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Formação de professores em Portugal, culturas de colaboração e gestão integrada do currículo
O docente generalista está capacitado para um desempenho aprofundado num nível de ensino que, em Portugal, tem correspondido à educação de infância e ao ensino primário (1º ciclo do ensino básico, a partir de 1986) e privilegia a globalização do conhecimento e a docência integrada. Neste artigo apresentamos os resultados de um estudo que pretendeu saber em que medida os Programas Nacionais de Formação Contínua promovem a colaboração entre professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico e a prática de um ensino integrado. Optando por uma metodologia de carácter qualitativo e uma estratégia de pesquisa suportada no Estudo de Caso, realizamos entrevistas semi-estruturadas, focalizando o nosso interesse nos professores e na sua relação com a profissão e com a formação e na tensão entre discursos e intenções de integração do conhecimento e práticas de fragmentação disciplinar
Docência integrada na educação básica e formação em contexto
A investigação que se apresenta mergulha na tensão entre a pedagogia transmissiva e as
pedagogias que reivindicam a participação da criança numa perspectiva de construção do
conhecimento. Problematiza a relação entre a educação tradicional e a educação
democrática visando compreender por que é que, sendo mais adequada a pedagogia da
participação para o desenvolvimento global da criança, se continua a manter nas nossas
escolas uma pedagogia suportada pela uniformidade de métodos e programas.
Metodologicamente, o estudo fundamenta-se nos princípios orientadores relativos à
investigação-acção, estudando-se as práticas potenciadoras de uma educação integrada e
os contributos de uma formação em contexto
Individualismo e colaboração dos professores em situação de formação
Numa organização social como a escola, formar em contexto de trabalho implica a produção de mudanças, não apenas na ação individual, mas também na ação coletiva e no modo de pensar essa ação. Implica, sobretudo, mudar o modo como as ações individuais se articulam entre si num quadro de interdependência cooperada entre os atores. A uma lógica compartimentada, baseada numa cultura profissional individualista, contrapõe-se uma cultura participada e colaborativa. As culturas de colaboração são dificultadas num sistema escolar onde o currículo se situa numa lógica centralizada e a docência se baseia, quase somente na relação dos professores com os seus alunos, não promovendo interações dos professores entre si. A promoção do trabalho colaborativo requer a passagem de uma cultura da homogeneidade para uma cultura da diversidade, de uma cultura da subordinação para uma cultura de autonomia e de uma cultura do isolamento para uma cultura da colaboração.
Nesta comunicação destacamos as relações que se estabelecem entre professores de terreno, os seus formadores e coordenadores no âmbito de Programas Nacionais de Formação Contínua, procurando compreender o significado do trabalho docente e da formação numa perspetiva de colaboração
Formação de professores e trabalho docente: estudo de um caso de formação
O caso em estudo incide nos professores e a sua relação com a profissão e com a formação e visa
estudar uma determinada situação específica para se perceberem as práticas pedagógicas dos professores e a
influência dos Programas de Formação Contínua frequentados, enquanto contributo para o conhecimento de
outras formas de se fazer pedagogia, uma vez que a cultura pedagógica predominante tem visado mais a
reprodução que a recriação. Torna-se, por tal, necessário repensar a pedagogia, sobretudo, as manifestações
práticas da pedagogia transmissiva e o modo como continua a ser propagada, quer pelo professorado quer pela
Administração Educativa. O estudo pretende saber como é pensada a docência integrada e a formação na
educação básica e em que medida é que o poder de decisão deixa de determinar, como dimensão pedagógica, um
tempo e um espaço idênticos e uma compartimentação disciplinar, perante um ensino que, cada vez mais, se
projecta como globalizante
Programas de formação contínua em Portugal: contributo(s) para a formação de professores do 1.º ciclo do ensino básico
O objetivo do nosso estudo é perceber e dar a conhecer como é que as experiências práticas, quer individuais quer em grupo, são interpretadas pelos formadores que continuam a concorrer para uma aprendizagem ao longo da vida dos professores e de que forma essas experiências poderão contribuir para a efetiva concretização de uma imagem mais sustentada e sustentadora da profissão docente. A nossa abordagem sustenta-se nos programas de formação contínua, implementados em Portugal continental, através de legislação própria (Despacho Conjunto n.º 812/2005, de 24 de Outubro; Despacho n.º 546/2007, de 11 de Janeiro; Despacho n.º 2143/2007, de 9 de Fevereiro) e supervisionados por docentes do ensino superior. Partiu-se da questão como perspetivam os coordenadores e os formadores, no âmbito dos Programas de Formação Contínua, a mudança de atitudes e de práticas dos professores em formação? Optámos por captar as representações dos sujeitos partindo da realização de entrevistas semi-estruturadas a três formadores e a três coordenadores que foram atores integrantes dos três Programas de Formação Contínua. Ao longo da análise aferimos as conceções dos colaboradores relativamente aos Programas de Formação Contínua atendendo à sua visão sobre o tipo de cultura formativa que favorece a melhoria das práticas docentes dos professores formandos
Os caminhos do resgate: a importância de novas modalidades de organização pedagógica da escola
Nos seus vários andamentos, este livro mostra-nos que outra escola é possível quando os educadores e professores decidem alterar a gramática secular da escola. Não se tem de alterar todas as regras da organização escolar. Mas as mudanças sensíveis e que provocam efeitos nos modos de aprender dos alunos (e dos docentes) requerem que se altere, pelo menos, uma das variáveis-chave dessa gramática: o modo de gestão do currículo prescrito, o modo de organizar os grupos de alunos em turmas, a forma de alocar os professores aos alunos, o modo de gerir os tempos e/ou os espaços de ensino e aprendizagem e os modos de trabalhar dos professores (e dos alunos).
Esta é a tese central desta obra. Nos seus vários capítulos, é possível ler a centralidade da organização dos alunos na escola. A turma é, parado¬xalmente, um progresso e um obstáculo: é (diríamos, foi) um progresso quando permitiu assegurar a passagem do ensino individual para o ensi¬no coletivo, num cenário de uma escola dirigida principalmente às elites; é um obstáculo quando a sua rigidez e imutabilidade condena a escolariza¬ção ao mito do ‘aluno médio’ deixando de fora quem sai fora desse padrão.Fundação Manuel Leã
Nova Organização Pedagógica da Escola: caminhos de possibilidades
Nos seus vários andamentos, este livro mostra-nos que outra escola é possível quando os educadores e professores decidem alterar a gramática secular da escola. Não se tem de alterar todas as regras da organização escolar. Mas as mudanças sensíveis e que provocam efeitos nos modos de aprender dos alunos (e dos docentes) requerem que se altere, pelo menos, uma das variáveis-chave dessa gramática: o modo de gestão do currículo prescrito, o modo de organizar os grupos de alunos em turmas, a forma de alocar os professores aos alunos, o modo de gerir os tempos e/ou os espaços de ensino e aprendizagem e os modos de trabalhar dos professores (e dos alunos)
Obtención del testimonio y evaluación de la credibilidad
Desde el ámbito de la Psicología del Testimonio se han creado y desarrollado una serie de técnicas dirigidas a la obtención de la declaración y a la evaluación de su credibilidad. Este esfuerzo ha dado lugar a una serie de instrumentos cuya utilidad ha sido probada científica y empíricamente. Por consiguiente, la labor del psicólogo forense puede constituir un importante mecanismo auxiliar de la justicia, sobre todo en aquellas casuísticas caracterizadas por la dificultad probatoria, en las que el juzgador ha de dictar sentencia basándose, casi exclusivamente, en el testimonio de las partes. En el presente trabajo se abordarán algunas de estas técnicas con un doble objetivo. Primero, poner al alcance del lector de manera escueta una serie de instrumentos de reconocida eficacia dentro del bondades que puede ofrecer la intervención del psicólogo forense dentro de la sala de justicia.Within the realm of eyewitness testimony one has created and developed a series of techniques that aim to elicit reports and assess their reliability. This effort has given rise to a set of instruments whose utility has been scientifically and empirically demonstrated. Therefore, the work of forensic psychologists may constitute a significant auxiliary mechanism of justice, mainly in those cases characterized by a lack of evidence, requiring that the verdict be almost exclusively based on eyewitnesses’ accounts. In this paper we discuss some of the techniques with a double goal. Firstly, we want to provide an overview of some valuable methods of interviewing, and secondly we argue that the judicial procedures may be enhanced with the intervention of Forensic psychologists
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