19 research outputs found

    Enraizamento social do mercado no Brasil : uma abordagem a partir da economia política institucionalista e dos intérpretes do Brasil

    Get PDF
    O presente trabalho aborda uma categoria central na análise econômica, o mercado. Assume, com base no referencial teórico da economia política institucionalista, dois pressupostos: 1º) que os mercados são instituições enraizadas históricae socialmente e 2º) que a noção de mercado livre, tão importante para o liberalismo ortodoxo, é insustentável, dado que a abrangência do mercado é também uma construção social que muda conforme a época e a interação das forças políticas. Uma análise mais específica do enraizamento dessa instituição e das suas determinações políticas será feita observando-se as formulações dos chamados Intérpretes do Brasil. Com essa literatura buscar-se-á mostrar que no Brasil, os mercados se desenvolveram apropriados por grupos de interesses, acarretando distorções em seus mecanismos de incentivos. Várias razões são apresentadas para essa apropriação, incluindo desde a influência do patrimonialismo herdado de Portugal até a dependência econômica do país. O presente trabalho, contudo, segue a interpretação mais recente que identifica a estrutura extremamente desigual e excludente da distribuição de riqueza como a causa das distorções no funcionamento do mercado.This paper studies the market, a central category in economic analysis, from the theoretical framework of institutionalist political economy. Two premises are assumed: 1) Firstly, markets are institutions rooted in history and society, and 2) Secondly the concept of a free market, which is important for orthodox arguments, is unsustainable because the market is a social construction that changes in time and is influenced by political forces. A specific analysis of the embeddedness of this institution and its political determinations will be performed, observing the formulations of the so-called “Interpreters of Brazil”. From these interpretations, this paper will try to show that Brazilian markets have worked appropriated by powerful groups of interest, distorting its incentive mechanisms. Several explanations for this appropriation have been presented, including the influence of Portuguese patrimonialism and the type of economic dependence established during colonization. The present paper, however, follows the most recent interpretation which identifies the extremely unequal and exclusionary structure of wealth distribution as the cause of the lack of functionality of the market

    Enraizamento social do mercado no Brasil: uma abordagem a partir da economia política institucionalista e dos intérpretes do Brasil

    Get PDF
    O presente trabalho aborda uma categoria central na análise econômica, o mercado. Assume, com baseno referencial teórico da economia política institucionalista, dois pressupostos: 1º) que os mercados sãoinstituições enraizadas histórica e socialmente e 2º) que a noção de mercado livre, tão importante para oliberalismo ortodoxo, é insustentável, dado que a abrangência do mercado é também uma construção social quemuda conforme a época e a interação das forças políticas. Uma análise mais específica do enraizamento dessainstituição e das suas determinações políticas será feita observando-se as formulações dos chamados Intérpretesdo Brasil. Com essa literatura buscar-se-á mostrar que no Brasil, os mercados se desenvolveram apropriados porgrupos de interesses, acarretando distorções em seus mecanismos de incentivos. Várias razões são apresentadaspara essa apropriação, incluindo desde a influência do patrimonialismo herdado de Portugal até a dependênciaeconômica do país. O presente trabalho, contudo, segue a interpretação mais recente que identifica a estruturaextremamente desigual e excludente da distribuição de riqueza como a causa das distorções no funcionamentodo mercado

    A evolução da macroeconomia moderna entre perspectivas : em busca de uma sistematização

    Get PDF
    Longe de ser uma reconstrução sintética de autores e ideias, a história do pensamento econômico se apresenta mais como narrativas entrecortadas por perspectivas distintas. Uma mostra disso pode ser encontrada em Keynes, que construiu sua teoria geral ao se opor ao que no seu entendimento seria a Escola Clássica, mas que abrangia a teoria neoclássica. Apesar das objeções ao solecismo de Keynes, a história das ideias econômicas passou, sem muitas ressalvas, a ser contada incorporando sua definição. Esse artigo busca sistematizar as principais contribuições à Macroeconomia a partir de duas perspectivas analíticas distintas, a de Keynes e a convencional, sumarizada por Joan Robinson. Sustentar-se-á que as diferentes classificações operadas por estas distintas abordagens geram indefinições na análise a respeito dos aspectos coincidentes e contraditórios das diversas teorias macroeconômicas

    A evolução da macroeconomia moderna entre perspectivas : em busca de uma sistematização

    Get PDF
    Longe de ser uma reconstrução sintética de autores e ideias, a história do pensamento econômico se apresenta mais como narrativas entrecortadas por perspectivas distintas. Uma mostra disso pode ser encontrada em Keynes, que construiu sua teoria geral ao se opor ao que no seu entendimento seria a Escola Clássica, mas que abrangia a teoria neoclássica. Apesar das objeções ao solecismo de Keynes, a história das ideias econômicas passou, sem muitas ressalvas, a ser contada incorporando sua definição. Esse artigo busca sistematizar as principais contribuições à Macroeconomia a partir de duas perspectivas analíticas distintas, a de Keynes e a convencional, sumarizada por Joan Robinson. Sustentar-se-á que as diferentes classificações operadas por estas distintas abordagens geram indefinições na análise a respeito dos aspectos coincidentes e contraditórios das diversas teorias macroeconômicas.Far from being a synthetic reconstruction of authors and ideas, the history of economic thought is presented more as narratives interspersed with different perspectives. An example of this is Keynes, who built his general theory to oppose the Classical School, but covering the neoclassical theory. Despite objections to the solecism of Keynes, the history of economic thought was reckoned incorporating his definition but few exceptions. The aim of this paper is to analyze the main contributions to macroeconomic thinking from two different analytical cuts, the conventional synthesized by Joan Robinson and that of Keynes. Therefore we argue the use of these different perspectives on understanding of same contents, causes uncertainties in Macroeconomics stopping to adequately consider the overlapping and contradictory aspects of macroeconomic theories

    O acoplamento entre sociedade e economia: a teoria dos sistemas nas contribuições de Talcott Parsons e Niklas Luhmann

    Get PDF
    Mais recentemente, a preocupação comum de sociólogos e economistas com temas que pareciam ser antes exclusivos à sociologia e à economia tem suscitado importantes reflexões sobre as possibilidades da cooperação interdisciplinar. Contribuições dos dois lados têm sido relevantes nesse sentido. Na economia, assiste-se ao resgate do institucionalismo, que, mesmo sobre novas roupagens, tem dado um caráter mais social às pesquisas econômicas. Na sociologia, o surgimento de uma disciplina específica, a Nova Sociologia Econômica, também caminha reforçando a preocupação com o caráter social dos fenômenos econômicos. O presente trabalho, à luz dessas preocupações, discute o imbricamento social da esfera econômica. A ênfase, contudo, é na Teoria dos Sistemas de Talcott Parsons e Niklas Luhmann, pelo entendimento de que esta, principalmente na perspectiva do segundo autor, pode apresentar contribuições tanto do ponto de vista formal quanto substantivo para aproximar o domínio econômico do social. http://dx.doi.org/10.5902/638

    The coupling between the economy and society : the theory of systems in the contributions of Talcott Parsons and Niklas Luhmann

    Get PDF
    Mais recentemente, a preocupação comum de sociólogos e economistas com temas que pareciam ser antes exclusivos à sociologia e à economia tem suscitado importantes reflexões sobre as possibilidades da cooperação interdisciplinar. Contribuições dos dois lados têm sido relevantes nesse sentido. Na economia, assiste-se ao resgate do institucionalismo, que, mesmo sobre novas roupagens, tem dado um caráter mais social às pesquisas econômicas. Na sociologia, o surgimento de uma disciplina específica, a Nova Sociologia Econômica, também caminha reforçando a preocupação com o caráter social dos fenômenos econômicos. O presente trabalho, à luz dessas preocupações, discute o imbricamento social da esfera econômica. A ênfase, contudo, é na Teoria dos Sistemas de Talcott Parsons e Niklas Luhmann, pelo entendimento de que esta, principalmente na perspectiva do segundo autor, pode apresentar contribuições tanto do ponto de vista formal quanto substantivo para aproximar o domínio econômico do social.More recently, the common concern of economists and sociologists with themes that seemed to be exclusive before the sociology and economics, has raised important points about the possibilities of interdisciplinary cooperation. Contributions from both sides have been leading in this direction. The economy is experiencing the rescue of institutionalism, that even on new robes, has a more social character of economic research. In sociology, the emergence of a specific discipline, the New Economic Sociology, also walks reinforcing the concern with the social character of economic phenomena. This work, in the light of these concerns and others, discusses the overlapping of social economic sphere. The emphasis, however, is the Systems Theory of Talcott Parsons and Niklas Luhmann. This we understand by the prospect of systems offered by these authors, especially the second, may make contributions in both formal substantive to bring about the economic domain of society

    Democracia e sociedade de mercado : um ensaio sobre as ideias comparadas de Milton Friedman e Karl Polanyi

    Get PDF
    O presente trabalho aborda as visões de Milton Friedman e Karl Polanyi sobre a relação entre economia e democracia. O objetivo é buscar contraponto à afirmação de Friedman (1985) de que a economia de mercado é a única forma de alocação econômica compatível com a democracia. Não se trata, contudo, de um exercício de engenharia social, a qual se busca combinar organização econômica e formas de governo adequadas, mas mostrar que as conclusões de Friedman estão equivocadas por estarem embasadas em uma concepção falaciosa da relação entre economia, mercado e sociedade. Em outros termos, seu liberalismo econômico incorre nos erros lógicos e conceituais aludidos por Polanyi, a saber, reduz o âmbito do econômico aos fenômenos de mercado e amplia o domínio dos fenômenos econômicos a ponto de abarcar os demais fenômenos sociais.This paper discusses the views of Milton Friedman and Karl Polanyi on the relationship between economy and democracy. The goal is to seek a counterpoint to Friedman's assertion that the market economy is the only form of organization compatible with democracy. This is not, however, an exercise in social engineering, which seeks to combine economic organization and appropriate government forms, but to show that Friedman's conclusions are wrong because they are based in a fallacious conception of the relationship between the economy, the market and society. In other words, its economic liberalism incurs in of logical and conceptual errors alluded to by Polanyi, namely, reduces the scope of the economic to market phenomena and / or extends the domain of economic phenomena as to encompass other social phenomena

    Max Weber, John Neville Keynes e o Methodenstreit : disputa e conciliação metodológica

    Get PDF
    Em fins do século XIX e início do século XX, a economia caminhava para se tornar uma ciência autônoma em meio a uma controvérsia mais geral, na qual se opunham os defensores do método abstrato/dedutivo e os do método histórico/indutivo. Dentre as soluções propostas para conciliar as duas perspectivas, destacam-se a de Max Weber na Alemanha e a de John Neville Keynes na Inglaterra. O presente trabalho pretende analisar e contrapor o posicionamento e as soluções propostas pelos dois autores para essa disputa metodológica. A hipótese é que o ponto de vista tanto de Keynes quanto de Weber teria sancionado o rumo posterior das Ciências Econômicas, por admitir lugares separados embora complementares à história e à teoria econômica dentro do pensamento econômico

    O institucionalismo de Douglass North e as interpretações weberianas do atraso brasileiro

    No full text
    A principal proposição da teoria de Douglass North é que as instituições formam-se com diferentes graus de eficiência de sociedade para sociedade para promover a cooperação entre os agentes. Existem, a princípio, dois tipos de eficiência: a produtiva e a adaptativa. À luz das formulações teóricas de North e dos "interpretes" do Brasil, a saber, Sérgio Buarque de Holanda, Vianna Moog e Raymundo Faoro, este trabalho analisa as especificidades das instituições brasileiras que justificam seu atraso. Dessa leitura comum, apesar de os "interpretes" e North perfilharem-se a marcos teóricos bem distintos, destacou-se o fato da sociedade brasileira ser ineficiente tanto em termos produtivos quanto adaptativos. Duas razões justificam a ineficiência produtiva: a primeira diz respeito à cooperação, ou seja, produziu-se um intercâmbio baseado nas redes de relações pessoais em detrimento da impessoalidade advogada por North. A segunda razão advém do fato de o marco institucional brasileiro não ter estimulado a competição. Em Faoro, isto ocorre porque o Estado não assume o papel de fiador de uma ordem jurídica impessoal e universal. Em Sérgio Buarque, a devoção dos brasileiros para com as relações pessoais, ensejou um tipo de cooperação contrária às instituições modernas como o Estado e o mercado. Para Moog, por sua vez, as relações capitalistas foram desvirtuadas pelo espírito predatório herdado das bandeiras. Em se tratando da eficiência adaptativa, poder-se-ia dizer, de acordo com Faoro, que o tipo de arranjo institucional que se desenvolveu no Brasil favoreceu o interesse dos grupos de poder em detrimento dos direitos dos cidadãos. Para Sérgio Buarque e Vianna Moog, a educação no país apresentou-se mais como ornamento e fonte de prestígio formal do que meio para gerar conhecimento produtivo. Quanto à democracia e a garantia das liberdades, para Sérgio Buarque, o que de fato existiu foi a substituição de um personalismo por outro. Em Moog, tanto os valores que animaram os bandeirantes, quanto o mazombo, incentivaram o desenvolvimento de uma ética contrária ao espírito público. Por fim, no que diz respeito à mudança institucional, o patrimonialismo, na visão de Faoro, é a estrutura que se renova e se perpetua, sendo a mudança filtrada pelo estamento. Em Sérgio Buarque, é o personalismo o elemento a permanecer em todo o processo de mudança institucional. Na concepção de Moog, é o espírito predatório herdado das bandeiras elevado à condição de imagem mental coletiva que impede a mudança institucional.The main proposition of Douglass North's theory is that institutions are formed with different degrees of efficiency of society for society to promote cooperation among agents. There are, in principle, two types of efficiency: the productive and adaptive. Despite the theoretical formulations of North and "interpreters" of Brazil, namely, Sérgio Buarque de Holanda, Vianna Moog and Raymundo Faoro, this work examines the peculiarities of Brazilian institutions to justify their "backwardness". From this common reading, although the "interpreters" and North shares distinct theoreticals framework, there is the fact that brazilian society is inefficient in terms productive and adaptive. Two reasons justify the productive inefficiency: the first relates to cooperation, that is produced is an exchange based on networks of personal relationships rather than impersonality sustained by North. The second reason is the fact that the Brazilian institutional matrix has not encouraged competition. To Faoro, this occurs because the State does not assume the role of guarantor of an impersonal and universal legal order. To Sérgio Buarque, the devotions of brazilians to personal relationships encouraged a type of relationship against the modern State and market. To Moog, in turn, the capitalist relations have been corrupted by predatory spirit inherited the "bandeiras". In the case of adaptive efficiency, one could say, according Faoro, the type of institutional arrangement that has developed in Brazil favored the interests of groups of power to the detriment of citizens' rights. According to Sérgio Buarque and Vianna Moog, education in the country has been presented more as ornament and source of prestige than as a way to generate productive knowledge. In respect to democracy and liberties, which in fact existed, second Sérgio Buarque, was the replacement of one by another personalism. To Moog, both the values that animated the "bandeirantes", as mazombo, encouraged the development of an ethic against the public spirit. Finally, with respect to institutional change, the patrimonialism, in the view of Faoro, is the structure that is renewed, the change is filtered by the groups of status. In Sérgio Buarque, personalism is the element to remain in the whole process of institutional change. In View of Moog, the predatory spirit of "bandeiras", like a collective simbol, is the legacy that prevents institutional change

    O institucionalismo de Douglass North e as interpretações weberianas do atraso brasileiro

    No full text
    A principal proposição da teoria de Douglass North é que as instituições formam-se com diferentes graus de eficiência de sociedade para sociedade para promover a cooperação entre os agentes. Existem, a princípio, dois tipos de eficiência: a produtiva e a adaptativa. À luz das formulações teóricas de North e dos "interpretes" do Brasil, a saber, Sérgio Buarque de Holanda, Vianna Moog e Raymundo Faoro, este trabalho analisa as especificidades das instituições brasileiras que justificam seu atraso. Dessa leitura comum, apesar de os "interpretes" e North perfilharem-se a marcos teóricos bem distintos, destacou-se o fato da sociedade brasileira ser ineficiente tanto em termos produtivos quanto adaptativos. Duas razões justificam a ineficiência produtiva: a primeira diz respeito à cooperação, ou seja, produziu-se um intercâmbio baseado nas redes de relações pessoais em detrimento da impessoalidade advogada por North. A segunda razão advém do fato de o marco institucional brasileiro não ter estimulado a competição. Em Faoro, isto ocorre porque o Estado não assume o papel de fiador de uma ordem jurídica impessoal e universal. Em Sérgio Buarque, a devoção dos brasileiros para com as relações pessoais, ensejou um tipo de cooperação contrária às instituições modernas como o Estado e o mercado. Para Moog, por sua vez, as relações capitalistas foram desvirtuadas pelo espírito predatório herdado das bandeiras. Em se tratando da eficiência adaptativa, poder-se-ia dizer, de acordo com Faoro, que o tipo de arranjo institucional que se desenvolveu no Brasil favoreceu o interesse dos grupos de poder em detrimento dos direitos dos cidadãos. Para Sérgio Buarque e Vianna Moog, a educação no país apresentou-se mais como ornamento e fonte de prestígio formal do que meio para gerar conhecimento produtivo. Quanto à democracia e a garantia das liberdades, para Sérgio Buarque, o que de fato existiu foi a substituição de um personalismo por outro. Em Moog, tanto os valores que animaram os bandeirantes, quanto o mazombo, incentivaram o desenvolvimento de uma ética contrária ao espírito público. Por fim, no que diz respeito à mudança institucional, o patrimonialismo, na visão de Faoro, é a estrutura que se renova e se perpetua, sendo a mudança filtrada pelo estamento. Em Sérgio Buarque, é o personalismo o elemento a permanecer em todo o processo de mudança institucional. Na concepção de Moog, é o espírito predatório herdado das bandeiras elevado à condição de imagem mental coletiva que impede a mudança institucional.The main proposition of Douglass North's theory is that institutions are formed with different degrees of efficiency of society for society to promote cooperation among agents. There are, in principle, two types of efficiency: the productive and adaptive. Despite the theoretical formulations of North and "interpreters" of Brazil, namely, Sérgio Buarque de Holanda, Vianna Moog and Raymundo Faoro, this work examines the peculiarities of Brazilian institutions to justify their "backwardness". From this common reading, although the "interpreters" and North shares distinct theoreticals framework, there is the fact that brazilian society is inefficient in terms productive and adaptive. Two reasons justify the productive inefficiency: the first relates to cooperation, that is produced is an exchange based on networks of personal relationships rather than impersonality sustained by North. The second reason is the fact that the Brazilian institutional matrix has not encouraged competition. To Faoro, this occurs because the State does not assume the role of guarantor of an impersonal and universal legal order. To Sérgio Buarque, the devotions of brazilians to personal relationships encouraged a type of relationship against the modern State and market. To Moog, in turn, the capitalist relations have been corrupted by predatory spirit inherited the "bandeiras". In the case of adaptive efficiency, one could say, according Faoro, the type of institutional arrangement that has developed in Brazil favored the interests of groups of power to the detriment of citizens' rights. According to Sérgio Buarque and Vianna Moog, education in the country has been presented more as ornament and source of prestige than as a way to generate productive knowledge. In respect to democracy and liberties, which in fact existed, second Sérgio Buarque, was the replacement of one by another personalism. To Moog, both the values that animated the "bandeirantes", as mazombo, encouraged the development of an ethic against the public spirit. Finally, with respect to institutional change, the patrimonialism, in the view of Faoro, is the structure that is renewed, the change is filtered by the groups of status. In Sérgio Buarque, personalism is the element to remain in the whole process of institutional change. In View of Moog, the predatory spirit of "bandeiras", like a collective simbol, is the legacy that prevents institutional change
    corecore