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    A desnecessidade do trabalho entre pescadores artesanais

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    As relações socioculturais e econômicas, entre alguns grupos de pescadoresartesanais, não colocam como entes antagônicos trabalho e tempo livre. Docontrário, tais relações celebram aproximações entre saber-fazer pesqueiro, lazer e vida, formando e conformando um todo societário. Inseridos nesse quadro, estão os pescadores artesanais do mar-de-fora da praia de Suape, no município do Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco, distante 50 km de Recife. Este artigo busca desvelar a mencionada moral do trabalho e do tempo livre no fazer cotidiano de pescadores dessa Praia, com base na pesquisa etnográfica e na história de vida de 13 pescadores. No geral, identificou-se que há uma moral do trabalho que se confunde à moral do tempo livre, pois o cerceamento de uma delas representa limites à outra. Assim, para esses homens, definir o que é um ser liberto ou cativo liga-se ao encontro indissociável, em termos práticos e simbólicos, entre as referidas morais, o que é essencial para classificar o fazer-se pescador artesanal em seu sentido pleno fundamentado na desnecessidade do trabalho

    O sentir dos sentidos dos pescadores artesanais

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    Tomando como base as próprias representações, os sentimentos e as práticas societárias dos pescadores artesanais da praia de Suape, em Pernambuco, este artigo analisa os processos sociais que fundam e são iluminados pelo sentir dos sentidos desses trabalhadores do mar, especialmente no que diz respeito à articulação da condição sensível (estética pesqueira) com o saber-fazer, a liberdade e a humanização na pesca artesanal

    Seafarer of enchantment : work as art, aesthetics and freedom in artisanal fisheries of Suape, PE

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    Orientador: Fernando Antonio LourençoTese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciencias HumanasResumo: Partindo das próprias representações, sentimentos e práticas societárias dos pescadores artesanais da Praia de Suape, litoral sul de Pernambuco, esta tese busca analisar a relação íntima, que esses trabalhadores do mar, efetivam entre arte, beleza e liberdade, enquanto aspectos constitutivos e constituídos da atividade pesqueira na região. Foram entrevistados, em profundidade, 13 pescadores, a partir de um recorte geracional. A idéia foi perceber a reprodução simbólica e prática da noção de arte, beleza e autonomia como trabalho da pesca entre os pescadores de mar-alto da Praia de Suape, independentemente desses trabalhadores serem mestres de pescaria ou nãoAbstract: Starting from representations, feelings and partnership practices from Suape Beach handicrafts fishermen, Pernambuco¿s south coastland, this thesis investigates the relation that these sea workers have among art, beauty and freedom, while constitutive and formation aspects from the fishery activity in the area. Thirteen fishermen were interviewed in detail, starting from a feature generation. The idea was discerning the symbolical and practical reproduction from the art notion, beauty and autonomy how fishery product among high sea fishermen from Suape Beach, even they are master fishing or notDoutoradoDoutor em Ciências Sociai

    A desnecessidade do trabalho entre pescadores artesanais

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    As relações socioculturais e econômicas, entre alguns grupos de pescadores artesanais, não colocam como entes antagônicos trabalho e tempo livre. Do contrário, tais relações celebram aproximações entre saber-fazer pesqueiro, lazer e vida, formando e conformando um todo societário. Inseridos nesse quadro, estão os pescadores artesanais do mar-de-fora da praia de Suape, no município do Cabo de Santo Agostinho, litoral sul de Pernambuco, distante 50 km de Recife. Este artigo busca desvelar a mencionada moral do trabalho e do tempo livre no fazer cotidiano de pescadores dessa Praia, com base na pesquisa etnográfica e na história de vida de 13 pescadores. No geral, identificou-se que há uma moral do trabalho que se confunde à moral do tempo livre, pois o cerceamento de uma delas representa limites à outra. Assim, para esses homens, definir o que é um ser liberto ou cativo liga-se ao encontro indissociável, em termos práticos e simbólicos, entre as referidas morais, o que é essencial para classificar o fazer-se pescador artesanal em seu sentido pleno fundamentado na desnecessidade do trabalho
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