15 research outputs found

    A morte do livro? Notas sobre a história da leitura na era da dispersão

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    What is the point of reading in the contemporary world? How does one write the history of this practice, reading, that, until the end of the twentieth century, was intertwined with the very material forms that defined it, such as the book, newspaper and magazine? In the age of digital media and virtual readership, what are the vestiges of reading that will be left as its testimony? Far from answering these questions, these notes bring together some concerns and point to some methodological hypotheses.¿Cómo se puede escribir la historia de esta práctica —la lectura— que, hasta el final del siglo XX, se entrelaza con las formas materiales que la definían, como el libro, los periódicos o las revistas? En la era de los medios digitales y lectores virtuales, ¿cuáles son los vestigios que quedarán como testimonio de la lectura? Lejos de responder a estas preguntas, en estas notas se relatan algunas de las preocupaciones del autor sobre el tema y se apuntan algunas hipótesis metodológicas.Qual o sentido da leitura no mundo contemporâneo? Como escrever a história dessa prática que até o final do século XX se relacionava com formas materiais que a definiam, como o livro, o jornal e a revista? Na era dos suportes digitais e da virtualidade, quais os vestígios da leitura que serão legados como testemunhos dela? Longe de responder essas questões, estas notas reúnem algumas inquietações e apontam para algumas hipóteses metodológicas

    Satura, saturae: itinerários do misto (preceptivas do poema herói-cômico no mundo luso-colonial)

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    Course of the satirical genre tradition, since its emergence in ancient Greece to its practice in the literate world of Portugal in the eighteenth century, aiming to indicate possible ways to replenish the precepts that guided especially the hero-comic poem, satirical subgenre with significant production in Portugal and Portuguese America.Percurso da tradição do gênero satírico, desde seu surgimento na Grécia antiga até sua prática no universo letrado do século XVIII luso-colonial, objetivando indicar caminhos possíveis para a reconstituição das preceptivas que orientaram especialmente o poema herói-cômico, subgênero satírico com expressiva produção em Portugal e na América portuguesa

    Estética da recepção e história da literatura

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    ZILBERMAN, Regina. Estética da recepção e história da literatura

    O épico gonzaguiano e o naufrágio da jangada de pedra: história e retórica na epopeia de Tomás Antônio Gonzaga

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    On September 2, 1802, the Marialva, a Portuguese career ship, was shipwrecked in Mozambique, with a total of 136 deaths. The tragedy was the theme of Tomás Antônio Gonzaga (1744-1810), who was depleted in Africa for his involvement with the Inconfidência Mineira, in an epic of which few fragments are restored, transcribed by Ronald Polito de Oliveira and published by Edusp in 1995. There are possible relationships between the poem and its context, but without falling into the temptation to make this epic a “portrait” of the time. That is, the historical facts represented in this work have an autonomy arising from the treatment of the rhetorical conventions of the time that characterize the composition of this epic. This text tries to demonstrate.No dia 2 de setembro de 1802 naufragava, na costa de Moçambique, o Marialva, navio de carreira português, com o saldo de presumíveis 136 mortes. A tragédia foi tematizada por Tomás Antônio Gonzaga, degredado para a África por seu envolvimento com a Inconfidência Mineira, num épico dos quais restauram poucos fragmentos. Há relações possíveis entre o poema e seu contexto, mas sem cair na tentação de fazer desse épico um “retrato” da época. Isto é, os fatos históricos representados nessa obra têm uma autonomia decorrente do tratamento das convenções retóricas da época que caracterizam a composição desse épico. É o que o presente texto tenta demonstrar

    Promessa ou conquista? Virgílio e a bandeira de Minas Gerais (1788-1963)

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    A Inconfidência Mineira é o único episódio do passado colonial que figura no calendário cívico brasileiro como um feriado. Além de associada à figura de Tiradentes, não por acaso oficialmente assemelhada à imagem de Cristo, a bandeira que os inconfidentes teriam esboçado acabou oficializada em 1963 na forma hoje conhecida e tornou-se outro símbolo da conjura eleita como instante fundador da emancipação nacional. Porém, o lema que a compõe – Libertas quæ sera tamen – necessitava de exame mais acurado e de uma compreensão mais precisa da intenção dos inconfidentes, em especial Alvarenga Peixoto, ao escolher esse fragmento das Éclogas de Virgílio (1.27), correntemente traduzido como “Liberdade, ainda que tardia”. Este artigo propõe outra tradução – e, portanto, nova interpretação para esse fragmento

    Promessa ou conquista? Virgílio e a bandeira de Minas Gerais (1788-1963)

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    The Inconfidência Mineira (Minas Conspiracy) is the only episode of the colonial past that appears on the Brazilian civic calendar as a holiday. In addition to being associated with the image of Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier), not by random officially resembling the image of Christ, the flag which the conspirators would have sketched has become official in 1963 in the form known nowadays and has become another symbol of the conspiracy elected as the founding moment of national emancipation. However, its motto – Libertas quæ sera tamen – needed a more accurate examination and a more precise understanding of the intentions of the conspirators, especially Alvarenga Peixoto, who chose this fragment of Vergil’s Eclogues (1.27), currently translated as follows: “Liberty, albeit late”. This article proposes another translation and therefore a new interpretation for that fragment. A Inconfidência Mineira é o único episódio do passado colonial que figura no calendário cívico brasileiro como um feriado. Além de associada à figura de Tiradentes, não por acaso oficialmente assemelhada à imagem de Cristo, a bandeira que os inconfidentes teriam esboçado acabou oficializada em 1963 na forma hoje conhecida e tornou-se outro símbolo da conjura eleita como instante fundador da emancipação nacional. Porém, o lema que a compõe – Libertas quæ sera tamen – necessitava de exame mais acurado e de uma compreensão mais precisa da intenção dos inconfidentes, em especial Alvarenga Peixoto, ao escolher esse fragmento das Éclogas de Virgílio (1.27), correntemente traduzido como “Liberdade, ainda que tardia”. Este artigo propõe outra tradução – e, portanto, nova interpretação para esse fragmento.

    Percursos semântico, etimológico e geolinguístico de um regionalismo: a história da palavra “pagela”

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    At least in the schools of the Brazilian state of Acre, the word pagela means ‘attendance list’ or the act of ‘taking attendance’. In its original Latin meaning, however, pagella is a ‘small page’. This article attempts to describe this word’s journey until it reached the schools of northern Brazil and gained its current meaning. It will also attempt to explain why pagela never became widespread in Brazil; actually, the meaning has only been residually retained. Pagela appeared in the dictionaries of Portuguese language in the late sixteenth century, meaning ‘installment’ or ‘tranche’. Examining the available evidence, the aim of this paper is to present a few etymological and historical hypotheses as to how pagela came to acquire its specific meaning in a school context. It is argued that much has to do with the activities of the Catholic Church, envisaged both as an institution and as manager of the Brazilian schooling system, which developed intense missionary and schooling activities in the Amazon region.Ao menos no Acre, a palavra “pagela” é, nas escolas, sinônimo de “lista de presença” ou “chamada”. Quando se verifica sua origem latina, entretanto, o vocábulo designa “pequena página”. Este artigo tenta descrever a trajetória que a palavra percorreu até chegar nas escolas do Norte do Brasil com o significado atual e por que o vocábulo não se generalizou no Brasil, permanecendo residualmente com essa acepção, embora apareça em dicionários da língua portuguesa, desde fins do século XVI, significando “prestação” ou “parcela”. Ainda que não de forma cabal, propõe algumas hipóteses etimológicas e históricas para explicar o uso de “pagela” em ambiente escolar, cuja via de ingresso, ao que tudo indica, é a Igreja (tanto como instituição quanto como gestora do sistema escolar brasileiro), com sua intensa atuação missionária e educadora na Amazônia

    Os almotacéis do bom gosto: a boa poesia no Setecentos português, segundo ela mesma

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    RESUMO Para compreender a poesia árcade produzida em Portugal e na América portuguesa durante a segunda metade do século XVIII e as duas primeiras décadas do XIX, é indispensável conhecer alguns pressupostos que lhe foram contemporâneos, se se quer evitar o anacronismo. Entre esses pressupostos, objeto de intenso debate naquele tempo, está o de “bom gosto”, expressão cujo significado está associado à ideia de “verdade” - tal como, por sua vez, esta era filosoficamente entendida, isto é, como “racional”. Ora, essa racionalidade vai ao encontro da modernização conservadora pombalina - não por acaso, patrocinadora dessa nova prática poética, posteriormente chamada de “arcadismo”

    Satura, saturæ: mixed itineraries (perceptive of hero-comic poem in Portuguese-colonial world)

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    Course of the satirical genre tradition, since its emergence in ancient Greece to its practice in the literate world of Portugal in the eighteenth century, aiming to indicate possible ways to replenish the precepts that guided especially the hero-comic poem, satirical subgenre with significant production in Portugal and Portuguese America

    The death of the library? The place of the book and the reader at the time of dispersion

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    With the immateriality of the book, which is its place in contemporary society? Does the library, as a repository of books make sense when the word became ubiquitous and virtually capable of being read at any point on earth? If the book exists as such only when it is read, what does it mean the reading today
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