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    Financeirização das commodities agrícolas e economia do agronegócio no Brasil: notas sobre suas implicações para o aumento dos conflitos pela terra

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    The articulation between commodities financialization and the global race for lands is an essential object of reflection in the contemporary debate. These movements have been associated with multiple processes ranging from the increased Chinese demand for raw materials to land grabbing in countries with abundant natural resources in Latin America and Africa. With an emphasis on the implications of these processes in Brazil, this article aims at identifying the relations between the systemic economic dynamics and the configuration of an agribusiness economy and its implications for the increase of territorial conflicts and the worsening of the land issue. The methodology consists of a critical review of the literature and analysis of institutional information. The article highlights that the greater complexity of the regime of contemporary accumulation is associated with intense territorial appropriation and the expansion of land conflicts in Brazil.A articulação entre financeirização das commodities e a corrida global por terras constitui um importante objeto de reflexão no debate contemporâneo. Esses movimentos têm sido associados a processos múltiplos que vão desde o aumento da demanda chinesa por matérias-primas à apropriação de terras em países com abundância em recursos naturais na América Latina e na África. Com ênfase nas implicações desses processos no Brasil, o objetivo deste artigo é identificar as relações entre as dinâmicas econômicas sistêmicas e a configuração de uma economia do agronegócio e suas implicações para o aumento dos conflitos territoriais e o agravamento da questão fundiária. A metodologia consiste em revisão crítica da literatura e análise de informações institucionais. O artigo destaca que a maior complexidade do regime de acumulação contemporâneo está associada à intensa apropriação territorial e à ampliação de conflitos fundiários no Brasil.A articulação entre financeirização das commodities e a corrida global por terras constitui um importante objeto de reflexão no debate contemporâneo. Esses movimentos têm sido associados a processos múltiplos que vão desde o aumento da demanda chinesa por matérias-primas à apropriação de terras em países com abundância em recursos naturais na América Latina e na África. Com ênfase nas implicações desses processos no Brasil, o objetivo deste artigo é identificar as relações entre as dinâmicas econômicas sistêmicas e a configuração de uma economia do agronegócio e suas implicações para o aumento dos conflitos territoriais e o agravamento da questão fundiária. A metodologia consiste em revisão crítica da literatura e análise de informações institucionais. O artigo destaca que a maior complexidade do regime de acumulação contemporâneo está associada à intensa apropriação territorial e à ampliação de conflitos fundiários no Brasil

    Beneficiamento local da produção extrativista e agroflorestal

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    The main purpose of this paper is to elucidate the difficulties faced by Cooperativa Agroextrativista de Xapuri (Xapuri Agroextrativist Cooperative) to achieve its economical viability. Created in 1988 by the rubber tapers from Xapuri (Acre/Brazil), its case study provides an interesting example of an attempt to establish a local agro-extrativist production processing project. This project aimed to aggregate value by processing its members´ Brazil nuts production. The economical return of this iniciative, however, turned out to be less than the expected. Most of the studies dealing with the evaluation of these poor economical results identified as the main causes isolated socioeconomical factors happening in the production and comercialization process. Using conceptual framework of the evolutionary economy,this study pursues the identification of others structural problems as the primary causes leading to this bad economical return.O objetivo do artigo é analisar as dificuldades de consolidação econômica vivenciadas pela Cooperativa Agroextrativista de Xapuri – CAEX ao longo da sua existência. A Cooperativa fundada em 1988 por seringueiros do município de Xapuri,no estado do Acre, é um exemplo das dificuldades de implantação de um projeto de beneficiamento local da produção agro-extrativista. A proposta de agregar valor à produção dos cooperados através do beneficiamento da castanha-do-brasil apresentou resultados econômicos bem abaixo do esperado. Grande parte das análises existentes sobre essa situação isolamalguns aspectos sócio-econômicos da Cooperativa e enxergam neles as causas exclusivas dos seus problemas.Nesse trabalho utilizaram-se ferramentas conceituais da economia evolucionária o que permitiu o reconhecimento de problemas estruturais na experiência

    Cooperativismo e agricultura familiar: alternativa de trabalho e geração de renda

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    RESUMO: A região sul e Sudeste paraense abrange cerca de 38 municípios. Sua ocupação é fruto da política governamental que incentivou populações de diversas regiões do Brasil a migrarem para o estado. Geograficamente localizada numa área de grandes projetos mineradores, produção agroextrativista, de constantes conflitos agrários entre pequenos camponeses, sem-terras com os latifundiários, pecuaristas e grandes produtores agrários, a região traz um histórico de mazelas com grandes desigualdades sociais e alto índice de concentração de renda que produz a marginalização de pessoas das camadas populares que não dispõem de condições mínimas de vida digna. Contudo, hoje há uma nova realidade do mundo do trabalho, as mudanças estruturais de ordem econômicas e sociais, ocorridas nas últimas décadas, fragilizaram o modelo tradicional de relação de trabalho capitalista caracterizado pelo trabalho assalariado instituído no final do século XIX. Esse contexto contribui para o surgimento de novos sujeitos sociais e para a construção de novos espaços institucionais. Sendo assim, a economia solidária encontra-se como alternativa para milhares de trabalhadores e trabalhadoras que buscam alterar suas condições de vida sob a forma de organização coletiva do trabalho nas mais diversas regiões. Diante disto, este trabalho, realizado com o apoio do Governo do Estado do Pará em convênio com a Secretaria de Emprego, Trabalho e Renda (SETER) que concedeu a bolsa de pesquisa, pretende analisar o cooperativismo no contexto da economia solidária dentro da Cooperativa Mista da Agricultura Familiar de Marabá (COOMFAMA). A pesquisa seguirá a linha de abordagem qualitativa e será aplicada em Janeiro de 2010 no assentamento Nova Esperança com os cooperados da COOMFAMA. Terá o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento. Serão coletados dados descritivos; inclui transcrições de entrevistas e de depoimentos e atentará para o maior número de elementos presentes na situação estudada. A coleta de dados será através da observação, entrevista (questionário semi-estruturado) e análise documental, além de estudo detalhado das obras de autores como: Marx “O Capital: critica da economia política”, livro1 volume1, com ênfase em relações de trabalho. Bem como Paul Singer “Introdução a Economia Solidária” e Marcos Arruda, que enfatiza em algumas de suas obras a questão do cooperativismo na esfera da economia solidária, e a auto-gestão em cooperativas como alternativa ao desemprego. Pretende-se discutir o contexto da economia solidária e da agricultura familiar local para entender como ocorreu a formação da Cooperativa Mista da Agricultura Familiar de Marabá (COOMFAMA), assim averiguar em qual contexto os agricultores procuram uma outra forma de estabelecimento econômico na sociedade; entender quais são as estratégias da cooperativa e sua ação junto aos cooperados; compreender o que é cooperativismo e de que forma os seus princípios agem como força motivadora da construção de uma outra lógica de produção; conhecer quais são as dificuldades da cooperativa em seguir os princípios de economia solidária. A pesquisa almeja alcançar maior dimensão quando se propõe a ser uma ferramenta motivadora do cooperativismo a fim de contribuir para as políticas públicas voltadas para e agricultura familiar da região do Pará. PALAVRAS-CHAVE: Cooperativa, economia solidária, incubadora

    Desenvolvimento de tecnologia para produção de óleos vegetais como estratégia de fortalecimento da agricultura familiar na região de Marabá – Pará

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    RESUMO: A preservação dos ecossistemas naturais tem sido debatida nos diversos setores da sociedade, bem como a fixação dos agricultores no campo. Neste novo cenário regional, o projeto propõe contribuir no processo de consolidação e fortalecimento das Cooperativas Municipais de Produção Familiar no Território do Sudeste Paraense. Deste objetivo geral surgem linhas de pesquisas, nas quais se insere a proposta de identificação do potencial de comercialização de óleos vegetais no mercado regional. Será realizado um levantamento da capacidade produtiva de frutos, sementes e óleos vegetais das espécies: andiroba, babaçu, cacau, cupuaçu e maracujá da agricultura familiar bem como a identificação, descrição e análise de experiências de produção artesanal e industrial e comercialização desses óleos nos municípios do Território do Sudeste Paraense junto a feiras livres, comércio varejista, farmácia de manipulação e comércio atacadista, que resultará numa projeção da demanda potencial para ampliação dessa comercialização, a identificação de preferências e exigências dos compradores em relação à quantidade e qualidade dos produtos, bem como os preços pagos ao produtor, as margens de lucro e mecanismos de apropriação dos diferentes agentes mercantis. Também será realizado levantamento da produção de frutas, sementes e óleos vegetais pelo segmento da agricultura familiar, tanto oriundas de atividade extrativista, como de atividade agrícola. Os levantamentos de campo serão feitos a partir de entrevistas estruturadas, aplicadas em feiras para zoneamento de produtores e fornecedores de óleos no mercado regional. Diante do desmatamento e a implantação de pastagens, que reduz a biodiversidade e altera o quadro de equilíbrio ambiental, a atividade extrativista pode contribuir para a redução do abandono das propriedades, visto que contribui para a conservação de matas nativas e gera renda, Espera-se ainda demonstrar a importância de atividades produtivas que promovam a conservação dos ecossistemas naturais, através do uso de produtos oriundos do extrativismo, apontando como a produção de óleos vegetais pode contribuir para melhorar a renda das famílias assentadas. Explicar como se dá a organização da comercialização regional, descrevendo como os atores se interligam e conectam-se nas diversas redes de ações, visto que a Região Amazônica constitui-se em um dos mais diversificados biomas do planeta, tendo espécies florestais nativas com grande potencial de exploração racional e vasto conhecimento de populações locais na utilização destes bens, que associados às políticas de incentivo ao desenvolvimento sustentável e a crescente busca por óleos pelas indústrias de cosméticos, fitofarmacêutica e alimentar, tem ganhado força e está em ascensão. Por se tratar de um projeto em andamento, alguns resultados já foram encontrados, quais sejam: i) – as comercializações são feitas em feiras; ii) o mercado é informal sem garantia de qualidade, porém com boa aceitação pelo mercado consumidor; iii) – os principais óleos são de andiroba, de cupuaçu e de babaçu. Iniciaram-se trabalhos com o desenvolvimento de técnicas para a extração de óleos de andiroba e babaçu. A Federação das Cooperativas do Sul do Pará (FECAT) está trabalhando com o processo de beneficiamento das sementes do cupuaçu, com a fermentação, torração e extração do óleo, além de realizar análises químicas para o controle de qualidade. PALAVRAS-CHAVE: Comercialização, oportunidades, extrativismo, preservação ambiental

    Estimativa de linhas de recursos e programas para implantação de políticas florestais na região sudeste do Pará

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    RESUMO: A região Sudeste do Pará vem absorvendo uma série de transformações econômicas, políticas e sociais. Mudanças que tiveram grandes incentivos do governo brasileiro, como incentivos fiscais, concessão de grandes áreas para o desenvolvimento da pecuária e de outras práticas agrícolas de grande porte, dentre outros. Estes incentivos privilegiaram grandes grupos econômicos, grandes projetos. Os grandes projetos deram prioridades a elementos externos da região não incluindo parte das populações já existentes aqui e as classes subalternas. Essas grandes transformações atraíram para região um número considerável de novos habitantes, que se aglomerou em cidades que já existiam e em outras que passaram a existir. Em 1980 eram apenas cinco municípios na região e em 1996 já eram vinte e nove. Isso é apenas uma dimensão do que foram essas transformações. No cenário agrário, na década de oitenta, a cidade de Marabá foi o maior ponto de conflitos agrários do Brasil refletindo assim a opção do Estado brasileiro, em privilegiar ações de acumulação de capitais e de descaso às populações mais pobres. Como conseqüência dessas opções, boa parte da vegetação na região foi destruída pra dar lugar a alguns destes empreendimentos, principalmente os agropecuários. Apesar desse histórico de ocupação inicial e de suas conseqüências, na atualidade há uma maior preocupação com a sustentabilidade do modelo de desenvolvimento. Inúmeras iniciativas de ampliação da sustentabilidade agropecuária, na região, têm sido fomentadas por órgãos governamentais e instituições civis. O presente trabalho tem por objetivo fazer um levantamento dos aportes técnicos, políticos, econômicos e institucionais, que possibilitem a implantação de sistemas agrofloerestais (SAF’s) como prática agrícola na região Sul e Sudeste do Pará. Trata-se de um estudo quantitativo e qualitativo destes recursos, que são desde linhas de crédito, assistência técnica e extensão rural, programas governamentais, dentre outros que possam colaborar com a difusão e a implementação desta prática na agricultura familiar local. Além disso, busca fortalecer o paradigma agroecológico como necessário e fundamental para a construção científica local. O levantamento está sendo desenvolvido através de revisão literária, entrevistas, visitas a órgãos públicos, a entidades de classe, e sítios eletrônicos. Mais especificamente estão sendo estudados dois grandes projetos que prometem garantir essa sustentabilidade, para atividades econômicas que há na região o: i) - “Distrito Florestal de Carajás”, que cultiva em áreas dos Estados do Tocantins, Pará e Maranhão o que o setor guseiro denomina de florestas energéticas e conta com um aporte de recursos financeiros e políticos muito organizado. Este projeto não tem como objetivo garantir a diversidade natural, porém, o estudo pode apontar possíveis impactos no cenário regional; ii) - “Programa Um Bilhão de Árvores Para Amazônia”, do Governo do Estado do Pará, que como o nome sugere pretende plantar no Estado do Pará um bilhão de árvores até o ano de 2013. Espera-se Levantar ações, tanto governamentais como da iniciativa privada, relacionadas à implantação de sistemas agroflorestais na região Sudeste do Pará colaborando para a elaboração de políticas públicas mais adequadas ao funcionamento do ambiente institucional, sócio-cultural e econômico relacionado à produção, comercialização e inovação agroflorestal. PALAVRAS – CHAVE: Sustentabilidade, sudeste do Pará, sistemas agroflorestais, políticas públicas

    Estudo da comercialização da produção familiar do P. A. Palmares na feira municipal de Parauapebas

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    RESUMO: A agricultura familiar é aquela em que o responsável pela gestão da produção (família), é também responsável pela mão de obra, e principal consumidor dos produtos. O objetivo principal da produção agrícola nessa modalidade é garantir a reprodução da família. A eficiência do modo de produção da agricultura familiar já foi comprovada por diversos autores, contudo, estudos têm mostrado que o retorno econômico para as famílias tem sido baixo, sendo a comercialização um ponto de estrangulamento. A esses agricultores poucas opções de comercialização são apresentadas. Nesse contexto as feiras livres surgem como alternativa para escoamento da produção agrícola familiar. Este trabalho objetivou estudar a Feira do Produtor Rural de Parauapebas, e sua importância na comercialização e na geração de renda para as famílias assentada no P. A. Palmares II. O trabalho foi desenvolvido no período de março de 2008 a fevereiro de 2009 e buscou base teórica a respeito de comercialização de produtos da agricultura familiar e feiras, em livros e artigos; Contou com visitas à feira; Coleta de dados a respeito de comercialização no arquivo da secretaria da feira; Conversa com os responsáveis pela feira e alguns feirantes das distintas localidades e consumidores e visitas ao Assentamento Palmares II. Verificou-se que a Feira do Produtor Rural em Parauapebas, criada em fevereiro de 1992, pela prefeitura de Parauapebas teve inicio com cerca de 20 produtores cadastrados e hoje possui 480. É mantida pela Prefeitura de Parauapebas através da Secretaria Municipal de Produção Rural que faz a manutenção do local de comercialização; disponibiliza oito caminhões, que percorrem diferentes rotas para conduzir os agricultores à feira; disponibiliza casa de apoio ao agricultor, para alojamento destes. Além de fornecer tratores e assistência técnica. Funciona terça feira, pela tarde, quarta feira pela manha, sexta pela tarde e sábado pela manha. Movimenta em média R300.000,00porme^s,sendoosassentamentosPalmaresIeIIresponsaˊvelporcercade48 300.000,00 por mês, sendo os assentamentos Palmares I e II responsável por cerca de 48% deste valor. Os produtos comercializados pelos feirantes foram divididos em cinco grupos: frutas, que compreende 23 produtos; olerícolas, listando 20 produtos; grãos, a exemplo do feijão e fava, sendo listados 4 produtos; produtos processados, que compreende produtos que passaram por algum processo de transformação e agregação de valor, a exemplo da farinha, do queijo, e do azeite de babaçu, sendo listado 7 produtos; e um último grupo formado por 5 produtos que não se enquadram nos grupos anteriores, este produtos são vendidos esporadicamente, conforme a necessidade da família, como exemplo palmito e ovos. O grupo com maior participação financeira foi o grupo de produtos processados com 39% o que corresponde a R 34.578,15 em média por mês; seguido pelas olerícolas com 31% correspondendo a média mensal de R27.090,67;easfrutascom21 27.090,67; e as frutas com 21%, R 18.861,80, em média mensais. Conclui-se que a Feira do Produtor Rural no Município de Parauapebas apresenta-se como alternativa de geração de renda para essas famílias, que por sua vez gera melhorias no sistema produtivo familiar, e, traz benefícios aos consumidores, que encontram produtos de melhor qualidade, com preços mais baixos. PALAVRAS-CHAVE: Agricultura familiar, comercialização, feira de produtor rural

    Análise da produção de mudas por viveiros na região sudeste do Pará

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    RESUMO: O ponto de partida da Assistência Técnica deve ser o diagnóstico do meio biofísico mais geral, da parcela agrícola, dos sistemas de produção e do sistema de decisão familiar. Mas o principal é que esses diferentes níveis de diagnóstico devem aparecer integrados num diagnóstico mais geral do “funcionamento do estabelecimento agrícola” e da sua relação com o meio sócio-econômico envolvente. Para isso, não basta termos agrônomos capazes de realizar bons diagnósticos, é fundamental que também sejam capazes de propor soluções agronômicas e sócio-econômicas para a superação dos problemas diagnosticados. A experiência amazônica mostra que a produção familiar, conseguiu sistemas de produção melhor sucedidos através dos sistemas agroflorestais dinâmicos. Isso tem chamado a atenção para a construção de uma identidade agroflorestal nos movimentos sociais do campo na Amazônia. Na região Sudeste do Pará, a luta pela terra e a fragilidade da permanência dos posseiros gerou sistemas de produção simplificados, com base na trajetória roça – pasto, também caracterizada como pecuarização da produção familiar. O avanço dessa trajetória implicou no elevado índice de desmatamento, promoveu perdas de fertilidade de solo, presença expressiva de capim nos sistemas, alta propensão à fogo e queimadas descontroladas, desconhecimento técnico de como manejar sistemas arbóreos, ausência de infra-estrutura silvicultural, mercados e cadeias de comercialização pouco diversificados e fortemente estruturados para a pecuária. A partir desse diagnóstico, três gargalos precisam ser tratados: (i) como superar a dificuldade inicial de introdução de sistemas agroflorestais frente às condições ambientais adversas já citadas? (ii) como fortalecer a coordenação do ambiente econômico-institucional de uma trajetória alternativa? (iii) como possibilitar um diálogo entre o conhecimento produzido pelos agricultores e o produzido na Academia? Este trabalho está diretamente ligado ao diagnóstico do arranjo produtivo de fornecimento de insumos para a formação de SAF’s, dando ênfase na produção de mudas em viveiros de mudas florestais, frutíferas ou ornamentais certificados ou não pelo CREA-PA. O levantamento tenta melhor compreender a dinâmica econômico-produtiva dos viveiros regionais, assim como sistematizar informações úteis na busca por mudas de qualidade e em quantidade satisfatória aos interessados; além de averiguar as técnicas utilizadas. A primeira parte do trabalho consiste da pesquisa bibliográfica e empírica sobre espécies de interesse dos agricultores que pudessem ser incorporadas aos plantios agroflorestais. Essa pesquisa define as características agronômicas do cultivo dessas espécies, bem como seu potencial de comercialização. A segunda parte do trabalho consiste no levantamento de viveiros existentes na microrregião de Marabá, registrados ou não no CREA- PA, que realizem ativamente o trabalho de distribuição de mudas gratuito ou vendido. Para a aquisição de informações faz-se uso de um questionário semi-estruturado com 68 questões abrangendo termos técnicos de produção e aspectos sociais, econômicos e culturais envolventes. Para a construção do questionário foram realizadas pesquisas técnicas e socioeconômicas com a finalidade de melhor entendimento da dinâmica do estabelecimento e interação com os consumidores. Espera-se colher informações suficientes para uma análise complexa do sistema de produção de mudas na região, envolvendo técnicas utilizadas e com potencial de serem introduzidas e a importância social, econômica e ambiental da produção. PALAVRAS-CHAVE: Produção de mudas, diagnóstico, técnicas utilizadas, meio socioeconômico

    VERTICALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO MINERAL NO SUDESTE PARAENSE

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    Este artigo busca analisar as estratégias de diferentes agentes face as tensões geradas no processo de implantação de um grande projeto siderúrgico no município de Marabá, Sudeste Paraense. Essas estratégias são reveladoras de interesses conflitantes entre esses agentes e de relações assimétricas de poder entre eles. A mineradora VALE e seus sócios no empreendimento, representantes das elites locais, assim como o governo federal e estadual, coincidem na defesa do projeto como ponto central para o desenvolvimento regional com base na verticalização da produção mineral, embora divirjam entre si acerca das responsabilidades do financiamento da obra e estrutura logística. O projeto e sua forma de implantação, por outro lado, é confrontado por segmentos críticos em função dos impactos socioterritoriais e ambientais. A análise dos impactos do projeto em dois casos específicos, de um assentamento de reforma agrária no seu entorno e da hidrovia Araguaia-Tocantins, revelam situações distintas. Enquanto no primeiro caso encontrou-se mobilização social intensa, mas localizada, capaz de fazer frente ao projeto e impor ajustes, no segundo caso houve pequena mobilização regional reveladora da subordinação da sociedade frente à ameaça permanente de suspensão dos investimentos. Sugere-se, dessa forma, que a empresa lança mão de mecanismos de ‘chantagem locacional’, apropriando-se de forma desigual dos propalados benefícios da verticalização da produção mineral e impondo riscos sociais e ambientais concentrados à sociedade local

    La resolución de problemas en cooperación y colaboración: una experiencia para la construcción social del conocimiento en alumnos de algoritmos y programación I

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    Este trabajo forma parte de un proyecto tendiente a la búsqueda e implementación de estrategias para mejorar el rendimiento de los alumnos que ingresan a la Facultad. Se ha observado un notable aumento en los problemas que tienen los alumnos ingresantes, que se evidencian por los repetidos fracasos en sus exámenes, que han sido detectados y descriptos en trabajos previos. (Lage, Cataldi & Denazis, 2000) Por otro lado, y de acuerdo con Tobias (1990), los cursos iniciales en la universidad son responsables de interesar a los alumnos hacia la ciencia, y esto es posible si se enmarca la actividad del aula y fuera de ella en modelos cooperativos/colaborativos. Por ello se llevó a cabo una experiencia con alumnos ingresantes a los cursos de Algoritmos y Programación I. El punto de partida fue el planteo de situaciones problemáticas, debiéndose formar para su resolución pequeños grupos cooperativos que a su vez colaboraran entre si. Las interacciones se daban a través de un software para groupware con uso de foro de discusión, chat y pizarra de mensajes. El tiempo de la experiencia estaba pautado y los docentes realizaban el monitoreo de la misma. En esta primera etapa de la experiencia que se presenta se analizan las interacciones alumno-alumno (AA o par-par) como favorecedoras de los aprendizajes en estos ambientes diferenciadores (Cabero, 2000) o enriquecidos a través de diferentes sistemas simbólicos (Murillo, 2000), que ayudarían a varias de las inteligencias múltiples que cita Gardner (1995) y, a los diferentes estilos de aprendizaje de los estudiantes (Felder y Silverman 1988).Eje: Informática educativaRed de Universidades con Carreras en Informática (RedUNCI

    Ajuste espacial e temporal na Amazônia: reflexões sobre fronteira do capital e des-re-configurações territoriais

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    O objetivo deste artigo é refletir criticamente sobre a tensão entre as configurações territoriais predominantes e alternativas no espaço regional da Amazônia brasileira. Partindo da abordagem de Harvey (2005) sobre a relação entre ajuste temporal e espacial, discute-se a produção capitalista do espaço periférico por meio de um fenômeno específico: a expansão da fronteira do capital na Amazônia. Assim, tomando como base as antigas áreas pertencentes aos municípios de Marabá, Conceição do Araguaia e São Félix do Xingu, primeiro, busca-se revelar a permanência do contínuo movimento da fronteira na mesorregião do Sudeste do Pará, e, em segundo, relacioná-lo ao enfrentamento à produção capitalista do espaço mediante a territorialização de sujeitos não hegemônicos
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