9 research outputs found

    Período crítico e aquisição fonológica do inglês por falantes brasileiros

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    This article discusses the influence of age of acquisition on the process of learning a foreign language. We analyzed the acquisition of three phonological processes in English by speakers of Brazilian Portuguese and applied experiments on fricative voicing, stress shift and stress assignment to participants at three levels of proficiency: basic, intermediate and advanced. The results showed that the age factor was relevant in two processes (stress shift and stress assignment) – at least at certain levels of proficiency. On the other hand, fricative voicing was not acquired by the Brazilian speakers in any level of proficiency, regardless of age of acquisition.Este artigo trata da discussão a respeito da influência da idade de início de aquisição no processo de aprendizagem de uma língua estrangeira. Para isso, foram analisados três processos fonológicos do inglês a serem adquiridos por falantes de português brasileiro. Foram aplicados experimentos relativos ao vozeamento de fricativa em coda, retração de acento e acentuação, para informantes de três níveis de proficiência: básico, intermediário e avançado. Os resultados apontaram que, para dois dos processos (retração de acento e acentuação), o fator idade foi relevante – ao menos em determinados níveis de proficiência. Por outro lado, o vozeamento não foi adquirido por nenhum nível de proficiência, independentemente idade de início do processo de aquisição

    CULTURA E SOCIOLINGUÍSTICA NO ENSINO E NA APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

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          Devido às indiscutíveis relações entre língua, sociedade e cultura, este artigo apresenta a interface entre Sociolinguística e Aquisição de Língua Estrangeira, a qual considera aspectos sociais que podem influenciar o aprendizado de uma língua estrangeira. Além disso, aborda a ampla discussão sobre a variação na interlíngua, conceito questionável por implicar que o aprendizado não está completo até que o aprendiz atinja o nível de competência nativa. Por fim, este trabalho apresenta uma reflexão sobre o papel de aspectos culturais no ensino de línguas estrangeiras, especialmente de língua inglesa, e sobre a importância do conhecimento sociolinguístico para a prática pedagógica. &nbsp

    Aquisição de acento de palavra do inglês por falantes de português brasileiro

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    This article looks at the acquisition of English primary stress by Brazilian Portuguese speakers. The aim is to see if non-native speakers can change the notion of heavy syllable in Portuguese, which is equivalent to a branched rhyme, to that of English, which is equivalent to a branched nucleus. The results indicated that the proficiency level is significant, but the segment of the final syllable and the possibility of epenthesis affect the results even more. Our findings allow us to argue that despite the influence of the first language at the beginning of the learning process, reparametrization is possible.Este artigo trata da aquisição do acento primário do inglês por falantes de português brasileiro. O objetivo é observar se falantes não nativos conseguem modificar a noção de sílaba pesada do português (equivalente a sílaba com rima ramificada) para a do inglês (equivalente a núcleo ramificado). Os resultados indicaram que o nível de proficiência é significante, mas que o segmento da sílaba final e a possibilidade de epêntese afetam ainda mais os resultados. Os resultados nos permitem defender que, apesar da grande influência da L1 nos níveis de proficiência iniciais, a reparametrização (nos moldes de Chomsky 1982) é possível

    O ENSINO EXPLÍCITO E COMUNICATIVO DE PRONÚNCIA DE LE: CAMINHOS PARA A CONSCIÊNCIA FONÉTICO-FONOLÓGICA

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    Apesar de a produção oral da língua estrangeira (LE) ser geralmente um dos principais objetivos dos aprendizes, o ensino de pronúncia parece ainda não ter papel definido em sala de aula. Este artigo demonstra a importância da explicitação dos aspectos fonéticofonológicos da língua-alvo, possibilitando ao aprendiz a reflexão sobre as diferenças entre o sistema sonoro da LE e o da língua materna (LM) para que ele, posteriormente, seja capaz de manipular estes sons. Além disso, este trabalho apresenta uma revisão diacrônica sobre o papel do ensino de pronúncia nos principais métodos de ensino, demonstrando as contribuições da Abordagem Comunicativa para o ensino de pronúncia e verificando este ensino em três livros que se dizem comunicativos.Palavras-chave: Aquisição de Língua Estrangeira. Consciência Fonético-fonológica. Instrução Explícita. Ensino Comunicativo

    Voicing of the English -s morpheme by Brazilian learners: the influence of phonological rules of the L1 on the L2

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    Este trabalho busca investigar a aquisição do vozeamento do morfema -s do inglês por falantes de português brasileiro (PB). A regra de assimilação de vozeamento, que se caracteriza pela extensão do traço [voz] de um segmento para outro segmento adjacente, ocorre tanto no PB quanto no inglês, mas de maneira distinta. Enquanto no PB a assimilação é regressiva, pois é desencadeada pelo vozeamento do contexto seguinte (ex: de[z]de, pa[s]tel), no inglês é progressiva, pois ocorre em decorrência do contexto precedente (ex: dog[z], cat[s]). A pesquisa conta com uma amostra de 30 falantes de inglês como L2 divididos em três níveis de proficiência (básico, intermediário e avançado), além de 7 falantes nativos de inglês (grupo de controle). Os dados foram coletados através de um experimento contendo 60 palavras do inglês com a fricativa /z/ em posição final inseridas em frases, as quais foram lidas pelos sujeitos e verificadas acusticamente. Os resultados mostraram que a aplicação do vozeamento foi favorecida por segmentos vozeados no contexto seguinte, uma evidência de que é o vozeamento do contexto seguinte, e não do precedente, que estaria influenciando a produção de fricativas vozeadas nos contextos em análise. Isso é confirmado se considerarmos que o vozeamento foi aplicado em apenas 1% dos casos de fricativa seguida de consoante desvozeada ou de pausa (12/1121), contextos em que a assimilação regressiva não poderia ocorrer. Os resultados indicaram, portanto, uma transferência da regra da L1 para a L2, pois os sujeitos aplicaram a assimilação regressiva, característica do português, nos três níveis de proficiência.   --- DOI: http://dx.doi.org/10.12957/matraga.2017.2856

    A redu??o voc?lica em palavras funcionais produzidas por falantes brasileiros de ingl?s como l?ngua estrangeira

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    Made available in DSpace on 2015-04-14T13:37:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 421829.pdf: 2253828 bytes, checksum: 09e75dac0afd0207225d431916166cb6 (MD5) Previous issue date: 2010-01-04A presente pesquisa tem por objetivo analisar o processo de redu??o voc?lica em palavras funcionais produzidas por falantes de ingl?s como l?ngua estrangeira (LE). Tomamos como ponto de partida os trabalhos de Watkins (2001), que analisou a redu??o voc?lica por falantes de ingl?s como LE, e de Marusso (2003), que investigou a redu??o voc?lica por falantes nativos de ingl?s e de portugu?s. A partir dessas duas pesquisas, este trabalho prop?e-se a avaliar tanto fatores lingu?sticos quanto extralingu?sticos que possam condicionar a redu??o voc?lica em palavras funcionais, ? luz da interface entre Sociolingu?stica e Aquisi??o de LE. Al?m disso, este estudo busca propiciar uma reflex?o a respeito das informa??es provenientes da verifica??o perceptual em compara??o ?s da verifica??o ac?stica. A amostra ? composta por dezesseis falantes de ingl?s como LE do sexo feminino, divididas em quatro grupos: falantes de n?vel intermedi?rio, falantes de n?vel avan?ado, professoras de curso de ingl?s e docentes universit?rias, atuantes em cursos de Letras (Ingl?s e Portugu?s/Ingl?s). A coleta dos dados foi realizada por meio de um instrumento composto de sessenta frases afirmativas contendo as palavras funcionais at, for, from, of e to. Os dados foram verificados perceptual e acusticamente e, em seguida, receberam tratamento estat?stico oferecido pelo programa Goldvarb-X. A an?lise estat?stica revelou que, em ambas as verifica??es (perceptual e ac?stica), a vogal fonol?gica da palavra funcional exerceu influ?ncia sobre a redu??o voc?lica, sendo /u/, que corresponde ? preposi??o to, a maior favorecedora ? aplica??o da redu??o. Al?m disso, a redu??o foi favorecida em palavras funcionais seguidas por s?labas com acento prim?rio e por palavras com acento frasal forte, o que demonstra a import?ncia do contexto pros?dico para o fen?meno em quest?o. Por fim, a produ??o que mais favoreceu a percep??o das vogais como reduzidas foi o apagamento, seguido do schwa e das vogais [ʊ] e [ε]. Em ambas as verifica??es, a redu??o voc?lica foi favorecida por informantes com experi?ncia em pa?s falante de ingl?s e que iniciaram a aprendizagem antes dos 13 anos de idade. Al?m disso, na verifica??o ac?stica, a redu??o foi favorecida pelas docentes universit?rias mais jovens e pelas informantes de n?vel avan?ado mais jovens. Atrav?s da condu??o da an?lise por informante, identificaram-se ainda como fatores lingu?sticos relevantes para a redu??o voc?lica a velocidade de produ??o das informantes, controlada atrav?s da dura??o de cada frase, e o registro de fala

    Benefits and challenges of teaching english in brazilian regular schools = Benefícios e desafios de ensinar inglês em escolas regulares brasileiras

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    Apesar de a sociedade atual impor o conhecimento de línguas estrangeiras, o ensino e a aprendizagem de inglês em escolas regulares brasileiras são geralmente considerados insatisfatórios. Este artigo comenta sobre os benefícios de ensinar inglês em escolas regulares, aspecto por vezes esquecido em pesquisas que discutem o ensino de línguas na Educação Básica brasileira. O artigo também apresenta alguns desafios a serem superados pelos professores nesse contexto, juntamente com ideias para lidar com ele

    Acquisition of phonological rules in English by speakers of Brazilian Portuguese

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    Esta pesquisa investiga o papel da língua materna (L1) e da Gramática Universal (GU) na aquisição do inglês por falantes de português brasileiro através da análise de três fenômenos fonológicos: a relação entre sílaba e acento, que é totalmente diferente nas duas línguas e se dá através da marcação de parâmetros métricos; a retração de acento, que ocorre de maneira muito semelhante no inglês e no português e representa uma regra a ser transferida da L1 para a L2; e a assimilação de vozeamento, que existe em ambas as línguas, mas de maneira diferente e, portanto, trata-se de uma regra a ser modificada. Esta investigação permite compreender a influência da GU e da L1 na aquisição de L2 porque, caso os resultados mostrassem que a relação entre a sílaba e acento fosse adquirida com mais facilidade, isso seria uma evidência de que o estado inicial da aquisição é caracterizado pela GU, que permitiu a marcação do parâmetro do acento do inglês. Caso a retração de acento fosse adquirida com mais facilidade, isso significaria que o estado inicial da aquisição é caracterizado pela gramática da L1 e que haveria uma transferência (positiva) dessa regra para a L2. Por fim, caso a assimilação de vozeamento fosse adquirida com mais facilidade, isso significaria que nem a L1 e nem a GU foram fatores determinantes no processo de aquisição desses informantes. A amostra é composta por 30 falantes brasileiros de inglês divididos em três níveis de proficiência (básico, intermediário e avançado), além de 7 falantes nativos, que constituíram o grupo de controle. Para a coleta foram utilizados 3 experimentos, um para cada fenômeno, totalizando 9.248 dados. Os dados referentes à assimilação de vozeamento foram transcritos a partir da verificação acústica do vozeamento do morfema -s. A classificação dos dados referentes à sílaba e acento e à retração de acento, por sua vez, foi realizada em duas etapas: uma verificação perceptual e uma verificação acústica baseada nos principais correlatos do acento nas duas línguas: pitch e duração. Os resultados indicaram que, dentre os três fenômenos analisados, a regra de retração de acento, que se dá através da transferência da L1, e a relação entre sílaba e acento, que se dá pela marcação do parâmetro da L2, foram adquiridas com mais facilidade do que a regra de assimilação de vozeamento, que não tem apoio nem na L1 e nem na GU. Esses resultados são evidência de que o processo de aquisição fonológica de segunda língua é influenciado tanto pela Gramática Universal, que permite a marcação paramétrica a partir do input da língua alvo, quanto pela língua materna, que se manifesta na L2 através de transferência positiva ou negativa, o que faz com que regras que não contam com apoio nem da GU e nem da L1 sejam os fenômenos mais difíceis de serem adquiridos.This research investigates the role of the first language (L1) and Universal Grammar (UG) in the acquisition of English by speakers of Brazilian Portuguese through the analysis of three phonological phenomena: the relation between syllable and stress, which is totally different in both languages and is given by parameter settings; stress shift, which is very similar in English and Portuguese and represents a rule to be transferred from the L1 to the target-language; and voicing assimilation, which exists in both languages, but in a different way, and, therefore, is a rule to be modified. This investigation allows us to understand the influence of UG and L1 on the acquisition of a second language because, if the results showed that the relation between syllable and stress was the easiest phenomenon to acquire, this would mean that the initial state of the acquisition is characterized by UG, which enabled the English stress parameter setting. If stress shift were more easily acquired, this would mean that the initial state of the acquisition is characterized by the grammar of the L1 and that there would be a (positive) transfer of that rule to the second language. Finally, if voicing assimilation was the easiest rule to acquire, this would mean that neither the L1 nor UG were determining factors in the acquisition process of these subjects. The sample is composed of 30 Brazilian speakers of English divided into three proficiency levels (basic, intermediate and advanced), in addition to 7 native speakers, who constituted the control group. We used 3 experiments for data collection, one for each phenomenon, totalizing 9,248 data. The data referring to voicing assimilation were transcribed based on the acoustic verification of the morpheme -s. The classification of the data related to syllable and stress and stress shift ocurred in two stages: a perceptual verification and an acoustic verification based on the main correlates of stress in the two languages: pitch and duration. The results indicated that stress shift, which occurs through the transfer of the L1, and the relation between syllable and stress, which is given by parameter settings, were more easily acquired than the voicing assimilation rule, which has no support in the L1 and in UG. These results are evidence that second language phonological acquisition is influenced both by Universal Grammar, which allows parameter (re)settings, and by first language, which means that rules that are not supported neither by GU nor L1 are the most difficult phenomena to be acquired
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