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    A inserção da psicologia no Centro de Referência de Direitos Humanos (CRDH): um relato de experiência com pessoas transexuais

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    A Psicologia, por muitos anos, atuou como mantenedora da ordem vigente. Por meio da psicopatologização dos indivíduos, ela os enquadrava num padrão normativo que era proposto pela sociedade. Com a ampliação dos campos de atuação, essa postura passou a ser questionada e veio à tona a necessidade de se romper com essa lógica enraizada nos preceitos da profissão. Dessa forma, temas como Direitos Humanos e relações de gênero e sexualidade passam a fazer parte das esferas de discussões, principalmente na área da Psicologia Social Comunitária. Nesse sentido, o presente artigo tem como objetivo relatar a experiência de um estágio em Psicologia, numa instituição de Direitos Humanos, a partir da execução do Projeto Transformar, voltado para atendimento médico e psicológico da população trans e travesti. Esta experiência contribuiu para potencializar maiores conhecimentos a respeito da temática de relações de gênero e sua conexão com a Psicologia, além de colaborar com a ampliação de espaços e profissionais que estejam dispostos a atender essa demanda. Contudo, ainda observamos desafios como a falta de preparação e fundamentação teórica sobre o assunto e sobre o trabalho em grupos e também a necessidade de criação de mais políticas públicas que acolham e assegurem direitos à população trans e travestis

    ITINERÁRIOS TERAPÊUTICOS DE MULHERES EM SITUAÇÃO DE RUA: AS MÚLTIPLAS FACES DO CUIDADO

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    Resumo O presente trabalho teve como objetivo refletir sobre a relação entre os itinerários terapêuticos de mulheres em situação de rua e os serviços de saúde e da assistência social. Utilizou-se como estratégia metodológica a etnografia multilocal, e como técnicas de construção dos dados, a observação participante e o diário de campo. Duas mulheres em situação de rua foram acompanhadas em suas trajetórias de busca por cuidados em saúde, e as observações foram feitas também na Casa de Passagem para mulheres, no Fórum da População em Situação de Rua, e junto ao Consultório na Rua. Os resultados apontam que os itinerários terapêuticos das mulheres se referem, principalmente, às possibilidades de produção de vida e apontam como os sentidos sobre o que é necessário precisam ser abarcados e compreendidos pelas redes de cuidado

    Mídia, criminalização da juventude e adesão subjetiva à barbárie

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    A partir das representações midiáticas, é possível notar a apresentação de uma suposta crise de segurança pública. Protagonizando as reportagens, a juventude oriunda de classes subalternas é compreendida como responsável por essa realidade. Enquanto isso, a população clama por medidas punitivas. A presente revisão narrativa propõe uma discussão sobre a possível relação entre mídia hegemônica, as representações sobre a violência urbana e a criminalização desta faceta da juventude, sustentando práticas sociais que compõem a adesão subjetiva à barbárie. Primeiramente é apresentado o debate a respeito das mídias e o cenário brasileiro. Em seguida, é discutida a imagem do “jovem bandido” através do olhar da criminologia crítica. Por fim, apresenta-se a discussão sobre a construção de consensos a partir da mídia brasileira. Através de estratégias de desumanização dos sujeitos, as práticas midiáticas hegemônicas contribuem para que estejamos aderidos à barbárie que violenta principalmente os jovens inseridos no âmbito das periferias brasileiras.  

    Fortalecendo redes sociais: desafios e possibilidade na prevenção ao uso de drogas na atenção primária à saúde fortalecendo redes sociais

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    O presente estudo procurou levantar desafios e possibilidades da incorporação das redes sociais no processo de implementação de ações preventivas ao uso de drogas na Atenção Primária à Saúde (APS). Trata-se de uma pesquisa-intervenção empregando as seguintes técnicas de coleta de dados: observação participante, grupo focal com atores comunitários e entrevistas semiestruturadas com gestores de saúde. Os dados foram analisados a partir da análise de conteúdo. Os resultados foram agrupados em duas categorias: “Redes de Saúde e Drogas” e “Redes Sociais e Drogas”. A rede de saúde e drogas foi entendida a partir de sua desarticulação, sua função pedagógica e a concepção idealizada sobre a noção de rede. Em relação às redes sociais e drogas, observou-se uma ausência de participação e mobilização social dos sujeitos coletivos no debate em torno das ações e políticas locais. A pesquisa aponta para as ações preventivas ao uso de drogas onde o trabalho se organiza em um modelo fragmentado, sem incorporar e fortalecer as potencialidades comunitárias no que se refere ao enfrentamento dos problemas de saúde

    Participação social e saúde no Brasil: revisão sistemática sobre o tema

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    The process of democratization of Brazil contributed to the emergence of management councils and thematic conferences in the context of public health policies. The scope of this article was to conduct a systematic review of the literature in order to establish the factors associated with the process of institutionalization of these democratic areas. The following databases were researched: LILACS, IBECS, MEDLINE, SciELO, PAHO, PsycINFO, Web of Science, Social Science and EBSCO. For the composition of the sample of 25 articles, the following key words were used: Social Control, Social Participation, Consumer Participation, Community Participation, Public Participation, Citizen Participation, Political Participation, Participative Management, Participative Democracy, Deliberative Democracy with Health Councils and Health Conferences. The results found synthesize a set of categories that has impacted the participatory public spaces: political representation and qualification, relationships among the social actors, institutional design, political culture, discourses about health/disease and the debate about democracy. The findings help to move forward in the understanding of such institutions, fostering the construction of alternatives committed to the strengthening of democracy in Brazil.O processo de democratização brasileiro contribuiu para a emergência de conselhos gestores e conferências temáticas no contexto das políticas públicas de saúde. O objetivo do presente artigo foi realizar uma revisão sistemática de literatura com o intuito de conhecer os fatores relacionados ao processo de institucionalização destas arenas democráticas. Foram pesquisadas as seguintes bases: Lilacs, Ibecs, Medline, Scielo, Paho, Psycinfo, Web of Science, Social Science e Ebsco. Para a composição da amostra de 25 artigos foram associados os seguintes descritores: Social Control, Social Participation, Consumer Participation, Community Participation, Public Participation, Citizen Participation, Political Participation, Participative Management, Participative Democracy, Deliberative Democracy com Health Councils e Health Conferences. Os resultados encontrados sintetizam um conjunto de categorias que tem impactado os espaços públicos participativos: representatividade e capacitação política, relações entre os atores sociais, desenho institucional, cultura política, discursos sobre saúde/doença e o debate em torno da democracia. Os achados contribuem para avançarmos na compreensão de tais instituições, favorecendo a construção de alternativas comprometidas com o fortalecimento da democracia em nosso país

    Contribuições da Psicologia Social Comunitária para a área de álcool e outras drogas.

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    O presente trabalho é uma revisão narrativa de literatura que objetivou apresentar as contribuições da Psicologia Social Comunitária (PSC) para a temática do uso de álcool e outras drogas. Para isso foi traçado um histórico sobre o desenvolvimento das políticas e instrumentos normativos que regulamentam a área de álcool e outras drogas, bem como sobre a constituição da PSC no contexto latino-americano e brasileiro e, posteriormente, um paralelo entre o desenvolvimento desses dois campos. A partir dessa interface, resulta-se algumas categorias de reflexão e intervenção que conformam a PSC e vertentes relacionadas, como a Psicologia Social Crítica e a Psicologia da Libertação, sendo elas: (a) práxis; (b) o fenômeno das drogas como expressão da questão social; (c) concepção sujeito-sociedade, (d) a relação com a comunidade e as implicações teórico-metodológicas para a ação profissional na área; (e) a conscientização como objetivo; (f) a ética na PSC

    Contribuições da Psicologia Social Comunitária para a área de álcool e outras drogas.

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    O presente trabalho é uma revisão narrativa de literatura que objetivou apresentar as contribuições da Psicologia Social Comunitária (PSC) para a temática do uso de álcool e outras drogas. Para isso foi traçado um histórico sobre o desenvolvimento das políticas e instrumentos normativos que regulamentam a área de álcool e outras drogas, bem como sobre a constituição da PSC no contexto latino-americano e brasileiro e, posteriormente, um paralelo entre o desenvolvimento desses dois campos. A partir dessa interface, resulta-se algumas categorias de reflexão e intervenção que conformam a PSC e vertentes relacionadas, como a Psicologia Social Crítica e a Psicologia da Libertação, sendo elas: (a) práxis; (b) o fenômeno das drogas como expressão da questão social; (c) concepção sujeito-sociedade, (d) a relação com a comunidade e as implicações teórico-metodológicas para a ação profissional na área; (e) a conscientização como objetivo; (f) a ética na PSC
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