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    Novo neoliberalismo acadêmico e o Ensino Superior no Brasil

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    A implementação de programas e políticas nas universidades públicas brasileiras, nos últimos 15 anos criaram novos mecanismos de integrá-las aos circuitos de reprodução do capital, sem modificar sua natureza jurídica. Em um contexto de aceleração tecnológica e aprofundamento da crise do capital, criaram-se novas formas de apropriação capitalista do conhecimento produzido pelas universidades públicas brasileiras, em todas as suas atividades. Este artigo busca contribuir para a caracterização do novo neoliberalismo acadêmico a partir da análise da articulação entre as políticas de ampliação do acesso e de incentivo à inovação nas universidades públicas brasileiras. O Novo Neoliberalismo acadêmico é um conceito que descreve a exacerbação das características historicamente registradas na mercantilização capitalista no ensino superior. No Brasil, as políticas neoliberais para o ensino superior foram se transformando, adquirindo novas características em função das mudanças nas recomendações dos organismos internacionais. Caracterizamos, assim, o novo neoliberalismo acadêmico como um conjunto de políticas e programas que criam políticas ditas inclusivas; flexibilizam a formação por meio da oferta de novas modalidades de cursos; modificam o financiamento; estabelecem o empreendedorismo como cultura a ser disseminada pela universidade; difundem o gerencialismo; e precarizam as relações de trabalho nas universidades públicas

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    Grupos de interesse e qualidade nas bibliotecas universitárias.

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    Assim como nas demais organizações de prestação de serviços, a questão da qualidade vem ganhando destaque também nas bibliotecas universitárias, especialmente no que se refere a estabelecimento de padrões e indicadores capazes de avaliar seu desempenho e a satisfação de seus usuários. Além disso, estudos caracterizando perfis e demandas informacionais de grupos específicos sugerem uma preocupação constante com o cliente e a perspectiva de direcionar ações para atendê-lo. No entanto, a ação organizacional não ocorre somente na interação entre os prestadores de serviços e seus usuários. Outros indivíduos e/ou grupos interferem no processo e contribuem para estabelecer, no âmbito organizacional, os objetivos a serem alcançados. Estes se constituem na própria razão de ser das organizações, que são criadas em torno de objetivos, reúnem pessoas e outros recursos para atingi-los, levando alguns autores a estabelecer uma relação direta entre objetivos e excelência de desempenho. Por outro lado, se as organizações carecem de objetivos, apenas os indivíduos os possuem. Dessa forma, para analisar os objetivos organizacionais é necessário partir-se da ação dos indivíduos que, de forma coletiva, irão concretizá-los ou não, configurando os objetivos operativos. Estes representam a ação concreta dos indivíduos ou grupos, independente do que afirmam os documentos oficiais da organização. As bibliotecas universitárias, subsistemas de organizações complexas como são as universidades, estão sujeitas à ação dos indivíduos e grupos que com elas se relacionam, disputando com outras unidades a distribuição de recursos e construindo, assim, um conceito de qualidade que retrata o desejo e os interesses dos grupos ou coalizões dominantes, no contexto global da organização. Caraterizados por suas fontes e bases de poder, os grupos interferem nas ações organizacionais estabelecendo coalizões capazes de priorizar objetivos mais diretamente relacionados a seus interesses

    Sobre a interferência da produção científica e tecnológica da universidade no desenvolvimento local: o caso da Ciência da Computação

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    O interesse central deste trabalho foi compreender a forma pela qual as organizações interferem no desenvolvimento local. O caminho para a compreensão foi traçado mediante a problematização da articulação entre dimensões globais e locais do contexto organizacional, usando como base a Teoria Institucional. Descrever e analisar o modo pelo qual a articulação entre o contexto institucional de referência da produção científica e tecnológica e as formas de inserção das universidades na localidade interfere no desenvolvimento local foi o objetivo que orientou a pesquisa. A questão do desenvolvimento local foi abordada à luz da estrutura centro-periferia do sistema mundial e das peculiaridades do subdesenvolvimento. Para posicionar os agentes no campo científico e no campo de poder local recorreu-se à teoria dos campos sociais, de Bourdieu. Sob abordagem predominantemente qualitativa, hipotetizou-se que a articulação entre o contexto institucional de referência da produção científica e tecnológica das universidades e sua inserção na localidade interfere no desenvolvimento local na medida em que se traduz em posicionamento no campo científico e no campo de poder local. Realizou-se um estudo comparativo de casos, cujas unidades de análise foram os Programas de Pós-Graduação em Ciência da Computação da Região Nordeste do Brasil. Mediante a análise das categorias internacionalização e inserção local, diferentes articulações foram caracterizadas, revelando precedência da internacionalização como categoria de maior intensidade. Programas em que ambas as categorias apresentaram forte intensidade, criaram novas possibilidades de ação e interferência no desenvolvimento local. Nos Estados em que estão situados, o setor de tecnologia da informação tornou-se segmento produtivo importante, a partir de iniciativas de pesquisadores no campo de poder loca

    Sistema universidade aberta do Brasil nas instituições federais de ensino superior: organizações sociais endógenas?

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    Esse artigo discute a suposta incorporação de características das Organizações Sociais pelas Instituições Federais de Ensino Superior a partir da adesão ao Sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB). A investigação teve por referência a Teoria da Contingência Estrutural e as características do Estado Gerencial. Como estratégia de pesquisa, foi utilizado o estudo do caso de adesão ao Sistema UAB pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os dados foram coletados em documentos e entrevistas, e processados sob a perspectiva da análise interpretativa. Nesta pesquisa, constatou-se que o MEC adotou o contrato como estratégia para expansão de vagas na modalidade EaD, configurando um ambiente de dependência de recursos para o ensino a distância. Com efeito, a UFRGS foi forçada a adotar a estratégia de captação de recursos, empreendida pela ação de adesão ao Sistema UAB, que resultou na ampliação significativa do seu número de vagas no ensino de graduação e de especializações lato sensu. Essa expansão organizacional foi viabilizada pela intensificação do trabalho dos seus servidores e pelas contratações temporárias de vínculo precário. O contrato fez emergir na UFRGS características das Organizações Sociais, conforme idealizava a proposta gerencial de reforma do aparelho do Estado
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