18 research outputs found

    Wild meat consumption in tropical forests spares a significant carbon footprint from the livestock production sector

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    Whether sustainable or not, wild meat consumption is a reality for millions of tropical forest dwellers. Yet estimates of spared greenhouse gas (GHG) emissions from consuming wild meat, rather than protein from the livestock sector, have not been quantified. We show that a mean per capita wild meat consumption of 41.7 kg yr −1 for a population of ~ 150,000 residents at 49 Amazonian and Afrotropical forest sites can spare ~ 71 MtCO 2-eq annually under a bovine beef substitution scenario, but only ~ 3 MtCO 2-eq yr −1 if this demand is replaced by poultry. Wild meat offtake by these communities could generate US3MorUS3M or US185K in carbon credit revenues under an optimistic scenario (full compliance with the Paris Agreement by 2030; based on a carbon price of US50/tCO2eq)andUS50/tCO 2-eq) and US1M or US77Kunderaconservativescenario(conservativecarbonpriceofUS77K under a conservative scenario (conservative carbon price of US20.81/tCO 2-eq), representing considerable incentives for forest conservation and potential revenues for local communities. However, the wild animal protein consumption of ~ 43% of all consumers in our sample was below the annual minimum per capita rate required to prevent human malnutrition. We argue that managing wild meat consumption can serve the interests of climate change mitigation efforts in REDD + accords through avoided GHG emissions from the livestock sector, but this requires wildlife management that can be defined as verifiably sustainable

    Irreplaceable socioeconomic value of wild meat extraction to local food security in rural Amazonia

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    Wild vertebrates play a decisive role in the subsistence economy of human populations worldwide. The food security value of wild-meat extracted from natural ecosystems remains poorly quantified. Here, we provide an economic valuation of the nutritional and monetary benefits of year-round wild-meat hunting across a large trinational region of southwestern Amazonia using data from indigenous and non-indigenous settlements from 30 sites. We then build scenarios to explore whether three ubiquitous sources of regional-scale household income (i.e. wage labour, horticultural revenues from manioc flour production and the harvest of Brazil-nuts) could match the purchase costs of alternative meat demand to meet domestic consumption of animal protein should game stocks collapse for any reason. We also considered a fourth valuation scenario in terms of game meat substitution with bovine beef. We conservatively estimate a total annual consumption of ~1431.8 tons of undressed animal carcasses, equivalent to a mean per-capita meat consumption of 54.75 kg person−1 yr−1, or ~10.9 kg of animal protein person−1 yr−1. This overall consumption of terrestrial wildlife meat provides US7.875millionyr1acrossthestudyregion.However,householdincomelevelsweretoolowtoenabletransitionsintodomesticlivestockconsumptionindicatinglowadaptationcapacitytoalternativeanimalprotein;replacementpurchasesofdomesticmeatwouldamountto907.875 million yr−1 across the study region. However, household income levels were too low to enable transitions into domestic livestock consumption indicating low adaptation capacity to alternative animal protein; replacement purchases of domestic meat would amount to 90% of aggregate annual wages, 194% of overall income from manioc flour, and 67% of all Brazil-nuts collected. Complete beef replacement by the population in this region would require further inputs of US2.658 million yr−1 and the conversion of 4310 ha of Amazonian forests into pasture. Our results emphasize the extraordinarily valuable and irreplaceable role of wild meat in the food security of tropical forest dwellers. Proposing consumption of alternative sources of animal protein for monetarily deprived forest dwellers is clearly an unrealistic, if not environmentally-damaging, strategy. Conservation scientists, wildlife biologists and policy makers should therefore prioritize adding value to standing forests by managing sustainable wild-meat offtake from natural ecosystems

    A caça e a conservação da fauna silvestre no estado do Acre

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    A fauna silvestre representa uma importante fonte alimentar para as pessoas que vivem nas florestas tropicais, além também de ser bastante consumida nas áreas urbanas dessas regiões. Neste trabalho, objetivou-se fazer uma discussão do tema caça, através de resgate histórico dos estudos já realizados no Estado do Acre, bem como o modo como o tema vem se desenvolvendo no Acre como uma estratégia de desenvolvimento sustentável. Baseado nos trabalhos referentes à caça realizados no Acre e em outras regiões Amazônicas fazemos algumas recomendações para prioridades de pesquisa e políticas públicas relacionadas ao uso da fauna silvestre no Estado

    A caça e o caçador: uma análise crítica da Legislação Brasileira sobre o uso da fauna por populações indígenas e tradicionais na Amazônia

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    A caça, além de prover o sustento de populações tradicionais, indígenas e não-indígenas, em áreas remotas, vem também assumindo função socialmente estruturante nessas sociedades. Neste artigo, conceituamos a caça de subsistência para além da visão preservacionista, preponderante nos campos das ciências ambientais e jurídicas, e oferecemos uma perspectiva integrada que contempla aspectos ecológicos, sociais, econômicos e legais. Apesar de os impactos demográficos e ecossistêmicos frequentemente atribuídos à caça de subsistência serem bem documentados, mecanismos naturais intrínsecos de recuperação populacional, tais como taxa reprodutiva, dinâmica fonte-sumidouro ou acordos locais, demonstram a resiliência dos sistemas socioecológicos à extração da fauna, constituindo uma grande janela de oportunidades para a conservação de espécies cinegéticas em sistemas de manejo in situ. Embora legalmente o “caçador de subsistência” seja explicitamente definido apenas no Estatuto do Desarmamento (Lei n° 10.826/2003), o direito à caça de subsistência é (ou deveria ser) respaldado pelo princípio universal de dignidade da pessoa humana, previsto, mais amplamente, na Declaração dos Direitos Humanos das Nações Unidas e na Constituição Federal de 1988 (CF/88). Tal direito também é reconhecido pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), abrangendo populações humanas rurais em constante estado de necessidade, seja pela imediata necessidade de saciar a fome (conforme definição na Lei de Crimes Ambientais), seja porque tais populações residem em regiões onde caça e pesca são  geralmente as principais fontes de proteína de origem animal. Por se tratar de uma das mais antigas práticas de obtenção de alimento, inerente à reprodução física e cultural das populações tradicionais, o direito de caçar encontra respaldo, no Brasil, em um arcabouço legal amplo, incluindo a adesão à Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), promulgada no Brasil pelo Decreto n° 5.051/2004, à Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT – Decreto n° 6.040/2007) e ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC – Lei n° 9.985/2000). No entanto, as contradições legais (entre leis preservacionistas e as que promovem os direitos humanos e o uso sustentável dos recursos naturais) e sua discricionariedade interpretativa sobre termos que carecem de conceituação ou definição (“caça de subsistência”, “estado de necessidade”) permanecem, prevalecendo o caráter proibitivo e repressivo à caça de subsistência desde a publicação da Lei de Proteção à Fauna (Lei n° 5.197/1967). O resultado é a perpetuação do quadro de inseguridade social, nutricional e jurisdicional dos caçadores de subsistência. A ausência de regulamentação da prática da caça de subsistência impede o desenvolvimento de ferramentas efetivas e participativas de conservação e manejo da fauna, e a consequente valorização dos recursos e ecossistemas naturais

    MONITORAMENTO PARTICIPATIVO DA BIODIVERSIDADE E DOS RECURSOS NATURAIS: SEMINÁRIO INTERNACIONAL E FORMAÇÃO DA REDE INTERNACIONAL DE MONITORAMENTO E MANEJO PARTICIPATIVO

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    Comunidades locais de todo o mundo se envolvem em iniciativas de monitoramento participativo de base comunitária da biodiversidade e dos recursos naturais. Buscando promover o diálogo sobre o monitoramento participativo entre os diversos atores envolvidos nestas iniciativas foi realizado o Seminário Internacional de Monitoramento Participativo para o Manejo da Biodiversidade e dos Recursos Naturais. O evento, que reuniu mais de 230 pessoas de 18 países de todos os continentes, gerou recomendações para elaboração da Carta de Manaus: recomendações para o monitoramento participativo da biodiversidade. Como parte do Seminário, foi realizado o I Encontro da Rede Internacional de Monitoramento e Manejo Participativo (PMMP) para a criação da Rede voltada para promover o monitoramento participativo através da conexão entre comunidades locais. Neste artigo pretendemos descrever as atividades realizadas no Seminário e relatar os principais resultados alcançados, visando a repercussão e discussão das ideias consolidadas

    O perfil da caça nas unidades de conservação federais dos biomas brasileiros: um panorama a partir dos autos de infração lavrados pelo ICMBIO

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    A caça é uma atividade amplamente difundida inclusive em Unidades de Conservação, porém a informação sobre caça no país é escassa principalmente por ser considera proibida na maioria das situações. Os autos de infração sobre a fauna lavrados pelas instituições de fiscalização fornecem uma das poucas fontes de dados em larga escala espacial e pode ser usado para identificar padrões importantes para as políticas de conservação. Neste artigo analisei os dados de animais caçados registrados nos autos de infração do ICMBio para traçar um panorama da caça no Brasil, identificando padrões de animais caçados nos diferentes biomas e categorias de Unidades de Conservação federal. Foram identificados 6 padrões de caça que ocorrem de maneira heterogênea nos diferente biomas do país e são alvo de fiscalização do ICMBio, com variados níveis de esforço e eficiência. Na Amazônia, são caçados principalmente quelônios para comercialização em larga escala e mamíferos e aves cinegéticas de médio e grande porte para consumo local, inclusive de subsistência. Na Caatinga, a predominância é da caça de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, porém de espécies menores. No Cerrado, a caça de quelônios para comércio em larga escala, de emas e passarinhos para criação em cativeiro e mamíferos para consumo local. Na Mata Atlântica, a caça é voltada para a criação de passarinhos e psitacídeos em cativeiro e de mamíferos e aves cinegéticas para consumo local, mesmo padrão observado no Marinho Costeiro, onde é priorizada a caça de crustáceos. Além destes tipos de caça, o ICMBio quase não combate a caça para tráfico de animais e para controle de felinos predadores de animais domésticos e comércio de pele. Entre as categorias de UC, o ICMBio é mais ativo no combate à caça em UC de Proteção Integral, possivelmente por priorização institucional e maior quantidade de UC desta categoria, porém as proporções de animais caçados ilegalmente não varia entre categorias. Sendo assim, é necessário levar em consideração os diferentes tipos de caça que existem no país para que políticas de conservação, incluindo de combate à caça ilegal, sejam mais eficientes social e ecologicamente

    Designing Indigenous Lands in Amazonia: Securing indigenous rights and wildlife conservation through hunting management

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    In Amazonia, Indigenous Lands (ILs), created to guarantee both indigenous rights and the conservation of natural resources, are a major legal mechanism to ensure the ancestral and contemporary relationships of indigenous peoples to their territory. Additionally, these areas have been one of the most effective barriers to the large-scale agriculture and cattle ranching frontiers, strongly contributing to the conservation of Amazonia. Although several indigenous peoples have had their lands recognized by the Brazilian and Peruvian national governments, many demarcated lands are not able to ensure indigenous rights; in addition, there are still 951 claims for land demarcation or revision in these countries. In the context of intensive pressure to make the process of IL recognition essentially political, we propose a scientifically supported model based on source-sink hunting dynamics to improve the identification of the minimum size and shape of ILs required to guarantee indigenous rights. We used criteria based on hunting dynamics to test whether the current limits of the total IL of an indigenous people, the Huni Kuin, are able to ensure their constitutional rights and the local conservation of natural resources. We showed that to ensure sustainable hunting, the Huni Kuin ILs should be large enough to encompass each village's hunting territory of 78.5 km2 surrounded by an undisturbed area of the same size, totaling 157 km2 per village. However, their ILs are currently too small to maintain sustainable hunting if the traditional social organization of several small villages distributed along rivers is maintained, so they fail to achieve the IL goals. We discuss three hypothetical alternatives for either maintaining or reviewing current Huni Kuin ILs; however, these alternatives are unlikely to be applicable for the Huni Kuin because they either are against the current political trends or violate indigenous rights. We thus suggest that future IL delimitation studies should consider current spatial hunting patterns in order to improve the delimitation and territorial management of IL in Amazonia, by identifying the ideal shape and size of hunting territories and applying a source-sink model likely to ensure sustainable hunting activities in the long term. © 2018 Elsevier Lt
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