Cardiovascular Risk Factors in End-Stage Renal Disease Patients: The Impact of Conventional Dialysis versus Online-Hemodiafiltration

End-stage renal disease (ESRD) patients present high incidence of cardiovascular (CV) events, which are the most common causes of death in these patients. The occurrence of CV events appears as a consequence of the high prevalence of traditional and non-traditional CV risk factors. Online-hemodiafiltration (OL-HDF) was introduced as a better alternative to conventional dialysis, as it was proposed to be more biocompatible, to increase dialysis efficacy, to reduce the inflammatory response to treatment and to improve patient’s quality of life, contributing to reduce CV and all-cause mortality risk in ESRD. However, data in literature, comparing the effect of OL-HDF with conventional dialysis for clinical CV outcome and all-cause mortality, yielded controversy about those benefits of OL-HFD over standard hemodialysis. A review of the traditional CV risk factors (e.g., arterial hypertension, diabetes mellitus, dyslipidemia, obesity, smoking and advanced age), non-traditional risk factors (e.g., anemia, oxidative stress, hyperphosphatemia, endothelial dysfunction, left ventricular hypertrophy, insulin resistance, high levels of lipoprotein(a) and inflammation) and potential renocardiovascular biomarkers, in the setting of ESRD, is presented. The impact of conventional hemodialysis and OL-HDF on CV risk factors and on the outcome of ESRD patients is also addressed

RISK FACTORS FOR RENAL SCARRING AFTER FIRST FEBRILE URINARY TRACT INFECTION

Introduction: The urinary tract infection (UTI) is one of the most common paediatric infectious diseases and it increases the risk for hypertension and end-stage renal disease. Authors’ aim was to identify risk factors for permanent renal injury after a first febrile urinary tract infection. Methods: Retrospective analysis of clinical, laboratorial and imaging data of children aged 1 to 36 months hospitalized between January 2010 and December 2012 with the first febrile UTI, comparing with late renal scintigraphy results. Results: Seventy seven children were included - 53% female, median age of 5 months, Escherichia coli identified in 95%. Renal scintigraphy, performed after the acute episode, revealed renal scars in 19.5%. Cystourethrography was done in 21 patients and vesicoureteral reflux identified in 3. There was no statistically difference between children with and without renal scarring regarding gender, age, body temperature, C-reactive protein, plasmatic creatinine level, bacteriuria or urine nitrite test, urine bacteria identified, presence of vesicoureteral reflux or recurrence rate of UTI. Conclusions: The authors did not detect any clinical, laboratory or imaging data that may predict progression to renal scarring following a first episode of febrile UTI in children between 1 and 36 months.Introdução: A infeção do trato urinário (ITU) é uma das doenças infeciosas com maior incidência em Pediatria e apre¬senta risco de doença renal crónica e hipertensão arterial. O objetivo dos autores foi identificar os fatores de risco para lesão renal após o primeiro episódio de infeção do trato urinário febril. Métodos: Análise retrospetiva dos dados clínicos, labora¬toriais e imagiológicos de crianças entre os 1 e 36 meses de idade, internados entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012 por primeiro episódio de ITU febril, comparando os resultados finais da cintigrafia renal. Resultados: Foram incluídos 77 doentes, dos quais 53% eram do sexo feminino, com idade mediana de 5 meses e com identificação de Eschericia coli em 95%. A cintigrafia renal revelou cicatrizes renais em 19,5% da amostra. A cistouretro¬grafia miccional seriada realizou-se em 21 crianças, tendo-se identificado refluxo vesicoureteral em 3 doentes. Comparando os casos com e sem cicatrizes renais, não se observaram dife¬renças estatisticamente significativas relativas a género, idade, temperatura corporal, doseamento sérico de proteína C reativa ou creatinina, bacteriúria ou nitritúria, tipo de bactéria identifi¬cada, presença de refluxo vesicoureteral ou taxa de recorrência das infeções do trato urinário. Conclusões: Os autores não detetaram nenhum fator de risco clínico, laboratorial ou imagiológico para progressão para lesão renal após um primeiro episódio de ITU febril em crianças entre 1 e 36 meses

Administração profiláctica de plasma no síndrome hemolítico urémico atípico recorrente

O síndrome hemolítico urémico (SHU) define- se pela ocorrência simultânea de anemia hemolítica microangiopática, trombocitopenia e insuficiência renal aguda. A forma atípica de SHU, ou SHU não associado à toxina shiga like(SHU-não-Stx), ocorre em 10% dos casos na criança e apresenta prognóstico reservado. Os autores apresentam um caso clínico de uma criança com idade actual de cinco anos e oito meses com SHU atípico esporádico, de aparecimento precoce, aos quatro meses de vida, com carácter multirecidivante (seis recidivas). O doseamento sérico do factor H do complemento, a análise molecular dos genes do factor H (SCR 20 — sequenciação, os 19 restantes SCRs e o promotor —SSCP), e da membrane cofactor protein (SCR 1-4, e os 14 exões), a determinação da actividade de ADAMTS 13 e a pesquisa de inibidores foram normais. A biópsia renal revelou lesões glomerulares difusas com tumefecção das células endoteliais e redução dos lúmens capilares. O estudo ultraestrutural evidenciou extensa duplicação das membranas basais das ansas capilares e ausência de depósitos imunes. A doente apresentou boa resposta ao tratamento profiláctico com plasma, efectuado com intervalos de 3 semanas, com ausência de novas recaídas durante os períodos em que efectuou profilaxia (duração total de profilaxia: dois anos e sete meses). Conclui-se que esta forma de tratamento profiláctico se revelou, neste caso, e até à data, segura e eficaz na prevenção das recorrências, pelo que deve ser tida em consideração no tratamento de casos de SHU com perfil recidivante

PEDIATRIC RENAL TRANSPLANTATION: A SINGLE CENTER EXPERIENCE

Introdução: A insuficiência renal crónica terminal está associada a numerosas comorbilidades e a um aumento do risco de mortalidade cerca de 30 vezes superior à população pediátrica geral. O primeiro transplante renal bem sucedido em crianças foi realizado em 1954. Os progressos cirúrgicos e as novas terapêuticas imunossupressoras aumentaram a sobrevida dos doentes e do enxerto renal nos últimos anos. Objetivos: Avaliação da experiência em transplantação renal em idade pediátrica do Centro Hospitalar do Porto nos últimos 30 anos. Métodos: Estudo retrospetivo dos dados epidemiológicos e clínicos dos doentes pediátricos transplantados entre Janeiro de 1984 e Agosto 2013. Foi feita a análise da evolução tempo- real da atividade de transplantação através da comparação da sobrevida do enxerto por décadas de transplantação (1984-89 / 1990-99 / 2000-09 / 2010-13). Foi também comparada a sobre- vida do enxerto em dois grupos etários (0-10 anos ; 11-17 anos) à data da transplantação. Resultados: Cento e trinta e nove doentes (58.3% - sexo masculino) foram submetidos a 147 transplantes renais (6.8% de dador vivo). As anomalias congénitas do rim e trato urinário (56.5%) e as glomerulonefrites (18.4%) foram as causas principais de insuficiência renal. A sobrevida do enxerto não censurada aos 5, 10, 15 e 20 anos foi 84.7%, 71.1%, 60.0% e 51.0% e a sobrevida do doente aos 5, 10, 15 e 20 anos foi 97.9%, 95.9%, 94.7% e 94.7%, respetivamente. A sobrevida do enxerto aumentou ao longo do tempo e a diferença entre as décadas foi estatisticamente significativa (p=0.004). Apesar da melhor sobrevida no grupo com idade superior a 11 anos, a diferença da sobrevida do enxerto entre os grupos etários não foi estatisticamente significativa (p=0.697). Conclusão: Os resultados do Centro Hospitalar do Porto são comparáveis aos dos grandes centros de transplantação renal pediátrica. Observou-se uma melhoria dos resultados ao longo dos anos na nossa Unidade. A existência de um rigoroso processo de acompanhamento poderá ter ajudado a minimizar o impacto negativo da adolescência na sobrevida do enxerto

3D microsimulation of milkruns and pickers in warehouses using SIMIO

To help the Bosch Car Multimedia Portugal in Ferreiros, Braga to reduce its costs (both in time and space) with its warehouse, a micro simulation model is being developed in Simio. Particularly, the tool needs to be able to model pickers riding milkruns to collect containers of products, from a warehouse, to satisfy the needs of the production lines. In this sense, the storage strategy used on the warehouse, the quantity of requests a picker gets per shift, the time between shifts, the number of types of products, the arrival rate of requests, and the number of milkruns and pickers needs to be adjustable. Additionally, to design the corridors of the warehouse in a configurable way, an Add-in in C#, using the API of Simio, is being developed. Thus, this paper intends to document the first part of the simulation model developed, which consists on the pickers receiving requests and riding their milkruns to collect the respective containers from the warehouse. Five different Simio models compose the main simulation model. Conclusions and future work are discussed.This work has been co-supported by SI I&DT project in joint-promotion nº 36265/2013 (HMIEXCEL - 2013-2015 Project) and by FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia in the scope of the project: PEst-OE/EEI/UI0319/2014

Neutrophil activation and resistance to recombinant human erythropoietin therapy in Hemodialysis Patients

The aim of this work was to evaluate the neutrophil activation state in chronic kidney disease (CKD) patients under hemodialysis, and its linkage with resistance to recombinant human erythropoietin (rhEPO) therapy. Methods: We studied 63 CKD patients under hemodialysis and rhEPO treatment (32 responders and 31 non-responders to rhEPO therapy). In 20 of the CKD patients (10 responders and 10 non-responders to rhEPO therapy), blood samples were also collected immediately after dialysis. Twenty-six healthy volunteers were included in a control group. Hemoglobin levels, total and differential leukocyte counts, and circulating levels of C-reactive protein (CRP), elastase and lactoferrin were measured in all patients and controls. Results: Compared with controls, CKD patients presented with significantly higher CRP, neutrophil and elastase levels. When we compared the 2 groups of patients, we found that non-responders presented statistically significantly higher elastase plasma levels. A positive significant correlation was found between elastase levels and weekly rhEPO dose and CRP serum levels. After the hemodialysis procedure, a statistically significant rise in elastase, lactoferrin and, elastase/neutrophil and lactoferrin/neutrophil ratios were found. Conclusions: Our data show that CKD patients under hemodialysis present higher elastase levels (particularly in non-responding patients), which could be related to the rise in neutrophils, and to be part of the enhanced inflammatory process found in these patient

Changes in red blood cells membrane protein composition during hemodialysis procedure

Our aim was to evaluate the influence of the hemodialysis (HD) procedure in red blood cells (RBC) membrane protein composition. We evaluated hematological data (RBC count, hemoglobin concentration, and hematimetric indices) and RBC membrane protein composition (linear and exponential gradient polyacrylamide gel electrophoresis in the presence of sodium dodecylsulfate [SDS-PAGE] followed by densitometry analysis of RBC membrane proteins) before and immediately after the HD procedure in 20 patients (10 responders and 10 non-responders to recombinant human erythropoietin therapy [rhEPO]) and 26 healthy controls. Before HD, patients presented anaemia and significant changes in membrane protein composition, namely, a statistically significant reduction in spectrin associated with a significant increase in bands 6, as well as an altered membrane protein interaction (protein 4.1/spectrin, protein 4.1/band 3, protein 4.2/band 3 and spectrin/band 3). After HD, we found that patients showed a statistically significant increase in RBC count and hemoglobin, a further and statistically significant decrease in spectrin, an increase in band 3, and an altered spectrin/band 3 ratio. When comparing responders and non-responders patients after HD, we found that the non-responders presented a trend to a higher reduction in spectrin. Our data suggest that HD procedure seems to contribute to a reduction in spectrin, which is normally associated with a reduction in RBC deformability, being that reduction in spectrin is higher in non-responder patients