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    Impacto do uso de probióticos e simbióticos em pessoas com doença renal: uma revisão de literatura

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    Introdução: Alterações na composição da microbiota intestinal, associadas ao crescimento de espécies bacterianas envolvidas na geração de toxinas urêmica tem sido observadas em pessoas com doença renal. Assim, a suplementação de probióticos e simbióticos tem sido sugerida como terapia adjuvante para o equilíbrio da microbiota contribuindo para a integridade da barreira intestinal e controle metabólico desses pacientes. Objetivo: Verificar os efeitos da utilização de prebióticos, probióticos ou simbióticos no tratamento de pessoas com doença renal. Metodologia: Revisão de literatura realizada durante o período de janeiro de 2023 incluindo estudos dos últimos cinco anos, caracterizada pela pergunta norteadora: “impacto do uso de probióticos e simbióticos na microbiota de pessoas com doença renal”. Foram utilizadas as bases de dados Pubmed, SciELO e LILACS e descritores em português e inglês das palavras: “doença renal”, “probióticos” e “microbiota” combinados através do operador “AND”. Resultados e discussão: Foram incluídos sete artigos publicados entre 2018 e 2022. De todos os estudos, seis encontraram benefícios na administração de probióticos ou simbióticos e um não encontrou benefícios. Os estudos que consideraram benefícios, demonstraram redução de marcadores inflamatórios, redução da disbiose intestinal e melhora nos parâmetros renais de um modo geral. Conclusão: A suplementação de simbióticos parece viável em determinado tempo e sob supervisão profissional para adultos com doença renal, auxiliando em seu tratamento, de modo a promover uma ação sinérgica e eficaz

    Effects of dietary intervention on gut microbiota and metabolic-nutritional profile of outpatients with non-alcoholic steatohepatitis: a randomized clinical trial

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    Introduction: Modulation of the gut microbiota, through diet, emerges as a therapeutic possibility to improve health. Objective: To characterize the intestinal microbiota composition and the metabolic-nutritional profile in patients with non-alcoholic steatohepatitis, as well as the effects of dietary intervention on the aforementioned parameters. Methods: They are presented in two articles. In article 1 (cross-sectional study), partial data from 30 patients with NASH and article 2 (randomized, parallel, open-label study) were analyzed. 40 patients with NASH were allocated to two groups: DIET (individualized diet with 1,651.34 ± 263.25 kg / day, 47% carbohydrates, 28% lipids, 25% proteins and 30.3 ± 4.7 g / day of fiber plus nutritional orientation) and Control (CT - nutritional orientation). The groups were evaluated at baseline and after 3 months of intervention. The study was conducted at the University Hospital-UFJF. Hepatic histology, faecal collection (fecal microbiota), hydrogen and methane respiratory test (bacterial overgrowth in SBID), blood collection (hepatic biochemistry, glycemic and lipid profile), anthropometry, percentage evaluation of body fat and dietary intake. Results: Article 1: Association of fecal microbiota with clinical parameters and diet in nonalcoholic steatohepatitis The highest density of fecal microorganisms was Bacteroidetes [4.77 (3.61-5.81) x 108 cells g-1], which correlated positively with aspartate aminotransferase (p=0.008) and, negatively, with carbohydrate intake (p=0.021). Archaea positively correlated with total cholesterol (p=0.007); Acidobacteria, positively, with lobular inflammation (p = 0.024) and triacylglycerol (p=0.007), Verrucomicrobiales positively with BMI (p = 0.007), Proteobacteria, positively with polyunsaturated ingestion (p = 0.026). The Acidobacteria group was quantified for the first time in adults with NASH [1.57 (1.01-1.83) x 108 g-1 cells]. The results suggest that the intestinal microbiota is probably involved in the modulation of risk factors for NASH. The intervention in the DIET group reduced body weight, waist, percentage of fat, total cholesterol, triacylglycerols, glycemia, insulin, HOMA-IR and transaminases (p<0.05) in relation to baseline. However, the CT group did not present changes in the metabolic- 10 nutritional profile (p>0.05). There was no difference between the groups in the SIBO frequency at baseline (p = 0.723) and after 3 months (p = 0.327). The DIETA group increased total microorganisms (p=0.04), while the CT group reduced Bacteroidetes (p=0.04) and Verrucomicrobiales (p=0.02). The results suggest that exclusively dietary modifications contribute to the health promotion of patients with NASH and should form the basis of nutritional treatment for this condition.Introdução: A modulação da microbiota intestinal, por meio da dieta, emerge como uma possibilidade terapêutica para melhorar a saúde. Objetivo: Caracterizar a composição da microbiota intestinal e o perfil metabólico-nutricional em pacientes com esteato-hepatite não alcoólica, bem como os efeitos da intervenção dietética nos parâmetros supracitados. Métodos: Estão apresentados em dois artigos. No artigo 1 (estudo transversal) foram avaliados dados parciais de 30 pacientes com EHNA e no artigo 2 (estudo randomizado, paralelo, aberto) 40 pacientes com EHNA foram alocados em dois grupos: DIETA (dieta individualizada com 1.651,34 ± 263,25 kcal/dia, 47% carboidratos, 28% lipídeos, 25% proteínas e 30,3 ± 4,7g/dia de fibras mais orientação nutricional) e Controle (CT- orientação nutricional). Os grupos foram avaliados no tempo basal e após 3 meses de intervenção. O estudo foi realizado no Hospital Universitário-UFJF. Realizou-se análise da histologia hepática, coleta de fezes (microbiota fecal), teste respiratório de hidrogênio e metano (supercrescimento bacteriano no intestino delagado-SBID), coleta de sangue (bioquímica hepática, perfil glicêmico e lipídico), antropometria, avaliação do percentual de gordura corporal e do consumo dietético. Resultados: Artigo 1: Associação da microbiota fecal com parâmetros clínicos e dieta na esteato-hepatite não alcoólica – A maior densidade de microrganismos fecais foi Bacteroidetes [4,77 (3,61-5,81) x 108 células g-1], que se correlacionou positivamente com aspartato aminotransferase (p=0,008) e, negativamente, com ingestão de carboidratos (p=0,021). Archaea correlacionou positivamente com colesterol total (p=0,007); Acidobacteria, positivamente, com inflamação lobular (p=0,024) e triacilglicerol (p=0,007), Verrucomicrobiales, positivamente, com IMC (p=0,007), Proteobacteria, positivamente com ingestão de polinsaturados (p=0,026). O grupo Acidobacteria foi quantificado pela primeira vez em adultos com EHNA [1,57 (1,01-1,83) x 108 células g-1]. Os resultados sugerem que a microbiota intestinal provavelmente está envolvida na modulação dos fatores de risco para EHNA. Artigo 2: Efeitos da intervenção dietética na microbiota intestinal e perfil metabólico-nutricional de pacientes com esteato-hepatite não alcoólica: 8 um ensaio clínico randomizado –A intervenção no grupo DIETA reduziu peso corporal, cintura, percentual de gordura, colesterol total, triacilgliceróis, glicemia, insulina de jejum, HOMA-IR e transaminases (p0,05). Não houve diferença, entre os grupos, na frequência de SBID no basal (p=0,723) e após 3 meses (p=0,327). O grupo DIETA aumentou microrganismos totais (p=0,04), enquanto o grupo CT reduziu Bacteroidetes (p=0,04) e Verrucomicrobiales (p=0,02). Os resultados sugerem que modificações exclusivamente dietéticas contribuem para promoção da saúde de pacientes com EHNA e devem constituir a base do tratamento nutricional para esta condição

    Comportamento hemodinâmico durante estresse mental em mulheres com hipotireoidismo subclínico

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    Patients with subclinical hypothyroidism (SCH) have a higher risk of cardiovascular mortality. One possible explanation for this outcome may be a worsening of vascular function. However, the effects of SCH in hemodynamic response during mental stress physiological maneuver are not known. We hypothesized that women with HSC have impaired peripheral blood flow and peripheral vascular conductance during mental stress. We evaluated 20 women with SCH (SCH Group) and 21 euthyroid (Control Group) women, matched for age (37±11 vs. 38±10 years, p=0.699) and body mass index (26±5 vs. 25±5kg/m2, p=0.462). The muscle blood flow (MBF) (venous occlusion plethysmography), heart rate (HR) and blood pressure (BP) (Dixtal2023) were evaluated simultaneously during 3 min-baseline followed by 3-min of mental stress test (Stroop Color Word Test). Forearm vascular conductance (FVC) was calculated by dividing MBF by the blood pressure mean. Student t test and ANOVA were used, adopting significant p<0.05. The SCH group had greater TSH levels (7.57±3.17 vs. 2.10±0.88 mU/L, p<0.001). In baseline the groups HSC and Control were similar to HR (67±8 vs. 67±10, p=0.126), systolic blood pressure (130±11 vs. 128±10 mmHg, p=0.851), diastolic blood pressure (70±7 vs. 68±6, p=0.527), mean blood pressure (90±8 vs. 88±7, p=0.664), MBF (2.50±0.79 vs. 2.55±0.71ml/min/100ml, p=0.905) and FVC (2.80±0.90 vs. 2.92±0.88 units, p=0.952). During all mental stress test the groups SCH and Control increased significantly HR (time effect, p<0.001), BP (time effect, p<0.001), MBF (time effect, p<0.001) and FVC (time effect, p<0.001) compared with baseline. However, MBF and FVC were significantly lower in SCH group during first (MBF: 3.66±0.96 vs. 4.66±1.61 ml/min/100ml, p=0.018, effect size=0.78; FVC: 3.95±1.08 vs. 5.19±1.96 unidades, p=0.010, effect size=0.81) and second (MBF: 3.55±1.01 vs. 4.62±2.27 ml/min/100ml, p=0.018, effect sixe=0.65; FVC: 3.75±1.07 vs. 4.92±2.37 unidades, p=0.020, effect size=0.68) minuts of mental stress test. In conclusion women with SCH compared to euthyroid women have preserved HR and BP, however impaired MBF and FVC during mental stress.Pacientes com hipotireoidismo subclínico (HSC) possuem maior risco para mortalidade cardiovascular. Uma das possíveis explicações para esse desfecho seria a piora da função vascular. Porém, não são conhecidos os efeitos do HSC no comportamento hemodinâmico durante manobra fisiológica de estresse mental. O objetivo desse estudo foi investigar o comportamento hemodinâmico de mulheres com hipotireoidismo subclínico durante estresse mental. Foram avaliadas 20 mulheres com HSC (Grupo HSC) e 21 eutireoidianas (Grupo Controle), pareadas por idade (37±11 vs. 38±10 anos, p=0,699, respectivamente) e índice de massa corporal (26±5 vs. 25±5 kg/m2, p=0,462, respectivamente). O fluxo sanguíneo muscular (FSM), avaliado pela pletismografia de oclusão venosa, a frequência cardíaca (FC) e a pressão arterial (PA), medidas pelo Dixtal2023, foram registrados simultaneamente durante 3 minutos de basal, seguidos de 3 minutos de estresse mental (Stroop Color Word Test). A condutância vascular do antebraço (CVA) foi calculada pela divisão do FSM pela pressão arterial média multiplicada por 100. Foram utilizados os testes t de Student e ANOVA, adotando significativo p<0,05. O grupo HSC apresentou níveis significativamente maiores do hormônio estimulador da tireoide (7,57±3,17 vs. 2,10±0,88 mU/L, p<0,001). No basal os grupos HSC e Controle foram semelhantes para FC (67±8 vs. 67±10, p=0,126, respectivamente), pressão arterial sistólica (130±11 vs. 128±10 mmHg, p=0,851, respectivamente), pressão arterial diastólica (70±7 vs. 68±6, p=0,527, respectivamente), pressão arterial média (90±8 vs. 88±7, p=0,664, respectivamente), FSM (2,50±0,79 vs. 2,55±0,71 ml/min/100ml, p=0,905, respectivamente) e CVA (2,80±0,90 vs. 2,92±0,88 unidades, p=0,952, respectivamente). Durante todo o teste de estresse mental os grupos HSC e Controle aumentaram significativamente a FC (efeito tempo, p<0,001), a PA (efeito tempo, p<0,001), o FSM (efeito tempo, p<0,001) e CVA (efeito tempo, p<0,001) em relação ao basal. Porém, o FSM e a CVA foram significativamente menores no grupo HSC durante o primeiro (FSM: 3,66±0,96 vs. 4,66±1,61 ml/min/100ml, p=0,018, tamanho do efeito=0,78; CVA: 3,95±1,08 vs. 5,19±1,96 unidades, p=0,010, tamanho do efeito=0,81;) e segundo (FSM: 3,55±1,01 vs. 4,62±2,27 ml/min/100ml, p=0,018, tamanho do efeito=0,65; CVA: 3,75±1,07 vs. 4,92±2,37 unidades, p=0,020, tamanho do efeito=0,68) minutos do teste de estresse mental. Desta forma concluímos que mulheres com HSC possuem, durante estresse mental, FC e PA preservadas, porém FSM e CVA prejudicados

    Relação entre medidas antropométricas, escolaridade, renda e índice de qualidade da dieta de mulheres climatéricas

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    Avaliar o Índice de Qualidade da Dieta (IQD) de mulheres climatéricas, e sua associação com medidas antropométricas, grau de escolaridade e nível salarial. Trata-se de um estudo retrospectivo, com avaliação de dados secundários obtidos por questionários aplicados como rotina no atendimento de mulheres climatéricas participantes do Projeto “Viver Melhor” do HU/UFJF, compreendidos no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2014. Incluíram-se todos os questionários que se encontravam completos. Foram coletados: dados socioeconômicos, história clínica, hábitos de vida, avaliação dietética e antropométrica. Calculou-se ainda o Índice de Massa Corporal (IMC) e o Índice de Conicidade (IC). Observou-se uma idade média de 50,3 ± 4,77 anos. O IMC médio de 28,86 kg/m², sendo que a maioria apresentava excesso de peso, 48,84% (n=21) com sobrepeso e 34,88% (n=15) obesidade. O excesso de adiposidade corporal central estava presente em 83,72% (n=36) e 30,23% (n=13) obtiveram valores elevados para RCQ, indicando risco elevado para doenças cardiovasculares e outras doenças metabólicas. O IC foi utilizado como discriminador para risco cardiovascular elevado. Quanto à avaliação do IQD, a maioria (74,42%, n=32) das participantes necessitava melhorar a qualidade da dieta, já as que apresentaram dietas consideradas adequadas/saudáveis representam 25,58% (n=11), porém nenhuma das dietas avaliadas encontrava-se inadequada. Não foi observada relação significativa entre medidas antropométricas, grau de escolaridade, nível salarial e o IQD. A maioria das mulheres climatéricas avaliadas apresentavam excesso de peso e necessitavam realizar melhorias em seus hábitos alimentares

    Impairment of muscle vasodilation during mental stress in women with subclinical hypothyroidism.

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    Objetivo: Testar a hipótese de que mulheres com hipotireoidismo subclínico (HSC) possuem condutância vascular do antebraço (CVA) prejudicados durante estresse mental. Sujeitos e métodos: Foram avaliadas 20 mulheres com HSC e 21 eutireoidianas (Grupo Controle), pareadas por idade (p = 0,699) e índice de massa corporal (p = 0,462). O fluxo sanguíneo muscular (FSM), avaliado pela pletismografia de oclusão venosa, e a pressão arterial, medida pelo Dixtal2023, foram registrados simultaneamente durante 3 minutos de basal, seguidos de 3 minutos de estresse mental. A CVA foi calculada pela divisão do FSM pela pressão arterial média. Foi adotada significância de p < 0,05. Resultados: O grupo HSC apresentou maior concentração do hormônio tireoestimulante (7,57 ± 3,17 vs. 2,10 ± 0,88 mU/L, p < 0,001). No basal, os grupos HSC e Controle foram semelhantes respectivamente para FSM (2,50 ± 0,79 vs. 2,55 ± 0,71 mL/min/100 mL, p = 0,905) e CVA (2,80 ± 0,90 vs. 2,92 ± 0,88 unidades, p = 0,952). Durante todo o estresse mental, os grupos HSC e Controle aumentaram significativamente o FSM (efeito tempo, p < 0,001) e CVA (efeito tempo, p < 0,001) em relação ao basal. Porém, essas variáveis foram significativamente menores no grupo HSC durante o primeiro (FSM: 3,66 ± 0,96 vs. 4,66 ± 1,61 mL/min/100 mL, p = 0,018; CVA: 3,95 ± 1,08 vs. 5,19 ± 1,96 unidades, p = 0,010) e segundo (FSM: 3,55 ± 1,01 vs. 4,62 ± 2,27 mL/min/100 mL, p = 0,018; CVA: 3,75 ± 1,07 vs. 4,92 ± 2,37 unidades, p = 0,020) minutos do teste de estresse mental. Conclusão: Mulheres com HSC possuem comportamento vasodilatador prejudicado durante o estresse mental.Objective: To test the hypothesis that women with subclinical hypothyroidism (SH) have forearm vascular conductance (FVC) impaired during mental stress. Subjects and methods: We evaluated 20 women with SH and 21 euthyroid (Control group), matched for age (p = 0.699) and body mass index (p = 0.462). Muscle blood flow (MBF) was assessed by venous occlusion plethysmography and blood pressure by Dixtal2023. Both variables were recorded simultaneously for 3 minutes of baseline followed by 3 minutes of mental stress. The FVC was calculated by dividing MBF by mean arterial pressure. Significant differences were assumed at p < 0.05. Results: The SH group had higher concentrations of thyroid stimulating hormone (7.57 ± 3.17 vs. 2.10 ± 0,88 mU/L, p < 0.001). At baseline, the SH and control groups were similar for MBF (2.50 ± 0.79 vs. 2.55 ± 0,71 mL/ min/100 mL, p = 0.905, respectively) and FVC (2.80 ± 0.90 vs. 2.92 ± 0.88 units, p = 0.952, respectively). Throughout the mental stress test the SH and Control groups increased the MBF (time effect, p < 0.001) and FVC (time effect, p < 0.001) compared to baseline protocol. However, these variables were lower in SH group during the first (MBF: 3.66 ± 0.96 vs. 4.66 ± 1,61 mL/min/100 mL, p = 0.018, FVC: 3.95 ± 1.08 vs. 5.19 ± 1,96 units, p = 0.010) and second (MBF: 3.55 ± 1.01 vs. 4.62 ± 2,27 mL/min/100 ml, p = 0.018; FVC: 3.75 ± 1.07 vs. 4.92 ± 2,37 units, p = 0.020) minutes of mental stress test. Conclusion: Women with SH have reduced muscle vasodilatatory response during mental stress

    Programa de Follow-up de Recém Nascidos de Alto Risco: Relato da Experiência de uma Equipe Interdisciplinar

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    The advance of Neonatology in the last decades brought great changes in the assistance to the newborn, leading to an increase in the survival rates of neonates which will present a high risk for neurodevelopmental impairment. When we compare premature children with the ones born at term age, it is possible to observe clearly differences in cognitive abilities, school performance, behavior, etc. Thus, the clinical assessment of these children during the first years of life is essential, which has the aim of early detection of disabilities in the neurodevelopment and interventions, identify psychological needs in their family and parents' orientation regarding the difficulties that they will face in the care with their children. This service is called follow-up, and the World Organization of Health recommends its implantation, but unfortunately the assistance chain rendered to the babies who receive high of Neonatal Intensive Care Units is deficient in Brazil. About seven years ago, the University Hospital/Health Care Center of the Federal University of Juiz de Fora created a follow-up program for high-risk neonates, which attends children from Neonatal Intensive Care Units in Juiz de Fora and region. Since its creation, the program registered about 350 patients. The follow-up occurs up to five years old, by an interdisciplinary team, composed by physicians (Pediatricians), nurses, physical therapists, audiologist and speech therapist, nutritionist, social worker, psychologists and other professionals. The aim of this article is to relate the experience of this interdisciplinary team in the assistance of these children.O avanço da Neonatalogia, nas últimas décadas, trouxe grandes mudanças na assistência ao recém-nascido, levando a um aumento na sobrevida de neonatos que apresentarão um alto risco para o surgimento de sequelas no desenvolvimento neuropsicomotor. Quando se comparam crianças prematuras com as nascidas a termo, é possível observar diferenças marcantes nas habilidades cognitivas, na performance escolar, no comportamento, entre outras. Dessa forma, o acompanhamento clínico dessas crianças durante os primeiros anos de vida é essencial para que haja a detecção precoce de alterações no desenvolvimento e as intervenções necessárias, além da identificação das necessidades da família e a orientação dos pais quanto às dificuldades que enfrentarão nos cuidados com estas crianças. Esse tipo de serviço é chamado de follow-up e sua implantação é recomendada pela Organização Mundial de Saúde, mas, infelizmente, a rede de assistência prestada aos bebês que recebem alta das UTIs Neonatais ainda é deficiente em nosso país. Há cerca de sete anos, foi criado, no Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora, um programa de follow-up de recém-nascidos de alto risco, que atende crianças egressas das UTIs Neonatais de Juiz de Fora e Zona da Mata. Desde sua criação, o programa cadastrou cerca de 350 pacientes. As crianças são acompanhadas até os cinco anos de idade por uma equipe interdisciplinar, composta por médicos (Pediatras Neonatalogistas), enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogo, nutricionista, assistente social, psicólogos e profissionais afins. O presente artigo tem por objetivo relatar a experiência dessa equipe interdisciplinar no atendimento dessas crianças

    Desafios e reflexões na implantação de um programa de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) em indivíduos com excesso de peso

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    Objective: To report the experience of Food and Nutrition Education (FNE) activities developed with overweight and obesity patients. Data overview: Food and nutrition education sessions were developed with class I and II overweight and obesity patients in the outpatient center of the Hospital Universitário/Universidade Federal de Juiz de Fora – HU/ UFJF (University Hospital of the Federal University of Juiz de Fora who participated in the extension project “Saúde na Balança” (Weighing Health). Sessions were carried out in groups and took place weekly in the 1st month, fortnightly in the 2nd and 3rd months, and monthly up to the 6th month, in the period from September 2012 to September 2013. During one year of activities, four groups were developed with a total of 46 volunteers who agreed to participate in the sessions. Nutrition issues that supported individual care were discussed in these sessions. The team identified that place, time, frequency of sessions, availability of time and lack of financial resources were factors affecting patient’s adherence to treatment; thus, some of them were modified and a better adherence could already be verified in the last group. However, 17 dropouts were still recorded. According to patients’ self-reports, it was possible to see positives changes in eating habits and in the way to deal with obesity and associated comorbidities. Conclusion: In the course of activities, a bond between the team and the participants was established, allowing the identification of demands and effective ways of working with groups, proving that FNE helps the individual approach as it allows experiences and information exchange, expanding the power of choices for healthy life habits.Objetivo: Relatar la experiencia de las actividades de educación alimentaria y nutricional (EAN) desarrolladas con pacientes com sobrepeso y obesidad. Síntesis de los datos: Se realizaron sesiones de educación alimentaria y nutricional (EAN) con pacientes com sobrepeso y obesidad de grados I y II asistidos en el ambulatório del Hospital Universitario de la Universidad Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF), integrantes del proyecto de extensión “Salud en la Báscula”. Las sesiones se dieron en grupo cada semana en el primer mes, cada quince días en el segundo y tercer mês y cada mes hasta el sexto mes en el período entre septiembre de 2012 y septiembre de 2013. Durante un año de actividades fueron realizados 4 grupos con 46 integrantes que aceptaron participar de las sesiones. En ellas se habló de temas de nutrición que apoyaban la atención individual. El equipo identifico que el local, nel horario, la periodicidad de las sesiones, la disponibilidad de tiempo y la falta de recursos financieros fueron los factores que influyeron en la adhesión del paciente al tratamiento, algunos de ellos modificables, observándose un cambio en la adhesión en El último grupo. Sin embargo, aún se registró 17 bajas. A través Del auto relato de los pacientes fue posible percibir cambios positivos de los hábitos alimentarios y de la forma de relacionarse con La obesidad y las comorbidades asociadas. Conclusión: En el curso de las actividades se consiguió el vinculo entre el equipo y los participantes lo que permitió la identificación de demandas y de formas efectivas de la actuación en los grupos demostrando que la EAN ayuda en el abordaje individual al paso que permite El cambio de experiencias y informaciones ampliando el poder de elección de hábitos de vida saludables.Objetivo: Relatar a experiência das atividades de educação alimentar e nutricional (EAN) desenvolvidas em pacientes com sobrepeso e obesidade. Síntese de dados: Realizaramse sessões de educação alimentar e nutricional (EAN) com pacientes com sobrepeso e obesidade graus I e II atendidos no ambulatório do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU/UFJF), integrantes do projeto de extensão “Saúde na Balança”. As sessões ocorreram em grupo, semanalmente no 1º mês, quinzenalmente no 2º e 3º mês e mensalmente até o 6º mês, no período de setembro de 2012 a setembro de 2013. Durante um ano de atividades, foram realizados 4 grupos, com um total de 46 integrantes, que aceitaram participar das sessões. Nestas, foram abordados temas em nutrição que apoiavam o atendimento individual. A equipe identificou que local, horário, periodicidade das sessões, disponibilidade de tempo e falta de recursos financeiros eram fatores que influenciavam a adesão do paciente ao tratamento, sendo alguns deles modificados, já se observando melhora da adesão no último grupo. Entretanto, ainda foram registradas 17 desistências. Com o autorrelato dos pacientes, foi possível perceber mudanças positivas nos hábitos alimentares e na forma de se relacionar com a obesidade e as comorbidades associadas. Conclusão: No decorrer das atividades, criou-se vínculo entre equipe e participantes, permitindo identificação de demandas e de formas efetivas de atuação nos grupos, demonstrando que a EAN auxilia a abordagem individual, na medida em que permite troca de experiências e informações, ampliando o poder de escolha por hábitos de vida saudáveis
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