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    Urease de Helicobacter pylori : interação com plaquetas e contribuições para inflamação

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    A bactéria Gram negativa Helicobacter pylori, além de estar associada ao câncer gástrico e duodenal, está relacionada a patologias extra gástricas. Entre essas estão as doenças cardiovasculares. Os mecanismos pelos quais o H. pylori pode causar, ou agravar essas doenças, ainda não são claros. A urease de H. pylori (HPU) é considerada um fator de virulência, visto que sua atividade catalítica cria um microambiente de pH mais elevado, possibilitando a sobrevivência do patógeno no estômago. A HPU é capaz de ativar plaquetas de coelho através da indução da secreção de seus grânulos densos com liberação de ADP, culminando na agregação plaquetária. Esse fenômeno ocorre via 12- lipoxigenase, rota de sinalização também utilizada pelo colágeno, um importante agonista intrínseco desse sistema. Demonstramos previamente que também as duas subunidades da HPU, HpUreB e HpUreA, interagem com membranas de plaquetas de coelho, sendo que a HpUreB contém o domínio da holoenzima responsável pela agregação plaquetária. Essa interação entre HPU e plaquetas pode ser mediada por GPVI, o principal receptor de colágeno dessas células No presente trabalho, estudamos a interação da HPU e suas subunidades com plaquetas humanas, através de citometria de fluxo. Demostramos que HPU ativa plaquetas humanas sem exposição significativa de P-selectina. O bloqueio com anticorpos específicos para o receptor de membrana GPIIbIIIa, mas não para GPVI, interfere na ativação plaquetária induzida por HPU. Em plaquetas ativadas por HPU ocorrem modificações do processamento pré-mRNA de proteínas pró-inflamatórias, aumentando os níveis de mRNAs que codificam IL-1 e CD14, indicando que plaquetas passam a apresentar um fenótipo pró-inflamatório após exposição à urease. No conjunto, nossos dados sugerem que a HPU, além de permitir a sobrevivência bacteriana na mucosa gástrica, pode ter um papel importante, e até agora negligenciado, nos estados inflamatórios associados com a infecção por H. pylori.The Gram negative bacterium Helicobacter pylori, besides its association with gastric and duodenal cancer, correlates positively to several extragastric diseases suchas cardiovascular pathologies. However, the mechanisms by which H. pylori can cause or aggravate these diseases are still unclear. H. pylori urease (HPU) is considered a virulence factor, since its catalytic activity creates a microenvironment, of higher pH, that allows survival of the pathogen in the stomach. HPU is able to activate rabbit platelets by inducing the secretion of their dense granules with release of ADP, culminating in platelet aggregation. This phenomenon occurs with activation of the 12-lipoxygenase pathway, which is also used by collagen, an important intrinsic agonist of this system. We have previously demonstrated that both subunits of HPU, HpUreB and HpUreA, interact with rabbit platelet membranes, and that HpUreB contains the domain responsible for platelet aggregation This interaction of HPU and platelets could be mediated by GPVI, the main collagen receptor in these cells. In this work, by using flow cytometry assay, we have studied the interaction of HPU and of its subunits with human platelets. HPU was shown to activate human platelets without significant P-selectin exposure. Blockage with antibodies against the membrane receptor GPIIbIIIa, but not against GPVI, interfered on platelet activation induced by HPU. The processing of pre-mRNA of proinflammatory proteins was evaluated in HPU-activated platelets and increased levels of mRNAs encoding IL-1 and CD14 were found, indicating that platelets acquire a proinflammatory phenotype when exposed to the urease. Altogether, our data suggest that H. pylori urease, besides allowing bacterial survival within the gastric mucosa, may have an important, and so far overlooked role in the inflammation associated to the infection by H. pylori

    Indicadores de qualidade na condução de estudos clínicos

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    Introdução: A geração, análise e difusão de indicadores pertinentes é uma das estratégias fundamentais do processo de gestão de qualidade. Indicadores são mensurações que avaliam direta ou indiretamente os processos e desfechos da assistência ao participante de pesquisa. Padrões rigorosos de qualidade  garantirão a validade dos dados obtidos nos estudos clínicos. Métodos: Estudo transversal descritivo e analítico, com dados coletados no Centro de Pesquisa Clínica de um Hospital Universitário, durante Novembro/2016 a Fevereiro/2019 quanto ao tempo de inclusão de dados no e-CRF (IID), tempo de comunicação de desvios de protocolo ao CEP-Comitê de Ética em Pesquisa (ICD), tempo de resposta aos feasibilities recebidos (IRF) e tempo de resposta às pendências de monitoria (IRP). Resultados: Variações substanciais foram encontradas entre os escores de qualidade ao longo de 27 meses. O desempenho geral da equipe do EP alcançou a classificação excelente ou satisfatória em 61,40% das observações: 50,87% e 10,52% respectivamente. Entre 38,59% de observações críticas, 17,54% foram expressas pelo IRP, seguido de 12,28% por ICD e 7% atribuído ao IID que não atingiram a meta proposta. Conclusão: O Escritório de Projetos em Pesquisa em Pesquisa elencou dois indicadores de qualidade: IID e IRP que podem melhorar o tempo e a eficácia das entregas propostas da equipe.Palavras-chave: Projetos de pesquisa; protocolos clínicos; avaliação da pesquisa em saúde; indicadores de projetos de pesquisa e desenvolvimento; integridade em pesquis

    Urease de Helicobacter pylori e suas subunidadades : papel na ativação e agregação plaquetária

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    Helicobacter pylori é uma bactéria Gram negativa que coloniza o epitélio gástrico humano. É considerada um fator de risco associado a úlceras gástricas e duodenais assim como câncer gástrico, através de mecanismos ainda não completamente esclarecidos. Estudos recentes mostram a existência de uma correlação entre a infecção por H. pylori e doenças cardiovasculares, através da ativação de células pró-inflamatórias. A urease de H. pylori (HPU) é considerada um fator de virulência, visto que sua atividade catalítica cria um microambiente, de pH mais elevado, possibilitando a sobrevivência do patógeno no estômago. A HPU é capaz de ativar plaquetas de coelho através da indução da secreção de seus grânulos densos e liberação de ADP, culminando na agregação plaquetária. Esse fenômeno ocorre com ativação da via da 12-lipoxigenase, via esta também utilizada pelo colágeno, um importante agonista intrínseco desse sistema. Nesse trabalho demostramos que a subunidade UreA, com doses até 10 vezes maior que a HPU, não é capaz de agregar plaquetas de coelho, ao passo que reduz a agregação induzida por colágeno e ADP de forma dose dependente. Já a subunidade UreB induz agregação plaquetária de forma semelhante a HPU e ao colágeno, sugerindo que pode ser o dominio da HPU responsável por induzir agregação plaquetária. Da mesma forma que a UreA, a UreB reduz a agregação plaquetária induzida por colágeno e ADP. Verificamos também a participação da glicoproteína VI (GPVI), importante receptor de colágeno na plaqueta, sendo que quando há o bloqueio desse receptor a HPU não é capaz de agregar plaquetas. Nossos resultados sugerem que a agregação plaquetária por HPU compartilha pelo menos parte da rota de agregação com o colágeno. A GPVI parece estar envolvida na ativação de plaquetas por HPU. Essa propriedade farmacológica recém-descrita da HPU reforça a hipótese que essa proteína possa estar envolvida nas patologias indiretamente causadas por H. pylori

    Urease de Helicobacter pylori : interação com membranas de plaquetas

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    Ureases são enzimas níquel-dependentes que catalisam a hidrólise da uréia em amônia e dióxido de carbono. Helicobater pylori é uma bactéria Gram negativa que parasita o epitélio gástrico humano, e é considerada um fator de risco associado a úlceras gástricas e duodenais por mecanismos que ainda não são bem compreendidos. Estudos mostram, ainda, uma correlação entre a infecção com H. pylori e doenças cardiovasculares. A urease produzida por H. pylori (HPU) é considerada um fator de virulência, pois sua atividade ureolítica aumenta o pH do meio possibilitando a colonização do epitélio gástrico. Nosso grupo mostrou que HPU induz agregação plaquetária de maneira independente da atividade ureolítica, induzindo a secreção de ADP plaquetária pela via de lipoxigenase. Outros resultados sugerem que a HPU recruta a mesma cascata de sinalização utilizada pelo colágeno na agregação plaquetária. Mostramos aqui que as subunidades de HPU, UreA e UreB não são capazes de induzir agregação em plaquetas de coelho, porém agem como inibidores da agregação plaquetária induzida por indutores clássicos como ADP e colágeno. Além disso nossos resultados indicam que a HPU interage com a glicoproteína VI de membrana (GPVI), que é um conhecido receptor de colágeno. Essa nova capacidade farmacológica de HPU reforça a hipótese de que essa proteína pode desempenhar um importante papel na patogenicidade de doenças cardiovasculares indiretamente causados por H. pylori. Outros receptores de membrana, envolvidos na agregação plaquetária, também serão investigados

    Urease de Helicobacter pylori e suas subunidadades : papel na ativação e agregação plaquetária

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    Helicobacter pylori é uma bactéria Gram negativa que coloniza o epitélio gástrico humano. É considerada um fator de risco associado a úlceras gástricas e duodenais assim como câncer gástrico, através de mecanismos ainda não completamente esclarecidos. Estudos recentes mostram a existência de uma correlação entre a infecção por H. pylori e doenças cardiovasculares, através da ativação de células pró-inflamatórias. A urease de H. pylori (HPU) é considerada um fator de virulência, visto que sua atividade catalítica cria um microambiente, de pH mais elevado, possibilitando a sobrevivência do patógeno no estômago. A HPU é capaz de ativar plaquetas de coelho através da indução da secreção de seus grânulos densos e liberação de ADP, culminando na agregação plaquetária. Esse fenômeno ocorre com ativação da via da 12-lipoxigenase, via esta também utilizada pelo colágeno, um importante agonista intrínseco desse sistema. Nesse trabalho demostramos que a subunidade UreA, com doses até 10 vezes maior que a HPU, não é capaz de agregar plaquetas de coelho, ao passo que reduz a agregação induzida por colágeno e ADP de forma dose dependente. Já a subunidade UreB induz agregação plaquetária de forma semelhante a HPU e ao colágeno, sugerindo que pode ser o dominio da HPU responsável por induzir agregação plaquetária. Da mesma forma que a UreA, a UreB reduz a agregação plaquetária induzida por colágeno e ADP. Verificamos também a participação da glicoproteína VI (GPVI), importante receptor de colágeno na plaqueta, sendo que quando há o bloqueio desse receptor a HPU não é capaz de agregar plaquetas. Nossos resultados sugerem que a agregação plaquetária por HPU compartilha pelo menos parte da rota de agregação com o colágeno. A GPVI parece estar envolvida na ativação de plaquetas por HPU. Essa propriedade farmacológica recém-descrita da HPU reforça a hipótese que essa proteína possa estar envolvida nas patologias indiretamente causadas por H. pylori
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