses radio talks and programmes that focused on Sweden in the immediate years after the Second World War when the Swedish model was widely popularised abroad. The article argues that BBC output entangled domestic politics and transnational ideas around post-war reconstruction and welfare. Sweden was used as a lens through which a modern welfare state could be visualised and justified. This was however Utopia in two senses since the image of Sweden presented was in itself a highly idealised representation

Do público e do privado: uma perspectiva de género sobre uma dicotomia moderna

Neste texto propomos uma interpretação crítica da dicotomia histórica entre público e privado como dinâmica fundamental da modernidade. A partir de uma perspectiva de género, discutimos as fronteiras construídas entre espaço coletivo de cidadania e de sociabilidade e espaço individual de intimidade e desigualdade. Argumentamos a favor de uma relação de cumplicidade, ainda que tensa, entre as duas esferas, observando que a vida privada foi, em grande medida, moldada pelas mudanças operadas na vida pública. Recorrendo a diferentes definições de "público", notamos que, à medida que as sociabilidades tradicionais, essencialmente masculinas, estudadas entre outros por Ariès ou Sennett, sofriam uma erosão, crescia o sentimento de intimidade, aumentando igualmente a inclusão do privado no público através do alargamento da cidadania, em consequência das lutas travadas na esfera pública por vários movimentos de emancipação, como o operário ou o feminista. À medida que a pessoa era retirada da comunidade, do clã, do grupo de parentesco, em que eram "naturais" as desigualdades, no sentido aristotélico do termo, ia-se reencontrando progressivamente como indivíduo portador de cidadania. Se o espaço privado se tornou central na definição de uma identidade, ele é também crescentemente atravessado por mecanismos públicos de regulação. Nesse sentido, o movimento de ascensão do privado, que nas últimas décadas tem ocupado espaço de debate, deve ser cuidadosamente reinterpretado

Reviewing Hegemonic Masculinities and Men in Sweden and South Africa

The concept of ‘hegemonic masculinity’ continues to be used widely in gendered studies of men and masculinities, though this does not signify consensus on its meaning and conceptual value. In this article we introduce some different ways in which the concept has been used theoretically, and compare two different political and conceptual locations in which it has been employed, namely South Africa and Sweden. This arises from a collaborative project between teams of researchers based in these two countries. The goal of this project is to review critically and reflexively the use of the concept and associated concepts in the gendered, largely feminist and profeminist, national literatures in the two countries. While both countries have strong feminist traditions, they are distinguished by marked differences in history, geopolitical location and socio-economic structure. This in turn raises more general questions around the relation of the traveling of theory and concepts, and national and transnational context