11 research outputs found

    TRAÇANDO NOTAS DE CONHECIMENTO SOBRE GRAFFITI, ESCOLA E JUVENTUDES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA INTEGRATIVA

    Get PDF
    Conforme a literatura, o graffiti é uma prática cultural juvenil que surgiu nos territórios periféricos por meio de manifestações estéticas e políticas de arte urbana da juventude. Os muros das escolas continuam sendo principais espaços de registro de uma polissemia de significados e comunicações do graffiti enquanto cultura juvenil. Áreas de saber como a Sociologia e Antropologia são pioneiras nos estudos da arte urbana, dentre elas o grafite.   O presente estudo de revisão sistemática integrativa se destina a problematizar essas interlocuções (graffiti-escola-juventude). Foi realizado uma busca dos últimos 5 anos (2014-2019) de artigos científicos na Plataforma de Periódico Capes (eixo I) e de dissertações e teses na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (eixo II). Foram selecionados apenas produções em português e com abrangência brasileira. Os estudos do eixo I recuperou 88 estudos e destes apenas 4 foram incluídos na análise final. Já o eixo II recuperou apenas 2 estudos de dissertação. Também revelou aportes teórico-metodológicos diversos no trabalho de investigação do graffiti, com prevalência das teorias pós-estruturalistas. Os estudos apontaram o graffiti como (a) instrumento de recurso na área educacional, (b) intervenção das expressões juvenis e (c) prática arraigada nos estereótipos. Palavras-chave: graffiti, escola, educação, revisão sistemática

    Sexualidade e adolescência: uma análise do pensamento conservador no Brasil / Sexuality and adolescence: an analysis of conservative thought in Brazil

    Get PDF
    Considerando as mudanças de paradigmas que permeiam a sociedade, quanto as permutas sociais de costumes e as tendências tecnológicas de informação, inquere saber: Como a sexualidade no período da adolescência é impactada frente os pensamentos conservadores sobre a sexualidade no Brasil? Portanto o presente estudo tem como objetivo discutir, a partir de uma revisão de literatura, como a sexualidade no período da adolescência é impactada frente os pensamentos conservadores sobre a sexualidade no Brasil. O desenho metodológico do estudo, configura-se em uma pesquisa bibliográfica com abordagem qualitativa. De acordo com a análise da literatura aqui abordada, assim as mudanças na regulamentação do ensino sexual, perspectivas diferentes das atuais divergências no que desrespeito à política sexual em materiais didáticos, diretrizes e programas, este trabalho tende a tanger a relação entre a sexualidade na adolescência e suas relações com o discurso conservador. Tal obra apontou-se como relevante dado a sua importância estratégica para perceber a retomada e o avanço evidente do (conservadorismo) de diferentes variantes neste tempo específico na educação, assim como o assunto da (infância/adolescência) como um todo. Portanto, esse trabalho pôde comtemplar seus objetivos ao apresentar a história da sexualidade que pode ser compreendida sob amplas formas, e apontar uma discussão importante sobre a mesma, bem como ressaltado a importância de se estudar mais sobre o assunto e produzir materiais para novas pesquisas, afinal ainda existe tabus que precisam ser quebrados, e não devem prevalecer para que não se torne um obstáculo para liberdade do indivíduo. 

    VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES NO CEARÁ EM TEMPOS DE PANDEMIA DE COVID-1

    Get PDF
    Este ensaio tem como objetivo, a partir de materialidades jornalísticas, problematizar o fenômeno da violência doméstica e do feminicídio durante o período de “quarentena” no Ceará por conta da pandemia de COVID-19. Tomamos, então, a pandemia de COVID-19 como acontecimento-analisador, a qual intensifica processos de vulnerabilização em que mulheres brasileiras estão expostas, para discutir os efeitos psicossociais da violência de gênero a partir de leituras feministas. Metodologicamente, utilizamos como materialidades o tratamento de matérias jornalísticas de sítios virtuais com foco na territorialidade do Estado do Ceará. Os dados mostram o recrudescimento de violência contra mulheres durante o isolamento social com o aumento de feminicídio, sobretudo em corpos racializados e localizados em territórios periféricos. Por fim, fomentamos a necessidade de estratégias de enfrentamento à necropolítica de gênero

    Fórum de Escolas do Grande Bom Jardim: práticas de enfrentamento à violência armada em territorialidades escolares de periferias de Fortaleza

    Get PDF
    A violência armada nos últimos anos tem intensificado o assassinato de jovens nas malhas necropolíticas das periferias de Fortaleza. O presente artigo objetivou cartografar as práticas de enfrentamento à violência armada desenvolvidas pelo Fórum de Escolas pela Paz do Grande Bom Jardim (FEPGBJ). As experiências narradas são oriundas da criação e composição de um movimento social de escolas públicas e parceiros em umas das periferias de Fortaleza-CE que, há cinco anos,desenvolve intervenções e pactos de ações na garantia de valorização da vida e da cultura de paz entre espaços de guerra às drogas, como o direito de ir e vir nos territórios periféricos e a permanência da vida escolar nos cotidianos desses estudantes. Através do Fórum de Escolas, são resgatadas estratégias de enfrentamento às violências por meio da cultura e arte na promoção de espaços de resistência onde as juventudes vivenciam suas polifonias culturais

    E quando as bichas, sapatão, travas e trans caminham pelas ruas? Os emblemas sociais da caminhabilidade no Brasil

    Get PDF
    As práticas de violência contra as populações dissidentes de gênero e sexualidade são uma realidade cotidiana em todo o território brasileiro, marcada pela apreensão, sofrimento, insegurança e medo. Tal realidade social se expressa por estatísticas através dos relatórios que dizem respeito a práticas de violência voltadas ao público LGBTs. A questão da violência suscita uma interlocução com outros temas, tais como da mobilidade urbana que envolve o caminhar, explorando territórios, experiências e vivências. Nesse percurso, o estudo objetiva realizar uma reflexão sobre a caminhabilidade de pessoas dissidentes de gênero e sexualidade, com foco no público LGBTs, em seu entrelaçamento com a violência. Metodologicamente busca-se uma ampliação e maiores discussões a partir do campo socioantropológico da Teoria da Caminhabilidade, e assim, caracteriza-se por uma revisão de literatura em torno de uma hermenêutica problematizadora na qual faremos a confluência em teorias e conceitos. Com isso esperamos estabelecer maiores compreensões sobre os/as dissidentes sexuais e de gênero e as situações de vulnerabilidades em suas caminhadas nas cidades

    Territorialidades periféricas e violências: narrativas de jovens lésbicas envolvidas em facções

    Get PDF
    Our objective is to discuss the psychosocial dynamics of urban violence in the experiences of adolescent lesbians living in the outskirts of Fortaleza, who are accused of committing infractions and considered “involved” in criminal factions. To this end, narrative interviews with five lesbian adolescents enrolled in criminal factions were analyzed. The results and discussions show that the lesbian condition differentially exposes the adolescents to precariousness, placing them in a condition of greater vulnerability to conflicts, death, restricted access to territories, and police repression. Furthermore, we analyze the affective relationships that these adolescents have with drug faction members and the precarious condition to which their bodies are submitted. We conclude that the social transformations of crime produce psychosocial effects on their life trajectories.Nuestro objetivo es discutir la dinámica psicosocial de la violencia urbana en las experiencias de adolescentes lesbianas que viven en la periferia de Fortaleza (Brasil), acusadas de cometer infracciones y que son consideradas “involucradas” en facciones criminales. Para ello, se analizaron las entrevistas narrativas con cinco adolescentes lésbicas suscritas a hechos delictivos. Los resultados y las discusiones muestran que la condición de lesbiana plantea un diferencial precario a las adolescentes y las deja en una condición de mayor vulnerabilidad ante el conflicto, la muerte, el acceso restringido a los territorios y la represión policial. Además, analizamos las relaciones afectivas que estas adolescentes mantienen con los miembros de la facción y la condición precaria a la que se someten sus cuerpos. Concluimos que las transformaciones sociales de la delincuencia producen efectos psicosociales en sus trayectorias de vida.Temos como objetivo discutir sobre marcas psicossociais da dinâmica da violência urbana nas experiências de adolescentes lésbicas moradoras de periferias de Fortaleza, a quem se atribui o cometimento de ato infracional e sob quem recai a pecha de “envolvidas” em facções criminosas. Para tanto, foram analisadas entrevistas narrativas com cinco adolescentes lésbicas subscritas em facções criminosas. Os resultados e discussões apresentam que a condição de lesbianidade expõe diferencialmente as adolescentes à precarização, colocando-as em condição de maior vulnerabilidade aos conflitos, à morte, à restrição de acesso aos territórios e à repressão policial. Além disso, analisamos as relações afetivas que essas adolescentes têm junto com integrantes de facções e a condição precária a que seus corpos estão submetidos. Concluímos que as transformações sociais do crime produzem efeitos psicossociais nas trajetórias de vida

    Análises Interseccionais a Partir da Raça e da Classe: Medo do Crime e Autoritarismo no Brasil

    No full text
    Abstract The present study aimed to present, from a quantitative intersectional analysis, the extent to which race / class markers interfere in the fear of crime and authoritarianism in the Brazilian context. 2,087 people from all regions of the country participated in a representative sample of the Brazilian population, mostly aged 25–34 years (26.3%), blacks (60.0%) and belonging to the D / E class (27,3%), having responded to the Adorno Scale F (version 17 items) and scales to measure fear, victimization and the chances of crimes occurring. Variance analyses did not indicate significant differences between breeds for authoritarianism (F = 2.60 and p = 0.017), when the effects of the classes were not considered. However, there was a significant difference between classes (F = 14.265 (p < 0.001), mainly among whites (F = 11.08 and p < 0.05), while in the comparison for blacks and whites in specific classes, only in stratum B1 there was a significant difference (F = 4.54, p <= 0.05) High levels of fear of crime appear at all race / class intersections, notably Class A blacks (F = 6.52, p < = 0.05) From the discriminant analysis, two profiles of groups with greater and lesser fear of crime were formed based on factors such as gender, age, race, class, chances of suffering crime, authoritarianism. Results are discussed in light of decolonial studies in a dialogue between authors such as Hannah Arendt and Crochik, as well as postcolonial theorists like Mbembe, Spivak and Martin-Baró.Resumo O presente estudo objetivou apresentar, a partir de uma análise interseccional quantitativa, em que medida os marcadores de raça/classe interferem no medo do crime e no autoritarismo em contexto brasileiro. Participaram 2.087 pessoas de todas as regiões do país, em uma amostra representativa da população brasileira, majoritariamente com idades entre 25 e 34 anos (26,3%), negros (60,0%) e pertencentes à classe D/E (27,3%), tendo respondido à Escala F de Adorno (versão 17 itens) e escalas para mensurar o medo, a vitimização e as chances de ocorrência de crimes. Análises de Variância não indicaram diferenças significativas entre raças para o autoritarismo (F = 2,600; p = 0,017), quando não considerado o efeito das classes. Contudo, houve diferença significativa entre classes (F = 14,265; p <= 0,001), principalmente dentre os brancos (F = 11,08 e p < 0,05). Já na comparação para negros e brancos em classes específicas, apenas no estrato B1 houve diferença significativa (F = 4,54; p <= 0,05). Níveis elevados de medo do crime aparecem em todas as intersecções de raça/classe, destacadamente dentre os negros de classe A (F = 6,52; p <= 0,05). A partir da análise discriminante dois perfis de agrupamentos com maior e menor medo do crime foram formados a partir de fatores como gênero, idade, raça, classe, chances de sofrer crime, autoritarismo. Discute-se as implicações dos resultados à luz dos estudos decoloniais em uma interlocução entre autores como Hannah Arendt e Crochik, além de teóricos pós-coloniais, como Mbembe, Spivak e Martin-Baró.Resumen El presente estudio objetivó presentar, a partir de un análisis interseccional cuantitativo, en qué medida los marcadores de raza / clase interfieren en el miedo del crimen y en el autoritarismo en contexto brasileño. Participaron 2.087 personas de todas las regiones del país, en una muestra representativa de la población brasileña, mayoritariamente con edades entre 25 y 34 años (26,3%), negros (60,0%) y pertenecientes a la clase D/E (27, 3%), habiendo respondido a la Escala F de Adorno (versión 17 ítems) y escalas para medir el miedo, la victimización y las posibilidades de ocurrencia de crímenes. Los análisis de varianza no indicaron diferencias significativas entre razas para el autoritarismo (F = 2,60 y p = 0,017), cuando no se considera el efecto de las clases. Sin embargo, hubo una diferencia significativa entre las clases (F = 14,265 (p <= 0,001), principalmente entre los blancos (F = 11,08 y p < 0,05). Mientras que en la comparación para negros y blancos en clases específicas, solo en el estrato B1 (F = 4,54, p <= 0,05). Niveles elevados de miedo al crimen aparecen en todas las intersecciones de raza clase, destacadamente entre los negros de clase A (F = 6,52, p <= 0,05). A partir del análisis discriminante, dos perfiles de agrupaciones con mayor y menor temor al crimen fueron formados a partir de factores como género, edad, raza, clase, posibilidades de sufrir crimen, autoritarismo. Se discuten las implicaciones de los resultados a la luz de los estudios decoloniales en una interlocución entre autores como Hannah Arendt y Crochik, además de teóricos post-decoloniales, como Mbembe, Spivak y Martin-Baró
    corecore