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AUTONOMIA DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA RESIDENTES EM UBERLÂNDIA: UMA APLICAÇÃO DO MODELO GRADE OF MEMBERSHIP
Propõe-se neste trabalho estabelecer um escore de autonomia de pessoas com deficiência residentes em Uberlândia, Minas Gerais, acompanhados em 2004 e 2008, afim de verificar se nesse período houve um ganho de autonomia dos mesmos. A avaliação utilizou um conjunto de variáveis selecionadas a partir dos dados dos Levantamentos de Informações Econômico-Sociais da População com Deficiência no Município de Uberlândia, Minas Gerais. E para determinar o escore da autonomia, utilizou-se o Grade of Membership. Observou-se que o ritmo de ganho de autonomia dessa população é lento e que não houve uma melhoria generalizada da autonomia da população com deficiência, nesse período. Acredita-se que esse resultado possa também estar relacionado com o curto prazo de quatro anos de acompanhamento, insuficiente para se promover o aumento da autonomia das pessoas com deficiência; ou ainda que as políticas sociais empreendidas nesse sentido não foram corretamente focalizadas
Habitações de interesse social: práticas distorcidas do Programa Minha Casa Minha Vida em Viçosa-MG
A realidade das negociações ocorridas dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida mostra, muitas vezes, práticas que distorcem sua função social. Nesse sentido, pretende-se investigar como as propostas do programa são realmente aplicadas, principalmente quanto ao público atendido, e as negociações das habitações de interesse social, especialmente. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de campo, na qual foram investigados diversos agentes do mercado de imóveis, com a finalidade de levantar pontos que necessitem de interferências para se combater o défcit habitacional com mais eficiência. Conclui-se que tais moradias são vendidas diretamente no mercado acima do valor estabelecido no programa e compradas por famílias cuja renda excede os limites da modalidade que, contudo, é ajustada a fim de se conseguir maiores subsídios. Nesse sentido, coloca-se que o próprio programa é um dos responsáveis por esta situação, já que suas diretrizes acabam se tornando restrições sociais
Especulação imobiliária: um efeito colateral do programa Minha Casa, Minha Vida na cidade de Viçosa-MG
A valorização imobiliária nos últimos anos acompanhou o aumento dos valores máximos estabelecidos nas diretrizes do Programa Minha Casa, Minha Vida. Com o objetivo de esclarecer as estratégias mercadológicas adotadas neste período, foi realizado um estudo de caso no município de Viçosa/MG, no qual foram entrevistados diversos agentes do setor imobiliário. Verificou-se que os incentivos financeiros do programa contribuíram para a especulação imobiliária, principalmente das habitações de interesse social, dificultando dessa forma a compra. Assim, há grande oferta de imóveis novos com valor de mercado incompatível com a demanda social
Space production and its relation in the health process - family disease
Este artigo tem como objetivo propor uma
forma de análise social do processo saúde-doença na família,
desenvolvendo o conceito de espaço sob a perspectiva da teoria
ecossistêmica e conceptual da determinação social em saúde.
Primeiramente, uma discussão do conceito de "família" é
feita, considerando as vertentes social e ecológica do princípio de
ordem e reprodução. Em seguida, discute-se sobre nutrição e
trabalho como formas de adaptação, estratégias e administração de
recursos das famílias, para que se organizem saudavelmente no
ecossistema e como ecossistema, assim como para produzir o espaço.
Nesse contexto, procura-se estabelecer que a produção social do
espaço e sua organização estruturam as condições de vida de seus
ecossistemas, bem como das formas de relacio namentos entre as
pessoas e o ambiente, que podem desencadear o processo saúde-doença
familiar. Fi nalmente, procura-se estabelecer como se abordar
socialmente o processo saúde-doença na família, segundo sua relação
na produção social do espaço.This article aims to propose a social
analysis of the process of health-illness in the family, developing
the concept of space from the perspective of eco system theory and
concept of social determinants of health. First, it is a discussion
on the concept of "family", considering the social and
ecological aspects of the order and reproduction principle. Then, a
discussion on nutrition and work as forms of adaptation, strategies
and administration of families' resources, to organize
themselves in an ecosystem and as ecosystem, as to produce space.
In this context, we tried to establish that the social production
of space and its organization structure the living conditions of
their ecosystems and forms of relationships between people and
their environ ment, which can trigger the process health-disease
A produção do espaço e sua relação no processo de saúde - doença familiar
Resumo Este artigo tem como objetivo propor uma forma de análise social do processo saúde-doença na família, desenvolvendo o conceito de espaço sob a perspectiva da teoria ecossistêmica e conceptual da determinação social em saúde. Primeiramente, uma discussão do conceito de "família" é feita, considerando as vertentes social e ecológica do princípio de ordem e reprodução. Em seguida, discute-se sobre nutrição e trabalho como formas de adaptação, estratégias e administração de recursos das famílias, para que se organizem saudavelmente no ecossistema e como ecossistema, assim como para produzir o espaço. Nesse contexto, procura-se estabelecer que a produção social do espaço e sua organização estruturam as condições de vida de seus ecossistemas, bem como das formas de relacio namentos entre as pessoas e o ambiente, que podem desencadear o processo saúde-doença familiar. Fi nalmente, procura-se estabelecer como se abordar socialmente o processo saúde-doença na família, segundo sua relação na produção social do espaço
Viveremos realmente tanto quanto pensamos? Um estudo sobre medidas de longevidade
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Previous issue date: 11Quando a mortalidade está mudando, a tabela de sobrevivência de período não descreve a verdadeira experiência de vida das coortes presentes na população. Nesse sentido, o emprego das taxas correntes de mortalidade na estimativa do tempo médio de vida distorce o conceito original da esperança de vida. A longevidade, como uma medida de coorte, deveria ser estimada para um grupo real de pessoas. Dadas as quedas passadas da mortalidade e as prováveis quedas futuras, a esperança de vida de coorte se torna maior do que a esperança de vida de período. Apesar disso, a esperança de vida ao nascer de período pode ser vista como um indicador defasado do tempo médio de vida de alguma coorte passada (coorte equivalente). Este trabalho explora o tempo requerido para que encontrar essa coorte passada (defasagem) e as diferenças entre as esperanças de vida em um dado ano (diferencial) para determinar a translação da medida de período, na perspectiva de coorte. Com a tendência de ganhos da longevidade cada vez menores entre 1980 e 2050 no Brasil, nossos resultados indicam que, tanto para homens quanto para mulheres, o diferencial se reduz com o tempo, ao passo que a defasagem torna-se crescente. Isto é, com o passar dos anos, as estimativas correntes de período e coorte tendem a se aproximar, enquanto as coortes equivalentes se tornam mais remotas.When mortality is changing, the period life table does not describe the real life experience of the present cohorts in the population. In this sense, the use of current mortality rates to estimate the average lifetime distorts the original concept of life expectancy. Longevity as a cohort measure should be estimated for a real group of people. Given the past declines and likely future falls in mortality, the cohort life expectancy becomes greater than the period life expectancy. Nevertheless, period life expectancy at birth can be viewed as a lagged indicator of the average lifetime of some past cohort (equivalent cohort). This paper explores the time required to find this past cohort (lag) and the differences between life expectancies in a given year (gap) to determine the translation of the period measure in a cohort view. With a shrinking trend of gains in longevity between 1980 and 2050 in Brazil, our results indicate that, for both men and women, the gap is reduced with time, while the lag becomes increasing. That is, over the years, the current estimates of period and cohort tend to be closer, while the equivalent cohorts become more remote
Esperança de vida e sua relação com indicadores de longevidade: um estudo demográfico para o Brasil, 1980-2050
Quando a mortalidade encontra-se em constante mudança, a tabela de sobrevivência de período não descreve a verdadeira experiência de vida das coortes presentes na população. Nesse sentido, o emprego das taxas correntes de mortalidade na estimativa do tempo médio de vida distorce o conceito original de esperança de vida. Como uma medida de coorte, a longevidade deveria ser estimada para um grupo real de pessoas, mas usualmente refere-se a uma coorte hipotética. Dadas as quedas passadas da mortalidade e as prováveis reduções futuras, a esperança de vida de coorte se torna maior do que a de período. Apesar disso, esta última pode ser vista como um indicador defasado do tempo médio de vida de alguma coorte passada (coorte equivalente). Este artigo explora o tempo requerido para encontrar essa coorte passada (defasagem) e as diferenças entre as esperanças de vida em um dado ano (diferencial) a fim de determinar a translação da medida de período, na perspectiva de coorte. Com a tendência de ganhos da longevidade cada vez menores no Brasil, os resultados indicam que, tanto para homens quanto para mulheres, o diferencial se reduz com o tempo, ao passo que a defasagem torna-se crescente. Isto é, com o passar dos anos, as estimativas correntes de período e coorte tendem a se aproximar, enquanto as coortes equivalentes se tornam mais remotas
Agressão física contra a pessoa idosa: a prevalência da questão de gênero na velhice
Neste trabalho, procurou-se descrever a vitimização por agressão física sofrida pelos idosos no Brasil, por meio de análise comparativa. Para tanto, utilizou-se os dados do suplemento da PNAD, de 2009, a fim de se traçar o perfil das vítimas, bem como para avaliar as chances de idosos e não idosos se tornarem vítimas de agressão física pelos modelos logísticos.
Verificou-se que, apesar da população idosa não sofrer a maior incidência deste tipo de crime, ela apresenta perfil semelhante à população não idosa, quando se realiza análise por sexo. Destaca-se, sobretudo, que as principais semelhanças referem-se ao local de ocorrência do crime, ao agressor e à busca
por justiça. O que denota, claramente, que a população idosa deveria ser incluída em políticas de gênero, quando se trata de vitimização.In this work, we sought to describe the victimization by
physical aggression suffered by the elderly in Brazil, through a comparative analysis. In order, we used data from the supplement of the PNAD of 2009 to trace the profile of the victims, as well as we evaluate the chances of the elderly and non-elderly becoming victims of physical aggression through logistic models. We verified that, although the elderly population do not suffer the highest incidence of this type of crime, it presents similar profile to the non-elderly population in
an analysis by sex. We noted, above all, the main similarities are related to place of occurrence of the crime, the aggressor and the search for justice. This clearly indicates that the elderly population should be included in gender policies when it comes to victimization
Disponibilidade de irmãos no Brasil: um estudo metodológico sobre relações de parentesco
Resumo Quando a fecundidade declina, não é somente o número de filhos que se torna menor, mas também o número de irmãos. Para determinar as mudanças ocorridas sobre a disponibilidade de irmãos no Brasil, o presente estudo emprega um método que se destina a estimar o número esperado de irmãos nascidos vivos e sobreviventes, por meio de modelos matemáticos que utilizam apenas taxas de fecundidade e de mortalidade. Os resultados indicam que, no início da transição demográfica brasileira, a média de irmãos nascidos vivos se estabelece em patamares elevados e sofre um forte declínio durante o processo, motivado principalmente pela queda da fecundidade. Observa-se, ainda, que a média de irmãos sobreviventes nas idades mais avançadas tende a ser muito semelhante para coortes mais velhas e mais novas, mas o número de irmãos sobreviventes durante a infância dessas coortes tende a diferenciar-se fortemente. Isso ocorre porque, por um lado, o efeito da elevada mortalidade, principalmente a infantil, reduz a média de irmãos gerados pela alta fecundidade para as coortes mais velhas e, por outro, a queda da fecundidade diminui o número de irmãos nascidos vivos das coortes mais novas, ao mesmo tempo que a redução da mortalidade garante sua quase constância no ciclo de vida. Como conclusão, indica-se que: o número médio de irmãos nascidos vivos tende a se estabelecer em baixos níveis nos próximos anos; o número médio de irmãos sobreviventes tende a ser cada vez mais próximo da média do número de irmãos nascidos vivos; e, apesar dos baixos níveis de fecundidade corrente, não se pode falar em uma tendência de extinção dos irmãos e, por consequência, primos, tios, etc