15 research outputs found

    Key-elements of family interventions for psychosis : a qualitative research

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    RESUMO:As perturbações psicóticas são doenças mentais complexas sendo influenciadas na sua etiologia e prognóstico por factores biológicos e psicossociais. A interferência do ambiente familiar na evolução da doença espelha bem esta realidade. Quando em 1962 George Brown e colaboradores descobriram que ambientes familiares com elevada Emoção Expressa (EE) contribuíam para um aumento significativo do número de recaídas de pessoas com esquizofrenia (Brown et al., 1962), estava aberto o caminho para o desenvolvimento de novas intervenções familiares. A EE inclui cinco componentes: três componentes negativos, i.e. criticismo, hostilidade e envolvimento emocional excessivo; e dois componentes positivos, i.e. afectividade e apreço (Amaresha & Venkatasubramanian, 2012; Kuipers et al., 2002). No final dos anos 1970 surgiram os primeiros trabalhos na área das intervenções familiares nas psicoses (IFP). Dois grupos em países diferentes, no Reino Unido e nos Estados Unidos da América, desenvolveram quase em simultâneo duas abordagens distintas. Em Londres, a equipa liderada por Julian Leff desenhava uma intervenção combinando sessões unifamiliares em casa, incluindo o paciente, e sessões em grupo, apenas para os familiares (Leff et al., 1982). Por seu turno, em Pittsburgh, Gerard Hogarty e colaboradores desenvolviam uma abordagem que compreendia a dinamização de sessões educativas em grupo (Anderson e tal., 1980). Para designar este trabalho, Hogarty e colaboradores propuseram o termo “psicoeducação”. As IFP começaram a ser conhecidas por esta designação que se generalizou até aos dias de hoje. Neste contexto a educação era vista como a partilha de informação acerca da doença, dos profissionais para os familiares. Nas sessões os profissionais eram informados acerca das manifestações, etiologia, tratamento e evolução das psicoses, bem como de formas para lidar com as situações difíceis geradas pela doença, e.g. risco de recaída. Os trabalhos pioneiros das IFP foram rapidamente sucedidos pelo desenvolvimento de novos modelos e a proliferação de estudos de eficácia. Para além dos modelos de Leff e Hogarty, os modelos IFP que ficaram mais conhecidos foram: (1) a Terapia Familiar-Comportamental, desenvolvida por Ian Falloon e colaboradores (Falloon et al., 1984); e (2) a Terapia Multifamiliar em Grupo, desenvolvida por William McFarlane e colaboradores (McFarlane, 1991). O incremento de estudos de eficácia contribuiu rapidamente para as primeiras meta-análises. Estas, por sua vez, resultaram na inclusão das IFP nas normas de orientação clínica mais relevantes para o tratamento das psicoses, nomeadamente da esquizofrenia (e.g. PORT Recomendations e NICE Guidelines). No geral os estudos apontavam para uma diminuição do risco de recaída na esquizofrenia na ordem dos 20 a 50% em dois anos (Pitschel-Walz et al., 2001). No final dos anos 1990 as IFP atingiam assim o apogeu. Contudo, a sua aplicação prática tem ficado aquém do esperado e as barreiras à implementação das IFP passaram a ser o foco das atenções (Gonçalves-Pereira et al., 2006; Leff, 2000). Simultaneamente, alguns autores começaram a levantar a questão da incerteza sobre quais os elementos-chave da intervenção. O conhecimento sobre o processo das IFP era reduzido e começaram a surgir as primeiras publicações sobre o assunto (Lam, 1991). Em 1997 foi dinamizada uma reunião de consenso entre os três investigadores mais relevantes do momento, Falloon, Leff e McFarlane. Deste encontro promovido pela World Schizophrenia Fellowship for Schizophrenia and Allied Disorders surgiu um documento estabelecendo dois objectivos e quinze princípios para as IFP (WFSAD, 1997). Não obstante os contributos que foram feitos, continua a existir uma grande falta de evidência empírica acerca do processo das IFP e dos seus elementos-chave (Cohen et al., 2008; Dixon et al., 2001; Lam, 1991; Leff, 2000; McFarlane et al., 2003). Também em Portugal, apesar da reflexão teórica nesta área e do registo de ensaios de efectividade de grupos para familiares – estudo FAPS (Gonçalves-Pereira, 2010), os componentes fundamentais das IFP nunca foram analisados directamente. Assim, o projecto de investigação descrito nesta tese teve como objectivo identificar os elementos-chave das IFP com base em investigação qualitativa. Para tal, conduzimos três estudos que nos permitiriam alcançar dados empíricos sobre o tema. O primeiro estudo (descrito no Capítulo 2) consistiu na realização de uma revisão sistemática da literatura científica acerca das variáveis relacionadas com o processo das IFP. A nossa pesquisa esteve focada essencialmente em estudos qualitativos. Contudo, decidimos não restringir demasiado os critérios de inclusão tendo em conta as dificuldades em pesquisar sobre investigação qualitativa nas bases de dados electrónicas e também devido ao facto de ser possível obter informação sobre as variáveis relacionadas com o processo a partir de estudos quantitativos. O método para este estudo foi baseado no PRISMA Statement para revisões sistemáticas da literatura. Depois de definirmos os critérios de inclusão e exclusão, iniciámos várias pesquisas nas bases de dados electrónicas utilizando termos booleanos, truncações e marcadores de campo. Pesquisámos na PubMed/MEDLINE, Web of Science e nas bases de dados incluídas na EBSCO Host (Academic Search Complete; Education Research Complete; Education Source; ERIC; and PsycINFO). As pesquisas geraram 733 resultados. Depois de serem removidos os duplicados, 663 registos foram analisados e foram seleccionados 38 artigos em texto integral. No final, 22 artigos foram incluídos na síntese qualitativa tendo sido agrupados em quatro categorias: (1) estudos examinando de forma abrangente o processo; (2) estudos acerca da opinião dos participantes sobre a intervenção que receberam; (3) estudos comparativos que individualizaram variáveis sobre o processo; e (4) estudos acerca de variáveis mediadoras. Os resultados evidenciaram um considerável hiato na investigação em torno do processo das IFP. Identificámos apenas um estudo que abordava de forma abrangente o processo das IFP (Bloch, et al., 1995). Este artigo descrevia uma análise qualitativa de um estudo experimental de uma IFP. Contudo, as suas conclusões gerais revelaramse pobres e apenas se podia extrair com certeza de que as IFP devem ser baseadas nas necessidades dos participantes e que os terapeutas devem assumir diferentes papéis ao longo da intervenção. Da revisão foi possível perceber que os factores terapêuticos comuns como a aliança terapêutica, empatia, apreço e a “aceitação incondicional”, podiam ser eles próprios um elemento isolado para a eficácia das IFP. Outros estudos enfatizaram a educação como elemento chave da intervenção (e.g. Levy-Frank et al., 2011), ao passo que outros ainda colocavam a ênfase no treino de estratégias para lidar com a doença i.e. coping (e.g. Tarrier et al., 1988). Com base nesta diversidade de resultados e tendo em conta algumas propostas prévias de peritos (McFarlane, 1991; Liberman & Liberman, 2003), desenvolvemos a hipótese de concebermos as IFP como um processo por etapas, de acordo com as necessidades dos familiares. No primeiro nível estariam as estratégias relacionadas com os factores terapêuticos comuns e o suporte emocional,no segundo nível a educação acerca da doença, e num nível mais avançado, o foco seria o treino de estratégias para lidar com a doença e diminuir a EE. Neste estudo concluímos que nem todas as famílias iriam precisar de IFP complexas e que nesses casos seria possível obter resultados favoráveis com IFP pouco intensas. O Estudo 2 (descrito no Capítulo 3) consistiu numa análise qualitativa dos registos clínicos do primeiro ensaio clínico da IFP de Leff e colaboradores (Leff et al., 1982). Este ensaio clínico culminou numa das evidências mais substanciais alguma vez alcançada com uma IFP (Leff et al., 1982; Leff et al., 1985; Pitschel-Walz et al., 2001). Este estudo teve como objectivo modular a EE recorrendo a um modelo misto com que compreendia sessões familiares em grupo e algumas sessões unifamiliares em casa, incluindo o paciente. Os resultados mostraram uma diminuição das recaídas em nove meses de 50% no grupo de controlo para 8% no grupo experimental. Os registos analisados neste estudo datam do período de 1977 a 1982 e podem ser considerados como material histórico de alto valor, que surpreendentemente nunca tinha sido analisado. Eram compostos por descrições pormenorizadas dos terapeutas, incluindo excertos em discurso directo e estavam descritos segundo uma estrutura, contendo também os comentários dos terapeutas. No total os registos representavam 85 sessões em grupo para familiares durante os cinco anos do ensaio clínico e 25 sessões unifamiliares em casa incluindo o paciente. Para a análise qualitativa decidimos utilizar um método de análise dedutivo, com uma abordagem mecânica de codificação dos registos em categorias previamente definidas. Tomámos esta decisão com base na extensão apreciável dos registos e porque tínhamos disponível informação válida acerca das categorias que iríamos encontrar nos mesmos, nomeadamente a informação contida no manual da intervenção, publicado sob a forma de livro, e nos resultados da 140 nossa revisão sistemática da literatura (Estudo 1). Deste modo, foi construída uma grelha com a estrutura de codificação, que serviu de base para a análise, envolvendo 15 categorias. De modo a cumprir com critérios de validade e fidelidade rigorosos, optámos por executar uma dupla codificação independente. Deste modo dois observadores leram e codificaram independentemente os registos. As discrepâncias na codificação foram revistas até se obter um consenso. No caso de não ser possível chegar a acordo, um terceiro observador, mais experiente nos aspectos técnicos das IFP, tomaria a decisão sobre a codificação. A análise foi executada com recurso ao programa informático NVivo® versão 10 (QSR International). O número de vezes que cada estratégia foi utilizada foi contabilizado, especificando a sessão e o participante. Os dados foram depois exportados para uma base de dados e analisados recorrendo ao programa informático de análise estatística SPSS® versão 20 (IBM Corp.). Foram realizadas explorações estatísticas para descrever os dados e obter informação sobre possíveis relações entre as variáveis. De modo a perceber a significância das observações, recorremos a testes de hipóteses, utilizando as equações de estimação generalizadas. Os resultados da análise revelaram que as estratégias terapêuticas mais utilizadas na intervenção em grupo foram: (1) a criação de momentos para ouvir as necessidades dos participantes e para a partilha de preocupações entre eles – representando 21% de todas as estratégias utilizadas; (2) treino e aconselhamento acerca de formas para lidar com os aspectos mais difíceis da doença – 15%; (3) criar condições para que os participantes recebam suporte emocional – 12%; (4) lidar com o envolvimento emocional excessivo 10%; e (5) o reenquadramento das atribuições dos familiares acerca dos comportamentos dos pacientes – 10%. Nas sessões unifamiliares em casa, as estratégias mais utilizadas foram: (1) lidar com o envolvimento emocional excessivo – representando 33% de todas as estratégias utilizadas nas sessões unifamiliares em casa; (2) treino e aconselhamento acerca de formas para lidar com os aspectos desafiadores da doença – 22%; e (3) o reenquadramento das atribuições dos familiares acerca dos comportamentos dos pacientes, juntamente com o lidar com a zanga, o conflito e a rejeição – ambas com 10%. A análise longitudinal mostrou que a criação de momentos para ouvir as necessidades dos familiares tende a acontecer invariavelmente ao longo do programa. Sempre que isso acontece, são geralmente utilizadas estratégias para ajudar os familiares a lidarem melhor com os aspectos difíceis da doença e estratégias para fomentar o suporte emocional. Por sua vez, foi possível perceber que o trabalho para diminuir o envolvimento emocional excessivo pode acontecer logo nas primeiras sessões. O reenquadramento e o lidar com a zanga/ conflito/ rejeição tendem a acontecer a partir da fase intermédia até às últimas sessões. A análise das diferenças entre os familiares com baixa EE e os de elevada EE, mostrou que os familiares com elevada EE tendem a tornar-se o foco da intervenção grupal. Por sua vez, os familiares com baixa EE recebem mais estratégias relacionadas com aliança terapêutica, comparativamente com os familiares com elevada EE. São de realçar os dados relativamente às estratégias educativas. Foi possível observar que estas tendem a acontecer mais no início dos grupos, não estando associadas a outras estratégias. Contudo é de notar a sua baixa utilização, a rondar apenas os 5%.O Estudo 3 (descrito no Capítulo 4) surgiu como uma forma de completar a análise do Estudo 2, permitindo uma visão mais narrativa do processo e focando, adicionalmente, as mudanças que ocorrem nos participantes. Com base nos mesmos registos utilizados no Estudo 2, codificámos de forma secundária os registos em duas categorias i.e. marcadores de mudança e marcadores emocionais. Os marcadores de mudança foram cotados sempre que um participante exibia comportamentos ou pensamentos diferentes dos anteriores no sentido de uma eventual redução na EE. Os marcadores emocionais correspondiam à expressão intensa de sentimentos por parte dos participantes nas sessões e que estariam relacionados com assuntos-chave para essas pessoas. Os excertos que continham a informação destes marcadores foram posteriormente revistos e articulados com notas e comentários não estruturados que recolhemos durante a codificação do Estudo 2. Com base nesta informação os registos foram revistos e, utilizando um método indutivo, elaborámos uma narrativa acerca da intervenção. Os resultados da narrativa foram discutidos com dados de que dispúnhamos, referentes a reuniões com os terapeutas envolvidos na intervenção em análise (Elizabeth Kuipers, Ruth Berkowitz e Julian Leff; Londres, Novembro de 2011). Reconhecemos que, pela sua natureza não estruturada e indutiva, a avaliação narrativa está mais sujeita ao viés de observador. Não obstante, os resultados deste Estudo 3 parecem revestir uma consistência elevada. O mais relevante foi a evidência de que na intervenção em análise ocorreram mudanças emocionais significativas nos familiares ao longo das sessões em grupo. Numa fase inicial os familiares tenderam a expressar sentimentos de zanga. Seguidamente, os terapeutas iam nterrompendo o discurso de reminiscências, direccionavam o discurso para as suas preocupações actuais e os familiares pareciam ficar mais calmos. Contudo, à medida que os 143 participantes “mergulhavam” nos problemas com que se confrontavam na altura, os sentimentos de zanga davam lugar a sentimentos de perda e angústia. Nessa altura os terapeutas enfatizavam o suporte emocional e introduziam progressivamente técnicas de reenquadramento para ajudar os participantes a avaliar de forma mais positiva as situações. Este trabalho dava lugar a sentimentos mais positivos, como a aceitação, apreço e a sensação de controlo. O Estudo 3 evidenciou também o que designamos como o “Efeito de Passagem de Testemunho”. Este efeito aconteceu sempre que um membro novo se juntava ao grupo. Os membros antigos, que estavam a ser o alvo das atenções e naturalmente a receber mais intervenção, mudam de papel e passam eles próprios a focar as suas atenções nos membros mais recentes do grupo, contribuindo para a dinâmica do grupo com as mesmas intervenções que os ajudaram previamente. Por exemplo, alguns membros antigos que eram altamente críticos nos grupos em relação aos seus familiares passavam a fazer comentários de reenquadramento dirigidos para os novos membros. Por fim, o Capítulo 5 resume as conclusões gerais deste projecto de investigação. Os estudos apresentados permitiram um incremento no conhecimento acerca do processo das IFP. Anteriormente esta informação era baseada sobretudo na opinião de peritos. Com este projecto aumentámos o nível de evidência ao apresentar estudos com base em dados empíricos. A análise qualitativa do Estudo 2 permitiu pela primeira vez, tanto quanto é do nosso conhecimento, perceber de forma aprofundada o processo subjacente a uma IFP (no contexto de um ensaio clínico que se revelou como um dos mais eficazes de sempre). Identificámos as estratégias mais utilizadas, as relações entre elas e a sua diferente aplicação entre familiares com baixa EE e familiares com alta EE.O Estudo 3 completou a informação incluindo aspectos relacionados com as mudanças individuais durante o programa. No final foi possível perceber que as IFP devem ser um programa por etapas. Nos Estudo 2 e 3, evidenciámos que numa fase inicial, os terapeutas dedicaram especial atenção para que os familiares tivessem espaço para partilharem as suas necessidades, disponibilizando logo de seguida estratégias para promover o suporte emocional e estratégias de coping. Num nível subsequente do programa, o trabalho terapêutico avançou para estratégias mais direccionadas para regular a EE, mantendo sempre as estratégias iniciais ao longo das sessões. Assim apesar de a educação ter sido um componente importante na IFP em análise, houve outras estratégias mais relevantes no processo. A evidência gerada pelos Estudos 2 e 3 baseou-se em registos históricos de elevado valor, sendo que os constructos subjacentes na época, nomeadamente a EE, continuam a ser a base da investigação e prática das IFP a nível mundial em diferentes culturas (Butzlaff & Hooley, 1998). Concluímos que as IFP são um processo complexo com diferentes níveis de intervenção, podendo gerar mudanças emocionais nos participantes durante as sessões. No futuro será importante replicar o nosso trabalho (nomeadamente o Estudo 2) com outras abordagens de IFP, de modo a obter informação acerca do seu processo. Esse conhecimento será fundamental para uma possível evolução do paradigma das IFP. ----------- ABSTRACT: Background: Psychotic-spectrum disorders are complex biopsychosocial conditions and family issues are important determinants of prognosis. The discovery of the influence of expressed emotion on the course of schizophrenia paved the road to the development of family interventions aiming to lower the “emotional temperature” in the family. These treatment approaches became widely recognised. Effectiveness studies showed remarkable and strong results in relapse prevention and these interventions were generalised to other psychotic disorders besides schizophrenia. Family interventions for psychosis (FIP) prospered and were included in the most important treatment guidelines. However, there was little knowledge about the process of FIP. Different FIP approaches all led to similar outcomes. This intriguing fact caught the attention of authors and attempts were made to identify the key-elements of FIP. Notwithstanding, these efforts were mainly based on experts’ opinions and the conclusions were scanty. Therefore, the knowledge about the process of FIP remains unclear. Aims: To find out which are the key-elements of FIP based on empirical data. Methods: Qualitative research. Three studies were conducted to explore the process of FIP and isolate variables that allowed the identification of the key-elements of FIP. Study 1 consisted of a systematic literature review of studies evaluating process-related variables of FIP. Study 2 subjected the intervention records of a formerly conducted effective clinical trial of FIP to a qualitative analysis. Records were analysed into categories and the emerging data were explored using descriptive statistics and generalised estimating equations. Study 3 consisted of a narrative evaluation using an inductive qualitative approach, examining the same data of Study 2. Emotional markers and markers of change were identified in the records and the content of these excerpts was synthesised and discussed. Results: On Study 1, searches revealed 733 results and 22 papers were included in the qualitative synthesis. We found a single study comprehensively exploring the process of FIP. All other studies focused on particular aspects of the process-related variables. The key-elements of FIP seemed to be the so-called “common therapeutic factors”, followed by education about the illness and coping skills training. Other elements were also identified, as the majority of studies evidenced a multiple array of components. Study 2,revealed as the most used strategies in the intervention programme we analysed: the addressing of needs; sharing; coping skills and advice; emotional support; dealing with overinvolvement; and reframing relatives’ views about patients’ behaviours. Patterns of the usefulness of the strategies throughout the intervention programme were identified and differences between high expressed emotion and low expressed emotion relatives were elucidated. Study 3 accumulated evidence that relatives experience different emotions during group sessions, ranging from anger to grief, and later on, to acceptance and positive feelings. Discussion: Study 1 suggested a stepped model of intervention according to the needs of the families. It also revealed a gap in qualitative research of FIP. Study 2 demonstrated that therapists of the trial under analysis often created opportunities for relatives to express and share their concerns throughout the entire treatment programme. The use of this strategy was immediately followed by coping skills enha

    Para cada memória, um lugar: o arquivo pessoal de Mário Braga

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    Entre muitos outros planos teórico-práticos englobados pelas Ciências da Documentação e da Informação, a Arquivística assumiu desde cedo um protagonismo central no que concerne às preocupações para o desenvolvimento de novas ideias metodológicas que a permita manter-se à tona das exigências que os tempos e os contextos da produção e gestão documental impõem. Os arquivos, espólios e bibliotecas pessoais têm o traço comum da pessoalidade, o que fez com que, com particular incidência nos últimos decénios, tenham sido alvo de muitas reflexões que nos remetem não só para a forma como estes devem ser encarados dentro das CDI, mas também para a forma como podem assumir um ethos distinto que, por si, justifica, ou não, procedimentos de organização documental únicos e distintos, não só dos outros tipos de arquivos, mas também entre si. O relatório presente, revolvido em torno desta problemática, desenvolveu-se fruto dos trabalhos levados a cabo no Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira, tendo como objecto de estudo o arquivo pessoal do escritor Mário Braga. Tendo em vista a sua identificação, organização e a representação da informação nele contida, procurámos estabelecer uma familiarização da praxis de tratamento documental aplicada no Museu, não só com o objectivo da aquisição de experiência prática arquivística, mas também de forma a reflectirmos sobre essas mesmas práticas, à luz das abordagens que têm despontado em tempos mais recentes e acrescentado, com o decorrer dos trabalhos, novas informações ao seu percurso biográfico e biobibliográfico, realçando o papel preponderante que este assumiu não só na história do Neo-Realismo português, como no plano cultural em geral no Portugal do século XX.Among many other theoretical-practical dimensions encompassed by the Documentation and Information Sciences, Archival Science assumed a central role early in terms of concerns for the development of new methodological ideas in order to allow it to remain afloat against the demands that the times and the contexts of production and document management impose. Archives, estates and personal libraries have the common trait of personality, which has meant that, particularly in recent decades, they have been the subject of many reflections that lead us not only to the way they should be faced within Informational Science, but also for the way in which they can assume a different ethos that, by themselves, may justify, or not, unique and distinct documental organization procedures, distinct not only from other types of archives, but also from each other. The present report, revolving around this issue, was developed as a result of the work carried out at the Museum of Neo-Realism, having as its object of study the personal archive of writer Mário Braga. In view of its identification, organization, and representation of the information contained therein, we sought to establish a familiarization of the documental procedure praxis applied in the Museum, not only with the aim of acquiring practical archival experience, but also in order to reflect on these same practices, in the light of the approaches that have emerged in more recent times and bringing, with the course of the work, new data to the author's biographic and biobibliographic course, highlighting the preponderant role that he assumed not only in the history of the portuguese Neo-Realism movement, but also in the general cultural dimension of 20th century Portugal

    DIGITALIZAÇÃO DOCUMENTAL: UMA PROPOSTA DO SENADO BRASILEIRO

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    Resumo: Uma das grandes polémicas que brotaram com a era digital, no âmbito da arquivística, foi a questão da digitalização como solução para a preservação documental. Os problemas levantados pela crescente acumulação desses documentos levaram muitos à tentação de recorrer à digitalização como forma de possibilitar uma eliminação de arquivos, rompendo assim com o já longo paradigma de guarida dos formatos analógicos originais. O Projecto de Lei do Senado Brasileiro nº 146/2007, que promove a eliminação total dos documentos após a sua digitalização, é um exemplo prático perfeito desta lógica.    Este artigo procura fazer uma análise desta mesma lei, atentando a possíveis limitações ou incongruências, tendo em contas conceitos e matrizes dominantes e genericamente estabelecidas nos mundos arquivístico e digital, inserindo no contexto brasileiro. Com isto, tentamos perceber se a era digital, com todas as ferramentas que nos oferece e com as constantes transformações ao nível tecnológico, realmente atingiu uma maturação que nos permita aspirar a um tal salto - uma resposta absoluta como substituta total ao formato analógico em todas as suas valências e importâncias. Palavras-chave: Projecto-Lei 146/2007; Digitalização; Arquivística; Repositórios digitais          

    A stepped care model assisted by a digital platform to accelerate access to mental health care for cancer patients amid the covid-19 pandemic

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    Funding: This work is financed by national funds through the Research 4 Covid-19 special support from the Foundation for Science and Technology, I.P, under the project nr.411. A.J.O.-M. is supported by Portuguese national funds from FCT through grant PTDC/MED-NEU/31331/2017. D.F., B.S., F.C. and A.J.O.-M. are supported by the BOUNCE project (grant agreement number 777167), and F.L.-F. and A.J.O.-M. are supported by the FAITH project (grant agreement number 875358), both funded by the European Union’s Horizon 2020 research and innovation programmeThe COVID-19 pandemic has important consequences for the mental health of populations. Patients with cancer, already at risk for poor mental health outcomes, are not expected to be spared from these consequences, prompting the need for health services to improve responsiveness. This article presents the research protocol for an implementation study designed to describe the uptake of a well-studied and recognized system for the treatment of depression and anxiety (Stepped-care) during the specific context of a Pandemic in an oncological site. The system set-up will be assisted by a digital platform (MoodUP), where patients undergoing cancer treatment will be screened for anxiety and depressive symptoms, triaged by severity level and algorithm-matched to recommended interventions. Patients undergoing cancer treatment at a cancer clinic in Portugal will be invited to subscribe to the MoodUP platform where they will complete a self-reported questionnaire (Hospital Anxiety and Depression Scale) to screen their anxiety and depressive symptoms. Data will be instantly collected, and an algorithm will activate severity-matched intervention suggestions, through a case manager that will coordinate care. The specific objectives of this study will be to describe the implementation and acceptability of the care system by patients and staff, the barriers to and facilitators of implementation, the proportion of patients accessing the system and their pathways through the various stepped-care interventions, and patient perceptions regarding the feasibility and appropriateness of the eHealth platform. Moreover, exploratory analyses will be conducted to describe patterns of anxiety and depression symptoms variation across all patients, as well as within sociodemographically, clinically and contextually characterized subgroups, to characterize their care needs and access, as well as to explore for whom the MoodUP care system may be more appropriate. This study is expected to improve processes for collaborative mental healthcare in oncology and accelerate the digitalization of services, towards the improvement of mental healthcare access, and management of high-risk patients, during the COVID-19 pandemic.publishersversionpublishe

    A step-by-step guide for professional training

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    Funding Information: AM and GC were supported by doctoral fellowships from Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT, references SFRH/BD/144508/2019 and SFRH/BD/130210/2017, respectively). GC and AO-M were supported by grant PTDC/MED-NEU/31331/2017 from FCT and AO-M was supported by grant FCT-PTDC/MEC-PSQ/30302/2017-IC&DT-LISBOA-01-0145-FEDER, funded by national funds from FCT/Ministério da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior (MCTES) and cofounded by Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), under the Partnership Agreement Lisboa 2020—Programa Operacional Regional de Lisboa. This work was supported by the Brain and Behavior Research Foundation (BBRF) through grant BBRF-27595-2018 NARSAD to AM and AO-M. FCT/MCTES, FEDER, and the BBRF did not have a role in the design and conduct of this work, in the preparation, review, or approval of the manuscript, nor in the decision to submit the manuscript for publication. Funding Information: Author AO-M was national coordinator for Portugal of a non-interventional study (EDMS-ERI-143085581, 4.0) to characterize a Treatment-Resistant Depression Cohort in Europe, sponsored by Janssen-Cilag, Ltd. (2019-2020), is recipient of a grant from Schuhfried GmBH for norming and validation of cognitive tests, and is national coordinator for Portugal of trials of psilocybin therapy for treatment-resistant depression, sponsored by Compass Pathways, Ltd. (EudraCT numbers: 2017-003288-36 and 2020-001348-25), and of esketamine for treatment-resistant depression, sponsored by Janssen-Cilag, Ltd. (EudraCT number: 2019-002992-33). The remaining authors declare that the research was conducted in the absence of any commercial or financial relationships that could be construed as a potential conflict of interest.Transcranial Magnetic Stimulation (TMS) is a non-invasive brain stimulation technique that was cleared by the Food and Drug Administration (FDA) for the treatment of Obsessive-Compulsive Disorder (OCD) in 2018. The approved protocol includes individualized symptom provocation before each stimulation session, to elicit a moderate level of obsessional distress. Although symptom provocation can be a delicate, demanding, and uncomfortable procedure, structured training methods for those who are going to apply it are not available. Here, we describe a model for training in symptom provocation for TMS technicians, developed at the Champalimaud Clinical Centre in Lisbon, Portugal. Our programme includes two-sessions dedicated to clinical communication and symptom provocation techniques from a theoretical and practical perspective. Additionally, supervision meetings are conducted during treatment of patients, allowing regular case discussion and redefinition of symptom provocation hierarchy, as needed. In addition to having a strong practical component, our training program is short and pragmatic, allowing for easy implementation and fluid transition to clinical practice. By sharing our experience, we hope to contribute to systematize training procedures required for symptom provocation in the context of TMS, and to qualitatively describe a methodology that can be used for implementation of TMS programmes for the treatment of OCD.publishersversionpublishe

    The utility of ICD-11 and DSM-5 traits for differentiating patients with personality disorders from other clinical groups

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    Copyright © 2021 Pires, Henriques-Calado, Sousa Ferreira, Bach, Paulino, Gama Marques, Ribeiro Moreira, Grácio and Gonçalves. This is an open-access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License (CC BY). The use, distribution or reproduction in other forums is permitted, provided the original author(s) and the copyright owner(s) are credited and that the original publication in this journal is cited, in accordance with accepted academic practice. No use, distribution or reproduction is permitted which does not comply with these terms.The ICD-11 Classification of Personality Disorders delineates five trait domain qualifiers (i.e., negative affectivity, detachment, dissociality, disinhibition, and anankastia), whereas the DSM-5 Alternative Model of Personality Disorders also delineates a separate domain of psychoticism. These six combined traits not only characterize individual stylistic features, but also the severity of their maladaptive expressions. It was, therefore, the aim of this study to investigate the utility of ICD-11 and DSM-5 trait domains to differentiate patients with personality disorders (PD) from patients with other mental disorders (non-PD). The Personality Inventory for DSM-5 Brief Form Plus (PID5BF+M) was administered to a sample of patients diagnosed with a personality disorder (N = 124, M age = 42.21, 42.7% females) along with a sample of patients diagnosed with other mental disorders (N = 335, M age = 44.83, 46.6% females). Group differences were explored using the independent sample t test or the Mann-Whitney U test for independent samples, and discriminant factor analysis was used to maximize group differences for each trait domain and facet score. The PD group showed significantly higher scores for the total PID5BF+M composite score, for the trait domains of negative affectivity, antagonism/dissociality, and disinhibition and for the trait facets of emotional lability, manipulativeness, deceitfulness, and impulsivity. The trait domains of disinhibition, negative affectivity, and antagonism/dissociality as well as the trait facets of impulsivity, deceitfulness, emotional lability, and manipulativeness were the best discriminators between PD and non-PD patients. The global PID5BF+M composite score was also one of the best discriminators supporting its potential as a global severity index for detecting personality dysfunction. Finally, high scores in three or more of the 18 PID5BF+M facets suggested the possible presence of a PD diagnosis. Despite some limitations, our findings suggest that the ICD-11 and DSM-5 traits have the potential to specifically describe the stylistic features that characterize individuals with PD, including the severity of their maladaptive expressions.This research was financially supported by the Fundação para a Ciência e a Tecnologia [Foundation for Science and Technology] through the Research Center for Psychological Science, CICPSI (UIDP/04527/2020) and the Business Research Unit, BRU-IUL (UIDB/00315/2020).info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Cross-cultural adaptation and psychometric evaluation of the Portuguese version of the family resilience questionnaire – short form (FaRE-SF-P) in women with breast cancer

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    Funding Information: The authors would like to acknowledge clinicians from the Breast and Neuropsychiatry Units of the Champalimaud Clinical Centre (Champalimaud Foundation), for assistance in patient recruitment and assessment, and the BOUNCE and FAITH Consortium members for their contributions to this study. Funding Information: RL is supported by the 2018 Scientific Employment Stimulus from Fundação para a Ciência e Tecnologia, Portugal (CEECIND/04157/2018). DF, BC, BS, and AO-M were supported by the BOUNCE project (grant agreement number 777167), and DS and AO-M are supported by the FAITH project (grant agreement number 875358), both funded by the European Union’s Horizon 2020 research and innovation programme. AO-M is supported by grants FCT-PTDC/MEC-PSQ/30302/2017-IC&DT-LISBOA-01-0145-FEDER, and FCT-PTDC/MED-NEU/31331/2017, both funded by FCT/MCTES and the former co-funded by FEDER, under the Partnership Agreement Lisboa 2020 – Programa Operacional Regional de Lisboa. The funders had no role in the design of the study; in the collection, analyses, or interpretation of data; in the writing of the manuscript, or in the decision to publish the results. Publisher Copyright: Copyright © 2023 Almeida, Rodrigues da Silva, Frasquilho, Costa, Sousa, Mourinho Baptista, Grácio, Lemos and Oliveira-Maia.Background: A diagnosis of cancer, and the resulting treatment process, can be perceived as a life-threatening event, affecting not only patients but also their social network and, more specifically, their relatives. While the ability to cope and adjust to difficult health situations may be challenging, family resilience may optimize a positive adaptation to adversity and contribute to enhance the patient’s quality of life. The Family Resilience Questionnaire (FaRE) is a self-report measure of family resilience that assesses this construct systematically. We aimed to validate the Portuguese version of a short form of the FaRE (FaRE-SF-P) in a sample of women with breast cancer. Methods: 147 women recently diagnosed with early breast cancer were recruited at the Champalimaud Clinical Centre in Lisbon. Participants completed psychometric assessment including the Portuguese version of the FaRE-SF-P, composed by two subscales of the original version – the FaRE Perceived Family Coping (FaRE-PFC) and the FaRE Communication and Cohesion (FaRE-CC). Confirmatory factor analysis (CFA) was performed to assess the factor structure of the FaRE-SF-P. Construct validity was assessed using the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) for divergent validity, and the Modified Medical Outcomes Study Social Support Survey (mMOS-SS) as well as the social functioning subscale from the European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire-Core 30 (EORTC QLQ-C30) for convergent validity. Results: The CFA results confirmed a correlated two-factor structure model consistent with the Perceived Family Coping and the Communication and Cohesion subscales. Internal consistency reliability indicated good values both for Perceived Family Coping and Communication and Cohesion subscales. The results for construct validity showed acceptable convergent and divergent validity. Discussion: The FaRE-SF-P showed good psychometric properties demonstrating to be a valid and reliable family resilience measure to use in Portuguese women diagnosed with breast cancer. Since FaRE-SF-P is a short instrument it may be a useful screening tool in an oncological clinical practice routine.publishersversionpublishe

    Cross-cultural adaptation and psychometric evaluation of the Portuguese version of the family resilience questionnaire – short form (FaRE-SF-P) in women with breast cancer

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    Background: A diagnosis of cancer, and the resulting treatment process, can be perceived as a life-threatening event, affecting not only patients but also their social network and, more specifically, their relatives. While the ability to cope and adjust to difficult health situations may be challenging, family resilience may optimize a positive adaptation to adversity and contribute to enhance the patient’s quality of life. The Family Resilience Questionnaire (FaRE) is a self-report measure of family resilience that assesses this construct systematically. We aimed to validate the Portuguese version of a short form of the FaRE (FaRE-SF-P) in a sample of women with breast cancer. Methods: 147 women recently diagnosed with early breast cancer were recruited at the Champalimaud Clinical Centre in Lisbon. Participants completed psychometric assessment including the Portuguese version of the FaRE-SF-P, composed by two subscales of the original version – the FaRE Perceived Family Coping (FaRE-PFC) and the FaRE Communication and Cohesion (FaRE-CC). Confirmatory factor analysis (CFA) was performed to assess the factor structure of the FaRE-SF-P. Construct validity was assessed using the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) for divergent validity, and the Modified Medical Outcomes Study Social Support Survey (mMOSSS) as well as the social functioning subscale from the European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire-Core 30 (EORTC QLQ-C30) for convergent validity. Results: The CFA results confirmed a correlated two-factor structure model consistent with the Perceived Family Coping and the Communication and Cohesion subscales. Internal consistency reliability indicated good values both for Perceived Family Coping and Communication and Cohesion subscales. The results for construct validity showed acceptable convergent and divergent validity. Discussion: The FaRE-SF-P showed good psychometric properties demonstrating to be a valid and reliable family resilience measure to use in Portuguese women diagnosed with breast cancer. Since FaRE-SF-P is a short instrument it may be a useful screening tool in an oncological clinical practice routineinfo:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Cross-cultural adaptation and psychometric evaluation of the Portuguese version of the family resilience questionnaire – short form (FaRE-SF-P) in women with breast cancer

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    BackgroundA diagnosis of cancer, and the resulting treatment process, can be perceived as a life-threatening event, affecting not only patients but also their social network and, more specifically, their relatives. While the ability to cope and adjust to difficult health situations may be challenging, family resilience may optimize a positive adaptation to adversity and contribute to enhance the patient’s quality of life. The Family Resilience Questionnaire (FaRE) is a self-report measure of family resilience that assesses this construct systematically. We aimed to validate the Portuguese version of a short form of the FaRE (FaRE-SF-P) in a sample of women with breast cancer.Methods147 women recently diagnosed with early breast cancer were recruited at the Champalimaud Clinical Centre in Lisbon. Participants completed psychometric assessment including the Portuguese version of the FaRE-SF-P, composed by two subscales of the original version – the FaRE Perceived Family Coping (FaRE-PFC) and the FaRE Communication and Cohesion (FaRE-CC). Confirmatory factor analysis (CFA) was performed to assess the factor structure of the FaRE-SF-P. Construct validity was assessed using the Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) for divergent validity, and the Modified Medical Outcomes Study Social Support Survey (mMOS-SS) as well as the social functioning subscale from the European Organization for Research and Treatment of Cancer Quality of Life Questionnaire-Core 30 (EORTC QLQ-C30) for convergent validity.ResultsThe CFA results confirmed a correlated two-factor structure model consistent with the Perceived Family Coping and the Communication and Cohesion subscales. Internal consistency reliability indicated good values both for Perceived Family Coping and Communication and Cohesion subscales. The results for construct validity showed acceptable convergent and divergent validity.DiscussionThe FaRE-SF-P showed good psychometric properties demonstrating to be a valid and reliable family resilience measure to use in Portuguese women diagnosed with breast cancer. Since FaRE-SF-P is a short instrument it may be a useful screening tool in an oncological clinical practice routine
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