137 research outputs found

    GENERALIZAÇÕES ECOLÓGICAS

    Get PDF
    In recent years, several studies about the issue of the existence and status of laws in ecology have been published. This paper is a review which intends to play the role of a critical study guide to the debates about ecological generalizations. A series of studies about generalizations in ecology are critically discussed, as well as some developments of the epistemological discussion about the status of biological laws in the last fifteen years. My position is that biology has generalizations with some degree of nomic necessity and explanatory and/or predictive power. No matter if they are called ‘laws' or not, they play an important role in the construction of biological knowledge and should be investigated in order to give room to a better understanding of their nature and characteristics. Biological generalizations have a restricted domain of application, and a sufficiently developed theoretical understanding is required in order to reach a general abstract scheme for establishing these domains. Therefore, the construction of ecological (and, generally speaking, biological) theories is the way to establish testable generalizations with explanatory and predictive power. Those are not properties that a statement can have in isolation, but only as a member of an integrated set of assertions or a theoretical network, in which each member helps delimiting the domain of application of every other member. This epistemological conception about the relationships and nature of general statements and theories in biology, and, in particular, ecology, has methodological implications, which are addressed in this study.Nos últimos anos, foram publicados vários trabalhos sobre a questão da existência e do estatuto das leis na ecologia. O presente artigo é uma revisão que pretende servir como um guia de estudo crítico dos debates sobre generalizações ecológicas. Uma série de trabalhos sobre generalizações na ecologia é discutida criticamente, bem como alguns desenvolvimentos da discussão epistemológica sobre o estatuto das leis biológicas dos últimos quinze anos. Minha posição é que a biologia apresenta generalizações com certo grau de necessidade nômica e poder explicativo e/ou preditivo. Sejam ou não chamadas de ‘leis', elas cumprem importante papel na construção do conhecimento biológico e devem ser investigadas, de modo que possamos compreender melhor sua natureza e suas características. As generalizações biológicas têm domínio de aplicação restrito e uma compreensão teórica suficientemente desenvolvida é necessária para que se alcance um esquema geral abstrato para o estabelecimento destes domínios. Assim, a construção de teorias ecológicas (e, em termos gerais, biológicas) é o caminho para estabelecer generalizações testáveis, com poder explicativo e preditivo. Estas não são propriedades que uma proposição pode ter isoladamente, mas apenas como membro de um conjunto integrado de proposições ou uma rede teórica, na qual cada membro ajuda a delimitar o domínio de aplicação de qualquer outro membro. Esta concepção epistemológica sobre as relações e a natureza de proposições e teorias gerais na biologia, e, em particular, na ecologia, tem implicações metodológicas, destacadas ao longo do artigo

    DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES: BIOLOGIA OU CULTURA?

    Get PDF
    DIFERENÇAS ENTRE HOMENS E MULHERES: BIOLOGIA OU CULTURA

    O que está em jogo no confronto entre criacionismo e evolução

    Get PDF
    Lidar com o embate entre perspectivas criacionistas e evolucionis-tas é parte da realidade de muitos professores de biologia. Neste ensaio buscamos caracterizar esse confronto, sugerindo que ele não pode ser carac-terizado como um “debate”. A seguir argumentamos que a perspectiva cria-cionista, quando apresentada como alternativa excludente à evolução, acaba por trazer prejuízos para o ensino de ciências que vão muito além do ensino da biologia. No final oferecemos algumas sugestões para ajudar professores a se posicionarem diante de perspectivas criacionistas

    Gould, Hull, and the Individuation of Scientific Theories

    Get PDF
    A publicação final está disponível no link: http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10699-009-9161-3 ______________________________________________________________________________________ The final publication is available at link: http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10699-009-9161-3Discute a individualização da teoria darwiniana de Gould. Cita-se, para tanto, as teorias minimalista e maximalista além do posicionamento de Hull e Kuhn

    Docentes e investigadores en comunidades virtuales de práctica para el desarrollo profesional docente y la mejoría de la enseñanza de las ciencias

    Get PDF
    En este trabajo, revisamos diferentes propuestas para el desarrollo profesional docente y sus limitaciones, directamente relacionadas con la brecha entre la investigación y la práctica docente. Presentamos luego la idea de las comunidades virtuales de práctica como herramientas útiles para disminuir esa distancia y mejorar así la enseñanza de las ciencias, brindando algunas características a partir de nuestra experiencia en la constitución de una de ellas.In this paper, we review different approaches to teacher professional development and their limitations, directly related to the gap between research and teaching practice. We introduce the idea of virtual communities of practice as a useful tool to reduce that distance and improve science teaching, putting forward some features, based on our experience in setting up one

    Participation in a virtual community of practice designed as a way of bridging the research-practice gap in biological education

    Get PDF
    Este trabalho apresenta resultados relativos à participação numa comunidade virtual de prática (ComPratica) desenhada como ferramenta para diminuir a lacuna pesquisa-prática na educação em biologia. A ComPratica reúne professores do Ensino Médio, licenciandos, pesquisadores e estudantes (graduação e pós-graduação), e inclui fóruns e chats sobre assuntos relacionados ao ensino de biologia. Uma atividade central na comunidade é a construção de pesquisa colaborativa, situada nas condições reais das salas de aula, envolvendo professores e pesquisadores em equipes não hierarquizadas. O sucesso inicial da comunidade é indicado pelo alto nível de participação, envolvendo 25% dos membros; pela diversidade de atividades e temas em seu interior; e pelo desenvolvimento de 8 projetos de pesquisa focados, sobretudo, em questões levantadas pelos professores. Neste artigo, apresentamos a ComPratica, discutimos dados relativos à participação dos membros, às visões dos professores sobre a comunidade, e relatamos achados de uma análise temática das mensagens enviadas em seus fórunsThis paper reports results related to the participation in a virtual community of practice (Com- Pratica) designed as a tool for bridging the research-practice gap. ComPratica gathers in-service high school teachers, preservice teachers, researchers, and graduate and undergraduate students, and include forums and chats about matters related to biological education. A central activity in the community is the construction of collaborative research, situated in real classroom conditions, involving teachers and researchers in non hierarchical teams. The initial success of the community is indicated by the high degree of participation, involving 25% of the members; the diversity of activities and themes within it; and the development of 8 research projects mostly focused on issues raised by the teachers. In this paper, we describe ComPratica and discuss data concerning the members’ participation, the teachers’ views about the community, and report findings of a thematic analysis of the messages sent in its forums.Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e ao Instituto Anísio Teixeira (IAT), pelo financiamento de bolsas e das pesquisas das quais este artigo result

    Semiosis as an Emergent Process

    Get PDF

    Modes of irreductibility of emergent properties

    Get PDF
    This paper takes a review of the central tenets of emergentist philosophies and a characterization of some varieties of emergentism as a starting point for treating one of the most controversial theses related to that philosophical doctrine, namely, the 'irreducibility' thesis. The main contention here is that the meaning of this thesis should be refined, if we wish to advance in the discussion about the senses in which one can say that emergent properties are 'irreducible'. Based on works by Stephan and colleagues, two modes of the irreducibility of emergent properties are distinguished, irreducibility as non-analisability and irreducibility as non-deducibility. A detailed analysis of the irreducibility concept leads to the following question: What does it mean to say that a given class of emergent properties is irreducible? We argue here that different classes of properties can be irreducible in different senses, and, thus, according to different modes of irreducibility. The paper discusses, in particular, the mode of irreducibility which holds in the case of properties of biological systems. We argue that emergent properties of biological systems are irreducible in the sense that it is not possible to deduce their instantiation in living systems of a certain class from knowledge about simpler living systems only. In other words, biological emergent properties are irreducible in terms of their non-deducibility, but they aren't irreducible in terms of their non-analisability. A clear understanding of the mode of irreducibility which holds in the case of biological properties makes it possible that the requisites for the demonstration of their emergent nature be more realistic, and the discussions about the prospects and limits of reductionism in biological sciences advance in a consistent manner.A partir de uma revisão dos postulados centrais das filosofias emergentistas e uma caracterização de algumas variedades de emergentismo, este artigo trata de uma das teses mais controversas relacionadas a esta doutrina filosófica, a tese da irredutibilidade. O argumento principal é que o significado desta tese deve ser refinado, sob pena de não se avançar na discussão sobre os sentidos em que se pode dizer que as propriedades emergentes são "irredutíveis". A partir dos trabalhos de Stephan e colaboradores, distinguem-se dois modos de irredutibilidade das propriedades emergentes, a irredutibilidade como não-analisabilidade e a irredutibilidade como não-dedutibilidade. Uma análise detalhada do conceito de irredutibilidade conduz à seguinte questão: O que significa afirmar que uma dada classe de propriedades emergentes é irredutível? Argumentamos que classes diferentes de propriedades podem ser irredutíveis em sentidos diferentes e, portanto, de acordo com diferentes modos de irredutibilidade. O artigo discute, em particular, o modo de irredutibilidade que se mostra válido para o caso de propriedades de sistemas biológicos, argumentando que as propriedades emergentes de sistemas biológicos são irredutíveis no sentido de que não é possível deduzir sua instanciação em sistemas vivos de uma dada classe a partir do conhecimento somente de sistemas vivos mais simples. Em outras palavras, propriedades emergentes biológicas são irredutíveis por não-dedutibilidade, mas não são irredutíveis por não-analisabilidade. Uma compreensão clara do modo da irredutibilidade válido no caso das propriedades biológicas faz com que os requisitos para a demonstração de sua natureza emergente mostrem-se mais realistas e as discussões sobre as possibilidades e limitações do reducionismo nas ciências biológicas possam avançar de modo mais consistente

    Entre receitas, programas e códigos: metáforas e idéias sobre genes na divulgação científica e no contexto escolar

    Get PDF
    Este artigo discute o uso de metáforas em revistas de divulgação científica para referir-se a genes e seu papel nos sistemas vivos. Abordamos também a apropriação destas metáforas por pesquisadores e por estudantes e professores de escolas de ensino médio do Rio de Janeiro. Elas são discutidas à luz de dificuldades do ensino de genética e da abordagem do conceito de gene na literatura filosófica. Estas metáforas buscam esclarecer aspectos funcionais e estruturais dos genes, mas suscitam dificuldades para a compreensão dos genes e de sua relação com sistemas vivos. Assim, elas precisam ser usadas com cuidado e algumas, como „programa‟, „manual de instruções‟, „código‟, devem ser evitadas. Elas estão, afinal, intimamente relacionadas ao determinismo genético, que tem conseqüências políticas, sociais, econômicas e éticas importantes. Entre as metáforas analisadas, „mensagem‟ parece ser mais adequada, mas demanda uma teoria da informação biológica, ainda não-disponível na biologia, para que seu significado seja claramente explicad

    A genética em transformação: crise e revisão do conceito de gene

    Get PDF
    The gene concept has played a central role in Biology since its introduction, in the beginnings of the twentieth century. However, throughout its historical development, this concept has been a matter of increasing controversy, initially in the philosophy of biology and, later, in biology itself. Challenges to the gene concept have resulted in the difficulty of preserving the so called classical molecular concept, according to which a gene is a stretch of DNA encoding a functional product (polypeptide or RNA). The last three decades of experimental studies led to findings such as interrupted genes, alternative splicing, so called junk DNA, TAR sequences, pseudogenes, postranscriptional regulation, RNAi and RNAsi, among others, that posed unexpected difficulties to the usual understanding of the gene concept. In this paper, we address the main experimental findings that challenge the classical molecular gene concept. We focus, in particular, on recent advances that took place in the Human Genome Project (hgp) and the Encyclopedia of DNA elements (Encode). It is now clear for that a careful analysis and reformulation of this central concept for biological thought is necessary. In an attempt to organize the variety of definitions given to genes, many philosophers and scientists presented interesting views about this concept and its role in biological thought, as well as proposals of conceptual revision, which we will also discuss in this paper. We conclude that a single, all-encompassing definition of gene is neither possible nor necessary. Rather, a pluralism of models and concepts is likely to be more powerful, provided that the domains of each concept or model be clearly defined.O conceito de gene tem desempenhado um papel central na biologia desde sua introdução, no início do século xx. Contudo, ao longo do seu desenvolvimento histórico, o conceito tem sido objeto de controvérsia crescente, inicialmente na filosofia da biologia e, depois, na própria biologia. Desafios ao conceito de gene têm levado a uma dificuldade de preservar o chamado conceito molecular clássico, de acordo com o qual um gene é um segmento do DNA que codifica um produto funcional (polipeptídeo ou RNA). As últimas três décadas de estudos experimentais levaram a achados como genes interrompidos, emenda (splicing) alternativa, o chamado DNA-lixo, sequências TAR, pseudogenes, regulação pós-transcricional, rnai e rnasi, entre outros, os quais colocaram dificuldades inesperadas à compreensão usual do conceito de gene. Neste artigo, discutiremos os principais achados experimentais que desafiaram o conceito molecular clássico de gene. Daremos destaque, em particular, a avanços recentes, que tiveram lugar no Projeto Genoma Humano (PGH) e na Enciclopédia de Elementos de DNA (Encode). Atualmente, é clara a necessidade de uma análise e reformulação cuidadosa desse conceito central para o pensamento biológico. Muitos filósofos da biologia e biólogos, na tentativa de organizar a variedade de definições de gene, apresentaram visões interessantes a respeito desse conceito e de seu papel no conhecimento biológico, assim como propostas de revisão conceitual, que também abordaremos neste artigo. Concluímos que uma definição única de gene não é possível ou necessária. Ao contrário, o pluralismo de modelos e conceitos é provavelmente mais poderoso, desde que os domínios de cada conceito ou modelo sejam claramente definidos
    corecore