280 research outputs found

    Versão portuguesa da Firefighter Coping Self-Efficacy Scale: Estudo da estrutura fatorial e características psicométricas

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    Background and Aim: The current study aimed to translate the Firefighter Coping Self-Efficacy Scale (FFCSE) and explore its dimensionality and psychometric characteristics. Method: This cross-sectional study was authorised by the National Emergency and Civil Protection Authority and disseminated by firefighters' stations from different districts. A sample of 155 firefighters completed online the following self-report instruments: Firefighter Coping Self-Efficacy Scale, Comprehensive Assessment of Acceptance and Commitment Therapy Processes, World Health Organization Index-5, Perceived Stress Scale and Patients Health Questionnaire-4. An exploratory factor analysis was computed, and reliability and validity studies were conducted. Results: The Portuguese version of the FFCSE items revealed, in general, good psychometric characteristics, except for item 10 ("Having dreams about difficult calls"). The factor structure was one-dimensional. The FFCSE showed good internal consistency, and the associations with the other variables were in the expected direction. No differences were found between men and women in the FFCSE mean scores. There was no statistically significant association between the FFCSE and age, years of education or length of service as firefighters. Conclusions: The FFCSE proved to be a one-dimensional measure of perceived self-efficacy to deal with the demands inherent to the firefighter activity. The results suggest that it is a valid and reliable measure, useful in research, clinical and training contexts for these professionals.Contexto e Objetivo: O presente estudo pretendeu traduzir a Firefighter Coping Self- Efficacy Scale (FFCSE) e explorar a sua dimensionalidade e características psicométricas. Métodos: O estudo de desenho transversal foi autorizado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e disseminado pelas corporações de diversos distritos. Uma amostra de 155 bombeiros completou online os seguintes instrumentos de autorresposta:  Firefighter Coping Self- Efficacy Scale, Comprehensive Assessment of Acceptance and Commitment Therapy Processes, World Health Organization Index-5, Perceived Stress Scale e Patients Health Questionnaire-4. Foi realizada uma análise fatorial exploratória e conduzidos estudos de fidedignidade e validade. Resultados: Os itens da versão portuguesa da FFCSE revelaram, na globalidade, boas características psicométricas, à exceção do item 10 (“Sonhar com ocorrências difíceis”). A estrutura fatorial apurada foi unidimensional. A FFCSE evidenciou uma boa consistência interna e uma associação com as demais variáveis no sentido esperado. Não foram encontradas diferenças nos valores médios da FFCSE entre bombeiros do sexo masculino e do sexo feminino e não se observou uma associação estatisticamente significativa entre a FFCSE e a idade, anos de escolaridade ou tempo de serviço enquanto bombeiros. Conclusões: A FFCSE mostrou ser uma medida unidimensional de perceção de autoeficácia para lidar com as exigências inerentes à atividade de bombeiro. Os resultados sugerem ser um instrumento válido e fidedigno, passível de ser usado em contextos de investigação, de clínica e de formação destes profissionais

    Alterações do Sono e Processos de Regulação Emocional em Adultos

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    O sono é um processo fisiológico vital com um papel restaurador importante. A reduzida qualidade do sono pode afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas e influenciar a sua capacidade de regulação emocional. Dada a pertinência do tema, o presente estudo tem como principal objetivo analisar a relação entre aspetos associados com o sono e processos de autorregulação emocional como a autocompaixão, o autojulgamento, o autocriticismo e a autotranquilização. A amostra desta investigação é constituída por 210 participantes, 163 mulheres e 47 homens, com idades compreendidas entre os 19 anos e os 59 anos (M = 35,82; DP = 9,81), recolhida na empresa Aquinos, em Tábua. Para a recolha de dados, utilizou-se o seguinte protocolo de investigação: Questionário Sociodemográfico, Questionário de Pittsburgh sobre a Qualidade do Sono (PSQI), Escala da Autocompaixão (SCS) e Escala das Formas do Autocriticismo e Autotranquilização (FSCRS). Os principais resultados sugerem que são as mulheres que têm uma pior qualidade subjetiva do sono, maior latência do sono e maior perturbação do sono. Relativamente ao uso de medicamentos, são os participantes mais velhos que mais recorrerem aos fármacos para dormir. Já os participantes mais novos apresentam uma atitude mais positiva, através da forma Eu tranquilizador. Os participantes casados/união de facto apresentam pior qualidade subjetiva do sono, maior latência do sono, menor duração do sono e maior perturbação do sono. Paralelamente é também este grupo dos participantes casados/união de facto que manifesta valores mais elevados na forma Eu inadequado. De referir ainda que os processos de regulação emocional de autojulgamento e Eu inadequado e Eu detestado revelaram uma associação significativa com a qualidade subjetiva do sono, a latência, a perturbação do sono, o uso de medicação para dormir e a disfunção diurna, isto é, os sujeitos que recorrem a estas estratégias de regulação emocional tendem a apresentar mais modificações nos seus padrões de sono. Por sua vez o Eu tranquilizador associa-se de forma negativa com o recurso a fármacos para dormir. Conclui-se que são as mulheres, os indivíduos mais velhos e os casados/união de facto que apresentam uma qualidade do sono mais pobre. Igualmente relevante é o facto de serem os indivíduos com níveis mais elevados de autojulgamento e autocrítica que tendem a apresentar mais dificuldades relativamente ao sono. Assim, estes elementos deverão ser tidos em consideração pelos profissionais de saúde para efeitos de delineação de estratégias terapêuticas relacionadas com alterações do sono. / Sleep is a vital physiological process with a restorative important role. The reduced quality of sleep can greatly affect quality of life emotional regulation capacity. The aim of the current study was to analyse the relationship between sleep quality in adults and emotional self-regulation processes such as self-compassion, self-judgment, self-criticism and self-reassurance. The sample is constituted by 210 participants, 163 women and 47 men, aged between 19 and 59 years old (M = 35,82, SD = 9,81), collected in Aquino enterprise, in Tábua. For data collection we used the following self-report instruments: Sociodemographic Questionnaire, Pittsburgh Sleep Quality Index (PSQI), Self-Compassion Scale (SCS) and Scales of Forms of Self-Criticism and Self-Tranquilization (FSCRS). Results suggest that women who have a lower subjective sleep quality, higher sleep latency and higher sleep disorders when compared to men. The use of medication is higher in older participants. In turn younger participants show a more positive attitude, with higher scores in Reassuring Self. Married/cohabitation participants present a lower sleep quality, higher sleep latency, lower sleep duration and more sleep disturbance as well as higher scores in Inadequate Self. Emotion regulation processes of Self-judgment, Inadequate Self and Hated Self are associated with subjective sleep quality, sleep latency, and sleep disorders and with the use of medication. Individuals who tend to use these emotion regulation strategies are more prone to negative changes in their sleep patterns. It is also worth of note that those who present higher scores in the Reassurance Self tend to use less sleep medication. Individuals with high levels of self-judgment and self-criticism can effectively have more difficulties regarding sleep. In conclusion, women, older and married individuals show less sleep quality. Furthermore individuals who show more self-judgment and self-criticism tend to present more sleepdifficulties. These variables should be taken into account by health professionals when designing interventions programs for people dealing with sleep problems

    Gestação de Substituição: Factores psicológicos– uma revisão sistemática da literatura

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    A infertilidade conjugal é definida como uma condição clínica com repercussões no bemestar físico, psicológico e social dos intervenientes. Contudo, os avanços ocorridos na medicina da reprodução têm vindo a possibilitar a muitos dos casais com infertilidade a concretização do seu desejo de parentalidade. Neste contexto, tratamentos médicos, a inseminação intrauterina, a fertilização in vitro (FIV), a microinjeção intracitoplasmática de espermatozoide (ICSI), e o recurso a gâmetas de dador ou a embriões doados, constituem importantes desenvolvimentos para a resolução de muitos dos casos de infertilidade. Ainda assim, por razões de natureza diversa, e pela relativamente baixa taxa de sucesso deste tipo de tratamentos, existem casais que enfrentam maiores dificuldades. Entre estes encontram-se aqueles que por ausência de útero, malformações ou doença neste órgão se vêem impossibilitados de experienciar uma gravidez. Nestas circunstâncias apenas a gestão de substituição poderia dar resposta à sua condição de infertilidade. No entanto, esta é uma prática que gera controvérsia, objeções e dúvidas sendo proibida na maioria dos países europeus, incluindo Portugal. O principal objectivo desta revisão sistemática é, considerada a inexistência de um estudo desta natureza em Portugal, providenciar um corpo de conhecimento organizado em função dos resultados de estudos noutros países e que procuraram explorar aspectos psicológicos relacionados com a gestação de substituição. Em concreto, foram analisados estudos que abordaram gestação de substituição enquanto opção alternativa à infertilidade; adaptação marital; revelação da forma de concepção; bem-estar físico e psicológico do casal beneficiário e criança; contacto com a gestante de substituição; e adaptação à parentalidade. Deste modo, foi examinado um total de 10 estudos, todos eles de carácter longitudinal, com os seguintes principais resultados: a gestação de substituição é considerada “uma experiência positiva”; todos os casais beneficiários aparentam ter um bom funcionamento entre si; o processo de revelação da forma de conceção por gestação de substituição pretende ser iniciado na mais tenra idade; o contato com a gestante de substituição é mantido de forma harmoniosa, ainda que com uma frequência genérica trimestral; os casais beneficiários apresentam menor stresse e maior bem-estar físico e psicológico ao longo da gestação; a adaptação à parentalidade até aos três anos de idade apresenta um valor positivo superior às demais formas de conceção. / Infertility is defined as a clinical condition with repercussions on the physical, psychological and social well-being. However, progresses in reproductive medicine have been enabling many infertile couples to achieve their desire for parenthood. In this context, medical treatments such as intrauterine insemination, in vitro fertilization (IVF), intracytoplasmic microinjection of sperm (ICSI), and the use of donor gametes or donated embryos, are important developments for the resolution of many infertility cases. However for other reasons and also due to the reasonably low success rate of such treatments, there are couples who face greater difficulties. Among these are those which in the absence of a uterus, uterine malformations or disease find themselves unable to experience a pregnancy. In these circumstances surrogacy is the only chance to solve their infertility condition. However, this practice generates controversy, objections, and questions and is prohibited in most European countries, including Portugal. The main objective of this systematic review is, considered the absence of such a study in Portugal, to provide a body of knowledge based on results from studies, conducted in other countries, which sought out to explore psychological aspects of surrogacy. Studies were analyzed considering surrogacy as a solution for infertility; marital adjustment; disclosure to the child; physical and psychological well-being of the beneficiaries couple and child; contact with the surrogate; adjustment to parenting. A total of 10 studies was examined, all with a longitudinal design, with the following main results: surrogacy is considered a "positive experience"; all beneficiary couples seem to have a good marital relationship; disclosure intends occur at an early age; contact with the surrogate is held; beneficiaries couples show less stress and greater physical and psychological well-being during pregnancy; adjustment to parenthood is higher until the child is 3 years old

    Conhecimentos sobre fertilidade, motivações para a parentalidade e atitudes face à doação de gâmetas e gestação de substituição em jovens-adultos

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    Introdução: Cada vez mais, os jovens-adultos tendem a adiar o seu projeto de se tornarem pais. As motivações para a parentalidade têm variado significativamente ao longo do tempo sendo que progressivamente esta é vista como um desejo pessoal e não como um dever para com a sociedade. Contudo, com o avançar da idade a capacidade de atingir uma gravidez espontânea é menor e o projeto da parentalidade pode ser posto em causa. A probabilidade de atingir uma gravidez espontânea, assim como as taxas de sucesso das técnicas de reprodução medicamente assistida, são habitualmente sobrestimadas pelos jovens-adultos. Vários estudos indicam que a população revela poucos conhecimentos sobre os fatores que afetam a fertilidade e a transmissão de informações é uma necessidade para a sua consciencialização. Relativamente às técnicas de reprodução medicamente assistidas, a sua aceitação social e legal difere entre países. Em Portugal, a doação de gâmetas é permitida e regulada porém a gestação de substituição não é legal. Objetivos: O presente estudo pretendeu avaliar jovens-adultos sem filhos e em idade reprodutiva relativamente às suas motivações para a parentalidade e o seu posicionamento perante a doação/receção de gâmetas e a gestação de substituição. Considerou-se também pertinente avaliar os conhecimentos sobre fatores que afetam a fertilidade assim como o impacto da transmissão de informação em relação a esta temática. Metodologia: 551 sujeitos com idades entre os 18 e os 40 anos responderam a um questionário online desenvolvido especificamente para a investigação. O estudo seguiu um desenho longitudinal sendo composto por dois momentos de avaliação. Os participantes foram aleatoriamente distribuídos por três grupos sendo que dois dos grupos receberam informações sobre fatores que afetam a fertilidade (num formato de vídeo e num formato de site) e o outro grupo não recebeu qualquer tipo de informação. Resultados: Os dados obtidos revelam que a realização pessoal é a principal motivação positiva para a parentalidade. Os participantes pertencentes aos grupos que tiveram acesso a informações sobre fertilidade (quer por vídeo, quer pelo site) melhoraram o seu nível de conhecimentos. Os resultados revelam ainda que 61,2% dos participantes considera doar gâmetas e 60% concorda que se necessitasse de recorrer a gâmetas de dador se sentiria feliz. Um total de 42,1% da amostra considerou recorrer à gestação de substituição. Discussão: A valorização da dimensão emocional/psicológica nas motivações para a parentalidade parece estar relacionada com aspetos socioculturais no contexto português. Verificou-se que os conhecimentos sobre fertilidade aumentaram com o acesso a informações sobre os fatores que afetam a mesma, o que é indicador da importância do fornecimento de informação, ainda que esta possa ser facultada com recurso a diferentes tipos de suporte. Em relação à receção de gâmetas, a maioria dos participantes considerou sentir-se feliz por realizar o desejo de parentalidade e de cuidar de uma criança desde o seu nascimento. Os sujeitos revelam uma atitude positiva e de abertura para com a doação/receção de gâmetas e a gestação de substituição. / Introduction: Postponing childbirth is becoming more and more prevailing particularly among young adults with higher education. Motivations for parenting have varied significantly over time and that is increasingly seen as a personal desire and not as a duty towards society. However, the ability to achieve a spontaneous pregnancy decreases with age and parenting plans can be threatened by fertility problems. The probability of achieving a spontaneous pregnancy as well as third-party reproduction treatments’ rates tend to be overestimated by young adults. Several studies indicate that general population shows a lack of knowledge about the factors that affect fertility. Thus education programs must target young people to increase their awareness regarding fertility related behaviors. Social and legal acceptance of medically assisted reproduction techniques differ between countries. In Portugal, gamete donation is allowed and regulated but surrogacy is not. Objectives: This study aimed to address young adults in reproductive age without children about their motivations for parenting and their positioning towards giving/receiving gametes and surrogacy. Additionally the knowledge of factors that affect fertility and the impact of information transmission regarding fertility awareness were explored. Method: 551 subjects aged 18 to 40 years answered an online questionnaire developed specifically for this research project. The study has a longitudinal design and it is composed of two evaluation moments. Participants were randomly assigned into three groups, two of the groups received information about the factors that affect fertility and the other group did not receive any information. Results: The data show that personal fulfillment is the main positive motivation for parenting. Participants in the groups that had access to fertility information (either by video or by site) improved their level of knowledge. Results also revealed that 61,2% of participants consider the possibility of donating their own gametes and 60% agree that they would be happy to have donor gametes if they needed so.. A total of 42.1 % of the sample considered choosing surrogacy as an option in case they would not be able to carry a child. Discussion: The emotional/psychological dimension of motivations for parenting seems to be related to socio-cultural aspects in the Portuguese context. The fertility knowledge increased with access to information about the factors that affect it which is indicative of the importance of information delivery, although this can be provided using different types of support. Regarding the reception of gametes, most participants considered they would feel happy to use donor gametes in order to achieve the desire of parenting and caring for a child from birth. Participants showed a positive attitude and openness to giving/receiving gametes and surrogacy

    Desenvolvimento e Estudo da Validade Facial do Questionário de Motivações para Revelar/Não Revelar a Parentalidade Não-Genética por Doação de Gâmetas

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    Introdução: A parentalidade é um papel muito valorizado socialmente. No entanto, para casais com infertilidade o desempenho deste papel pode implicar tratamentos de fertilidade, alguns deles com recurso a gâmetas de dador. Para os casais que recorrem a gâmetas de dador, surge uma outra preocupação: contar à criança a origem da sua conceção ou manter segredo. Ainda que as motivações que influenciam este processo de decisão tenham sido alvo de estudo, em Portugal a investigação relativa a este tema é escassa. Objetivos: A presente investigação pretendeu desenvolver e estudar a validade facial do Questionário de Motivações para Revelar/Não Revelar a Parentalidade não Genética por Doação de Gâmetas (QMRDG), o qual se destina a avaliar as principais motivações que influenciam o processo de tomada de decisão dos pais que recorrem a gâmetas de dador relativamente a contar ou não contar ao/à seu/sua filho/a a origem da sua conceção. Pretendeu-se ainda explorar a relação entre os sintomas emocionais negativos e o sentido de competência parental nos diferentes grupos em estudo (pais que já contaram à criança, pais que decidiram não contar e pais que ainda não contaram). Metodologia: Estudo exploratório conduzido numa amostra de 21 participantes que recorrem a tratamento de fertilidade com recurso a gâmetas de dador, tendo tido filhos resultantes desse mesmo tratamento, com idades compreendidas entre os 30 e 49 anos. Os participantes preencheram um conjunto de questionários numa plataforma online, tendo o estudo sido divulgado pela Associação Portuguesa de Fertilidade. Resultados: Os dados obtidos indicam que a maioria dos pais ainda não contou ao/à seu/sua filho/a sua origem genética devido ao facto de a criança ser ainda muito pequena, encontrando-se estes com intenção de revelar à criança. Dos pais que já contaram, as motivações que mais influenciaram a decisão basearam-se na falta de motivos para omitir, na importância dada à honestidade, no direito do conhecimento das origens genéticas e na transparência no seio familiar. Face às motivações para não contar, das que mais influenciaram os pais salienta-se a pouca importância dada à genética. O QMRDG revelou possuir validade facial não tendo sido reportada a existência de itens ambíguos ou de difícil compreensão. Discussão: A tendência dos pais no presente estudo foi de contar ao/à seu/sua filho/a a origem da sua conceção, sendo também esta a tendência reportada em estudos mais recentes. Verificou-se a existência de algumas limitações no estudo, nomeadamente o tamanho da amostra. No entanto, o QMRDG mostrou possuir validade facial, podendo constituir-se como um instrumento útil na prática clínica e na investigação com pessoas que estejam a realizar tratamento de fertilidade com recurso a gâmetas de dador. / Introduction: Parenting is a highly valued social role. However, for couples dealing with infertility this role can involve fertility treatments, and for some of them donorassisted reproduction. For couples who use third party reproduction, another concern can emerge: tell the child about the donor conception, or preserve secrecy. Although arguments for decision making have been studied, in Portugal research on this topic is scanty. Objectives: The current study sought out to develop and study the facial validity of Motivations for Disclosing/Not Disclosing Non-genetic Parenthood through Gamete Donation (QMRDG), which is designed to assess motivations that influence the decision-making process of parents who use gamete donation regarding tell or not to tell to his/her son/daughter his/her conception. The existence of differences concerning emotional negative symptoms and parenting sense of competence in three groups (parents that already disclosed, parents that decided not to disclose and parents that did not decide what to do) was also explored. Methods: This exploratory study was conducted in sample of 21 participants who undergone third-party reproduction treatment and became parents. Participants´ age ranged from 30 to 49 years. Participants completed a set of questionnaires through an online platform. The study was advertised by Associação Portuguesa de Fertilidade. Results: Data showed that most parents did not disclose to their child their donor conception due to the fact that the child is still very young, but their intention seems to be to disclose in the future. For parents who have disclosed, core motivations for that decision are based on the lack of reasons for omitting, on the importance of honesty, on the right to know genetic origins and on transparency in the family. Concerning motivations for not disclosing the little importance given to genetics emerges as one of the most important ones. QMRDG revealed good facial validity. The existence of ambiguous or difficult to understand items has not been reported. Discussion: In our study parent’s tendency was to disclose to his/her son/daughter his/her donor conception and this is also the trend reported in recent studies. There are some methodological limitations that should be considered mainly due to the sample size. However, the QMRDG proved to be an instrument showing facial validity, and it can be a useful tool in clinical practice and research with people who are pursuing fertility treatment with gamete donation

    MindfulSpot: Desenvolvimento e estudo de eficácia de uma aplicação móvel de mindfulness para a infertilidade

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    Introdução: O mindfulness constitui-se como uma prática eficaz para lidar emocionalmente com a infertilidade, como demonstra o estudo de eficácia do Programa Baseado no Mindfulness para a Infertilidade (PBMI). O PBMI revelou resultados ao nível da redução de sintomas psicopatológicos e do aumento das competências de mindfulness e da perceção de autoeficácia para lidar com a infertilidade. Assim, tendo como base o PBMI, e revelando-se a e-mental health uma alternativa crescente na criação de ferramentas na área da psicologia, com inúmeras vantagens, procurou-se desenvolver uma aplicação móvel (app) de mindfulness para a infertilidade. Objetivos: O objectivo principal desta investigação consiste no desenvolvimento e estudo de eficácia de uma aplicação móvel baseada no mindfulness. Metodologia: Numa primeira fase procedeu-se ao desenvolvimento da app em colaboração como uma equipa de informática responsável pela programação da mesma. Após a criação da MindfulSpot, 73 sujeitos preencheram um conjunto de questionários online, incluindo medidas de stress relacionado com a infertilidade, sintomas emocionais negativos e autoeficácia para lidar com a infertilidade. O estudo seguiu um desenho longitudinal composto por dois momentos de avaliação intervalados 4 semanas. Os sujeitos foram distribuídos aleatoriamente pelo grupo experimental, que teve acesso à MinsfulSpot, e grupo de controlo. O estudo final foi conduzido numa amostra de 15 sujeitos, face à taxa de dropout observada. Resultados: A eficácia da MindfulSpot não foi suportada pelos dados recolhidos, no entanto, é importante referir existirem alterações ao nível da perceção de autoeficácia para lidar com a infertilidade, bem como uma diminuição estatisticamente significativa nas medidas de ansiedade e de stress no grupo que usou a MindfulSpot. Discussão: A MindfulSpot em si e o próprio estudo de eficácia apresentaram limitações que poderão justificar a taxa de dropout verificada, bem como os dados obtidos. Questões como o período de recolha de dados, a limitação de tempo para a construção da app, inexistência de contacto pessoal com os participantes para apresentação da aplicação e questões informáticas e de design poderão ter comprometido a eficácia da MindfulSpot. No entanto, e sendo esta app pioneira na simultaneidade da abordagem dos conceitos de mindfulness e infertilidade sugere-se uma melhoria da mesma e posterior estudo de eficácia para uma maior expressão de resultados. Apesar de figurar um protótipo, a MindfulSpot poderá ser um passo importante para o desenvolvimento da e-mental health dirigida a pessoas com problemas de infertilidade. / Introduction: Mindfulness is established as an effective practice for the improvement of psychological adjustment in people dealing with infertility, as demonstrated in the efficacy study of the Mindfulness Based Program for Infertility (MBPI). The MBPI revealed results in the decrease of psychopathological symptoms and increase of mindfulness skills and self-efficacy to deal with infertility. Thus, based on the MBPI, and considering that e-mental health is a growing alternative in the development of psychological tools, with several advantages, a mindfulness mobile application (app) targeting people facing fertility problems was develop. Objectives: The aim of the current study is to develop and conduct an efficacy study of a mindfulness based mobile application for infertility. Methods: In a first step the app was developed in collaboration with a computer specialist’s team responsible for programming the app. After creating the MindfulSpot, 73 subjects completed a set of online questionnaires, including infertility-related stress, depression, anxiety and stress and infertility self-efficacy. The study followed a longitudinal design consisting of two assessment stages with a 4-weeks interval. Participants were randomly assigned to the experimental group, which had access to MinsfulSpot, and the control group. The final study was conducted on a sample of 15 subjects, due to the observed dropout rate. Results: The efficacy of MindfulSpot was not supported by our data, however, it should be noted that participants in the MindfulSpot group increased their perception of self-efficacy to deal with infertility and also showed a significant decrease in anxiety and stress symptoms. Discussion: The MindfulSpot itself and its efficacy study show limitations that may justify the dropout rate and the results. Topics such as the time limits for developing the app the data collection period, the absence of personal contact with the participants to introduce the app and computing and design problems may have compromised the efficacy of MindfulSpot. However, to our knowledge, this is the first mindfulness app approaching the concepts of mindfulness and infertility altogether and future studies may include its improvement and subsequent efficacy study for a greater expression of results. While appearing a prototype, the MindfulSpot can be seen as an important step for the development of e-mental health targeting people with fertility problems

    Stresse e Emoções dos Profissionais de Saúde numa Unidade de Cuidados Continuados Intensivos e Lar de Idosos

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    Cada vez se torna mais difícil para os profissionais de saúde, conseguir lidar com as emoções sentidas e vividas em diversos contextos de saúde, como lares de idosos e unidades de cuidados continuados, devido ao grau de exigência de que é necessitado por partes dos idosos nos diversos contextos de saúde em que se encontram. O objetivo deste estudo é perceber como os profissionais de saúde lidam com as várias emoções e mesmo situações de stresse nos contextos de saúde. Na presente investigação foi recolhida uma amostra de profissionais de saúde a exercer a sua atividade profissional em contexto de unidade de cuidados continuados e lar de idosos da Santa casa da Misericórdia de Cantanhede. De um universo de 75 profissionais, 50 participantes acederam a participar voluntariamente no estudo. Como instrumentos de avaliação, recorreu-se á Escala de Afeto Positivos e Negativo (PANAS - Positive and Negative Affect Schedule, à Escala de Ansiedade, Depressão e Stresse (EADS-21), ao Questionário de Stresse nos Profissionais de Saúde (QSPS) e a um questionário sociodemográfico. Conclui-se, relativamente à atividade profissional exercida, que a maioria são ajudantes de lar, e os restantes técnicos de saúde (enfermeiros, terapeutas, e técnicas de serviço social e psicóloga). Em relação à idade foi possível observar que que esta se correlaciona negativamente com os níveis de stresse. No que respeita à questão da necessidade da formação, observa-se que a maioria dos participantes consideram este aspeto importante. Quanto ao tipo de vínculo pode concluir-se que a maioria pertence ao quadro, outra parte menor tem contrato a termo e os restantes, e a minoria são prestadores de serviços. Finalmente e no que respeita às variáveis relativas a tempo na área e ao número de horas semanais obteve-se uma correlação positiva com o stresse. / It is becoming more difficult for health professionals cope with felt and experienced feelings in different health contexts, such as nursing homes and continuing care units, due to the level of care that is needed for parts of older people in several health contexts in which they are. The aim of this study is to understand how health professionals deal with various emotions and even situations of stress in health contexts. In the present investigation was taken in a sample of health professionals to carry out their professional activity in the context of continuing care unit and nursing home of the Holy House of Mercy Cantanhede. A universe of 75 professionals, 50 participants agreed to voluntarily participate in the study, both health professionals and not everyone who has direct contact with the elderly. As assessment tools, we used the PANAS (emotions) and EADS (anxiety, depression and stress), QSPS (occupational stress) and a sociodemographic questionnaire. It is concluded that in relation to professional activity carried out it appears that most are home helpers, and other health professionals (nurses, therapists, and social service techniques and psychologist, in thier age was observed that the higher the younger is stress. With regard to the question of the need for training is observed that most of the respondents said yes, considering important this aspect. As for the type of bond can be concluded that the majority belongs to the table, elsewhere have lower forward contract and the other, and the minority are service providers. Finally, as regards the variables relating to time in the area and the number of hours per week obtained a result of increased stress

    A Utilização do Facebook por Adolescentes, Ansiedade, Depressão, Stresse e Vergonha: que ligação?

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    O Facebook é uma ferramenta importante e indispensável da comunicação atual. Esta rede social permite às pessoas manter o contacto com a família, amigos e colegas de trabalho. O Facebook está a mudar a forma como centenas de milhões de pessoas se inter-relacionam e partilham informação. Neste estudo, procurou-se explorar a relação entre a sua utilização, a vergonha, a depressão, a ansiedade, e o stresse nos adolescentes. A amostra para esta pesquisa é constituída por 109 alunos do ensino secundário, dos quais 57 pertencem ao sexo masculino e 52 ao sexo feminino, com idades compreendidas entre os 16 e os 20 anos. Como instrumentos de avaliação utilizaram-se um questionário sociodemográfico, um questionário relativo à utilização do Facebook, bem como as Escalas de Ansiedade, Depressão e Stresse (EADS) e a Escala de Vergonha Externa para Adolescentes (OASB-A). Os resultados revelaram que os adolescentes que utilizam o Facebook apresentam valores superiores de stresse, mas não evidenciam sintomas de depressão, ansiedade ou vergonha. O estudo permitiu compreender melhor o impacto que o Facebook tem sobre os adolescentes relativamente aos sintomas emocionais negativos de depressão, ansiedade, stresse e vergonha. / Facebook has become one of the most important and indispensable communication tools. This social network allows people to stay in touch with family, friends and co-workers. Facebook is changing the way hundreds of millions of people interrelate and share information. In this study, we sought out to explore the relationship between Facebook use, depression, anxiety, stress and shame. Our sample consisted of 109 high school students, 57 male and 52 female, aged between 16 and 20 years old. A set of self-report instruments was used: a sociodemographic questionnaire, a questionnaire related to the use of Facebook, the Depression Anxiety and Stress Scales (DASS) and the Other As Shamer for Adolescents (OASB-A). Results revealed that teenagers who use Facebook showed higher scores on stress symptoms but do not reveal symptoms of depression, anxiety or shame. The study allowed better understand the impact that Facebook has on teens about the negative emotional symptoms of depression, anxiety, stress and shame

    Entre o ser, o ter e o fazer - mindfulness e technostress

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