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    Inatividade física no lazer e outros comportamentos de risco à saúde em trabalhadores do setor industrial no Brasil

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    Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2010Este estudo teve como objetivo analisar a inatividade física no lazer (IFL) e outros comportamentos de risco à saúde-CRS (tabagismo, consumo elevado de bebidas alcoólicas e consumo insuficiente de frutas/verduras), por meio de análise secundária dos dados do Projeto Estilo de vida e hábitos de lazer de trabalhadores da indústria. O projeto, desenvolvido pelo Serviço Social da Indústria (SESI) em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Atividade Física e Saúde (NuPAF/UFSC), incluiu uma amostra de 2.775 empresas e 47.477 trabalhadores das indústrias de 24 departamentos regionais do SESI (23 estados brasileiros e o Distrito Federal). Trata-se de um estudo descritivo, de base populacional, realizado por meio de inquérito epidemiológico transversal. O tamanho da amostra foi calculado para cada Departamento Regional, considerando-se a distribuição dos trabalhadores em empresas de grande (500 ou mais trabalhadores), médio (100 a 499) e pequeno porte (20 a 99). Os dados foram coletados, em 2004 e no período de 2006-2008, por meio de um questionário previamente validado. Observou-se que a maior parte dos trabalhadores da indústria é do sexo masculino (69,2%), com idade menor que 30 anos, casado, com grau de escolaridade equivalente ao ensino médio completo e renda familiar mensal entre R601,00eR 601,00 e R 1.500,00. A prevalência de IFL foi 45,4%, sendo mais frequente entre as mulheres, os indivíduos com 40 anos ou mais, os casados, os residentes na região Nordeste e os com menor escolaridade. A prevalência de tabagismo foi 13%, sendo maior entre os homens, os indivíduos com 40 anos ou mais, os casados, os trabalhadores da região Norte, os com menor escolaridade e os menor renda familiar mensal. O consumo elevado de bebidas alcoólicas foi de 32,9%, com maior prevalência entre os homens, os trabalhadores com idade entre 30 e 39 anos, os trabalhadores não casados, com ensino fundamental completo, com maior renda familiar mensal e os residentes na região Nordeste. Referiram consumo insuficiente de frutas/verduras (menos de cinco dias por semana) 35,4% dos trabalhadores, com maior prevalência entre os homens, os trabalhadores com menos de 30 anos de idade, os não casados, os residentes na região Norte, com menor escolaridade e aqueles com menor renda familiar mensal. Quanto à associação da IFL e outros CRS, tanto entre os homens como entre as mulheres, verificou-se maior probabilidade de inatividade física no lazer entre os fumantes e entre aquelas com consumo insuficiente de frutas e/ou verduras. Na simultaneidade de CRS, pouco mais de um quinto da população não apresentou nenhum CRS estudado. A prevalência de um CRS nos homens foi de 39%, com maior frequência de consumo elevado de bebidas alcoólicas. Entre as mulheres, a proporção com um CRS foi de 45,5% com maior frequência da IFL. A presença de todos os comportamentos inadequados foi observada em menos de 2% dos homens e 1% das mulheres. As chances dos homens apresentarem um CRS foi maior nos que tinham entre 30 e 39 anos e naqueles com maior renda familiar. Para dois ou mais CRS, a maior chance de ocorrência foi nos homens mais velhos, naqueles que residiam na região Norte e, discretamente, naqueles de renda intermediária. Nas mulheres, as chances de ter um CRS foi maior nas residentes em outras regiões em comparação às residentes na região Sul. Dois ou mais CRS também se associou às regiões, à faixa etária e à escolaridade. Observouse que o CRS mais prevalente entre as mulheres foi a IFL (60,6%), seguido pelo consumo insuficiente de frutas/verduras (30,6%). Para os homens, três CRS tiveram prevalências semelhantes: consumo elevado de bebidas alcoólicas, 39,1%; IFL, 38,8% e consumo insuficiente de frutas/verduras, 37,4%. As características demográficas e socioeconômicas diferiram entre os grupos de maior prevalência nos CRS investigados

    Atividade física habitual e outros comportamentos relacionados à saúde dos servidores da Universidade Federal de Santa Catarina: tendência secular 1994-2004

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    Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos. Programa de Pós-Graduação em Educação Física.O objetivo do estudo foi realizar um levantamento de indicadores de saúde, hábitos de atividade física e aptidão física relacionada à saúde dos servidores (docentes e técnico-administrativos) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e comparar com o estudo realizado em 1994, nesta população. A amostra foi selecionada através de técnica aleatória estratificada e incluiu 484 servidores (165 docentes e 319 técnico-administrativos). Destes, 172 servidores participaram dos testes de aptidão física relacionada à saúde. Para coleta de dados, utilizou-se: questionário adaptado do estudo de 1994; medidas antropométricas e testes de aptidão física relacionada à saúde. Foram utilizados para análise dos dados, os programas SPSS para Windows e EpiCalc. A média de idade dos servidores foi de 45,24 anos (DP=7,75), 60,1% são casados, 82,2% pertencentes aos níveis socioeconômicos A/B e 83,4% relataram estarem satisfeitos no trabalho. A maioria dos servidores (83,3%) tem uma percepção positiva de saúde, superior aos dados de 1994. Aproximadamente 60% dos servidores relataram estarem insatisfeitos com o peso corporal e gostariam de diminuí-lo. Metade dos servidores encontra-se com IMC na faixa recomendável para a saúde, sendo os homens os que apresentam maior proporção de sobrepeso e obesidade. Houve uma tendência de aumento de homens com sobrepeso e obesidade de 1994 para 2004. A prevalência de fumantes foi de 14,1% significativamente menor que 1994 (21%), principalmente entre os técnicos administrativos. O consumo de mais de cinco doses de bebidas alcoólicas foi referido por 12%, proporção maior entre os homens e os docentes, em comparação as mulheres e os servidores técnico-administrativo, respectivamente. Os técnicos administrativos de 2004 diminuíram o consumo de álcool comparando com os 1994. A percepção positiva na qualidade do sono foi relatada por 79,4% dos servidores e em 1994 os servidores tiveram uma percepção mais positiva. Identificou-se que 14% dos servidores sentem-se estressados, resultados semelhantes aos de 1994 e os docentes do sexo feminino revelaram níveis mais altos de estresse. Os servidores técnico-administrativos do sexo masculino são os sujeitos com hábitos alimentares mais negativos. Quantos aos hábitos de atividade física habitual, foram considerados insuficientemente ativos 60% dos servidores. A maioria dos técnicos administrativos e das mulheres está em níveis insuficientemente ativos, confirmando os resultados de 1994. Nas atividades físicas diárias, os servidores passam a maior parte do tempo em atividades leves e moderadas. Diferente de 1994, em que os servidores passavam a maior parte do tempo em atividades leves. Relataram não incluir a prática regular de exercícios físicos ou esportes, 44,2% dos servidores, sendo a prevalência de servidores inativos no lazer inferior a 1994 (59,5%). Os servidores preferem utilizar o transporte passivo como meio de deslocamento para UFSC. Apesar das limitações devido à baixa representatividade da amostra na avaliação da aptidão física relacionada à saúde, indicou uma tendência a níveis melhores de cardiorrespiratório e resistência muscular, mas não para flexibilidade. Na razão cintura-quadril, aproximadamente um quinto dos servidores estão em condição de risco aumentado para doenças. Dados semelhantes a 1994 foram observados nos resultados do somatório das cinco dobras cutâneas. Não houve inter-relação entre atividade física habitual, IMC, fumo e consumo ocasional exagerado de álcool. Atividade física habitual foi associada negativa ao consumo de álcool, ao nível de estresse e ao consumo de frutas/sucos naturais e saladas verdes/verduras

    Inactive commuting to work and associated factors in industrial workers

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    O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência e identificar fatores associados à inatividade física nos deslocamentos para o trabalho em trabalhadores da indústria do Estado de Pernambuco, Brasil. Dados para realização desse estudo transversal foram coletados numa amostra com 1.910 trabalhadores mediante utilização de questionário previamente validado. Informações sobre a prática de atividades físicas nos deslocamentos foram obtidas pelo tempo despendido e pelo modo como os sujeitos relataram que se deslocavam para ir ao trabalho, na maioria dos dias da semana. Análise dos dados foi realizada por regressão logística binária com modelagem hierárquica. Verificou-se que 84,2% dos trabalhadores são fisicamente inativos nos deslocamentos para o trabalho. Após ajustamento para fatores demográficos, socioeconômicos e outros fatores relacionados à saúde, observou-se tanto em homens quanto em mulheres que a renda familiar e o porte da empresa estavam diretamente associados à inatividade nos deslocamentos para o trabalho. Nos homens, a inatividade nos deslocamentos estava também diretamente associada à escolaridade e à diabetes autorreferida. Concluiu-se que a prevalência de deslocamento inativo é alta e está associada a fatores individuais, sociais e organizacionais.This study analyzed the prevalence of and identified the factors associated with inactive commuting to work among industrial workers from Pernambuco, Brazil. Data for this cross-sectional study were gathered from a sample of 1,910 industrial employees by using a previously validated questionnaire. The measure of inactive commuting to work was based on self-reported time and mode of transportation to work on most days of a typical week. Data analysis was carried out through binary logistic regression using a hierarchical approach to include variables in the model. It was observed that 84.2% of workers were inactive commuters. After adjustment for demographic, socio-economic, and other health-related factors in both men and women, it was found that family income and company size were directly associated with inactive commuting to work. Moreover, among men, inactive commuting was directly associated with schooling level and was associated with a diagnosis of diabetes. It was concluded that the prevalence of inactive commuting to work was high and directly associated with individual, social, and organizational factors

    Deslocamento para o trabalho e fatores associados em industriários do sul do Brasil

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    Cross-sectional study that aimed to estimate the prevalence of forms of commuting to and from work and to identify factors associated among industrial workers in the State of Rio Grande do Sul, southern Brazil. A total of 2,265 workers completed a questionnaire on the forms of commuting to and from work (walking/biking, bus or car/motorcycle). Multinomial logistic regression was used to estimate the association between the outcome and sociodemographic, occupational and behavioral variables. The main form of commuting to and from work was by bus (45.7%). Workers with higher socioeconomic condition were more likely to engage in passive commuting.Estudio transversal buscando estimar la prevalencia de las formas de desplazamiento para el trabajo e identificar factores asociados en trabajadores del Estado do Rio Grande do Sul (sur de Brasil). Un total de 2.265 trabajadores respondieron cuestionario sobre la forma de desplazamiento utilizado para ir al trabajo: caminata/bicicleta, autobús o en carro/moto. Para estimar la asociación entre el resultado y variables sociodemográficas, ocupacionales y conductual se utilizó la regresión logística multinomial. El principal medio de desplazamiento para el trabajo fue el autobús (45,7%). Trabajadores con mayor condición socioeconómica tuvieron mayor probabilidad de desplazarse de forma pasiva.Estudo transversal visando estimar a prevalência das formas de deslocamento para o trabalho e identificar fatores associados em trabalhadores do Estado do Rio Grande do Sul. Um total de 2.265 trabalhadores responderam questionário sobre a forma de deslocamento utilizado para ir ao trabalho: caminhada/bicicleta, ônibus ou de carro/moto. Para estimar a associação entre o desfecho e variáveis sociodemográficas, ocupacionais e comportamental foi utilizada a regressão logística multinomial. O principal meio de deslocamento para o trabalho foi o ônibus (45,7%). Trabalhadores com maior condição socioeconômica tiveram maior probabilidade de deslocamento passivo

    Associação entre fatores precoces e prática de atividade física referidas pelos pais em crianças de 5 a 7 anos / Association between early life factors and physical activity of practical reported by parents of children of 5 to 7 years old

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    Objetivo: Verificar se existe associação entre fatores precoces e indicadores de atividade física (AF) referida pelos pais em crianças de cinco a sete anos de idade. Métodos: Estudo transversal realizado com 784 crianças de escolas públicas e privadas do Recife-PE. Dados sobre fatores precoces e os indicadores de prática de AF foram coletados mediante questionário administrado na forma de entrevista com as mães/pais das crianças. Para análise dos dados foi empregado à regressão logística binária. Resultados: Verificou-se que as crianças que foram amamentadas exclusivamente ao seio por >6 meses tinham menos chance de apresentarem baixo nível de participação em jogos e brincadeiras ao ar livre, mas somente quando as mães relataram trabalhar durante a gestação (OR: 0,28; IC95%:0,11-0,68; p<0,02). Identificou-se que as crianças nascidas pré-termo e aquelas mais novas apresentavam menos chance de se deslocarem inativamente para a escola quando comparadas às a termo e a crianças mais velhas (primeiro filho) (OR: 0,51; IC95%: 0,29-0,89; p<0,02). As crianças nascidas pré-termo tinham duas vezes mais chances de não participarem de atividades físicas estruturadas em comparação às a termo (OR: 2,32; IC95%: 1,36-3,95; p<0,01). Conclusão: Os fatores precoces foram associados à prática de atividade física em crianças de cinco a sete anos de idade.

    Relationship between physical activity and BMI with level of motor coordination performance in schoolchildren

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    International studies have shown that motor coordination was inversely associated with adiposity, and directly associated with other health outcomes. However, there are few national studies addressing this issue and the results are divergent. The aim of this study was to analyse the relationship between physical activity and body mass index (BMI) with the level of motor coordination performance in children. This cross-sectional study was performed with children aged 5-7 years old. The level of motor performance was evaluated by normative data of the motor quotients assessed by KTK test. BMI was calculated by body weight and height. The level of physical activity was assessed by a questionnaire applied by interviewers with parents. Statistical analysis was performed by Spearman and Pearson test, and multiple linear regression. The sample included 665 children with mean age of 6.29 (± 0.75) years old, and 52.6% were male. It was verified which total motor quotient (TMQ) was directly related to physical activity score (0.096; p = 0.013) and inversely related to BMI (-0.284; p<0.001). The relationship between BMI and TMQ was moderated by family income. BMI was inversely related to the level of motor performance, and the score of physical activity was directly related to the level of motor performance in children in a higher family income

    Preocupações pedagógicas e profissionais de formandos em Educação Física do sul do Brasil

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    O objetivo deste trabalho foi investigar as principais preocupações pedagógicas e profissionais de acadêmicos dos últimos semestres (7º e 8º) do curso de Educação Física (EF). A amostra deste estudo descritivo exploratório de corte transversal, foi constituída de 99 estudantes, sendo 45 homens e 54 mulheres, com média de idade de 23,81 anos (DP=3,9) de três Instituições de Ensino Superior (IES) do Sul do Brasil. Para a mensuração das preocupações pedagógicas, fez-se uso do Questionário adaptado de Matos et. al. (1991) que separa as preocupações em três domínios (preocupações consigo próprio, com a tarefa e com o impacto). Verificou-se que as mulheres apresentaram valores superiores em relação aos homens em todos os domínios, o que demonstra um maior nível de preocupação por parte das mulheres, sendo as médias estatisticamente diferentes na média geral dos domínios e também em relação aos domínios "preocupação consigo próprio" e "preocupação com a tarefa". Comparando-se o nível de preocupação dos sujeitos do estudo quanto à cada domínio, observa-se uma maior preocupação com o domínio " impacto", tanto no sexo masculino, quanto no feminino

    Inatividade nos deslocamentos para o trabalho e fatores associados em industriários

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    O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência e identificar fatores associados à inatividade física nos deslocamentos para o trabalho em trabalhadores da indústria do Estado de Pernambuco, Brasil. Dados para realização desse estudo transversal foram coletados numa amostra com 1.910 trabalhadores mediante utilização de questionário previamente validado. Informações sobre a prática de atividades físicas nos deslocamentos foram obtidas pelo tempo despendido e pelo modo como os sujeitos relataram que se deslocavam para ir ao trabalho, na maioria dos dias da semana. Análise dos dados foi realizada por regressão logística binária com modelagem hierárquica. Verificou-se que 84,2% dos trabalhadores são fisicamente inativos nos deslocamentos para o trabalho. Após ajustamento para fatores demográficos, socioeconômicos e outros fatores relacionados à saúde, observou-se tanto em homens quanto em mulheres que a renda familiar e o porte da empresa estavam diretamente associados à inatividade nos deslocamentos para o trabalho. Nos homens, a inatividade nos deslocamentos estava também diretamente associada à escolaridade e à diabetes autorreferida. Concluiu-se que a prevalência de deslocamento inativo é alta e está associada a fatores individuais, sociais e organizacionais
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