63 research outputs found

    Escravidão no México

    Get PDF

    Um cartógrafo rebelde? José Joaquim da Rocha e a cartografia de Minas Gerais

    Get PDF
    Em 1789, foram descobertos os planos da Inconfidência que abalou a capitania de Minas Gerais, centro de produção aurífera do império português. José Joaquim da Rocha, cartógrafo e militar português, um dos suspeitos de tomar parte neles, foi acusado por alguns dos réus de ter fornecido seus mapas para subsidiar o levante. Apesar de declarar-se inocente, a análise de cinco mapas da capitania, feitos por ele, revelam ter o espaço colonial uma conformação geográfica que ameaçava as ligações de dependência entre a colônia e metrópole.In 1789, the plans of a conspiracy to create an independent nation - known as Inconfidência Mineira - were disclosed and shook the Captaincy of Minas Gerais, which was the center of gold mining activity under the Portuguese Empire. José Joaquim da Rocha, a cartographer and member of the Portuguese armed forces, was suspected of taking part in the plot following accusations by some of the defendants that he had supplied maps of his own authorship to support the uprising. Notwithstanding his pleas of innocence, our analysis of five of his maps of that captaincy revealed that the geographic conformation of the colonial territory threatened the relationship of dependency between the colony and the metropolis

    Novas tendências da historiografia sobre Minas Gerais no período colonial

    Get PDF
    Este texto pretende analisar a produção historiográfica sobre a capitania das Minas Gerais produzida a partir dos anos 1980, o que aqui denomino “Historiografia sobre Minas Gerais”. Esse momento recente da historiografia colonial mineira foi inaugurado com o livro Desclassificados do ouro, de autoria de Laura de Mello e Souza. Pretende-se mapear os temas hegemônicos, as tendências e os recortes teóricos utilizados, destacando a produção acadêmica realizada pelospesquisadores, especialmente os brasileiros. O texto aponta para a pluralidade das temáticas, fontes e interpretações como característica dessa produção e que a originalidade das novas interpretações ocorreu num contexto de ampla renovação metodológica característica dos estudos históricos no Brasil nas últimas décadas. O texto também procura apontar os novos rumos, as tendências e os contrastes dessa produção historiográfica recente

    The Different Brazils in Abbé Raynal's Histoire des Deux Indes

    Get PDF
    Este artigo compara e analisa a parte sobre o Brasil na Histoire philosophique des établissements et du commerce des Européens dans les deux Indes, de Guillaume Thomas François Raynal, nas edições de 1770, 1774 e 1780. Pretende-se confrontar as ideias difundidas pela historiografia corrente sobre esta que foi a obra setecentista mais lida à época, com os juízos que, nas suas várias edições, vão surgindo acerca da América portuguesa. Para efeito, recortou-se alguns temas: primeiramente, os habitantes e os povoadores desse Novo Mundo, isto é, ameríndios, depois, negros e portugueses criolos - colonos nascidos no Brasil de ascendência portuguesa -, e, por fim, a administração, destacando-se o período pombalino e o Diretório dos Índios. Contra as opiniões mais difundidas, que apresentam a obra como uma "máquina de guerra" disparada contra a opressão e o colonialismo, o discurso de Raynal, particularmente na última edição (1780), menos coerente mas com uma maior riqueza de informações e novos juízos de valor, revela-se surpreendentemente benevolente em relação ao Brasil colonial. Ao contrário dos repetidos lugares comuns, os tópicos da miscigenação dos colonos, da libertação dos índios e da alforria dos escravos, explicação para a ausência de revoltas, antecipam os temas do luso-tropicalismo freyriano.This article compares and analyzes the sections on Brazil in the 1770, 1774 and 1780 editions of Histoire philosophique des établissements et du commerce des Européens dans les deux Indes, by Guillaume Thomas François Raynal. The aim is to contrast the ideas disseminated by the current historiography about this eighteenth-century work, which was the most widely read of its time, with the judgments about Portuguese America that emerge in those editions. In effect, some issues stand out: first, the inhabitants and settlers of this new world, that is, Amerindians, then Blacks and Creole Portuguese - Brazilian-born settlers of Portuguese descent - and finally, its administration, highlighting the Pombaline period and the Indian Directorate. Contradicting the prevalent opinions that see this work as a "war machine" fired at oppression and colonialism, Raynal's discourse, which is less consistent but contains a greater wealth of information and new value judgments, particularly in the last edition (1780), proves to be surprisingly benevolent towards colonial Brazil. Unlike repeated commonplace observations, the topics of the miscegenation of the settlers, the liberation of the Amerindians and the manumission of slaves - an explanation for the absence of revolts - foreshadow the themes of Freyrian Lusotropicalism
    corecore