Ocorrência de meristema de espessamento primário no caule de Cyperus prolixus H.B.K. (Cyperaceae) / The occurrence of primary thickening meristem on the stem of Cyperus prolixus H.B.K. (Cyperaceae)

O meristema de espessamento primário (MEP) contribui para o desenvolvimento, em diâmetro dos caules das monocotiledôneas. O presente estudo objetivou descrever, anatomicamente, a presença e atividade do MEP no desenvolvimento do rizoma e cormo de Cyperus prolixus H.B.K. Os espécimes foram coletados no município do Acará (Pará ‒ Brasil) e processados pelos métodos usuais de anatomia. Nessa espécie, o MEP produz parênquima e raízes para fora e feixes vasculares para dentro, delimitando uma região medular e outra cortical. A atuação do MEP é mais frequente para a região cortical e não produz raízes na porção caulinar correspondente ao rizoma, apenas na do cormo. Posteriormente, tornando-se evidente como periciclo e endoderme. No cormo, distante do ápice caulinar, o periciclo continua ativo mesmo distanciando da região apical, gerando tecido vascular contínuo (não mais feixes) e raízes adventícias. Os feixes vasculares são anfivasais que, além do MEP, podem ser provenientes do procâmbio. No cormo, ele pode produzir elementos de vaso tortuosos e com prolongamento de parede

Plantas alimentícias não convencionais (PANCs) utilizadas por população rural na Amazônia Oriental, Brasil / Unconventional food plants (UFP) in the rural community of Eastern Amazon, Brazil

O presente estudo buscou inventariar as espécies de plantas alimentícias não convencionais conhecidas e utilizadas pela população rural do Distrito de Porto Grande. A amostragem foi não probabilística, através da técnica "bola de neve", as entrevistas semiestruturadas serviram para coletar as informações socioeconômicas e os usos dos recursos vegetais, a aplicação da lista livre ajudou a compreender os recursos com maior familiaridade. As espécies citadas eram coletas, durante a turnê-guiada e foram identificadas por métodos clássicos da taxonomia vegetal. Participaram 14 mulheres nativas da região, a maioria (85,72%) residia há mais de 50 anos na localidade estudada. Sessenta e quatro espécies de PANCs, distribuídas em 54 gêneros e 33 famílias foram encontradas. Acreditamos que é necessário o desenvolvimento de estratégias que incentivem o uso sustentável das espécies de PANCs, as quais podem se tornar importantes na subsistência e na contemplação de renda familiar de muitos moradores da região

O SABER BOTÂNICO ATRAVÉS DA SERINGUEIRA: COMO CONSERVAR O QUE NÃO CONHECEMOS?

The study aims to investigate the knowledge of population of Belém-PA on rubber trees, considering that it is a native Amazon species, of recognized historical and economic importance. The research-action practice method was used to increase the analysis and greater scope of the study’s intentionality, with an application of 85 semi-open questionnaires, involving men and women, with 55 % of the interviewed being students. It was observed that the population knows little about the rubber tree and its basic morphological aspects, showing more interest by animals than by plants. Likely, these gaps in knowledge occur because the overly theoretical way in which the teaching of botany is ministered, which may cause a certain aversion to discipline. One of the ways to minimize the distance between individuals and plants is the implementation of new teaching strategies focusing on a better teaching-learning process through the relation between botany and individual’s experience, which will produce greater autonomy of knowledge and reflections on society.Keywords: Euphorbiaceae; bio-diversity conservation; teaching botany; teaching-learning process; Amazon.O estudo tem como objetivo investigar o conhecimento da população sobre aspectos botânicos básicos acerca da seringueira no município de Belém-PA, tendo em vista que é uma espécie nativa da Amazônia, de reconhecida importância histórica e econômica. Utilizou-se o método pesquisa-ação prática para o enriquecimento das análises e maior alcance da intencionalidade do estudo, com a aplicação de 85 questionários semiabertos, envolvendo homens e mulheres, sendo que 55% dos entrevistados eram estudantes. Observou-se que tais indivíduos pouco sabem sobre a espécie em questão e seus aspectos morfológicos básicos, demonstrando mais interesse por animais do que por plantas. Estas lacunas no conhecimento ocorrem, possivelmente, pela forma excessivamente teórica do ensino de botânica, o que pode causar certa aversão à disciplina. Uma das formas de minimizar a distância existente entre os indivíduos e as plantas é a implementação de novas estratégias de ensino, visando um melhor processo de ensino-aprendizado através da relação da botânica com a vivência de cada indivíduo, o que produzirá maior autonomia do conhecimento e maiores reflexões para a sociedade.Palavras chave: Euphorbiaceae, conservação da biodiversidade, ensino de botânica, processo ensino-aprendizagem, Amazônia

Dalechampia L. (Euphorbiaceae) na Amazônia Brasileira

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA e MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDIEuphorbiaceae Juss. is acknowledged as one of the largest and most complex families of Angiosperms, with about 6.300 species and 245 genera. In Brazil it is represented by 63 genera and 950 species, distributed among all regions. In Amazon, there is still a gap in the taxonomic knowledge of this family, with Dalechampia being an example of a genus whose species have not yet received an updated treatment. This genus comprises several indeterminate or poorly identified samples in the collections of the herbaria, and it is therefor desirable to continue the studies on the species occurring in the region. In view of the above, a taxonomic study is proposed on the species of Dalechampia occurring in the Brazilian Amazon, updating their identifications, descriptions, nomenclature and geographical distribution. For this purpose, exsiccatae in national and international herbaria were studied: BHCB, F, HAMAB, HUEFS, HRB, IAN, INPA, K, MG, MICH, MIRR, MO, NY, R, RB, RON, SP, UFACPZ, UFG, UFMT and US, including some types and pictures of types, as well as samples of some specimens collected in the field. The study methods were those traditionally used in works on plant taxonomy, consisting basically of dissection, morphological anaysis, and description of the samples with the aid of a CARL ZEISS® stereoscopic microscope. 23 species were recognized in the Brazilian Amazon, namely: Dalechampia attenuistylus Armbr., D. affinis Müll.Arg., D. brownsbergensis G.L. Webster & Armbr., D. cissifolia Poepp., D. cujabensis Müll. Arg., D. dioscoreifolia Poepp., D. fragrans Armbr., D. gentryi Armbr., D. hastata G.L.Webster, D. heterobractea Armbr., D. juruana Ule, D. liesneri Huft, D. magnoliifolia Müll.Arg., D. megacarpa Armbr., D. micrantha Poepp., D. olympiana Kuhlm. & W.A.Rodrigues, D. parvibracteata Lanj., D. pernambucensis Baill., D. scandens L., D. sylvestris S.Moore, D. tenuiramea Müll. Arg., D. tiliifolia Lam. and D. triphylla Lam. Of these, two new occurrences are recorded for the Brazilian Amazon, one of them for Brasil and both for the state of Pará, as well as one synonymization and one lectotipification. The following taxa were excluded, which were believed to occur in the Brazilian Amazon: D. bangui Pax & K. Hoffm., D. linearis Baill. and D. weddeliana Baill., with D. bangui not occurring in Brazil, and D. linearis and D. weddeliana belonging to the Legal Amazon. Taxonomic commentary, dichotomous key, as well as maps and illustrations of the species are presented.Euphorbiaceae Juss. é reconhecida como uma das maiores e mais complexas famílias das Angiospermas, com cerca de 6.300 espécies e 245 gêneros. No Brasil está representada por 63 gêneros e 950 espécies, distribuídos em todas as regiões. Na Amazônia, ainda há uma lacuna no conhecimento taxonômico dessa família, sendo Dalechampia L. um exemplo de gênero, cujas espécies ainda não receberam um tratamento atualizado. Esse gênero consta de diversas amostras indeterminadas ou identificadas de modo insatisfatório nos acervos dos Herbários, sendo, portanto, desejável que se dê continuidade aos estudos sobre as espécies ocorrentes na região. Diante do exposto, propõe-se um estudo taxonômico sobre as espécies de Dalechampia que ocorrem na Amazônia brasileira, atualizando-lhes as identificações, descrições, nomenclatura e distribuição geográfica. Para isso, foram estudadas exsicatas depositas nos herbários nacionais e internacionais: BHCB, F, HAMAB, HUEFS, HRB, IAN, INPA, K, MG, MICH, MIRR, MO, NY, R, RB, RON, SP, UFACPZ, UFG, UFMT e US, incluindo alguns tipos e fotografias de tipos, bem como amostras de alguns espécimes coletados em campo. Os métodos de estudo foram aqueles tradicionalmente utilizados em trabalhos de taxonomia vegetal, constando basicamente de dissecção, análises morfológicas e descrição das amostras com o auxílio de microscópio estereoscópico CARL ZEISS®. Foram reconhecidas 23 espécies na Amazônia brasileira, a saber: Dalechampia attenuistylus Armbr., D. affinis Müll.Arg., D. brownsbergensis G.L. Webster & Armbr., D. cissifolia Poepp., D. cujabensis Müll. Arg., D. dioscoreifolia Poepp., D. fragrans Armbr., D. gentryi Armbr., D. hastata G.L.Webster, D. heterobractea Armbr., D. juruana Ule, D. liesneri Huft, D. magnoliifolia Müll.Arg., D. megacarpa Armbr., D. micrantha Poepp., D. olympiana Kuhlm. & W.A.Rodrigues, D. parvibracteata Lanj., D. pernambucensis Baill., D. scandens L., D. sylvestris S.Moore, D. tenuiramea Müll. Arg., D. tiliifolia Lam. e D. triphylla Lam. Destas, registram-se duas novas ocorrências para a Amazônia brasileira, sendo uma delas para o Brasil e ambas para o estado do Pará, bem como duas sinonimização e uma lectotipificação. Foram excluídos os seguintes táxons, que acreditava-se ocorrer na Amazônia brasileira: D. bangui Pax & K. Hoffm., D. linearis Baill. e D. weddeliana Baill., sendo que D. bangui não ocorre no Brasil e D. linearis e D. weddeliana pertencem à Amazônia Legal. São apresentados comentários taxonômicos, chave dicotômica, bem como mapas e ilustrações das espécies

Dalechampia L. (Euphorbiaceae) na Amazônia Brasileira

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÕES E COMUNICAÇÕES, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA e MUSEU PARAENSE EMÍLIO GOELDIEuphorbiaceae Juss. é reconhecida como uma das maiores e mais complexas famílias das Angiospermas, com cerca de 6.300 espécies e 245 gêneros. No Brasil está representada por 63 gêneros e 950 espécies, distribuídos em todas as regiões. Na Amazônia, ainda há uma lacuna no conhecimento taxonômico dessa família, sendo Dalechampia L. um exemplo de gênero, cujas espécies ainda não receberam um tratamento atualizado. Esse gênero consta de diversas amostras indeterminadas ou identificadas de modo insatisfatório nos acervos dos Herbários, sendo, portanto, desejável que se dê continuidade aos estudos sobre as espécies ocorrentes na região. Diante do exposto, propõe-se um estudo taxonômico sobre as espécies de Dalechampia que ocorrem na Amazônia brasileira, atualizando-lhes as identificações, descrições, nomenclatura e distribuição geográfica. Para isso, foram estudadas exsicatas depositas nos herbários nacionais e internacionais: BHCB, F, HAMAB, HUEFS, HRB, IAN, INPA, K, MG, MICH, MIRR, MO, NY, R, RB, RON, SP, UFACPZ, UFG, UFMT e US, incluindo alguns tipos e fotografias de tipos, bem como amostras de alguns espécimes coletados em campo. Os métodos de estudo foram aqueles tradicionalmente utilizados em trabalhos de taxonomia vegetal, constando basicamente de dissecção, análises morfológicas e descrição das amostras com o auxílio de microscópio estereoscópico CARL ZEISS®. Foram reconhecidas 23 espécies na Amazônia brasileira, a saber: Dalechampia attenuistylus Armbr., D. affinis Müll.Arg., D. brownsbergensis G.L. Webster & Armbr., D. cissifolia Poepp., D. cujabensis Müll. Arg., D. dioscoreifolia Poepp., D. fragrans Armbr., D. gentryi Armbr., D. hastata G.L.Webster, D. heterobractea Armbr., D. juruana Ule, D. liesneri Huft, D. magnoliifolia Müll.Arg., D. megacarpa Armbr., D. micrantha Poepp., D. olympiana Kuhlm. & W.A.Rodrigues, D. parvibracteata Lanj., D. pernambucensis Baill., D. scandens L., D. sylvestris S.Moore, D. tenuiramea Müll. Arg., D. tiliifolia Lam. e D. triphylla Lam. Destas, registram-se duas novas ocorrências para a Amazônia brasileira, sendo uma delas para o Brasil e ambas para o estado do Pará, bem como duas sinonimização e uma lectotipificação. Foram excluídos os seguintes táxons, que acreditava-se ocorrer na Amazônia brasileira: D. bangui Pax & K. Hoffm., D. linearis Baill. e D. weddeliana Baill., sendo que D. bangui não ocorre no Brasil e D. linearis e D. weddeliana pertencem à Amazônia Legal. São apresentados comentários taxonômicos, chave dicotômica, bem como mapas e ilustrações das espécies.Euphorbiaceae Juss. is acknowledged as one of the largest and most complex families of Angiosperms, with about 6.300 species and 245 genera. In Brazil it is represented by 63 genera and 950 species, distributed among all regions. In Amazon, there is still a gap in the taxonomic knowledge of this family, with Dalechampia being an example of a genus whose species have not yet received an updated treatment. This genus comprises several indeterminate or poorly identified samples in the collections of the herbaria, and it is therefor desirable to continue the studies on the species occurring in the region. In view of the above, a taxonomic study is proposed on the species of Dalechampia occurring in the Brazilian Amazon, updating their identifications, descriptions, nomenclature and geographical distribution. For this purpose, exsiccatae in national and international herbaria were studied: BHCB, F, HAMAB, HUEFS, HRB, IAN, INPA, K, MG, MICH, MIRR, MO, NY, R, RB, RON, SP, UFACPZ, UFG, UFMT and US, including some types and pictures of types, as well as samples of some specimens collected in the field. The study methods were those traditionally used in works on plant taxonomy, consisting basically of dissection, morphological anaysis, and description of the samples with the aid of a CARL ZEISS® stereoscopic microscope. 23 species were recognized in the Brazilian Amazon, namely: Dalechampia attenuistylus Armbr., D. affinis Müll.Arg., D. brownsbergensis G.L. Webster & Armbr., D. cissifolia Poepp., D. cujabensis Müll. Arg., D. dioscoreifolia Poepp., D. fragrans Armbr., D. gentryi Armbr., D. hastata G.L.Webster, D. heterobractea Armbr., D. juruana Ule, D. liesneri Huft, D. magnoliifolia Müll.Arg., D. megacarpa Armbr., D. micrantha Poepp., D. olympiana Kuhlm. & W.A.Rodrigues, D. parvibracteata Lanj., D. pernambucensis Baill., D. scandens L., D. sylvestris S.Moore, D. tenuiramea Müll. Arg., D. tiliifolia Lam. and D. triphylla Lam. Of these, two new occurrences are recorded for the Brazilian Amazon, one of them for Brasil and both for the state of Pará, as well as one synonymization and one lectotipification. The following taxa were excluded, which were believed to occur in the Brazilian Amazon: D. bangui Pax & K. Hoffm., D. linearis Baill. and D. weddeliana Baill., with D. bangui not occurring in Brazil, and D. linearis and D. weddeliana belonging to the Legal Amazon. Taxonomic commentary, dichotomous key, as well as maps and illustrations of the species are presented

Revisão taxonômica de Phyllanthus subsect. Clausseniani G.L. Webster (Phyllanthaceae)

Phyllanthus apresenta cerca de 880 espécies, alocadas em 18 subgêneros, 70 seções e 14 subseções, logo, é considerado o maior e o mais diversificado gênero de Phyllanthaceae. Dentre as seções, destaca-se Phyllanthus sect. Phyllanthus por ser a maior comportando 45 espécies incluídas em quatro subseções [Almadenses, Clausseniani, Niruri e Pentaphylli]. Phyllanthus subsect. Clausseniani é referida como exclusiva do Brasil e até então, estava representada por 17 espécies, reconhecidas pela morfologia peculiar de suas anteras profundamente emarginadas ou com tecas distintas e frequentemente estipitadas, além dos grãos de pólen 4-colporados. Considerando a complexidade morfológica, os limites interespecíficos imprecisos e os problemas nomenclaturais e de tipificação, a presente tese objetivou revisar os caracteres morfológicos das espécies de P. sect. Phyllanthus subsect. Clausseniani a fim de atualizar sua taxonomia. Para tanto, foram analisados cerca de 545 espécimes oriundos de 57 herbários nacionais e internacionais, além de material proveniente de expedições realizadas em diferentes regiões brasileiras. Os resultados foram organizados em sete manuscritos, dentre os quais três foram publicados, três estão aceitos e um será submetido para publicação. (1) No primeiro manuscrito, foram procedidas seis tipificações, e uma nova sinonimização, de forma que Phyllanthus atalaiensis passa a ser sinônimo de P. heteradenius. (2) No segundo manuscrito, sugerimos a conservação do nome Phyllanthus claussenii sobre P. udicola. (3) No terceiro manuscrito, trazemos à tona a redescoberta de Phyllanthus itatiaiensis no estado do Rio de Janeiro após 50 anos, assim como a ampliação da sua distribuição para o estado de Minas Gerais. (4) No quarto manuscrito, atualizamos a distribuição geográfica e apresentamos novos registros de Phyllanthus allemii, uma espécie rara do Cerrado brasileiro. (5) No quinto manuscrito, descrevemos a nova espécie endêmica da região Nordeste do Brasil, Phyllanthus dardanoi. (6) No sexto manuscrito, propomos duas novas espécies endêmicas da Mata Atlântica brasileira, especificamente da região Sudeste do Brasil. (7) O sétimo manuscrito trata da revisão de P. sect. Phyllanthus subsect. Clausseniani. Neste manuscrito, sugerimos a ampliação da circunscrição da subseção de 17 para 27 espécies e atualização do conceito morfológico da mesma. Adicionalmente, descrevemos cinco novas espécies (P. draconicaudus, P. hialinum, P. pedrosae, P. rupiculum e P. serranum), elegemos dois novos sinônimos para P. subemarginatus, bem como procedemos as lectotipificações de P. blanchetianus e P. lagoensis. Contudo, este trabalho também traz descrições completas, mapas de distribuição, assim como registros de novas ocorrências para alguns estados brasileiros, além de comentários sobre ecologia, fenologia, conservação e comentários taxonômicos para o reconhecimento das espécies. Uma chave de identificação é acrescida, juntamente com ilustrações e fotos in situ inéditas, tornando a identificação mais objetiva e precisa. Ainda assim, a morfologia polínica, das sementes e a clarificação da lâmina foliar foram úteis para distinguir algumas espécies e também para caracterizar a subseção, mesmo que não tenham sido tão informativos para a distinção de muitas espécies.Phyllanthus has about 880 species, divided into 18 subgenera, 70 sections and 14 subsections, therefore, it is considered the largest and most diversified genus of Phyllanthaceae. Among the sections, Phyllanthus sect. Phyllanthus for being the largest comprising 45 species included in four subsections [Almadenses, Clausseniani, Niruri and Pentaphylli]. Phyllanthus subsect. Clausseniani is referred to as exclusive to Brazil and until then, it was represented by 17 species, recognized by the peculiar morphology of its deeply emarginated anthers or with distinct and often spipitated teak, in addition to the 4-colporate pollen grains. Considering the morphological complexity, the imprecise interspecific limits and the nomenclatural and typification problems, this thesis aimed to review the morphological characters of the species of P. sect. Phyllanthus subsect. Clausseniani in order to update his taxonomy. For this purpose, approximately 545 specimens from 57 national and international herbaria were analyzed, as well as material from expeditions carried out in different Brazilian regions. The results were organized into seven manuscripts, of which three were published, three are accepted and one will be submitted for publication. (1) In the first manuscript, six typifications were carried out, and a new synonymization, so that Phyllanthus atalaiensis becomes synonymous with P. heteradenius. (2) In the second manuscript, we suggest the conservation of the name Phyllanthus claussenii on P. udicola. (3) In the third manuscript, we bring to light the rediscovery of new Phyllanthus itatiaiensis individuals in the state of Rio de Janeiro after 50 years, as well as the expansion of its distribution to the state of Minas Gerais. (4) In the fourth manuscript, we update the geographic distribution and present new records of Phyllanthus allemii, a rare species from the Brazilian Cerrado. (5) In the fifth manuscript, we describe the new endemic species from Northeastern Brazil, Phyllanthus dardanoi. (6) In the sixth manuscript, we propose two new species endemic to the Brazilian Atlantic Forest, specifically from the Southeast region of Brazil. (7) The seventh manuscript deals with the review by P. sect. Phyllanthus subsect. Clausseniani. In this manuscript, we suggest expanding the circumscription of the subsection from 17 to 27 species and updating its morphological concept. Additionally, we describe five new species (P. draconicaudus, P. hialinum, P. pedrosae, P. rupiculum e P. serranum), we chose two new synonyms for P. subemarginatus, as well as we proceeded with the lectotyping of P. blanchetianus and P. lagoensis. However, this work also brings complete descriptions, distribution maps, as well as records of new occurrences for some Brazilian states, as well as comments on ecology, phenology, conservation and taxonomic comments for species recognition. An identification key is added, along with previously unpublished illustrations and in situ photos, making identification more objective and accurate. Even so, pollen morphology, seed morphology and leaf blade clarification were useful to distinguish some species and also to characterize the subsection, even though they were not so informative for the distinction of many species.Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNP

O GÊNERO PHYLLANTHUS L. (PHYLLANTHACEAE) NO ESTADO DO TOCANTINS: DISTRIBUIÇÃO E ASPECTOS TAXONÔMICOS

Phyllanthaceae é uma família restabelecida desde o APG II, sendo que, tradicionalmente, o maior gênero que a compõe é Phyllanthus. Todavia, a família passou por diversas alterações taxonômicas e filogenéticas nos últimos anos que alteraram a sua circunscrição infragenérica, tendo, atualmente, duas abordagens: uma que considera Phyllanthus como o maior gênero, todavia parafilético, sendo suportada por diversos caracteres morfológicos, e outra que considera Phyllanthus como monofilético, sustentado apenas por caracteres moleculares.  Este trabalho teve como objetivo verificar quais espécies do gênero Phyllanthus ocorrem no Estado do Tocantins, avaliando estas espécies de acordo com o tipo de ramificação e demais características morfológicas significativas, além de verificar quais já foram avaliadas em termos de status de conservação. O trabalho foi realizado a partir da consulta aos materiais bibliográficos e de espécimes depositados em herbários. Como resultados, o Tocantins apresenta 12 espécies de Phyllanthus, o que representa 11,4% da diversidade conhecida do gênero para o Brasil. Das espécies reconhecidas para o estado, é possível verificar que nenhuma foi avaliada formalmente pelo Centro Nacional de Conservação da Flora em relação ao seu status de conservação. Desta maneira, conclui-se que o Estado do Tocantins carece de maiores estudos em Phyllanthaceae, sendo este trabalho um compilado inicial de esforços taxonômicos a serem realizados

DISTRIBUIÇÃO, ÁREAS DE ENDEMISMO E CONSERVAÇÃO DAS ESPÉCIES ENDÊMICAS DO CLADO HIPPOMANOIDE NA BAHIA, BRASIL

Hippomanoide é um dos clados que emergiu na subfamília Euphorbioideae e abrange as tribos Hureae, Pachystromateae e Hippomaneae. Muitas espécies do clado são registradas no Leste brasileiro e sete delas são endêmicas da Bahia. O presente trabalho objetivou determinar a distribuição geográfica, padrões de riqueza, áreas de endemismo e status de conservação das espécies endêmicas de Hippomanoide na Bahia. Para as análises e confecção dos mapas foram usadas as coordenadas geográficas obtidas a partir das exsicatas nos herbários virtuais e literaturas especializadas. Os resultados mostraram que Microstachys uleana é a espécie com maior amplitude de distribuição enquanto Stillingia loranthacea, Microstachys revoluta, Ophthalmoblapton parviflorum e Sebastiania trinervia foram as mais restritas. A região central da Bahia surgiu como a detentora de maior riqueza de espécies do clado e, também a de maior endemicidade. Contudo, essa região também é alvo de constante pressão antrópica. Concluímos que, apesar de duas das três espécies ameaçadas apresentarem algumas populações protegidas em Unidades de Conservação, chamamos atenção para a necessidade de medidas protetivas dos ambientes de ocorrência das espécies do Clado, especialmente, porque algumas delas são muito restritas e até mesmo conhecidas apenas pela coleção tipo.Hippomanoide es uno de los clados que surgieron en la subfamilia Euphorbioideae y comprende las tribus Hureae, Pachystromateae e Hippomaneae. Muchas especies del clado están registradas en el este de Brasil y siete de ellas son endémicas de Bahía. El presente trabajo tuvo como objetivo determinar la distribución geográfica, patrones de riqueza, áreas de endemismo y estado de conservación de la especie endémica de Hippomanoide en Bahía. Para el análisis y elaboración de los mapas se utilizaron las coordenadas geográficas obtenidas de los ejemplares en los herbarios virtuales y literatura especializada. Los resultados mostraron que Microstachys uleana es la especie con mayor rango de distribución mientras que Stillingia loranthacea, Microstachys revoluta, Ophthalmoblapton parviflorum y Sebastiania trinervia fueron las más restringidas. La región central de Bahía surgió como la poseedora de la mayor riqueza de especies del clado, y también la de mayor endemicidad. Sin embargo, esta región también es objeto de una presión antropogénica constante. Concluimos que, si bien dos de las tres especies en peligro de extinción tienen algunas poblaciones protegidas en Unidades de Conservación, llamamos la atención sobre la necesidad de medidas de protección en los ambientes donde se encuentran las especies del Clado, especialmente porque algunas de ellas son muy restringidas e incluso conocidas sólo por tipo de colección.Hippomanoide is one of the clades that emerged in the Euphorbioideae and comprises the Hureae, Pachystromateae and Hippomaneae tribes. Many species of the clade are recorded in eastern Brazil and seven of them are endemic to Bahia. The present work aimed to determine the geographic distribution, richness patterns, areas of endemism and conservation status of the endemic species of Hippomanoide in Bahia. For the analysis and preparation of the maps, the geographic coordinates obtained from the specimens in the virtual herbaria and specialized literature were used. Microstachys uleana is the species with the greatest range of distribution while Stillingia loranthacea, Microstachys revoluta, Ophthalmoblapton parviflorum and Sebastiania trinervia were the most restricted. The central region of Bahia emerged as the holder of the greatest species richness of the clade, and the one with the highest endemicity. However, this region is also the target of constant anthropogenic pressure. We conclude that, although two of the three endangered species have some protected populations in Conservation Units, we draw attention to the need for protective measures in the environments where the species of the Clade occur, especially because some of them are very restricted and even known only by type collection

Rediscovery and expansion of the distribution of Phyllanthus itatiaiensis Brade (Phyllanthaceae) in southeastern Brazil

We report here the rediscovery of Phyllanthus itatiaiensis Brade (Phyllanthaceae) after 50 years, as well as its occurrence in Minas Gerais State in southeastern Brazil. We provide a taxonomic diagnosis, in situ photographs, a distribution map, and a reassessment of its conservation status, which will contribute to our knowledge of this rare and endemic species as well as our ability to protect it

New records of Phyllanthus (Phyllanthaceae) for the Brazilian northeastern Atlantic Forest, and re-collection of the rare species Phyllanthus carvalhoi G.L. Webster

During a taxonomic study of Phyllanthaceae in northeastern Brazil, three new occurrences of Phyllanthus were recorded (P. augustini Baill, P. hyssopifolioides Kunth., and P. riedelianus Müll. Arg.), and diagnoses, distribution information, conservation statuses, as well as affinity comments are provided here. Additionally, the rare species Phyllanthus carvalhoi G.L. Webster was collected, which is endemic to the Atlantic Forest in Bahia State, and we provide an updated morphological description, conservation status, photographs, and unpublished illustrations