501 research outputs found
Avaliação dos padrões de diversidade genética nas populações de abelha melífera do território interior Português: a rusticidade posta à prova
A Península Ibérica, pela sua proximidade com o Norte de África, explica a presença de
linhagem africana na Europa. A abelha que habita nesta região é a Apis mellifera iberiensis
Engel 1999. A Península Ibérica, representa um dos redutos das populações de abelhas que
povoam a Europa, quer pela sua localização quer pelas barreiras naturais que a limitam. As
abelhas ibéricas são o resultado da interacção entre as abelhas de linhagem Europeia (M)
que sobreviveram ao último fenómeno glaciar e as abelhas da linhagem Africana (A) que
colonizaram o sudoeste europeu.
Partindo dos estudos que caracterizaram o perfil evolutivo da abelha A. m. iberiensis em
Espanha, foram aplicadas as mesmas metodologias de análise, em território Português, ao
longo dos distritos do interior, acompanhando a linha fronteiriça entre os dois países. Este
trabalho permitiu caracterizar, por análise molecular, a linhagem materna predominante
nas populações. Tal como em Espanha, a linhagem A de origem Africana é dominante, e
está presente em mais de 93% das colónias. É evidente a distribuição clinal com orientação
Sul-Norte de substituição gradual da sub-linhagem AI pela sub-linhagem AIII. A sublinhagem
AII, a qual é dominante no Norte de África, também está presente em Portugal,
contudo sem se destacar perante as demais.
A frequência observada de haplótipos pertencentes à linhagem C foi muito baixa (0,02%),
pelo que concluímos que a poluição genética, por linhagens exóticas, no interior de
Portugal continental é muito reduzida.
Nos nove distritos estudados, a diversidade genética é elevada, com valores máximos de
0,92 no distrito de Castelo Branco. É também neste distrito que cinco novos haplótipos
foram identificados, entre os nove que não se encontraram referenciados para o território
Espanhol. Esta variabilidade genética pode suportar a hipótese de que na Península Ibérica
a distribuição dos haplótipos a nível regional, está associada às condições climáticas locais,
aos ecossistemas e às práticas apícolas (De La Rúa et al., 2009b).
Na área de estudo, que representa aproximadamente 10% do território espanhol, é possível
correlacionar a distância genética com a distância geográfica das populações. As maiores
distâncias genéticas calculadas pelo índice de Nei, foram observadas entre as populações
de Vila Real, Santarém e Faro, que representam exactamente os distritos mais norte,
central e sul de Portugal continental. The Iberian Peninsula, by its proximity with the North of Africa, explains the presence of
the African honey bee lineages in Europe. The resident honey bee is the Apis mellifera
iberiensis Engel 1999, formerly known as A. m. iberica Goetze 1964. The geographical
position of the Iberian Peninsula, and its natural barriers, represent the last refuge for the
European honey bees. The Iberian honey bees are the result of the interaction between the
M lineage from Europe, and the A Lineage from Africa, that colonised the Eastern of
Europe.
Following previous studies which characterized the patterns of genetic diversity of A. m.
iberiensis in Spain, the same methodology was applied to honey bee populations across the
Portuguese border with Spain. This study allowed characterization of the predominant
maternal lineage among the Portuguese honey bee population. As it was reported in Spain,
the A lineage is dominant with over 93% of honey bee colonies belonging to this lineage.
It is also remarkable the clinal distribution of the haplotypes. The sublineage AI, which is
dominant in southern Portugal, is gradually replaced by sublineage AIII in the north. The
AII sublineage, which is dominant North Africa, is also present in Portugal, but in lower
frequencies than the others sublineages.
The frequency of haplotypes belonging to the C lineage was very low (0,02%). With this
result, we can conclude that genetic pollution, by exotic honey bee lineages, is very low in
continental Portugal.
The genetic diversity is high in the nine geographical regions studied. The highest value
was observed in Castelo Branco (0,92), in which it was also found the largest number of
new haplotypes (5), that were never identified in previous studies. This genetic variability
might support the hypothesis that at the Iberian Peninsula the haplotypic distribution has a
direct relationship with the environmental conditions, the ecosystems and the beekeeping
practices (De La Rúa et al., 2009b).
This study was focused in a small area (approximately 10% of the Spain). Nevertheless it
was possible to establish a direct relationship between the genetic distance (estimated by
Nei’s Indice), and the geographical distance of the populations. The higher values for
genetic distance were found between Vila Real, Santarém and Faro populations, which are
located exactly at the North, Center and South of Portugal
Health related quality of life in juvenile SLE patients– use of the PedsQL 3.0 rheumatology module
Diversification in the Personal Luxury Goods Industry: A Case Study of LVMH and its Peers Financial Performance and Mergers and Acquisitions Strategies
Recreating sacred spaces: gardens, public parks and spiritual connections in contemporary cities
In a context of increasing secularization and pluralization, Portugal is one of the European countries with a solid Christian majority (80% of the population declares itself to be Catholic). Like other European historical churches, the Catholic one has, throughout history, celebrated religious rituals within temples and buildings that sacralise the territory and cities. However, traditional religions are being challenged by non-Christian spiritual rituals and meditation practices outside the walls of official religious buildings.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
Prevalência das doenças do efectivo de Apis mellifera iberiensis na zona controlada da Terra Fria
O presente estudo teve como objectivo principal avaliar a prevalência de doenças
em colónias de abelhas melíferas (Apis mellifera iberiensis) localizadas na Zona
Controlada da Terra Fria, situada no Nordeste Transmontano.
No Laboratório de Patologia Apícola da ESAB/AAPNM, foram efectuadas um total
de 396 análises anatomopatológicas recorrendo a técnicas de diagnóstico baseadas na
microscopia óptica, de acordo com as metodologias de rotina utilizadas pelo Laboratório
Nacional de Investigação Veterinária (LNIV), e segundo as recomendações descritas no
Manual da Organização Mundial de Sanidade Animal
Gravidez Real de Maria: uma metodologia para afastar o machismo da fé cristã
Este artigo aborda o machismo presente na forma como as comunidades cristãs, de modo geral, interpretam a Bíblia, deixando de observar o contexto histórico da época em que Jesus e Maria viveram, ignorando a opressão sofrida por meninas adolescentes, vítimas de estupro e demais tipos de violência, o que pode explicar a concepção real de Jesus, através de um estupro ou de uma conjunção carnal consentida. Busca-se mostrar que as mesmas estruturas de opressão machista ainda se fazem presentes atualmente, prejudicando o pleno desenvolvimento de meninas e meninos. Critica-se a omissão das comunidades cristãs, mantendo-se o pudor e o silêncio que servem de ferramenta para a opressão patriarcal
A Moda e suas Oportunidades: Projecto de Investimento numa Marca de Calçado em Portugal
Através da presente investigação pretende-se aferir se existem e quais são as
possibilidades de mercado da marca em estudo. E, muito particularmente e dentro
do possível, queremos assimilar o funcionamento do mercado, compreender as
consumidoras e capacitarmo-nos para o mundo criativo e competitivo.
Ao analisar vários pontos-chave, primeiro e numa perspectiva mais global o
consumidor, os critérios do mercado, o Design e a Moda, e de seguida noutra
perspectiva já mais específica o sector do calçado, pretende-se aferir a viabilidade,
ou não, de um caso concreto que se traduz afinal no objectivo principal desta
dissertação: a criação de uma nova marca nacional - helena.
A metodologia adoptada baseou-se num estudo de base exploratório da criação da
marca helena como objecto de estudo, analisando os dados secundários das
entrevistas realizadas, e os dados primários do Inquérito por Questionário. Foi assim
possível a formulação e verificação das hipóteses em investigação, que validariam
afinal a criação da marca.
Perante a conjuntura actual existente em Portugal e no Mundo, em que se verifica a
incerteza e o risco como realidades que se enfrentam em todas as áreas, a visão
para a marca helena é a de preencher um espaço no mercado de calçado feminino
de preços médios mas de qualidade elevada quer em termos de materiais e de
qualidade na produção. Através da presente investigação podemos considerar que
há uma janela de oportunidade para desenvolver esta marca
Perfil sanitário apícola na zona controlada da Terra Quente Transmontana
O presente estudo teve como objectivo principal avaliar a prevalência de agentes
patogénicos que acometem colónias de abelhas melíferas (Apis mellifera iberiensis)
instaladas na Zona Controlada da Terra Quente (ZCTQ) do Nordeste Transmontano.
A colheita de amostras foi efectuada no ano civil de 2011, em apiários instalados
nos Concelhos de Vila Flor, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Alfândega de Fé e Torre de
Moncorvo, seguindo as normas para rastreio epidemiológico de doenças das abelhas.
No Laboratório de Patologia Apícola da ESAB/AAPNM, foram executadas um total
de 162 análises anatomo-patológicas utilizando técnicas de diagnóstico baseadas no
exame microscópico e macroscópico do material biológico. O material biológico analisado
correspondeu a amostras de abelhas adultas (cerca de 60 abelhas/amostra) e criação
(secções de favo com cerca de 12x12cm), seguindo os procedimentos laboratoriais
utilizados pelo Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LN IV)
Padrões de diversidade mitocondrial da abelha melífera em Portugal continental
A distribuição natural da abelha melífera (Apis
mellifera
L.) abrange a África, a Europa e o Médio
Oriente (Figura 1). Esta ampla área geográfica é
ocupada por 30 subespécies (raças geográficas)
de abelhas (Ruttner 1988; Engel 1999; Sheppard
e Meixner 2003; Meixner et al. 2011) que têm sido
agrupadas em quatro linhagens (Ruttner 1988),
nomeadamente: a linhagem do Médio Oriente (O),
a linhagem Africana (A), a linhagem da Europa
oriental (C) e a linhagem da Europa ocidental (M).
A Europa alberga uma importante componente dessa
diversidade representada pela ocorrência de duas
das quatro linhagens (C e M). A linhagem C agrupa
cerca de uma dezena de subespécies, entre as quais se
encontram as duas mais utilizadas pela apicultura à
escala mundial: a italiana (A. m. ligustica) e a carniola
(A. m. carnica). A linhagem M apesar de ocupar uma
extensa área que vai desde o Sul da Península Ibérica
até ao Sul da Escandinávia e desde o Reino Unido até
à Rússia, agrupa apenas duas subespécies: a abelha
negra (A. m. mellifera), a norte dos Pirenéus, e a abelha
ibérica (A. m. iberiensis), na Península Ibérica.Fundação para a Ciência e Tecnologi
- …