16 research outputs found

    Alcances e limites da crítica no contexto da cultura política do consumo

    Get PDF
    Consumer culture, whose roots lay in the final decades of the nineteenth century, has been restructuring itself as a political culture of consumption. In this new phase, corporations are taking the place of politics, while the idea of publicness is concomitantly weakened by consumer culture itself. In this context, this article questions the scope and limits of criticism, focusing on protests that erupted in Brazil, especially in June 2013. It is suggested that these protests can be analyzed from the perspective of a double movement of the political culture of consumption, i.e., both in the way in which they were expressed and how they were, and still are, interpreted by the various media, advertisers and academics. At the end, the idea of democratization by consumption is discussed, at the center of which can be found a crisis of democracy itselfA cultura do consumo, cujas raízes estão nas décadas finais do século XIX, vem se reestruturando sob a forma de uma cultura política do consumo. Nesta nova fase, as corporações vêm assumindo o lugar da política, concomitantemente ao enfraquecimento da noção de público a que essa própria cultura do consumo levou. Este artigo interroga os alcances e limites da crítica nesse contexto, com foco nos protestos que eclodiram no Brasil, em especial em junho de 2013. Sugere-se que esses protestos podem ser analisados a partir da perspectiva da cultura política do consumo em seu duplo movimento: na forma mesma em que se manifestaram; e na maneira como foram e ainda vêm sendo ressignificados pelos diferentes meios midiáticos, publicitários e acadêmicos. Discute-se, ao final, a ideia da democratização pelo consumo, no centro da qual pode se descortinar uma crise da própria democracia

    Educação e imagens na sociedade do espetáculo: as pedagogias culturais em questão

    Full text link
    O artigo analisa as razões pelos quais a cultura de imagens se faz presente nos agentes simbólicos da atual cultura, fomentando experiências e estratégias educativas que se difundem para além das fronteiras da educação formal. A hipótese é a de que toda análise crítica dirigida às pedagogias culturais viabilizam condições para que as estratégias educacionais também utilizem componentes imagéticos presentes nos agentes simbólicos da cultura. Para tanto, será analisada a cultura das imagens na perspectiva da Sociedade do Espetáculo (2000), e as razões pelas quais a análise crítica das pedagogias culturais se tornam essenciais no campo da educação, desafiando as próprias práticas educacionais atuais

    Resistência e assimilação na cultura das marcas: a resposta corporativa ao movimento “sem logo”

    No full text
    Resumo O objetivo deste artigo é fazer uma crítica à crítica da imagem como proposto pela jornalista canadense Naomi Klein em seu livro Sem logo. Narra as respostas corporativas aos movimentos de protesto contra as marcas publicitárias, tanto no plano da imagem como no da produção do discurso da empresa cidadã. Conclui afirmando que a militância contra as marcas globais foi mais um desdobramento do movimento contracultural iniciado na década de 1960 e aponta para os riscos que tal “estética da resistência” pode trazer para a democracia. Palavras-chave: Marca publicitária; resistência; movimentos antiglobalização; ideologia. Resumen El objetivo de este artículo es hacer una crítica a la crítica de la imagen como es propuesta por la periodista canadiense Naomi Klein en su libro No logo: El poder de las marcas. Narra las respuestas corporativas a los movimientos de protesta contra las marcas publicitarias, tanto en el plano de la imagen como en el de la producción del discurso de la empresa ciudadana. Concluye afirmando que la militancia contra las marcas globales fue un desdoblamiento del movimiento contracultural iniciado en la década de 1960 y señala los riesgos que tal “estética de la resistencia” puede traer a la democracia. Palabras-clave: Marca publicitaria; resistencia; movimientos anti-globalización; ideología. Abstract This article proposes criticism on image criticism offered by Canadian journalist Naomi Klein in her book No logo. The book focuses on corporate answers to protest movements against global brands, exploring both the image plan and the discursive production about citizen-enterprise. The article states that the militancy against global brands was a development from countercultural movement that appeared in the sixties and, finally, points to the risk for democracy in such “resistance aesthetics”. Keywords: Brand; resistance; anti-globalization movements; ideology

    Alcances e limites da crítica no contexto da cultura política do consumo

    No full text
    resumo A cultura do consumo, cujas raízes estão nas décadas finais do século XIX, vem se reestruturando sob a forma de uma cultura política do consumo. Nesta nova fase, as corporações vêm assumindo o lugar da política, concomitantemente ao enfraquecimento da noção de público a que essa própria cultura do consumo levou. Este artigo interroga os alcances e limites da crítica nesse contexto, com foco nos protestos que eclodiram no Brasil, em especial em junho de 2013. Sugere-se que esses protestos podem ser analisados a partir da perspectiva da cultura política do consumo em seu duplo movimento: na forma mesma em que se manifestaram; e na maneira como foram e ainda vêm sendo ressignificados pelos diferentes meios midiáticos, publicitários e acadêmicos. Discute-se, ao final, a ideia da democratização pelo consumo, no centro da qual pode se descortinar uma crise da própria democracia

    Ilusões de modernidade: o fetiche da marca McDonald's no Brasil Illusions of modernity: the fetish of McDonald's' brand in Brazil

    No full text
    Objetiva-se apresentar e discutir as relações atuais entre imagem e entretenimento a partir de pesquisas realizadas sobre a construção da imagem de marca McDonald's e sobre as modernas técnicas de marketing. Visando compreender porque nos tornamos consumidores de imagens, procurou-se recuperar, a partir da própria historia do McDonald's, os acontecimentos econômicos, sociais, culturais, políticos, que teriam nos transformado em uma sociedade na qual "estar na imagem é existir". Embora trágica em seu sentido de fundo, essa perda da forma nos é compensada por imagens de diversão e felicidade que as marcas nos transmitem. Ao final, questiona-se o alcance global dessa promessa a partir de uma digressão sobre o Brasil: como a marca McDonald's nos fornece as imagens para uma certa constituição identitária; e o seu nome para um sentimento de permanência? Como falar de "identificação" com uma marca que, aparentemente, não teria uma relação histórica e cultural com o Brasil?<br>This article presents and discusses the current relationship between image and entertainment, based on the results of research studies on the constitution of McDonald's' brand image all over the world and contemporary marketing. Aiming to understand why we have become image consumers, those studies tried to recover, based on McDonald's history, economical, social, cultural, and political events that have lead us towards an obsessed image society, in which, "being in the image is the same as existing". Although tragic in its bottom line, that inexistence of form is compensated to us by amusement and happiness images conveyed by the brands. Finally, the research questions the global reach of that promise, starting from a digression on Brazil: how does McDonald's' brand supply us images for a certain identity constitution; and its brand name for a permanence feeling? How is it possible to speak of "identification" with a brand that, seemingly, would not have a historical and cultural relationship with Brazil

    O mundo de Ronald McDonald: sobre a marca publicitária e a socialidade midiática The world of Ronald McDonald: on the trademark and the mediatic sociality

    Get PDF
    O palhaço Ronald McDonald -- uma das imagens de marca da Corporação McDonald's -- é tomado como paradigma para pensarmos as relações entre mercado, mídia e entretenimento, as quais tem uma ligação direta com o que estamos conceituando como "socialidade midiática". Enquanto uma metáfora ideal de uma propaganda que parece não querer mais fazer sentido, a história do palhaço nos permite desvendar os sentidos contidos em duas das principais práticas do marketing moderno, a propaganda e a publicidade, revelando-nos como, entre o nonsense da propaganda contemporânea e uma publicidade que fundiu realidade e ilusão, há uma relação visceral entre mídia e publicidade, que estabelece uma nova forma de comunicação, na qual o sujeito torna-se apenas um meio para fins que ele sabe quais são, mas, paradoxalmente, age como se não soubesse. Tal paradoxo é revelador de uma forma de subjetividade profundamente marcada pela mídia enquanto agente socializador, na medida em que a atuação da mídia como mediador da socialidade contemporânea acabou por alterar o nosso universo perceptivo, saturando o nosso imaginário de uma forma radicalmente nova. Some-se a isso o fato de que a "socialidade midiática" implica uma nova forma de representação do sujeito no registro do "espetáculo", no sentido de que "estar na imagem é existir". Desnecessário dizer o quanto essas questões precisam ser contempladas pelos estudos contemporâneos sobre os processos de socialização e o quanto são desafiadoras para aqueles que atuam no universo da educação.<br>The clown Ronald McDonald -- one of the trademarks of the McDonald's Corporation -- is taken as a paradigm to reflect upon the relations between market, media, and entertainment, which have a direct link with what we define as "mediatic sociality". As an ideal metaphor of an advertising that no longer seems to attempt to make sense, the story of the clown allows us to unveil the meanings contained in two of the main practices of modern marketing, the advertisement and the publicity, revealing how, between the nonsense of contemporary advertising and a publicity that has fused illusion and reality, there is a vital relationship between media and publicity, that establishes a new form of communication in which the subject becomes only a means to ends that he/she knows about, but paradoxically acts as if he/she ignored them. Such paradox is revealing of a form of subjectivity profoundly marked by the media as a socializing agent, in the sense that the role of the media as a mediator of contemporary sociality had the effect of altering our perceptive universe, saturating our imaginary in a radically new way. In addition to that, the "mediatic sociality" implies a new form of representation of the subject in the record of the "spectacle", in the sense that "to be in the image is to exist". Needless to stress how much these issues must be included in contemporary studies about the processes of socialization, and how challenging they are to those that work within the universe of education
    corecore