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ESCREVER À MARGEM DA HISTÓRIA
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Gravação: TV-PUC
Edição: Ana Paula da Costa Carvalho de Jesus, Maria Rosa Duarte de Oliveira, Sandro Roberto Maio, TV-PUC
Escrever à margem da história
Milton Hatoum
Memória e Imaginação
A experiência da leitura
Biografia de espectros
Crônicas
Esaú e Jacó e Dois Irmãos
O escritor e a crÃtica
Mito do Eldorado
Processo criativo: Órfãos do Eldorado
Personagen
A dois passos do deserto: visões urbanas de Euclides na Amazônia
The reading of som e Euclides da Cunha ’s letters discloses his restless and urban look on the “em blem atic’’ Amazonian. His am biguous feelings into this region, hesitating between enchantm ent and dislike, contribute to a strained and ‘m iragic’ writing, that is tied to modernity im pression from Belem and Manaus cities.Através de algumas cartas de Euclides da Cunha tomamos conhecimento do seu olhar inquieto e urbano sobre a ‘‘emblemática’' Amazônia. O fascÃnio e a aversão do escritor pela alteridade da região contribuem para uma escrita de tensão e miragem associada à s impressões de modernidade, sugeridas pelas cidades de Belém e Manau
Um Jovem, o Velho e um Livro
Ontem o Velho morreu. Dizem que ele passara dos noventa anos sem perder a noção do espaço e do tempo. Sempre usava um paletó branco e encardido, na lapela, um broto de antúrio que, de longe, parecia um objeto vermelho cravado no lado esquerdo do peito. De perto, o broto invocava um membro diminuto e obsceno que irradiava comentários maldosos. SabÃamos pouco de sua vida: era um professor aposentado, solteirão e invisÃvel nas noites de Manaus. Aos sábados, visitava filhos e netos de amigos, porque os amigos, mesmo, já repousavam no fundo do rio, como ele costumava dizer. Fazia tempo que eu não o via, e não sei se ele teria reconhecido um dos meninos que o rodeavam para ouvir sua voz. Eu o conheci em 1964, quando ele sentava em um banco da praça Balbi, contava histórias, gracejava com as garças