49 research outputs found

    Estamos mesmo em isolamento social? interações comunicativas através de meios digitais em tempos de pandemia

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    Pandemias mundiais são raras e, justamente por isso, são experenciadas no máximo uma vez nas nossas vidas. A pandemia provocada pela COVID-19 tem mudado a relação do ser humano com o mundo (organismo-habitat) e com os outros seres humanos (organismo-organismo), mostrando a importância da Visão Ecológica do Mundo, por um lado, e evidenciando a necessidade humana de relacionar-se socialmente. A pandemia em que estamos mergulhados é a primeira a acontecer em tempos de enorme avanço tecnológico no campo da informação e da comunicação. A última desse porte aconteceu cerca de 100 anos atrás, a chamada Gripe Espanhola. Somente doenças infecciosas podem provocar pandemias e, consequentemente, uma das estratégias de prevenção é o chamado Isolamento (ou Distanciamento) Social. Mas afinal, estamos realmente isolados socialmente? Ou esse distanciamento é somente físico? O Isolamento Social vai contra a natureza humana, pois, como percebeu Aristóteles, o Homem é um animal social.  Em momentos como este, nota-se a relevância do Ecossistema Artificial da Língua (GAIO, 2018) na manutenção dos Atos de Interação Comunicativa (AIC). O Espaço Artificial, extensão tecnológica do espaço territorial tangível, é o território utilizado pelos falantes para manterem-se em permanente contato social, sendo um alento para esses dias difíceis. A pandemia nos obrigou a evitar o contato físico, mas não o social. Os AIC presenciais, tão naturais para o ser humano, têm sido substituídos temporariamente por interações à distância. Mudam-se as práticas e os meios, permanecem as interações. Afinal, “toda sociedade é linguageira" e "toda prática de linguagem é social” (LAGARES, no prelo). Se as práticas de linguagem sofreram alteração apenas no meio em que acontecem, não podemos falar em Isolamento Social, mas em Isolamento Físico ou Distanciamento Corporal. O conceito de Ecossistema Integral da Língua, que reúne os ecossistemas mental, social e natural (COUTO, 2016), e o pressuposto teórico do Ato de Interação Comunicativa como fundamento da Linguística Ecossistêmica (COUTO, 2016; 2017b) norteia o estudo que apresento neste trabalho

    Manutenção e perda das línguas e culturas italianas de imigração no eixo rio de janeiro-juiz de fora

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    A partir da segunda metade do século XIX o Brasil recebe um número expressivo de imigrantes italianos, muitos deles direcionados ao estado de Minas Gerais por conta de um acordo assinado entre os governos mineiro e italiano. A principal porta de entrada dos imigrantes nesse estado era a cidade de Juiz de Fora, que se ligava ao Rio de Janeiro pela estrada União-Indústria, primeira estrada pavimentada da América Latina. O perfil dos italianos era marcado pelas diferenças culturais e linguísticas. Provinham de toda a península itálica e eram, na maioria, dialetófonos. Embora o escopo do governo mineiro fosse enviar os imigrantes para a lavoura, muitos deles acabaram por ocupar áreas urbanas, onde houve intenso contato com as diversas variedades do italiano e o português brasileiro (PB), o que levou os imigrantes à apropriação da variedade da língua majoritária (PB) e consequente não transmissão da língua de origem às gerações seguintes. Entretanto, há sentimento de italianidade entre os descendentes (Gaio, 2013), que vem se transformando ao longo das gerações e sugere o reconhecimento de uma identidade sincrética, marcada em comunidades de prática de imigrantes urbanos. Com auxílio do referencial teórico e metodológico de Redes Sociais (Milroy; Milroy, 1985; Milroy, 2003; Bortoni-Ricardo, 2011) e Comunidades de Prática (Wenger, 2006; Eckert, 2000), investigamos em que medida as gerações mais jovens representam uma “etnicidade em movimento”. A pesquisa é parte da tese de doutoramento. Tem cunho etnográfico e pretende buscar evidências que endossem a importância das Redes Sociais/Comunidades de Prática na transmissão linguístico-cultural no eixo Rio-Minas

    A linguagem rural da região de Major Porto, município de Patos de Minas (MG): uma visão linguístico-ecossistêmica

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    COUTO, Hildo Honório do. A linguagem rural da região de Major Porto, município de Patos de Minas (MG): uma visão linguístico-ecossistêmica. 1 ed. Campinas: Pontes editores, 2021

    O ecossistema linguístico e cultural urbano da imigração italiana no eixo Rio de Janeiro-Juiz de Fora

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    This paper has the scope of presenting the linguistic ecosystem of Italian immigrants who dedicated themselves to the work of newspaper distribution in the cities of Juiz de Fora and Rio de Janeiro. Based on the assumptions of Ecosystemic Linguistics, which sees a speech community (SC) as the linguistic eccosystem par excellence. This ecosystem is delimited by the investigator according to his needs. We compare the SC ‘Fazenda Zé Artino’ (COUTO, 2016), with the SC of the newsagents, pointing out the differences between them and showing the possibilities of studying them from the holistic perspective of Ecolinguistics.Esse trabalho tem o escopo de identificar o ecossistema linguístico dos imigrantes italianos que se dedicaram ao trabalho de distribuição de jornais nas cidades de Juiz de Fora e Rio de Janeiro. Com base nas premissas da linguística ecossistêmica, que enxerga uma Comunidade de Fala (CF) como o ecossistema linguístico por excelência, esta pode ser delimitada pelo pesquisador de acordo com o viés de observação adotado. Compararemos a CF Fazenda do Zé Artino (COUTO, 2016), com a CF desses jornaleiros, apontando as diferenças e mostrando as possibilidades de estudo de ambas sob a perspectiva holística da ecolinguística

    How the optical timing system, the longitudinal diagnostics and the associated feedback systems provide femtosecond stable operation at the FERMI free electron laser

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    FERMI, the seeded free electron laser (FEL) in operation in Italy, is providing the User Community with unique fully coherent radiation, in the wavelength range 100–4 nm. FERMI is the first FEL fully synchronized by means of optical fibers. The optical timing system ensures an ultra-stable phase reference to its distributed clients. Several femtosecond longitudinal diagnostics verify the achieved performance; the bunch length monitor (BLM) and the bunch arrival monitor (BAM) will be presented in this paper. Feedback systems play a crucial role to guarantee the needed long-term electron beam stability. A real-time infrastructure allows shot-to-shot communication between front-end computers and the servers. Orbit feedbacks are useful in machine tuning, whereas longitudinal feedbacks control electron energy, compression and arrival time. A flexible software framework allows a rapid implementation of heterogeneous multi-input–multi-output (MIMO) longitudinal loops simply by selecting the appropriate sensors and actuators

    Seeding chiral ensembles of prolinated porphyrin derivatives on glass surface: simple and rapid access to chiral porphyrin films

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    An easy and fast method to achieve chiral porphyrin films on glass is herein reported. The on-surface formation of organized supramolecular architectures with distinctive and remarkable chiroptical features strictly depends on the macrocycles used, the solvent chosen for the casting deposition, and most importantly, on the roughness of the glass slide. Dynamic light scattering studies performed on 10−4–10−6 M porphyrin solutions revealed the presence of small porphyrin aggregates, whose size and number increase depending on the initial concentration. Once transferred on surface, these protoaggregates act as nucleation seeds for the following, self-assembling into larger structures upon solvent evaporation, with a process driven by a fine balance between intermolecular and molecule–substrate interactions. The described method represents a straightforward way to fabricate porphyrin-based chiral surfaces onto a transparent and economic substrate in few minutes. The results obtained can be particularly promising for the development of sensors based on stereoselective optical active films, targeting the detection of chiral analytes of practical relevance, such as the so-called emerging pollutants released in the environment from agrochemical, food, and pharmaceutical manufacturing

    Imigração italiana em Juiz de Fora : manutenção e perda linguística em perspectiva de representação

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    O presente trabalho insere-se no Projeto de Pesquisa “Línguas e Culturas em contato: Identidade, representação e estudos de tradução”, dentro da Linha de Pesquisa “Estudos Aplicados de Linguagem”, do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem do Instituto de Letras da Universidade Federal Fluminense. Propomos o estudo das perdas linguísticas das comunidades de imigração italiana na cidade de Juiz de Fora - MG através da representação linguística de estudantes de italiano da localidade. Nosso objetivo é entender o que pensam os estudantes de italiano a respeito da língua e cultura daquele país e, então, relacionar os resultados com os estudos teóricos de perda e manutenção linguística e cultural e também com os estudos de Ecolinguística. O referencial teórico é delimitado por Haugen (1972), Mufwene (2004; 2008), Couto (2009), Calvet (2005) e Petitjean (2009). Entendemos que a representação linguística não pode se dissociar da representação social da mesma forma que não se pode falar em Linguística sem considerar o meio social onde a(s) língua(s) são usadas. Esta pesquisa é eminentemente qualitativa. A metodologia utilizada constituiu-se de aplicação de enquetes sociolinguísticas que foram respondidas por estudantes de italiano da cidade de Juiz de Fora, com perguntas objetivas e perguntas subjetivas que ensejaram respostas analisadas a partir da proposta de Petitjean (2009) sobre representação linguística como ferramenta para discutir o contato de línguas de imigração. Pretendemos contribuir com os estudos de perda e manutenção de línguas de imigração no Brasil, sobretudo em regiões onde há rico material em estudos históricos sobre imigração, mas poucos com viés sociolinguísticoCAPESThe present paper is part of the Research Project "Languages and Cultures in Contact: Identity, representation and translation studies" within the Research Line "Applied Language Studies” of the “Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem” at “Instituto de Letras” of “Universidade Federal Fluminense” (Niteroi/RJ, Brazil). Its purpose is the study of Italian immigration linguistic loss in the city of Juiz de Fora/MG (Brazil) through linguistic representation of Italian students in this city. Our goal is to understand what students think about the Italian language and culture of that country and then relate the results with theoretical studies of cultural and linguistic loss and maintenance with Ecolinguistics studies. The theoretical framework is bounded by Haugen (1972), Mufwene (2004, 2008), Couto (2009), Calvet (2005) and Petitjean (2009). We understand that Linguistic Representation cannot be dissociated from Social Representation in the same way that one cannot speak about Linguistics without considering the social environment in which languages are used. This research is mainly qualitative. The used methodology consisted of applying sociolinguistic surveys that were answered by students of Italian language in the city of Juiz de Fora, with both objective and subjective questions that gave rise to responses which were analyzed from Petitjean’s (2009) proposal on Linguistic Representation as a tool for discussing immigration languages in contact. We intend to contribute to studies of linguistic loss and maintenance of immigration languages in Brazil, especially in regions where there is quite a rich material in historical studies of immigration, but a few with sociolinguistic bias124 f

    Etnicidade Linguística em Movimento: Os processos de transculturalidade revelados nos Brasileirítalos do eixo Rio de Janeiro-Juiz De Fora

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    A presente tese discute língua, cultura e sociedade e se insere no âmbito da sociolinguística. Interessa também a outros campos do saber dentro das ciências sociais e humanas, como a Sociologia e a Antropologia. O objeto da investigação é um processo complexo que parte do fenômeno do Contato de Línguas, perpassa os seus efeitos tais como language shift, convergência e empréstimos, prossegue até o efeito mais drástico, a perda total de falantes, e deixa um legado (trans)cultural através dos processos de etnicidade que estão em movimento. A composição multiétnica da população brasileira é profundamente marcada por traços culturais de diversos povos, entre os quais se incluem os italianos. A despeito do imaginário coletivo que associa imigração italiana aos estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro também foram receptores de imigrantes provenientes da multifacetada Itália. A cidade mineira de Juiz de Fora foi o mais importante centro de triagem de imigrantes aportados no Rio de Janeiro com destino ao estado de Minas Gerais. Esses carregavam suas próprias identidades linguísticas e culturais, com implicações nas suas sensações de pertencimento que ultrapassaram as gerações. Os imigrantes, dialetófonos em sua maioria, mantiveram por alguns anos Comunidades de Fala difusas e complexas (COUTO, 2016b), mas preteriram suas línguas em favor da língua dominante, o português brasileiro. Contudo, seus ecossistemas culturais penetraram nos ecossistemas culturais locais e por eles foram penetrados, tornando seus descendentes sujeitos transculturais. Nesta perspectiva, o termo brasileirítalo é proposto para definir uma ressignificação dos termos ‘italiano’ (condição herdada) e ítalo-brasileiro (categoria hifenizada), ambos já preconizados nos estudos da área (LESSER, 2014). Imigrantes sempre se apoiaram em Redes Sociais (MILROY & MILROY, 1985; MILROY, 2007; BORTONI-RICARDO, 2011) para estabelecerem-se e estas se desfaziam ao longo do tempo pela natureza urbana do contexto de imigração estudado neste trabalho. Vez por outra surgiam Comunidades de Prática (WENGER, 2006 [1998]) motivadas pela italianidade, que agregavam cidadãos e descendentes num escopo comum. A identidade e a sensação de pertencimento (belonging) são aqui tratadas com aporte teórico em Brubaker & Cooper (2000); Bauman (2004); Jungbluth (2007; 2015); Pfaff-Czarnecka (2011); Anthias (2013); Dervin & Risager (2015). O Contato de Línguas e seus efeitos são analisados com base nos estudos de Weinreich (1968 [1953]); Mufwene (2008); Couto (2009); Savedra & Gaio & Carlos Neto (2015); Thomason (2001); Winford (2003). A transculturalidade é abordada a partir do conceito seminal de Ortiz (1999 [1940]) até chegar às definições de Welsch (1999), sobre as quais se apoia nosso trabalho. A perspectiva ecolinguística (COUTO, 2007, 2009, 2016a, 2016b, 2016c; MUFWENE, 2004, 2008, 2016; TRAMPE, 2016) encerra nosso arcabouço teórico e através dela investigamos uma específica Comunidade de Fala não mais existente que fora constituída por imigrantes. Esta pesquisa tem cunho qualitativo e teve suporte metodológico em Dodsworth (2014), Hoffman (2014) e Puskás (2009). A metodologia utilizada constituiu-se de aplicação de entrevistas semiestruturadas a descendentes de italianos. Como material de apoio foram aplicados questionários a líderes de associações ligadas à italianidadeCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis thesis discusses language, culture, society, and it inserts itself in the realm of sociolinguistics. It is also connected to other fields of knowledge within the human and social sciences, such as Sociology and Anthropology. The object of investigation is a complex process which starts from the phenomenon of Language Contact, goes through its effects such as language shift, convergence and borrowings, continuing until its most drastic effect, the total loss of speakers, leaving a (trans)cultural legacy through the processes of ethnicity which are in motion. The multiethnic composition of the Brazilian population is profoundly marked by cultural traces of numerous peoples, among which is found the Italians. Despite the collective imaginary, which associates the Italian immigration with the states of Rio Grande do Sul and São Paulo, Minas Gerais and Rio de Janeiro were also recipients of immigrants from multifaceted Italy. The city of Juiz de Fora, in the State of Minas Gerais, was the most important screening center for immigrants docked in Rio de Janeiro en route to Minas Gerais. They carried their own cultural and linguistic identities, with implications to their sense of belonging that surpassed generations. The immigrants, dialectophones in their majority, kept for some years complex and scattered Speech Communities (COUTO, 2016b), but abandoned their languages in favor of the dominant language, Brazilian Portuguese. However, their cultural ecosystems penetrated the local ones and were by them also penetrated, making their descendants transcultural individuals. In this perspective, the term Brasileirítalo (or Brazilianitalic, in its English suggested version, a portmanteau of the words Brazilian and Italic, in reference to Italy) is proposed to define a resignification of the terms Italian (as an inherited condition) and Italian-Brazilian (hyphenated category), both recommended in the studies of the area (LESSER, 2014). Immigrants have always relied on Social Networks (MILROY & MILROY, 1985; MILROY, 2007; BORTONI-RICARDO, 2011) to establish themselves and which disappeared over time due to the urban nature of the context of immigration studied in this work. Eventually there were Communities of Practice (WENGER, 2006 [1998]) motivated by the Italianity, which joined citizens and descendants in one common scope. Identity and belonging are here treated as theoretical contributions in Brubaker & Cooper (2000); Bauman (2004); Jungbluth (2007; 2015); Pfaff-Czarnecka (2011); Anthias (2013); Dervin & Risager (2015). Language contact and its effects are analyzed based on studies by Weinreich (1968 [1953]); Mufwene (2008); Couto (2009); Savedra & Gaio & Carlos Neto (2015); Thomason (2001); Winford (2003). Transculturality is approached from the seminal concept of Ortiz (1999 [1940]) until we reach the definitions of Welsch (1999), on which this study is based. The ecolinguistic perspective (COUTO, 2007, 2009, 2016a, 2016b, 2016c; MUFWENE, 2004, 2008, 2016; TRAMPE, 2016) closes our theoretical framework and through it we investigate a specific and non-longer existent Speech Community that was constituted by immigrants. This research has a qualitative nature and borrows its methodological support from Dodsworth (2014), Hoffman (2014) and Puskás (2009). The methodology used is made up of the application of semi-structured interviews of Italian descendants. As support material, questionnaires were given to leaders of associations connected with Italianit

    As emoções e a transmissão linguística intergeracional: um estudo de caso

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    Desde meados do século XIX, as línguas de imigração passaram a fazer parte de muitas sociedades no Brasil. Apesar de pressões nacionalistas, a transmissão linguística intergeracional conseguiu dar sobrevida a algumas dessas línguas, sobretudo pelo seu apelo emocional nos ambientes mais íntimos. Com base nos estudos sobre a relação entre língua e emoção (AVERILL, 1982; HARKINS; WIERZBICKA, 2001; DEWAELE; PAVLENKO, 2002; DEWAELE, 2013; PAVLENKO, 2012), apresentamos um estudo de caso que exemplifica uma situação real de transmissão lexical motivada por emoção. Durante um empreendimento comum, o deslocamento de uma casa de madeira, um grupo de pessoas conversa entre si em uma variedade do Português Brasileiro (PB) influenciada por traços da língua vêneta. Quando algo de errado acontece, as emoções afloram e o protagonista da cena pragueja na língua de seus ancestrais, numa demonstração de que práticas linguísticas podem permanecer no seio de comunidades de descendentes de imigrantes, mesmo que a língua tenha sofrido o processo de language shift, e que tais práticas têm maior probabilidade de se manifestar se motivadas por momentos que evocam emoção
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